Voo Air France 447

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Voo Air France 447
Acidente aéreo
Voo Air France 447
F-GZCP, a aeronave envolvida no acidente, em uma foto de 2007
Sumário
Data 1 de junho de 2009 (14 anos)
Causa Obstrução dos pitots, causando medições errôneas de velocidade. Comandos inapropriados que levaram a um estol.[1]
Local Oceano Atlântico, c 160 km (86,4 m.n.) a NNW do arquipélago de São Pedro e São Paulo.[2]
Coordenadas 3° 03′ 57″ N, 30° 33′ 42″ O
Origem Aeroporto Internacional do Galeão, Rio de Janeiro
Destino Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, Paris
Passageiros 216
Tripulantes 12
Mortos 228 (todos)[3]
Aeronave
Modelo Airbus A330-203
Operador França Air France
Prefixo F-GZCP
Primeiro voo 25 de fevereiro de 2005[4]

Voo Air France 447 era a identificação da rota aérea regular de longo curso operada pela companhia francesa Air France entre Rio de Janeiro e Paris. Tornou-se conhecido pelo acidente aéreo ocorrido durante o voo da noite de 31 de maio para 1 de junho de 2009, efetuado pelo Airbus A330-203, quando a aeronave se despenhou no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo (216 passageiros e 12 tripulantes). O avião, de matrícula F-GZCP, partiu do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão a 31 de maio de 2009, às 19h29min locais (22h29 UTC),[5]1.1 e deveria chegar ao Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle 10h34min depois.[1]

O último contato humano com a tripulação foram mensagens de rotina enviadas aos controladores de terra brasileiros 3 horas e 06 minutos após o início do voo,[1] pág 1/5 quando o avião se aproximava do limite de vigilância dos radares brasileiros, cruzando o Oceano Atlântico en route, seguindo para a costa senegalesa, na África Ocidental, onde voltaria a ser coberto por radares. Quarenta minutos mais tarde, uma série de mensagens automáticas emitidas pelo ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System ou Sistema Dirigido de Comunicação e Informação da Aeronave) foram enviadas pelo avião, indicando problemas elétricos e de perda da pressurização da cabine da aeronave, sem que houvesse outras indicações de problemas.

Por não se confirmar a esperada aparição da aeronave nos radares senegaleses e não ter sido possível o contato com o controle de tráfego aéreo de ambos os lados do Oceano Atlântico, teve início uma busca pelo avião. Posteriormente, o Ministro dos Transportes da França, Jean-Louis Borloo, admitiu que "a situação era alarmante" e que a aeronave poderia ser dada como desaparecida já que, pelo tempo decorrido, teria esgotado suas reservas de combustível.[6] Em 2 de junho foram reportadas observações aéreas e marítimas de destroços no oceano, perto da última localização conhecida do aparelho.[7] À medida que as buscas continuaram, a França enviou o navio de pesquisa Pourquoi Pas?,[8] equipado com dois mini-submarinos capazes de realizar buscas a uma profundidade de 4 700 m. O Brasil enviou cinco navios para o local, dentre os quais um navio-tanque para prolongar as buscas na área. O porta-voz da marinha brasileira afirmou que a existência de destroços poderia ser um indício de haver sobreviventes.

Na tarde de 2 de junho o ministro da defesa do Brasil, Nelson Jobim, confirmou a queda do avião no Oceano Atlântico, na área onde foram avistados os destroços. Na noite do mesmo dia, o presidente brasileiro em exercício, José Alencar, tendo em vista a localização do acidente em alto-mar, decretou luto nacional por três dias, em memória às vítimas da tragédia. A 3 de junho o Estado Maior do Exército francês confirmou que os destroços encontrados pertenciam ao Airbus desaparecido. Em 3 de abril de 2011, a agência do governo francês para investigações de acidentes aeronáuticos (BEA) anunciou que, após novas buscas no oceano, localizou e que iria recolher diversos destroços.[9] Também foi anunciado que corpos foram vistos entre os destroços.[10] A investigação inicial do acidente foi prejudicada tanto pela falta de testemunhas e rastreamento de radares, como pela falta das caixas pretas, localizadas dois anos após o acidente, em maio de 2011.[11]


O voo Air France 447 era uma rota auxiliar do Rio para Paris, e operava 3 vezes por semana, utilizando a aeronave Airbus A330, para suprir a demanda do voo principal Air France 443, rota principal operada com aeronaves Boeing 747 e Boeing 777 todos os dias da semana. Após o acidente do voo 447, o número de voo da rota Rio-Paris da Air France foi alterado para AF445, embora a rota ainda fosse operada por aeronaves A330. Desde março de 2016, a rota AF445 não é mais operada pela Air France, deixando apenas o voo AF443 entre Rio e Paris.

Acidente[editar | editar código-fonte]

No dia 31 de maio de 2009, às 19h29min[5]1.1 (horário de Brasília), o voo Air France AF 447 deixou o Terminal 1 do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antonio Carlos Jobim,[12] e decolou com destino ao Aeroporto Internacional de Paris-Charles de Gaulle, em Paris. Estavam no voo, além de 12 tripulantes, 216 passageiros, incluindo um bebê e sete crianças. Dos passageiros adultos, 82 eram mulheres e 126 homens. Com duração de 10h34min,[1] o voo deveria pousar em Paris às 11h03min locais — 6h03min no horário de Brasília (9h03 UTC).

Plano do voo AF 447, que se dirigia para nordeste. A linha vermelha mostra a rota real. O tracejado indica a rota planejada a partir da última posição captada pelo radar (tempo em UTC).
SBGL-Galeão
22h03, 31 de maio
Fernando de Noronha
1h33, 1 de junho
Última transmissão
2h14, 1 de junho
LFPG-Charles de Gaulle
Esperado 9h10, 1 de junho
Plano do voo AF 447, que se dirigia para nordeste. A linha vermelha mostra a rota real. O tracejado indica a rota planejada a partir da última posição captada pelo radar (tempo em UTC).

