Vela (desporto)
O iatismo ou chamado de vela é o nome dado ao desporto que envolve barcos movidos exclusivamente por propulsão à vela, onde se emprega somente a força do vento como meio de deslocamento.[1] Genericamente, podemos dividir os barcos à vela em barcos monotipo e em barcos de oceâno ou cabinado, consoante a dimensão do barco e a possibilidade de residir a bordo.
Ver imagens e designações num esquema de veleiro.
Tipos
O desporto da vela classifica as embarcações segundo diferentes utilizações ou características e das quais se poderia falar de tipo de utilização, de tipo de equipagem e de tipo de casco [nota 1].
Tipo de utilização
Vela ligeira
Os vela ligeira, veleiros ligeiros, com patilhão amovível e para uma equipagem de um máximo de três pessoas [nota 2].
De cruzeiro
Os barcos de arlon cruzeiros, pequeno cruzeiro, cabinados ou corrida-cruzeiro [nota 3], por vela de vaga servirem às duas utilizações, são equipados com patilhão fixo, para uma equipagem de mais de três velejadores e a partir dos 6 m (20 ft) de comprimento,
Iate
Os iates, de tamanhos apreciáveis e com todo o tipo de mastreação.
Tipo de equipagem
O tipo de equipagem refere-se mais à equipagem de um veleiro que depende não só das especificações própria a uma dada classe de veleiro - um Laser ou as exigências de determinadas competições à vela.
Num veleiro ligeiro, o que se ocupa do leme é conhecido por isso como "o leme", pois utiliza a cana de leme, e o que se ocupa do estai por "o proa".
O número da tripulação (equipagem) varia segundo o tipo da embarcação e/ou das regras da prova e assim distinguem-se três tipos.
Só
só ou solitário; com um só velejador como no Laser, Optimist ou Moth ou nas provas chamadas em solitário como a Solitaire du Figaro
Duo
duo ou a dois; com dois velejadores como no 420, 470, 29er ou 49er ou segundo os regulamentos da prova como por exemplo a Transat em duo ou Transat a dois como também é chamada a Transat Jacques-Vabre
Equipa
em equipa; como no SB3 ou iates com uma equipagem de três ou mais velejadores
Tipo de vela
Refere-se à forma, e ao nome porque são conhecida ou às suas características. Ex vela tipo Marconni
Tipo de competição
As competições à vela incluem os mais diferentes tipos de embarcações, separadas em categorias, conhecidas como classes, podendo ter um ou mais tripulantes. Existem dois tipos principais de competição, a regata e a corrida
Regata
As competições da vela são formadas regatas, quando o percurso a efectuar é identificado com bóias. As regatas ainda se podem dividir em dois grandes tipos, a regata em flotilha, com um a participação de vários concorrentes, e o duelo, o "match-racing", como na Taça América.
Existem três tipos comuns de regata, a competição convencional, onde todos os barcos competem entre si. Existe o match-race que é a forma de regata, barco contra barco; com uma contagem de pontos diferente da regata convencional; sendo o match-race mais famoso a America's Cup, que também é a regata e competição esportiva mais antiga do mundo. A terceira e menos comum, normalmente praticada em barcos de monotipo, é a regata em equipe, que consiste em um complexo sistema de pontuação onde as equipes (normalmente separada por Clubes) competem umas contra as outras.
Destro das regata, há uma variante a que se chama regata por etapa, onde cada prova tem lugar num ponto diferente com um tempo de repouso entre cada etapa. É assim o Volta à França à vela ou a Volvo Ocean Race (ex-Withbread), uma volta ao mundo à vela por etapas.
Corrida
As corridas não são regatas porque os competidores não partem ao mesmo tempo como numa regata.
Neste tipo de competição, as embarcações devem ligar dois pontos com eventual passagem por um ou mais pontos intermédios. Esta competição pode ter lugar com um só marinheiro a bordo, as corridas em solitário como na Solitaire du Figaro, "a dois" como na Transat Jacques-Vabre, ou com vários membros de equipagem.
