Veja

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 Nota: Para outros significados, veja Veja (desambiguação).
Veja
Veja
Capa da edição 2259 de 7 de março de 2012
Slogan Veja, indispensável para o país que queremos ser.
Categoria política
economia
cultura
ciência
tecnologia
Frequência semanal
Formato 20,2 x 26,6 cm[1]
Circulação Total: 1.191.803[2]
Editora Editora Abril
Fundação 11 de setembro de 1968 (55 anos)
País  Brasil
Idioma português
veja.abril.com.br

Veja (estilizada dentro da revista como VEJA) é uma revista de distribuição semanal brasileira publicada pela Editora Abril às quartas-feiras. Criada em 1968 pelos jornalistas Roberto Civita e Mino Carta, a revista trata de temas variados de abrangência nacional e global. Entre os temas tratados com frequência estão questões políticas, econômicas, e culturais. Apesar de não ser o foco da revista, assuntos como tecnologia, ciência, ecologia e religião são abordados em alguns exemplares. São publicadas, eventualmente, edições que tratam de assuntos regionais como a Veja São Paulo, Veja Rio, Veja Brasília e Veja BH. Com uma tiragem superior a um milhão de cópias, sendo a maioria de assinaturas, a revista Veja é a de maior circulação nacional.[2]

História

Primeiros anos

Capa da primeira edição da Revista Veja, lançada em 11 de setembro de 1968

Quando Roberto Civita, até então residindo em Tóquio como subchefe da sucursal local da Time, foi convidado pelo pai Victor a voltar para o Brasil e trabalhar em sua editora, a Abril, pôs como uma de suas condições criar uma revista semanal informativa nos moldes da Time. A primeira tentativa de fazer tal publicação, em 1965, eventualmente levou a uma mensal iniciada no ano seguinte, Realidade. O sucesso da Realidade, que chegou a 400 mil exemplares por mês, fez os Civita acreditarem na possibilidade da revista semanal. Roberto convidou Mino Carta, então no Jornal da Tarde após trabalhar na Abril como editor da Quatro Rodas, para ser o editor da revista, e ambos visitaram as cinco maiores revistas semanais dos Estados Unidos e Europa estudando a organização de tais publicações. Para recrutar uma equipe, lançaram um anúncio em outras publicações da Abril buscando "homens e mulheres inteligentes e insatisfeitos, que leiam muito, perguntem sempre 'por que' e queiram participar da construção do Brasil de amanhã", recebendo milhares de currículos e eventualmente peneirando os candidatos a uma equipe de cinquenta repórteres.[3]

Em 11 de setembro de 1968, foi lançada a primeira edição da revista, então batizada Veja e Leia. Tendo como manchete de capa "O Grande Duelo no Mundo Comunista", trazia entre outras, as seguintes matérias: "Rebelião na Galáxia Vermelha", "A Romênia Quer Resistir", "Checos Têm Esperancas". Em sua página 20, no editorial, trazia publicado: "VEJA quer ser a grande revista semanal de informação de todos os brasileiros".[4] A tiragem de 700 mil exemplares da primeira edição se esgotou, mas a edição seguinte vendeu só a metade. Logo as vendas eram de apenas 100 mil exemplares, com Veja dando prejuízos financeiros à Abril. Roberto Civita atribuiu a queda ao caráter denso, com matérias longas e pouco ilustradas, que espantariam o leitor comum. A situação piorou com o Ato Institucional Número Cinco em dezembro, que levou a edição número 15 a ser recolhida das bancas pelo regime militar, e todas as edições seguintes a serem forçadas a passarem pelo crivo da Censura.[3] Ao ver seu conteúdo recusado, a redação em protesto substituía as partes cortadas por desenhos de anjos e demônios, e depois pela logomarca da Abril.[5] Um total de 138 textos foram vetados até o relaxamento da Censura em 1876, com 55 sendo sobre política nacional, e 25 a respeito da própria censura. Houve textos que, mesmo não sendo proibidos na íntegra, tiveram a publicação inviabilizada pelos cortes drásticos.[6] Outra edição acabou sendo apreendida pelo Exército em 1971, por revelar um esquema de corrupção que ameaçava o governador do Paraná Haroldo Leon Peres.[7]