O último contato verbal foi à 1h33min UTC de 1 de junho, segunda-feira, ao aproximar-se do waypoint INTOL (1° 21′ 39″ S, 32° 49′ 53″ O), a 565 km da cidade de Natal. A tripulação informou que esperava entrar em 50 minutos no espaço aéreo controlado pelo Senegal, no waypoint TASIL (4° 00′ 18″ N, 29° 59′ 24″ O), e que o avião voava normalmente a uma altitude de 10 670 m (35 000 pés) e a uma velocidade de 840 km/h.[5]1.1 [13]pág.13 [14][15]

O avião deixou a área de cobertura do Centro de Controle Aéreo (ACC) Atlântico à 1h48min UTC. O desaparecimento se deu após a saída da zona de cobertura pelo radar brasileiro e alguns minutos antes da entrada no espaço aéreo senegalês, sob controle do ACC Dakar, o que deveria ter ocorrido às 2h20min GMT. O último contato com o avião foi quatro horas após a partida, às 2h14min UTC,[14] a cerca de 100 km do waypoint TASIL e a cerca de 1228 km de Natal,[16] quando cerca de dez mensagens automáticas ACARS indicaram falhas em vários sistemas elétricos e um possível problema de pressurização,.[15][17][18] A troca de mensagens automática durou cerca de quatro minutos.[19] Na altura o avião atravessava uma área com formações meteorológicas pesadas.[14]

Quando isto ocorreu, a localização provável do avião era a cerca de 100km do waypoint TASIL, assumindo que o voo decorria conforme planejado. Fontes da Air France anunciaram que as mensagens de falhas nos sistemas começaram a chegar às 2h10min UTC, indicando que o piloto automático tinha sido desativado. Entre as 2h11min UTC e as 2h13min UTC chegaram várias mensagens referentes a falhas na Air Data Inertial Reference Unit (ADIRU) (fornecendo informação de posição e navegação) e no Integrated Standby Instrument System (ISIS) (um sistema secundário que fornece altitude, velocidade, Mach, altitude e velocidade vertical), e às 2h13min UTC foram indicadas falhas no Flight Control Primary Computer (PRIM 1) e no Spoiler Elevator Control (SEC 1), e às 2h14min UTC chegou a última mensagem, um aviso sobre a velocidade vertical de cabine, o que significa que o ar externo penetrou na aeronave, o que pode indicar despressurização ou mesmo que, a essa altura, o A330 já estivesse em queda[20] na localização 3° 34′ 40″ N, 30° 22′ 28″ O.[21]

O voo deveria chegar a Paris às 11h10min CEST, 9h10min UTC.[22]

No dia 2 de junho foi confirmada pelo ministro da defesa brasileiro Nelson Jobim a queda do aparelho, numa área próxima ao arquipélago de São Pedro e São Paulo, cerca de 270 km a sul/sudeste da última localização conhecida da aeronave.[23]

Buscas iniciais[editar | editar código-fonte]

Imagens de satélite captadas às 00h e às 06h UTC do dia 1 de junho de 2009, revelando a alta concentração de nuvens perto do arquipélago de São Pedro e São Paulo, na Zona de Convergência Intertropical. "A" representa a última posição conhecida do avião, e "B" o local onde foram encontrados os destroços.

Os controladores de tráfego aéreo brasileiros contactaram o controle de tráfego aéreo em Dakar às 2h20 UTC, depois de verificarem que a aeronave não tinha feito o contato obrigatório, via rádio, para assinalar a sua entrada no espaço aéreo senegalês, acima da Zona de Convergência Intertropical.[14] A Força Aérea Brasileira deu início a uma operação de busca e resgate a partir do arquipélago brasileiro de Fernando de Noronha, destacando cinco aviões para as buscas num trecho delimitado pelo litoral das cidades do Recife, Natal e o arquipélago de Fernando de Noronha.[24] Aviões de reconhecimento franceses foram também destacados para o local, incluindo um de Dakar.[25] As bases de apoio às buscas foram instaladas na Base Aérea de Natal,[26] e no Aeroporto de Fernando de Noronha, com as buscas coordenadas a partir do Cindacta 3, na cidade do Recife.[27] O assessor de imprensa da Aeronáutica, coronel Henry Munhoz, disse à TV brasileira que o radar de Cabo Verde não havia captado o sinal do avião sobre o Oceano Atlântico.[28] A Marinha Brasileira deslocou também três embarcações, sendo o navio-patrulha Grajaú, a fragata Constituição e a corveta Caboclo para auxílio nas buscas.[24] No fim da manhã, o voo AF447 foi retirado da lista de voos do site dos aeroportos de Paris.[29]

O diretor executivo da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, disse numa conferência de imprensa: "Estamos provavelmente em presença de uma catástrofe aérea." Um porta voz da Air France informou que às 02h14 a aeronave enviou uma mensagem relatando um curto-circuito, depois de passar por uma área de tempestade com fortes turbulências,[30] embora esta seja uma rara causa de acidentes com aeronaves.[31][32] Dois jatos da companhia aérea Lufthansa passaram por essa área, antes e depois da perda de contato com o AF 447, o que colocou em dúvida a hipótese de um raio ter sido a causa.[33]

O ministro do ambiente francês Jean-Louis Borloo declarou que "nesta altura já terá ultrapassado o limite das suas reservas de querosene" e "Temos de vislumbrar agora o mais trágico dos cenários". Fontes do aeroporto Paris-Charles-De-Gaulle citadas pela revista francesa L'Express afirmaram que "não há esperança de que haja sobreviventes."[34][35][36]

Coletiva de imprensa sobre informações do voo 447 com repórteres do mundo todo

O governo do Senegal comunicou na tarde de 1 de junho que teria localizado destroços que flutuavam nas suas águas territoriais, mas não confirmou se pertenciam ao avião desaparecido. A Aeronáutica informou que após o escurecer seria realizada uma busca eletrônica com vista a tentar captar a emissão de sinal do equipamento de emergência da aeronave (ELT - Emergency Locator Transmitter[37]) [38]

No início da noite de segunda-feira, o vice-chefe do Centro de Comunicação da Aeronáutica brasileira, Jorge Amaral, confirmou que um piloto de um voo comercial da empresa TAM Linhas Aéreas reportou ter visto "pontos laranjas" no meio do Oceano Atlântico, cerca de 30 minutos após o Airbus da Air France ter emitido um informe de pane elétrica, às 2h14 UTC de domingo.[39] No entanto, uma busca efetuada por um navio francês na área assinalada pelo piloto não encontrou nada.[40]

Dia 2[editar | editar código-fonte]

Na noite de 1 para 2 de junho, um avião radar Embraer R-99B decolado às 22h35 de segunda-feira do arquipélago de Fernando de Noronha detectou por meio de sinais eletrônicos, a cerca de 1h da manhã, objetos metálicos e não metálicos. Na manhã de 2 de junho, uma aeronave C-130 avistou flutuando objetos detectados por radar no Oceano Atlântico que poderiam ser do Airbus. Na ocasião o radioamador André Sampaio, que auxiliava as comunicações da FAB por meio de sua estação PY0FF em Fernando de Noronha, captou as primeiras informações dos avistamentos pelo rádio em HF. O coronel Jorge Amaral confirmou que os objetos foram visualizados em dois pontos distintos, distantes 60 km entre si, a cerca de 650 km a noroeste da Ilha de Fernando de Noronha. Teriam sido vistos uma poltrona, uma boia laranja, um tambor, objetos brancos, além de uma mancha de óleo e querosene.[41] Devido a estes destroços terem sido localizados, a Marinha do Brasil enviou o navio tanque Gastão Motta e a fragata Bosísio, totalizando cinco as embarcações deslocadas para o local.[42] O navio-tanque permitiria que os outros navios ficassem na área durante um mês, se fosse necessário. Os navios eram equipados com médicos e mergulhadores, que poderiam chegar ao avião caso estivesse submerso perto da superfície. A previsão era que o primeiro navio da frota brasileira chegasse ao local por volta das 18h de quarta-feira, 3 de junho.[43]

O coronel Jorge Amaral fala da investigação do voo AF 447.