Tipo de casco
Em relação ao numero de cascos uma embarcação, veleiro ou não, pode ser chamada de monocasco, quando só tem um casco, ou de multicasco quando têm mais de um casco , como o trimaran que tem três.:
Classificação
Normalmente, a cada regata o barco soma determinado números de pontos, de acordo com sua posição de chegada, e vence a competição aquele que somar o menor número de pontos ao final da série de regatas, mas na realidade há dois métodos na classificação de uma prova que são os chamados tempo real quando se trata de uma prova só com barcos do mesmo tipo (monotipos) e o do tempo compensado quando a cada barco é enfectado um handicap de tempo em função das diferenças de "jauge".
Nevagação à vela
Para orientar a direcção de um barco à vela usa-se o leme, peça submersa e normalmente ligada ao casco no painel de popa ou próximo deste e na sua posição natural está alinhado ao comprimento da embarcação.
É mudando a direcção do leme que alteramos o rumo ora para bombordo, se o leme (não a cana do leme!) for deslocado para a esquerda, ora para estibordo, se for deslocado para a direita.[2]
Mareações
- Bolina cerrada: Andar o mais perto possivel do vento, velas caçadas totalmente caçadas. Patilhão totalmente para baixo
- Bolina: Andar perto do vento, mas mais longe do que na bolina cerrada, velas bem caçadas.
- Largo: Vento a entrar pelo lado do barco. Forma mais fácil e rápida de navegar, velas caçadas até metade. Patilhão levantado até metade.
- Largo aberto: Navegar mais afastado do vento, velas mais folgadas do que no largo.
- Popa: Vento ligeiramente de um dos lados da popa, mais facil manobrar o barco do que á popa rasada,velas bem folgadas.
- Popa rasada: Vento de trás do barco, barco é muito instavel, as velas totalmente folgadas. Patilhão totalmente levantado.
Classes vela ligeira
Os Vela ligeira são todos monotipos o que quer dizer que só podem ser modificados segundo os regulamentos pré-definidos. São divididos em classes, pelo que quando se fala de um Laser estámo-nos a referir ao veleiro e à classe a que pertence. Em Portugal essa classificação é reconhecida pela Fed. Portuguesa de Vela [3].
Entre outros, podemos designar os veleiros ligeiros para um único velejador como o Laser, para dois velejadores como o 420 ou para mais de dois como o Yngling. Imagens de alguns veleiros ligeiros .
Velejadores famosos
A vela é um esporte nos olímpico desde 1900. É uma das modalidades que mais rendeu medalhas olímpicas ao Brasil.[4]
- Sir Peter Blake - NZ
- João Cabeçadas - POR
- Lars Grael e Torben Grael - BRA
- Amyr Klink - BRA
- Francisco Lobato - POR
- Ellen MacArthur - ENG
- André Mirsky e Sérgio Mirsky - BRA
- Bruno Prada - BRA
- Irmãos Quina - José e Mário Quina - POR
- Robert Scheidt - BRA
- Joshua Slocum - USA
- Marcos Soares - BRA
- Éric Tabarly - FRA
- Ben Ainslie - GBR
Regatas de Nível Mundial
Oceanicas
Ver também
Referências
- ↑ Infopédia, Enciclopédia de Língua Portuguesa. «Vela». Porto Editora. Consultado em 6 de fevereiro de 2016
- ↑ Associação Nacional de Cruzeiros
- ↑ Fed. Portuguesa de Vela
- ↑ História do Iatismo no Brasil (por Adriana Fernandes, publicado em 19/01/2013, site 360 Graus Terra)
Notas
- ↑ A utilização da palavra tipo foi feita mais por razões didácticas que por utilização corrente
- ↑ Resposta da Marina de Cascais : Estivemos a verificar com os nossos marinheiros... 1) os pequenos veleiros >> veleiro de vela ligeira. 2) os veleiros equipados com um quilha lastrada >> Pequeno Cruzeiro
- ↑ Course-croisière é o termo empregue pelos estaleiros navais Franceses