O sócio minoritário Giordano Rossi sempre perguntava a Victor Civita se não era melhor encerrar a publicação, mas Civita sempre mantinha que Veja merecia mais uma chance. Eventualmente a salvação da revista foi a criação das assinaturas, até então descartadas por medo da retaliação dos jornaleiros. Roberto teve de negociar com estes, prometendo que as outras publicações da Abril só entrariam no sistema de assinaturas dez anos mais tarde. Quando as assinaturas de Veja foram implantadas em 1975, a revista finalmente alcançou o equilíbrio entre despesas e lucros. Na mesma época, Carta deixou a publicação, que já alcançava 200 mil exemplares semanais.[3]

Década de 1980-90

Em abril de 1983, a revista publicou, em sua seção de ciência, uma reportagem afirmando que pesquisadores alemães, da cidade de Hamburgo, haviam criado um processo inédito que permitia a fusão de células animais e vegetais, culminando com um produto híbrido de carne bovina e tomate, capaz de crescer em árvores e apelidado de "boimate". A reportagem se baseou em informações de teor humorístico do periódico britânico New Science, sem perceber que se tratava de uma brincadeira de 1º de abril.[8] O jornal O Estado de S. Paulo desmentiu as afirmações da publicação em 26 de junho daquele ano[9]. A revista publicaria uma nota no mês seguinte[10], desmentindo a matéria original, corrigindo o equívoco e pedindo desculpas aos leitores.

Em 25 de abril de 1992, a revista publicou uma entrevista exclusiva com Pedro Collor de Mello, irmão do presidente Fernando Collor de Mello, em que o entrevistado denunciava irregularidades de desvio de dinheiro público em uma suposta parceria com Paulo César Farias. Essa entrevista desencadeou uma série de novas denúncias e investigações culminando com o impeachment e a renúncia do presidente.[11]

2005-2008

Apesar de fundada nos anos 60 como uma revista de tendências centristas e centro-esquerdistas (na medida em que o regime de censura imposto pela ditadura militar permitisse), a partir dos anos 90 VEJA passou a se tornar gradativamente alinhada a ideias tradicionalmente associadas ao liberalismo econômico e às políticas de direita.

Em 14 de maio de 2005, reportagem da revista teve papel relevante na eclosão de outra crise política de grandes proporções, quando divulgou a transcrição de um vídeo em que se flagrava, com uma câmera escondida, o então funcionário dos Correios Maurício Marinho explicando a dois empresários como funcionaria um esquema de pagamentos de propina para fraudar licitações. Tal esquema envolveria o deputado Roberto Jefferson, e sua denúncia serviu de ignitor para que este deputado deflagrasse o chamado escândalo do mensalão.

No segundo semestre de 2005, por ocasião do referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições, a revista publicou a reportagem Referendo da fumaça, em que apresentava a seus leitores sete "razões" pelas quais deveriam votar "não" à pergunta "o comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?". Veja justificou a sua opção afirmando que a consulta popular pretendia "desarmar a população e fortalecer o contrabando de armas e o arsenal dos bandidos".[12] A jornalista Barbara Gancia, colunista da Folha de S. Paulo, criticou abertamente a posição da revista, afirmando que o argumento da reportagem de que o desarmamento é um dos pilares do totalitarismo "não só tenta vincular de forma sub-reptícia a campanha pelo desarmamento à agenda do PT [...] como ecoa a ladainha alarmista da direita truculenta." Gancia também acusou a revista, na mesma ocasião, de possuir interesses não declarados na defesa pelo "não", questionando "por que a revista não nos contou que a empresa à qual pertence paga aluguel de cerca R$ 1 milhão à família Birmann, da construtora homônima, que vem a ser proprietária do prédio que serve de sede da Editora Abril e também, veja só, da CBC, a Companhia Brasileira de Cartuchos?".[13]

Em maio de 2006, o grupo Abril, mantenedor da revista, anunciou a sociedade com o Naspers, grupo de comunicações sul-africano.[14] O grupo africano passou a deter 30% do capital da Abril, incluindo a compra dos 13,8% que pertenciam aos fundos de investimento administrados pela Capital International, desde julho de 2004.[15]