Três navios mercantes, dois holandeses e um francês, que circulavam perto do arquipélago de São Pedro e São Paulo desviaram as suas rotas para auxiliar nas buscas no local onde foram avistados os destroços.[42] O contra-almirante Domingos Sávio Almeida Nogueira, diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha, afirmou que os destroços indicavam que poderia haver sobreviventes, uma vez que a temperatura da água estava alta na região, em torno de 28 a 30 graus. "Sempre há esperança", disse Domingos Sávio aos jornalistas.[43]

Dois navios da Marinha Francesa, o Foudre e o Ventôse, estavam a caminho do local onde se suspeitava que o avião pudesse ter caído. Um E-3 Sentry da Força Aérea Francesa decolou às 17h00 CEST, juntando-se aos 2 aviões Atlantique 2 e a um Falcon 50 da Marinha.[44] Entre os navios enviados ao local também estava o navio de pesquisa francês Pourquoi Pas?, equipado com dois mini-submarinos capazes de mergulhar a profundidades de até 6 000 metros. A área do Atlântico na qual o avião teria caído tem profundidades da ordem de 4 700 metros.[45]

Na tarde de 2 de junho, o então ministro da Defesa brasileiro Nelson Jobim, confirmou que os destroços encontrados durante a madrugada no Oceano Atlântico eram do Airbus da Air France. Segundo o ministro, o avião Hércules da Força Aérea Brasileira identificou diversos materiais em uma faixa de 5 km, dentro da área brasileira em torno do arquipélago de São Pedro e São Paulo. Os objetos encontrados no mar seriam recolhidos e embarcados no navio Grajaú da Marinha brasileira, que levaria o material para Fernando de Noronha.[23]

Dia 3[editar | editar código-fonte]

Toda a operação de busca e resgate de destroços e possíveis sobreviventes do voo 447 era feita a partir do Cindacta 3, em Recife. Trinta militares revezavam-se dia e noite no trabalho de planejamento e execução de tarefas, na sala do Salvaero, órgão do Cindacta responsável pelos trabalhos de busca. O R-99B da FAB fez novo sobrevoo durante a noite de 2 para 3 de junho, na tentativa de localizar mais destroços e possíveis sobreviventes. O comandante do Cindacta 3 afirmou "Nós vamos continuar dando prosseguimento às buscas, uma vez que já temos alguns pontos de localização de objetos e destroços da aeronave. Estamos colocando esses posicionamentos em mapa e isso permitirá que a gente possa ter uma otimização dos trabalhos de busca".[46] Foram encontrados vários objetos espalhados numa área circular de 5 km de raio; um objeto de 7 metros de diâmetro; dez objetos, sendo alguns metálicos; e uma mancha de óleo com extensão de 20 km.[47]

O tenente-coronel Henry Munhoz exibe fotografia que mostra o momento em que parte do Airbus A330 é içada do mar.

Um avião militar dos Estados Unidos que estava no Brasil para apoio às buscas por destroços e possíveis sobreviventes partiu na sua primeira missão às 3h da madrugada de quarta-feira, 3 de junho.[48] Com este avião, chegava a onze o número de aeronaves envolvidas nos trabalhos de busca. No dia 3 deveria chegar ainda um avião francês vindo de Dakar, no Senegal, para reforçar o grupo. Segundo os militares, o mais difícil da operação era o tamanho da área de busca.[46]

Na madrugada de 3 de junho foram encontrados mais quatro pontos com objetos e materiais metálicos na região onde no dia anterior haviam sido encontradas partes do avião, a uma distância de 90 km da área anteriormente coberta pela Força Aérea Brasileira. Foram detectados vários objetos espalhados em uma área circular com raio de 5 quilômetros, entre eles uma peça de sete metros de diâmetro, ainda não identificada, que poderia ser, segundo o Comando da Aeronáutica, um pedaço da cauda ou lateral do aparelho. Foram ainda encontrados 10 objetos e uma mancha de óleo com extensão de 20 quilômetros, mas ainda não havia certeza de que pertencessem também ao avião acidentado.[49] Até a noite de 3 de junho, uma área de cobertura equivalente a 176 984,37 km², o que corresponde a cerca de duas vezes o estado de Pernambuco, havia sido completada. O navio patrulha Grajaú e corveta Caboclo da Marinha do Brasil chegaram a área. As buscas prosseguiram durante a noite com as aeronaves brasileiras (três C-130 Hércules), um avião estadunidense (P-3 Orion) e um avião francês (Falcon 50).[50]

Dia 4[editar | editar código-fonte]

O brigadeiro Ramon Borges Cardoso fala sobre a operação em busca dos destroços do avião.

Em Recife, com a dificuldade de encontrar sobreviventes, a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Comando da Marinha decidiram iniciar a coleta dos destroços localizados na área onde estavam concentradas as buscas. O avião militar R-99B, que rastreou a área provável em que o Airbus caiu, identificou novos pontos de destroços a sudoeste dos penedos de São Pedro e São Paulo. Durante a madrugada, mais cinco aviões, sendo um norte-americano e um francês, decolaram de Natal com destino aos locais onde os destroços foram localizados. Em dois pontos foi confirmada a presença de material que o brigadeiro acreditava ser da parte interna do Airbus. Com isso, a FAB e a Marinha decidiram enviar para os locais o navio patrulha Grajaú e a corveta Caboclo, que já estavam na região desde o dia anterior. Elas iriam recolher todo o material encontrado na superfície. Um helicóptero H-60 Black Hawk partiu às 8h de Fernando de Noronha (PE) para confirmar a presença de destroços avistados a cerca de 100 quilômetros a nordeste do arquipélago. A opção de enviar o helicóptero na missão de rastreamento foi pelo fato de ser pouco provável que o material rastreado pelo R-99B pertencesse à aeronave da Air France. Se fosse do avião, uma embarcação teria que se dirigir ao local a fim de resgatá-lo, porque o helicóptero não poderia içar o material. Todos os equipamentos e suprimentos que as equipes em Fernando de Noronha necessitassem foram transportados para o arquipélago. Cerca de 150 pessoas participaram das buscas.[51]