2009-2012

Em 2009, a revista Veja liberou o acesso a informação de todas as suas edições, agora digitalizadas, em um projeto realizado com a parceria do Bradesco.[16] Em setembro de 2010 a revista publicou uma reportagem que denunciava a ministra-chefe da casa Civil, Erenice Guerra, por agir em conjunto com sua família num esquema torpe de tráfico de influência, sendo que Erenice era o braço direito de Dilma Rousseff quando esta era ministra da Casa Civil.

Em abril de 2012, a revista Carta Capital publicou matéria, baseada em informações da Polícia Federal, afirmando que Policarpo Júnior, diretor da sucursal de Veja em Brasília, manteve mais de 200 ligações telefônicas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, então preso sob a acusação de envolvimento com o crime organizado. Em um dos grampos captados pela Polícia Federal, Carlinhos Cachoeira, em conversa com o araponga Jairo Martins, responsável por filmar um pagamento de propina que culminou no escândalo do mensalão, afirma ter repassado à revista Veja todos "os grandes furos do Policarpo". Segundo Carta Capital, "a relação, se exposta em toda sua extensão, poderá trazer à tona não somente os métodos pouco jornalísticos usados pela semanal da Abril para fazer reportagens a partir de um esquema clandestino de arapongagem, mas a participação da revista na construção do escândalo do mensalão."[17] Conforme o portal Rede Brasil Atual, o deputado federal pernambucano Fernando Ferro, do Partido dos Trabalhadores, acusou a revista de tentar abafar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a conexão entre Carlinhos Cachoeira, políticos, empresários e jornalistas. Ferro também acusou Veja de associação com o crime organizado e afirmou que deseja convocar Roberto Civita, presidente do Grupo Abril, para prestar esclarecimentos sobre as conexões entre a revista e Carlinhos Cachoeira.[18]

Reinaldo Azevedo, jornalista da Veja, defendeu em seu blog a revista afirmando que a relação de Policarpo com Cachoeira é de fonte-jornalista, e que os grampos da PF haviam captados apenas duas ligações entre ambos e não duzentas.[19]. Reportagem da Carta Maior, entretanto, afirma que o delegado federal Matheus Mela Rodrigues disse ter interceptado, somente na sua operação, 42 ligações entre Policarpo Júnior e Cachoeira.[20] Eliane Cantanhêde em 10 de maio de 2012 questionou uma suposta "aliança entre Fernando Collor e o PT para transformar a CPI do Cachoeira em CPI da imprensa". A colunista de política do jornal Folha de S.Paulo defendeu os jornalistas afirmando que a imprensa fez o seu papel e que as demissões de ministros provam a culpa.[21][22].

Em seu blog pessoal, Reinaldo Azevedo ecoou artigos do jornalista Fábio Pannunzio[23] e do sociólogo Demétrio Magnoli[24] onde são feitas revelações potencialmente embaraçosas, até então desconhecidas de boa parte do público, quando Mino Carta, dono da revista Carta Capital, trabalhou na revista Veja à época da ditadura nos anos 70. Com base em arquivo digital público da própria Veja, Pannunzio e Azevedo expuseram o apoio de Mino Carta ao regime militar nos anos em que foi empregado de Roberto Civita, atual Presidente do Conselho de Administração e Diretor Editorial do Grupo Abril.[25]

Os dois jornalistas relembram primeiramente palavras de Paulo Henrique Amorim, amigo pessoal de Mino Carta desde a época do regime militar, em que afirma que a redação da revista era feita sem a influência de Civita, dando a entender que tudo o que foi publicado à época era a visão pessoal e particular de Mino Carta.[26] A partir daí, Azevedo e Pannunzio recuperaram diversos editoriais escritos por Carta apoiando explicitamente a ditadura militar, através de elogios rasgados e subservientes aos seus integrantes e do suporte à repressão contra o que chamava de "terroristas" e "subversivos" da luta armada. Em seus textos, Mino Carta chamava os militares de "único antídoto de seguro efeito contra a subversão e a corrupção", estas por sua vez definidas como realidades "nascidas e criadas à sombra dos erros voluntários e involuntários de líderes civis". São apresentados vários artigos em que Mino ironiza os presos políticos, faz elogios à Junta Militar e prega a adoção da pena de morte, do banimento ou da prisão perpétua para os terroristas.

Em reposta indireta a Reinaldo Azevedo, Fábio Pannunzio e Demétrio Magnoli, Mino Carta se mostra indignado, a ponto de fazer alusões a palhaços de circo em referência aos primeiros, acusando-os de "caluniadores" e "detratores da moral alheia", e relembra a necessidade de apoio ao regime militar com críticas veladas sublimares à época. Em momento algum ele nega o que escreveu, mas acusa a descontextualização de suas frases e textos frente à realidade e às necessidades da época em questão. Um tipo de "Ame-o ou deixe-o" como reproduzido pelo próprio em referência elogiosa ao infame slogan do governo militar sobre o Brasil. Segundo Reinaldo Azevedo: "É evidente que a imprensa estava sob severa censura em 1970, mas [...] se era proibido criticar, não era obrigatório elogiar."

2012-2013

Em maio de 2012, Veja acusou o ex-presidente Lula de ter proposto um acordo ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes visando obter o adiamento do julgamento do mensalão para 2013, em troca da blindagem do ministro na CPI que investiga a organização criminosa de Carlinhos Cachoeira. A proposta teria ocorrido no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, na presença deste. Lula também teria dito, segundo Veja, que pretendia acionar o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Sepúlveda Pertence, ligado à ministra do STF Cármen Lúcia, para que ala apoiasse a estratégia de adiar o julgamento para 2013.[27] Questionado pelo jornal O Estado de S. Paulo a respeito do episódio, Jobim desmentiu as declarações de Mendes, negando que o ministro e o ex-presidente tenham ficado sozinhos em algum momento e que tenham conversado sobre o mensalão. Sepúlveda Pertence também negou ter sido procurado por Lula para interceder junto a Cármen Lúcia.[28] Posteriormente, Gilmar Mendes declarou: "O presidente tocou várias vezes na questão da CPMI. Desenvolvimento da CPMI, o domínio que o governo tinha sobre a CPMI e tudo mais. [...] Não houve nenhum pedido específico do presidente em relação ao mensalão. Manifestou um desejo.[...] Ele não pediu a mim diretamente. Disse: ‘O ideal era que isso não fosse julgado’." Lula afirmou que o teor da conversa apontado por Veja é inverídico e afirmou estar indignado com as acusações.[29] A revista CartaCapital classificou as acusações de Veja como "mais um exemplar de contra-golpe ensaiado para sair do foco das investigações da CPI, desmentido no mesmo dia por um dos personagens citados na apuração."[30]

Em 2013, o criador de Veja Roberto Civita faleceu. À época a revista tinha uma circulação de 1,3 milhão de exemplares semanais, a segunda maior publicação desse tipo no mundo depois de sua inspiração, a Time.[3]

Críticas e controvérsias

A revista se posiciona muitas vezes, ao coordenar sua linha editorial com alguns dos setores conservadores da direita brasileira, o que a faz alvo de críticas por alguns setores da sociedade e personalidades, como os jornalistas Luis Nassif em seção especial de seu blog[31] e o próprio Mino Carta, em diversas edições de sua revista, a CartaCapital.[32][33][34][35][36][37] Ambos travam disputas judiciais com a revista e seus colunistas (em especial, Diogo Mainardi) em relação às acusações feitas por ambas as partes.