O helicóptero Black Hawk começou a ser utilizado nas missões de busca. No total, onze aeronaves estavam mobilizadas na Base Aérea de Natal e em Fernando de Noronha para o trabalho de busca.[52] A fragata Constituição chegou ao local onde estavam sendo feitas as buscas, completando o conjunto de três navios da Marinha que participam nas operações. A fragata Constituição levava uma tripulação de aproximadamente 200 marinheiros, incluindo mergulhadores. [53] Novos destroços foram avistados a 550 km de Fernando de Noronha. De acordo com o planejado, a aeronave orientou a fragata Constituição, até o local para que o material pudesse ser recolhido. O helicóptero Lynx, embarcado na Fragata, resgatou por volta das 13h, um suporte utilizado para acomodação de cargas em aviões (pálete), de aproximadamente 2,5 m², e duas boias.[54] Segundo o brigadeiro Ramon Cardoso, o palete e a mancha de óleo encontrados não pertenciam ao Airbus A330, pois a aeronave não utilizava paletes de madeira e a quantidade de óleo encontrada era bem superior à que um A330 necessita, pois utiliza apenas cerca de 20 litros de óleo nos motores.[55]

Dia 5[editar | editar código-fonte]

O navio Ile de Sein, atribuído a ajudar na recuperação de materiais do fundo do oceano.

Um grupo com treze parentes de alguns passageiros que viajavam na voo 447 partiu da Base Aérea do Galeão por volta das 7h do dia 5 em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para a sede do Cindacta 3, em Recife. O brigadeiro Ramon Borges Cardoso informou que o objetivo seria esclarecer qualquer dúvida e também para que tomassem conhecimento das dificuldades do trabalho em uma busca no mar. Porém foi descartado um sobrevoo na área de buscas pelos parentes.[56] Uma aeronave francesa Atlantique Rescue D passou a integrar o conjunto de aeronaves engajadas nos esforços de busca.[57]

Chega ao fim o quinto dia de buscas aos destroços do voo e o brigadeiro Ramon Borges Cardoso, diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), afirmou que nada de "relevante" havia sido encontrado e também que com o passar do tempo aumentavam as dificuldade de encontrar corpos e de localizar vestígios da aeronave. Mesmo assim, informou que não havia prazo para o fim das operações de busca que, nos próximos dias, ganharia o reforço de mais três barcos brasileiros e três embarcações francesas. Novamente, durante a madrugada (por volta das 3h do dia 6) o avião R-99B decolaria de Fernando de Noronha para dar continuidade ao rastreamento dos possíveis destroços.[58]

A Air France anunciou, em uma nota divulgada durante a manhã, que o voo AF 447 passaria a ser identificado como AF 445 a partir de domingo, 7 de junho e a alteração só valeria para o trajeto Rio-Paris. O trajeto Paris-Rio continuaria ser identificado como AF 444.[59]

O governo francês anunciou que enviaria o submarino Émeraude para auxiliar nos trabalhos de resgate de destroços e eventuais corpos de vítimas do acidente. O submarino possui sonares que tentariam identificar emissões acústicas das caixas-pretas do avião, porém ele só deveria chegar na região das buscas na semana seguinte. Mais duas outras embarcações da Marinha francesa, o TCD Foudre (que estava na costa de Portugal) e a fragata Ventôse (vinda do Caribe) foram enviadas ao Brasil chegando à região no fim de semana seguinte.[60]

Dias 6 e 7[editar | editar código-fonte]

No início da manhã, o R-99B identificou uma série de pontos numa área localizada a cerca de 70 km a nordeste de onde o avião da Air France havia enviado a última mensagem. No início da tarde de 6 de junho, o coronel Jorge Amaral, da Aeronáutica, informou que dois corpos de homens foram localizados e recolhidos pela corveta Caboclo que auxiliava nas buscas do avião.[61] A Aeronáutica e a Marinha também encontraram uma poltrona azul identificada com um número de série que poderia ser do Airbus A 330, além de uma mochila com um cartão de vacinação e uma pasta de couro contendo uma passagem da Air France.[62] Também foram encontradas máscaras de oxigênio. As informações disponíveis foram transmitidas aos parentes das vítimas antes de serem divulgadas à imprensa.[63]

Mais destroços foram localizados, incluindo uma parte metálica com inscrições da Air France. Poltronas com características das que são utilizadas pela Air France também foram resgatadas. Três corpos foram localizados e resgatados durante a madrugada, totalizando cinco corpos. Cinco navios da Marinha do Brasil e 14 aeronaves, 12 brasileiras e duas francesas, foram utilizados no resgate.[64][65] No início da noite, a Marinha e Aeronáutica anunciaram que 12 corpos foram resgatados, completando 17 ao todo até então resgatados. Vários elementos estruturais da aeronave também foram resgatados. A fragata francesa Ventôse chegou à região para auxiliar no resgate. Ao todo, seis embarcações auxiliaram nas buscas em conjunto com 14 aeronaves.[66]

Segundo o capitão-de-fragata Giucemar Cardoso Tabosa, do Centro de Comunicação Social da Marinha, a fragata Constituição, que levava para Fernando de Noronha os dois corpos localizados em 6 de junho, retornou ao encontro da corveta Caboclo para reunir todos os corpos encontrados e levá-los de uma só vez. Quando a fragata atingisse 300 km de distância da ilha, os corpos seriam transportados de helicóptero e lá seriam preparados e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Recife, que recebeu o reforço de oito policiais federais especialistas na identificação de corpos, sendo responsável pela identificação.[67][68]

Dias 8 e 9[editar | editar código-fonte]

O capitão Tabosa exibe imagem de satélite, com a localização dos destroços do Airbus.

Segundo informações dos oficiais envolvidos com as buscas mais de uma centena de destroços já haviam sido localizados até aquela data. Esses destroços foram localizados na região a 440 quilômetros a nordeste do arquipélago de São Pedro e São Paulo, em área que possui 3 500 metros de profundidade. Oito corpos de passageiros foram resgatados totalizando 24 corpos resgatados.[69]

Segundo a assessoria de comunicação da Aeronáutica e da Marinha mais quatro corpos havia sido resgatados no início da manhã pela fragata Bosísio e permaneciam no navio, assim como os retirados do mar no dia anterior. Como a câmara frigorífica do navio tinha capacidade para até 20 corpos, somente quando fosse atingida essa capacidade eles seriam levados a Fernando de Noronha.[69] Mais 13 corpos foram resgatados, totalizando 41 vítimas. Dois rebocadores de alto-mar foram contratados pela França: o Fairmount Expedition e o Fairmount Glacier, que levariam a bordo 40 toneladas de equipamentos para auxílio às buscas dos destroços. Além disso, o submarino nuclear Émeraude, o navio de pesquisa Porquoi Pas? e o navio anfíbio Mistral estavam seguindo para a área das buscas.[70]

Os primeiros 16 corpos resgatados entre 6 de junho e a manhã de 8 de junho já estavam em Fernando de Noronha onde os especialistas da Polícia Civil de Pernambuco e da Polícia Federal fariam uma identificação prévia antes de serem enviado a Recife.[71]

Dia 10[editar | editar código-fonte]

Parte do estabilizador vertical da aeronave que recolhido pelas equipes de buscas

No início da tarde, em nota divulgada pelo Cindacta 3, o comando da Aeronáutica e da Marinha informava que não existiam novas notícias sobre o resgate de corpos de vítimas. A nota informava ainda que os 16 corpos que estavam em Fernando de Noronha seriam levados à Base Aérea de Natal e de lá seriam encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Recife para identificação. Outra informação contida na nota era de que a fragata brasileira Bosísio, que transportava os demais 25 corpos, deveria se aproximar no dia seguinte (11 de junho) de Fernando de Noronha.[72]

O submarino nuclear francês Émeraude chegou à área onde se concentravam as buscas. A principal missão do submarino seria tentar localizar a caixa-preta do Airbus, mas mesmo equipado com sonares potentes, a tarefa era considerada difícil, já que mesmo após dez dias de buscas, ainda não se sabia ao certo o ponto exato em que o Airbus havia caído. Outro fator de complicação eram as correntes marítimas na região, que haviam arrastado os destroços por quilômetros. Além disso, existiam na área locais que poderiam atingir 5 000 metros de profundidade. Também já estavam na região o navio francês Mistral e o rebocador Fairmount Expedition, que foram autorizados a atracar em Natal, para receber os equipamentos que seriam utilizados na busca às caixas-pretas. A coordenação dos trabalhos dessas embarcações seria feita pelas autoridades brasileiras, sem interferir nas operações de resgate dos corpos, que continuavam sendo prioridade.[73]

Ao décimo dia de buscas, os militares brasileiros não conseguiram localizar nenhum novo corpo. Segundo o brigadeiro Ramon Borges Cardoso, diretor do Decea, as condições meteorológicas pioraram ao longo do dia, forçando as aeronaves e embarcações brasileiras a se deslocarem para locais com melhor visibilidade, mas com menos chances de localização de novas vítimas.[73] Foi anunciado que a fragata Constituição, que transportou os primeiros 16 corpos, retornaria à área de buscas no dia seguinte. Com previsão de chegada em 19 de junho, o navio de desembarque de doca NDD Rio de Janeiro, com capacidade para receber até 100 corpos em suas câmaras frigoríficas, se somaria à frota na região. A embarcação estava em missão no Haiti, mas foi designada para se dirigir a Fortaleza, onde seriam carregados dois helicópteros e mantimentos para a missão.[73]

Dia 11[editar | editar código-fonte]

Avião Hércules C-130 da FAB com os corpos das 16 primeiras vítimas que foram transportados diretamente da Base Aérea para o IML, para identificação.

No início da madrugada, o avião Hercules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou na Base Aérea de Natal com os 16 corpos que seguiram diretamente para o IML de Recife, cujos trabalhos de identificação já haviam sido iniciados pelos peritos. Os responsáveis por este trabalho não estabeleceram prazo para a conclusão das identificações, pois, em alguns casos, a identificação só seria possível por meio de exame de DNA e, neste caso, o trabalho seria feito no Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília.[74]

Pela manhã uma pequena parte dos destroços do Airbus chegaram a Natal.[75] Eram 37 peças que deveriam ser encaminhadas de avião para o Recife.[76]

No início da noite o Comando da Marinha e o Comando da Aeronáutica informaram que mais 3 corpos foram resgatados, totalizando 44 vítimas ao todo. Os corpos já estavam na fragata Constituição que deveria chegar a Fernando de Noronha pela madrugada ou manhã de sábado (13 de junho). O comando da operações informou também que na manhã deste dia havia sido concluída a transferência dos 25 corpos da fragata Bosísio para Fernando de Noronha. Esses corpos haviam passado por perícias preliminares e seriam transportados em duas etapas para Recife conforme o andamento dos trabalhos periciais. A primeira etapa deveria ser concluída na manhã do sábado seguinte.[77][78]

Ainda segundo as informações do Comando, na transferência dos corpos, o helicóptero H-60 Blackhawk, da Força Aérea Brasileira, transportou 15 militares do Destacamento Aéreo Embarcado (DAE) da Marinha do Brasil para a fragata Bosísio, que passaria a operar com um helicóptero AH-11A Lynx na área de buscas. Por solicitação da Marinha francesa, o Blackhawk também levou dois psicólogos franceses para a fragata Bosísio, que depois iriam para a fragata Ventose.[78]

Dia 26[editar | editar código-fonte]

Após 26 dias de operações de buscas por corpos e destroços do voo, os comandos da Aeronáutica e da Marinha decidiram encerrar as operações. O anúncio foi feito no final da noite, por oficiais dos centros de Comunicação Social das duas Forças na sede do Cindacta 3, em Recife. O principal motivo foi que, mesmo com a utilização de 12 aviões e 11 navios militares, nenhum corpo havia sido encontrado nos últimos nove dias. Desde o dia 12 até o dia 17, apenas dois corpos foram encontrados. Durante o período de realização das buscas, foram resgatados 51 corpos, mais de 600 peças da aeronave, além de bagagens dos passageiros.[3]

Doze aeronaves foram utilizadas, tendo sobrevoado por 1 500 horas e percorrido visualmente uma área de 350 mil quilômetros quadrados. A Marinha do Brasil utilizou onze embarcações, navegando por 35 mil milhas. O avião R-99 realizou busca eletrônica numa área correspondente a dois milhões de quilômetros quadrados. Estiveram diretamente envolvidos nas buscas, resgate e suporte um total de 1 344 militares da Marinha do Brasil e 268 da FAB, totalizando mais de 1 600 profissionais.[79]

Novas buscas em 2011[editar | editar código-fonte]

Em 17 de fevereiro de 2010, Jean-Paul Troadec, diretor do Bureau d'Enquêtes et d'Analyses pour la sécurité de l'Aviation Civile (BEA) da França anunciou a terceira fase de buscas submarinas das duas caixas-pretas. Foram utilizados dois navios, um estadunidense e um norueguês, equipados com quatro sonares e dois robôs, que vasculharam uma área de 2 mil quilômetros quadrados ao noroeste da última posição conhecida do avião antes da queda, a cerca de 1,2 mil quilômetros da costa brasileira.[80]

Estamos utilizando os equipamentos mais sofisticados do mundo. Essa é uma das operações de busca mais complexas já realizadas até hoje. Não podemos fazer melhor do que isso.
— Jean-Paul Troadec, diretor do BEA[80]