Em agosto de 2010, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu ao Partido dos Trabalhadores (PT) direito de resposta a ser veiculado pela Veja. A decisão do TSE se deve à publicação da reportagem "Índio acertou no Alvo", sobre as declarações do deputado Índio da Costa acerca das supostas ligações entre o PT e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o narcotráfico.[38] Sobre a concessão do direito de resposta, o ministro Hamilton Carvalhido afirmou que "há uma linha tênue que separa o legítimo direito de exercer a liberdade de imprensa e seus abusos".[39] A medida foi criticada por juristas como Miguel Reale Júnior, Ives Gandra Martins, Paulo Brossard, Oscar Vilhena Vieira e Carlos Velloso. Para Reale Júnior, "dizer a verdade não constitui crime se a intenção não é ofender mas narrar um fato - mesmo que esse fato venha em desfavor do prestígio social de uma entidade, como um partido político", enquanto para Ives Gandra a revista teria expressado sua opinião, "um direito seu", e teria feito "a análise de um fato, o que é legítimo dentro dos princípios da liberdade de imprensa." Para Brossard "os fatos publicados são de notoriedade incontroversa", "fatos públicos e graves" que teriam sido "noticiado fartamente"; já Vilhena Vieira afirmou que o caso "confirma uma tendência de restrição ao direito à informação e à liberdade de expressão no Brasil", e que Veja "tinha o direito de publicar a reportagem".[40]

Às vésperas das eleições presidenciais de 2014, a revista Veja antecipou sua edição mensal para publicar uma matéria de capa afirmando que tanto Dilma Rousseff quanto Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do escândalo envolvendo desvios financeiros na Petrobras[41]. A postura da revista foi encarada como uma manobra eleitoral por determinados setores da população, gerando represálias contra a sede da Editora Abril, que foi assediada por centenas de manifestantes em outubro daquele ano.[42][43][44] O ministro Admar Gonzaga, do TSE, concedeu o direito de resposta ao Partido dos Trabalhadores por considerar que a publicação não teve "qualquer cautela” e transmitiu a acusação de “forma ofensiva” e em “tom de certeza”.[45][46][47]

Em sua edição de Nº 2.436 de julho de 2015, a matéria de capa revelava ligações do ex-presidente Luiz Inácio "Lula" da Silva com o esquema de corrupção investigado pela "Operação Lava Jato". As acusações da revista são fundadas em suposta "intenção" do empreiteiro Léo Pinheiro em realizar uma delação premiada na qual colocaria o ex-presidente Lula como participante e beneficiado do esquema de corrupção. No entanto, em nota à imprensa publicada no dia 25/07/2015, o empresário afirma que as informações contidas na reportagem são falsas e que não há qualquer intenção em realizar uma delação premiada nesse sentido[48]. Como resultado, o ex-presidente entrou com uma ação judicial por reparação de danos morais contra os responsáveis pela revista[49][50].

Na mesma edição, a revista também publicou reportagem dos jornalistas Leslie Leitão e Thiago Prado que apresentava documento supostamente confidencial revelando a existência de uma conta do Senador Romário (PSB) em um banco suíço (BSI), contendo um valor de R$ 7,5 milhões não declarados à Receita Federal Brasileira[51]. O fato foi desmentido pelo próprio jogador que foi até Genebra para reclamar o valor, mas verificou a inexistência da conta em seu nome[52][53]. Em sua coluna eletrônica no Jornal "O GLOBO" [54] o jornalista Ricardo Noblat destacou possíveis ligações entre a Veja e o Prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB), dada a conveniência da publicação da reportagem no momento em que Romário aparece com 30% das intenções de voto na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro.

A revista também já foi alvo de diversos processos judiciais. Alguns dos litigantes foram partidos como PCdoB[55][56][57] e PT[58][59][60] mas também diversos políticos individualmente; entre eles, Erenice Guerra,[61][62] Luciana Genro,[63][64] José Genoino,[65][66] Roberto Marques,[67][68][69] Orestes Quércia,[70][71][72] Yeda Crusius,[73] Luiz Marinho,[74][75][76] Vicentinho,[77][78][79][80] Renan Calheiros[81][82] e Luiz Gushiken.[83], e já chegou a ser condenada em alguns casos, assim como absolvida em outros.