Cerca de dois anos depois do acidente, em 4 de abril de 2011, equipes de busca e resgate francesas anunciaram a descoberta de mais destroços do avião em meio ao Oceano Atlântico, e de corpos ainda presos a uma grande parte da fuselagem encontrada praticamente intacta no mar. A descoberta, anunciada pela ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet, deu esperanças de que as caixas pretas do avião pudessem ser finalmente encontradas.[81] A área em que os novos destroços com corpos presos neles foram encontrados, ficava no meio do oceano, cerca de dois a quatro dias de distância de navio tanto do Senegal quanto do Brasil e o fundo do mar no local é coberto de montanhas e vales.[82]

No dia 1º de maio de 2011, foram encontradas as duas caixas pretas com os dados registrados do voo, além das gravações da comunicações dos pilotos.[11] No dia 5 de maio, com a ajuda do robô submarino Remora 6000, de fabricação norte-americana,[83] o mesmo que descobriu os destroços e as caixas pretas, a equipe de busca resgatou o primeiro corpo do fundo do mar. As autoridades francesas informaram que, após dois anos a 3 900 m de profundidade, os restos mortais encontravam-se em adiantado estado de decomposição. A notícia causou surpresa à Associação das Famílias das Vítimas do Voo 447 da Air France, já que numa reunião em abril com a BEA (Birô de Investigações e Análises), em Paris, havia ficado decidido que os corpos encontrados não seriam resgatados, permanecendo em seu túmulo no fundo do oceano.[84]

Inquérito[editar | editar código-fonte]

Aeronave[editar | editar código-fonte]

A aeronave havia entrado em serviço em abril de 2005 e seu Certificado de Aeronavegabilidade havia sido emitido em 18 de abril de 2005, com validade até 17 de abril de 2010. Até a data do acidente, estava com 18 870 horas de voo e 2 644 ciclos.

Na chegada do avião ao Rio de Janeiro, no dia anterior ao acidente, o capitão relatou um problema com o seletor de VHF, que foi solucionado.[nota 1]

As verificações diárias e semanais foram realizadas. A manutenção Tipo A no A330 é realizada a cada 800 horas de voo, o que representa, na Air France, uma verificação a cada dois meses, aproximadamente. Consiste em verificar os sistemas por meio de testes operacionais, operações de lubrificação, verificação de níveis de fluidos hidráulicos e inspeções visuais das peças estruturais, sem remoção. As últimas inspeções deste tipo haviam sido realizadas em 27 de dezembro de 2008, 21 de fevereiro de 2009 e 16 de abril de 2009 (esta última, 45 dias antes do acidente). A investigação concluiu que estas manutenções foram realizados em conformidade com os procedimentos recomendados pela Airbus e aprovadas. A análise da programação, relatórios de manutenção e dossier de aeronavegabilidade da aeronave não revelou quaisquer anomalias.[nota 2]

Pilotos[editar | editar código-fonte]

Fonte: Relatório final BEA[5]- Seção 1.5.1 - Págs. 24 a 29

Capitão Um oficial de piloto de linha aérea (co-piloto) Um oficial de piloto de linha aérea (co-piloto)
Localização na aeronave quando do acidente em repouso nos primeiros eventos Pilot Not Flying (PNF) no momento do acidente, assento esquerdo Pilot Flying (PF), no momento de acidente, assento direito
Nacionalidade francês francês francês
Nome Marc Dubois David Robert Pierre Cedric Bonin
Idade 58 anos 37 anos 32 anos
Atestado médico Realizada 10 de outubro de 2008 11 de dezembro de 2008 24 de outubro de 2008
Válida até 31 de outubro de 2009 31 de dezembro de 2009 31 de outubro de 2009
Notas uso obrigatório de lentes corretivas uso obrigatório de lentes corretivas
Ano de obtenção de licença de piloto privado 1974 1992 2000
Ano de obtenção de licença de piloto de linha 1977 1993 2001
Entrou na empresa Air France 1988 (ainda Air Inter)
1997 (fusão Air Inter com a Air France)
1998 2003
Anos de qualificação
em Airbus A330/A340
fevereiro 2007 abril 2002 junho 2008
Número de horas
de voo
Total 10 988 (6 258 como comandante) 6 547 2 936
Em Airbus A330/A340 1 747 (todas como comandante) 4 479 807
Notas Realizou 16 voos para a América do Sul desde sua chegada à divisão A330/A340 em 2007 Realizou 39 voos para a América do Sul desde sua chegada à divisão A330/A340 em 2002. Em 9 de Março de 2009, havia realizado um voo Paris-Rio como PF (Pilot Flying) Realizou 5 voos para a América do Sul desde a sua chegada à divisão A330/A340 em 2008

Investigação[editar | editar código-fonte]

A responsabilidade das investigações ficou a cargo do governo francês, país em que a aeronave estava registrada, de acordo com a legislação da ICAO, Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). A condução das investigações ficou sob a responsabilidade do Bureau d'enquêtes et d'analyses (BEA), agência do governo francês para investigar acidentes aéreos e fazer recomendações de segurança. O Brasil ficou responsável pela busca dos corpos, resgate de vítimas e destroços.[23]

O então ministro dos Transportes da França, Dominique Bussereau

O avião desapareceu dos radares ao atravessar a Zona de Convergência Intertropical. As imagens de satélite mostravam uma grande concentração de nuvens cúmulo-nimbos, que chegavam a atingir 16 000 metros de altura, com intensas descargas elétricas, sobre o Oceano Atlântico na região do arquipélago de São Pedro e São Paulo, perto da última posição conhecida da aeronave e do local onde foram encontrados os destroços. Este é, no entanto, um fenómeno frequente na região e com o qual os pilotos estão muito acostumados, geralmente sobrevoando no topo das nuvens, a 15 000 metros de altitude, que é a zona menos perigosa. Os aviões dispõem ainda de um radar de proa que avisa sobre a proximidade de nuvens particularmente densas, permitindo que o aparelho desvie a rota a fim de evita-las.[85] Uma vez que o sistema ACARS reportou uma sucessão de avarias num curto intervalo de tempo, a falência do sistema elétrico e a despressurização do aparelho, existiam muitas hipóteses possíveis. De acordo com o CEO da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, estas falhas criaram uma "situação totalmente inédita no avião".[86] Segundo o diretor de comunicações da companhia aérea, uma das hipóteses seria a incidência de um raio, que conjugado com outros problemas, teria provocado uma avaria elétrica.[87] O secretário de Estado de Transportes da França, Dominique Bussereau, comentou que apesar de nada se saber sobre o desaparecimento da aeronave, "parecia mais uma perda de controle do aparelho". Bussereau considerou ainda que a tese da Air France para explicar um possível acidente causado por um raio era incompleta.[88]

"Sidestick" do A380, similar ao utilizado no A330

Entre as outras hipóteses aventadas, teve especial relevo as avarias sucessivas devidas à turbulência ou um ataque terrorista,[87] embora naquele momento, não houvesse qualquer elemento que permitisse avançar nessas hipóteses.[88]

Havia também a referir que a EASA tinha alertado em janeiro de 2009 os pilotos dos aviões Airbus A330 e A340, na sequência do incidente com um voo da Qantas, em Outubro de 2008, em que mais de 50 pessoas ficaram feridas quando o voo da Qantas, que fazia a ligação entre Singapura e Perth, quando ocorreu uma queda abrupta de vários metros quando viajava em velocidade de cruzeiro.