Colunistas

Slogans

  • VEJA, indispensável para o que você quer ser. (2011)
  • VEJA, indispensável para o país que queremos ser. (2009)
  • Quem lê Veja entende os dois lados. (2004)
  • Indispensável. (1998)
  • Os olhos do Brasil.
  • A revista mais lida e comentada do Brasil.
  • Veja e leia. (1968)

Ver também

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Referências

  1. «Tipos de Encartes». Site Oficial da Revista. Consultado em 9 de junho de 2010 
  2. a b Tabela Geral de Circulação.
  3. a b c d Civita, Roberto (5 de junho de 2013). «Memórias de um Editor». Veja (2324): 93-101. Consultado em 25 de junho de 2011 
  4. «O Grande Duelo no Mundo Comunista». Veja (1). 11 de setembro de 1968. Consultado em 25 de junho de 2011 
  5. «A capa caiu». Veja 30 Anos. Setembro de 1998. Consultado em 7 de julho de 2010 
  6. Inventário da estupidez
  7. O DELATOR DE COPACABANA
  8. Portal Imprensa, "A imprensa entre o "furo" e a "barriga", 24 de setembro de 2007
  9. «A nova fronteira científica do boimate». JusBrasil. Consultado em 7 de julho de 2010 
  10. «Correção». Editora Abril. Veja (774). 12 páginas. 6 de julho de 1983 
  11. «Impeachment de Collor faz 20 anos; relembre fatos que levaram à queda». 28 de Setembro de 2012. Consultado em 28 de Julho de 2014 
  12. Referendo da fumaça, Veja, 5 de outubro de 2005.
  13. [https://acesso.uol.com.br/login.html?dest=CONTENT&url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1410200504.htm&COD_PRODUTO=7 Deu a louca na revista "Veja"?, Folha de S. Paulo, 14 de outubro de 2005.
  14. Naspers journalists apologise for Apartheid
  15. Revista Veja, 5 de setembro de 2006, "O Grupo Abril, que edita VEJA, tem desde a sexta-feira passada um novo sócio, o grupo sul-africano Naspers, em Observatório da Imprensa, 10 de setembro de 2006
  16. Acervo Digital da Revista VEJA
  17. FORTES, Leandro. O Brasil de Cachoeira. Carta Capital. São Paulo: Confiança. Ano XVII, nº. 693, 18 de abril de 2012.
  18. «Para deputado, revista Veja é "o crime organizado fazendo jornalismo"». Rede Brasil Atual. Consultado em 18 de abril de 2012 
  19. «Há 2 ligações entre Policarpo e Cachoeira, não 200! Leiam o que dizem dois delegados da PF». Portal Veja. Consultado em 14 de maio de 2012 
  20. Mansur, Vinícius. «Demóstenes, Cachoeira e a Veja». Originalmente publicado por Carta Maior, republicado por Minuto Notícias. Consultado em 14 de maio de 2012 
  21. «Fatos e fitas» (só para assinantes). Jornal Folha de S.Paulo. Consultado em 14 de maio de 2012 
  22. «Fatos e fitas - reprodução de artigo do Jornal Folha de S.Paulo». Consultado em 14 de maio de 2012 
  23. Bajulação, ausência de crítica, subserviência e propaganda da ditadura. Era assim a Veja de Mino Carta e PHA em 1970
  24. ‘Os bons companheiros’, um artigo de Demétrio Magnoli
  25. Nunca ninguém elogiou a ditadura com tanto entusiasmo, denodo e servilismo como Mino Carta. E posso provar o que digo, é claro!
  26. A Veja odeia o Brasil, porque o dono é um perdedor
  27. «PSDB quer interpelar Lula sobre cerco ao STF». Veja. Consultado em 28 de maio de 2012 
  28. «Jobim nega pressão de Lula sobre STF para adiar julgamento do mensalão». Estadão. Consultado em 28 de maio de 2012 
  29. «Lula nega ter sugerido para ministro protelar julgamento do mensalão». G1. Consultado em 28 de maio de 2012 
  30. «Lula não ficou sozinho com Gilmar Mendes, diz Jobim». CartaCapital. Consultado em 28 de maio de 2012 
  31. O Caso Veja, de Luis Nassif
  32. «Canal da Imprensa». Consultado em 24 de Março de 2012 
  33. A escalada do muro, por Mino Carta
  34. Enfim, quem é radical?
  35. Não é preciso combater à sombra.
  36. Patética mídia nativa, por Mino Carta
  37. Mino Carta: "Hoje (a Veja) é um desastre total. É um bando de facínoras."
  38. PT e Farc: até os EUA duvidaram de denúncia da Veja, acessado em 28 de agosto de 2011
  39. TSE concede ao PT direito de resposta na Revista Veja, O Globo, 2 de agosto de 2010.
  40. http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-direito-de-resposta-e-a-resposta-do-direito/
  41. http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/eleicoes-2014/noticia/2014/10/revista-antecipa-edicao-com-suposta-delacao-de-doleiro-4627789.html
  42. Prédio da editora Abril é pichado durante protesto contra revista 'Veja'
  43. Sede da editora Abril é depredada
  44. Sede da Abril é pichada em protesto contra reportagem da 'Veja'
  45. http://www.cartacapital.com.br/blogs/carta-nas-eleicoes/veja-publica-direito-de-resposta-de-coligacao-de-dilma-rousseff-8970.html
  46. Direito de resposta, acessado em 26 de outubro de 2014
  47. Resposta do direito, A fragilidade da liberdade de expressão durante as eleições
  48. «Lula processa revista Veja por "farsa"; Época deve ser a próxima». Consultado em 30 de julho de 2015 
  49. «Ex-presidente Lula aciona a Justiça contra matéria de revista semanal - Notícias - R7 Brasil». noticias.r7.com. Consultado em 30 de julho de 2015 
  50. Rizério, Lara. «Lula entra com ação judicial contra revista Veja e pede reparação de danos morais». Consultado em 30 de julho de 2015 
  51. Leitão, Thiago Prado e Leslie. «Romário tem conta milionária na Suíça - e não a declarou ao Fisco | VEJA.com». Consultado em 30 de julho de 2015 
  52. País, Ediciones El. «Romário vai à Suíça para provar que não tem dinheiro escondido». Consultado em 30 de julho de 2015 
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  54. Noblat, Ricardo. «Quem disparou em Romário?». Consultado em 30 de julho de 2015 
  55. Protocoladas ações do PCdoB contra revistas Época e Veja
  56. As ações do PCdoB contra Veja e Época, Minuto Notícias
  57. As ações do PCdoB contra Veja e Época
  58. PT processa editora Abril por reportagens de "Veja"
  59. PT processa Veja em valor ainda não calculado
  60. PT diz que vai processar 'Estado', 'Veja' e promotor
  61. Erenice anuncia processo contra a Veja
  62. Ex-ministra da Casa Civil desiste de processo contra Revista Veja
  63. Luciana Genro irá processar revista Veja por reportagem mentirosa
  64. Luciana Genro irá processar revista Veja por reportagem mentirosa
  65. Revista Veja não tem de indenizar José Genoino
  66. Justiça nega pedido de Genoíno - Sentença reconhece que genuína atividade jornalística não dá ensejo à indenização
  67. Bob Marques, amigo de Dirceu, perde ação contra Veja
  68. Ação indenizatória - Roberto Marques, com o processo na íntegra
  69. Amigo de José Dirceu perde ação contra Veja
  70. Improcedência de ação movida por Orestes Quércia contra a Editora Abril
  71. Improcedência de ação movida por Orestes Quércia contra a Editora Abril
  72. Justiça nega pedido de indenização de Orestes Quércia à revista Veja
  73. Yeda decide processar VEJA por danos morais
  74. TJ/DF - Revista Veja é condenada a pagar R$ 50 mil de indenização a ex-presidente da CUT
  75. Editora Abril é condenada por danos morais a Luiz Marinho
  76. Editora Abril é condenada a indenizar Luiz Marinho, ex-presidente da CUT
  77. Vicentinho ganha direito de resposta na revista Veja
  78. Vicentinho ganha processo contra Veja, ABCD Maior
  79. Vicentinho ganha direito de resposta na revista Veja, Petista também entrou com ação por danos morais contra a publicação
  80. Vicentinho derrota Veja na Justiça
  81. Renan Calheiros perde processo contra revista Veja, Jurídico em Tela
  82. Processo na íntegra
  83. Gushiken fracassa em novo processo contra a Veja

Ligações externas

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