De acordo com o alerta, esses dois tipos de aeronaves registraram ocorrências anormais no equipamento ECAM (Electronic Centralised Aircraft Monitor) o que levaria a um comportamento anormal que provocaria, por exemplo, mergulhos em pleno voo.[89]

O Tribunal de Paris anunciou no dia 5 de junho a abertura de processo, a ser conduzido pela juíza Silvie Zilmmerman, por homicídio culposo sobre o desaparecimento do Airbus A330 da companhia aérea Air France.[90][ligação inativa]

O BEA divulgou nota no dia 5 de junho em que afirma:[91]

Uma grande quantidade de informações mais ou menos corretas e tentativas de explicações a respeito do acidente estão sendo veiculadas. O BEA lembra aqueles envolvidos nessa divulgação que é recomendável que se evite todo tipo de interpretação apressada e especulativa baseada em informações parciais e não confirmadas.

No estágio atual da investigação, os únicos fatos concretos são:

  • a presença significativa de nuvens da zona de convergência intertropical, típicas da região equatorial, próximas a rota planejada do avião pelo Atlântico;
  • baseando-se na análise das mensagens automáticas enviadas pelo avião, existem incoerências entre as várias velocidades medidas.

No dia 10 de junho de 2009 o jornal francês L'express publicou reportagem relatando que a possibilidade do acidente ter ocorrido em função de um atentado terrorista não estava totalmente descartada, visto que o nome de dois dos passageiros eram similares aos de figuras ligadas com entidades que patrocinavam esses tipos de atentados. No entanto, a falta da data de nascimento na ficha de embarque não permitiu que isso fosse realmente constatado, pois poderia se tratar simplesmente de homônimos que possuíam a mesma nacionalidade desses terroristas.[92]

A quebra do leme[editar | editar código-fonte]

Exemplo de um tubo de Pitot, possível causa do acidente

De acordo com informação divulgada pela TV France 2, sem contestação da Air France ou do fabricante do aparelho, a quebra do leme constava de um dos 24 alertas emitidos automaticamente pelo avião. A mensagem, enviada no primeiro dos quatro minutos finais do AF 447, indicava um CTL RUD TRV LIM FAULT, ou seja, falha no controle de limitação do curso do leme. Ou seja, o computador acusou a quebra do leme. Isto poderia ter origem na tentativa de desvio do curso do avião, para evitar as nuvens de maior risco ao voo, em que o giro do leme teria excedido o limite aceitável para a velocidade efetivamente praticada naquele instante pelo aparelho. Informações errôneas dos sensores de velocidade, derivadas do mau funcionamento de um tubo de Pitot bloqueado ou defeituoso, poderiam levar o computador que controla o avião a permitir a manobra potencialmente perigosa do leme, causando sua ruptura. Um memorando enviado em 5 de junho pela Air France aos seus pilotos informou que a empresa aérea iria substituir os sensores de velocidade de seus aviões Airbus nas próximas semanas.

Um alerta da Airbus emitido depois do acidente determinou que a tripulação deveria conservar a potência dos motores e o ângulo correto para manter a aeronave na linha de voo, em caso de condições meteorológicas difíceis. Quando ocorre a quebra do leme de uma aeronave, em condições atmosféricas favoráveis, o controle do avião é quase impraticável. No caso do AF447, teria sido impossível. A despressurização da cabine teria sido causada pela perda do leme, tal como ocorreu com o Boeing 747 do Voo Japan Airlines 123.[93]

Sondas Pitot[editar | editar código-fonte]

No decorrer das investigações, foi dada especial atenção às sondas Pitot (sensores de velocidade da aeronave) pelo fato de terem sido encontradas inconsistências nas leituras de velocidade gravadas pelo FDR (Flight Data Recorder, que registra os parâmetros de voo), minutos antes do acidente. A análise dos dados revelou uma redução brusca de velocidade, de 274 nós para 52 nós entre os instantes 2h10m07s UTC e 2h10h09s UTC, uma variação de 222 nós (411 km/h) em um intervalo de 2 segundos, o que seria fisicamente improvável ter ocorrido .[94]

As sondas Pitot passavam por uma inspeção visual diária, que verificava seu estado geral. A cada 8 000 horas (aproximadamente a cada 21 meses), passavam por uma manutenção Tipo C, limpeza completa, verificação dos sistemas de aquecimento e circuitos elétricos.[nota 3]

Relatório final[editar | editar código-fonte]

Em 5 de julho de 2012, o BEA (Bureau de Investigações e Análises), órgão do governo francês responsável pelas investigações, apresentou seu relatório final.[95][96][97] Nele, o órgão aponta que a tragédia foi causada por uma combinação de erros de avaliação dos pilotos, com problemas técnicos ocorridos por congelamento nos sensores de velocidade (Sondas Pitot). Segundo o relatório as sondas Pitot, obstruídas por cristais de gelo, não conseguiram informar a velocidade correta da aeronave, o que causou a desconexão do piloto automático e em seguida diversos erros de avaliação dos pilotos.

Jean-Paul Troadec - Diretor do BEA.

A principal associação de pilotos da França posicionou-se contra o relatório, dizendo que os tripulantes não podem ser responsabilizados como principais responsáveis da tragédia.[98]

Os cinco principais fatos relacionados oficialmente à imperícia da tripulação no momento da emergência foram:[99]

  • inconsistência temporária das velocidades medidas pelos tripulantes
  • comandos inapropriados aplicados, desestabilizando o avião
  • falta de informação entre os tripulantes entre a perda de velocidade e o procedimento adequado
  • demora da identificação pelo copiloto da alteração na trajetória da nave
  • falha da tripulação em identificar a aproximação do estol

Vinte e cinco novas recomendações de segurança em voo também foram apresentadas pelo BEA.

Uma segunda investigação de especialistas foi ordenada pelas juízas Sylvia Zimmermann e Sabine Kheris, após a primeira peritagem apresentada em julho de 2012 às famílias das vítimas. Em abril de 2014, foi anunciado que a queda do voo Rio-Paris da Air France deveu-se a "uma reação inadequada da tripulação após a perda momentânea das indicações de velocidade". As conclusões do relatório de peritagem judicial especificam uma conjugação de fatores: erros humanos, falhas técnicas, procedimentos inadequados e condições meteorológicas adversas.[100]

Julgamento na França[editar | editar código-fonte]

Tribunal Correcional de Paris

Em 10 de outubro de 2022 um tribunal francês iniciou o julgamento da Airbus e da Air France pelo acidente. A Airbus foi responsabilizada por uma das prováveis causas da queda da aeronave, que foi a obstrução dos tubos de pitot por cristais de gelo ao atravessar uma zona de tempestade. Já a Air France foi responsabilizada pela negligência e inabilidade da tripulação no comando do avião durante o evento climático. As empresas foram acusadas de homicídio culposo, mas em uma possível condenação, a legislação europeia prevê que ambas pudessem pagar uma multa de até US$ 220 mil (R$ 1,14 milhão).[101] O julgamento foi atribuído ao Tribunal Correcional de Paris e a expectativa era que se estendesse até 8 de dezembro.[102]

Pela primeira vez, empresas francesas foram levadas aos tribunais por homicídio involuntário em um acidente aéreo. Os advogados de defesa da Air France alegaram que a Airbus reagiu muito lentamente nas investigações, face ao crescente número de incidentes reportados envolvendo os sensores de velocidade. Também alegaram que os alarmes e informações no painel de instrumentos eram confusos, levando ao stress dos pilotos. Já a defesa da Airbus questionou os procedimentos da Air France para garantir que os pilotos fossem bem treinados, atribuindo à tripulação os erros operacionais que levaram ao acidente, por não interpretarem de modo correto as informações dos instrumentos.[103][104]

Em 7 de dezembro, os promotores anunciaram que não buscariam condenações de nenhuma das empresas por homicídio culposo, pois não conseguiram provar sua culpa, e recomendaram a absolvição de ambas as empresas, enfurecendo as famílias e amigos das vítimas.[105][106][104]

Absolvição da Air France e da Airbus[editar | editar código-fonte]

Em 17 de abril de 2023, o Tribunal de Paris absolveu a Air France e a Airbus das acusações, não cabendo mais recurso. O juiz considerou que, apesar das várias constatações de negligência por parte de ambas as empresas, isso não se configurou em "certeza necessária para estabelecer responsabilidade firme pelo acidente". A decisão provocou a revolta dos familiares das vítimas.[107]

Vítimas[editar | editar código-fonte]

Diagrama da localização dos assentos de 44 de 51 pessoas cujos corpos foram encontrados em pesquisa de operações em 2009.

Estavam a bordo 228 pessoas, incluindo três pilotos e outros nove tripulantes. Entre os passageiros havia um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens.[14]

De acordo com uma lista oficial publicada pela Air France, a maioria dos passageiros é composta por cidadãos brasileiros e franceses.[108]

Nacionalidade Passageiros Tripulação Total
 França 61 10 71
 Brasil 57[109]/58 1 58/59
 Alemanha 28[110] 28
 Itália,  China 9 18
Suíça 6 6
Líbano,  Reino Unido 5 10
 Hungria 4 4
 Eslováquia,  Irlanda,  Noruega 3 9
Espanha,  Estados Unidos,
 Marrocos,  Polónia
2 8
 Argentina 1 1 2[111]
África do Sul,  Áustria,
 Bélgica,  Canadá,  Croácia,
 Dinamarca,  Estónia, Filipinas,
Gâmbia,  Islândia,  Países Baixos,
Roménia,  Rússia,  Suécia,
 Turquia
1 15
Total apurado 217/218 12 229/230
Total 216 12 228[108]

Passageiros notáveis a bordo[editar | editar código-fonte]

Pedro Luís de Orléans e Bragança estava entre os passageiros do voo Air France 447.

Estavam a bordo do avião:

Reações[editar | editar código-fonte]

O então presidente francês, Nicolas Sarkozy, esteve no aeroporto Roissy-Charles de Gaulle para acompanhar as investigações sobre o desaparecimento do avião. Segundo o Nouvel Observateur, os familiares dos passageiros foram levados a um espaço reservado para receber apoio da companhia aérea.[119]

Parentes de passageiros do voo 447, da Air France, chegam ao Cindacta 3, onde está concentrada a coordenação das buscas a corpos e a destroços do Airbus A330.

O então governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou em 1º de junho, luto estadual por três dias.[113] No mesmo dia, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes decretou luto por três dias, devido a morte de um dos funcionários da prefeitura de onde o avião partiu.

A Air France organizou uma celebração ecuménica na Catedral de Notre Dame, em Paris, pelas 16h locais de 3 de Junho, em homenagem aos passageiros desaparecidos sobre o Oceano Atlântico.[120]

Na noite de terça-feira, 2 de junho, após a confirmação da queda do avião, o presidente brasileiro em exercício José Alencar decretou luto nacional por três dias, em memória das vítimas do acidente aéreo.[121]

Um ato ecumênico foi realizado na manhã de 4 de junho na Igreja da Candelária com representantes de oito religiões. Participaram do ato parentes e amigos de passageiros que estavam no Voo 447, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o chanceler francês Bernard Kouchner, além de outras autoridades do Brasil e da França.[122][123]

Uma missa foi realizada na tarde de 5 de junho em memória dos passageiros na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Antônio João de Orléans e Bragança, pai de Pedro Luís de Orléans e Bragança, estava presente.[124]

Durante a manhã do dia 29 de junho, a Marinha e a Aeronáutica do Brasil realizaram uma cerimônia no mar nas proximidades de Recife em homenagem às vítimas do Voo 447. A cerimônia teve a participação da Fragata Bosísio e de mais cinco embarcações utilizadas nas buscas, além de quatro helicópteros. Um culto ecumênico foi realizado e flores foram lançadas ao mar. Autoridades da França também estiveram presentes na homenagem.[125][126][127][128]

Notas e referências

Notas

  1. Relatório Final BEA - jul/2012 (em inglês) Pág. 31, Seção 1.6.4
  2. Relatório Final BEA - jul/2012 (em inglês) Pág. 31, Seção 1.6.5
  3. Após o acidente, a EASA determinou uma redução no intervalo desta manutenção dos Pitots Relatório Final BEA - jul/2012 (em inglês) Pág. 216, Seção 5.3.1
    Sonda Pitot do A330

Referências

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    2 h 10 min 07 - 2 h 10 min 09: a velocidade reduz de 274kt para 52kt (redução na velocidade em 411 km/h em 2 segundos).
    2 h 10 min 34 - 2 h 10 min 36: a velocidade aumenta de 105kt para 223kt (aumento na velocidade em 218 km/h em 2 segundos).
    2 h 11 min 10 - 2 h 11 min 45: a velocidade vertical (de queda da aeronave) aumenta de zero a 10 mil ft/min (zero a 183 km/h em 35 segundos).
    Parâmetros gráficos registrados pelo FDR (em francês):
    - 2 h 10 min 04 a 2 h 10 min 26
    - 2 h 10 min 26 a 2 h 10 min 50
    - 2 h 10 min 50 a 2 h 11 min 47
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