Viade de Baixo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Portugal Viade de Baixo 
  Freguesia portuguesa extinta  
Localização
Mapa
Mapa de Viade de Baixo
Coordenadas 41° 45' 38" N 7° 51' 49" O
Município primitivo Montalegre
História
Extinção 28 de janeiro de 2013
Características geográficas
Área total 42,00 km²

Viade de Baixo é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Montalegre, com 42,00 km² de área e 675 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 16,1 hab/km².
Foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013,[1] sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas.

A freguesia é composta pelas aldeias de Parafita, Friães, Antigo de Viade, Viade de Baixo, Viade de Cima, Brandim, Pisões, Lama da Missa e Telhado.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [2]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 138 1 257 1 270 1 309 1 322 1 229 1 274 1 348 1 469 6 042 1 488 1 378 1 001 781 675

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Património da Aldeia de Parafita[editar | editar código-fonte]

Património da Aldeia de Viade de Baixo[editar | editar código-fonte]

  • Alminhas da Custarela (entrada nascente da aldeia).
  • Fachada principal e capelinha de S. Thomé (casa de habitação dos Matias).
  • Igreja matriz.
  • Marco miliário (largo da seara) este monumento encontrava-se na estrada romana, na aldeia de Cantina, que hoje se encontra submersa pelas águas da albufeira, tendo sido resgatado pela população de Viade de Baixo e colocado na berma da estrada nacional 103, ao pé da Maria do Firmino na Cruz da Arouça. Mais tarde foi deslocado para o referido largo, em virtude de a CMM o querer levar para a vila.
  • Casa dos queridos, monumento de interesse público, com o seu brasão sob o portão principal, e a capelinha de St.ª Rita; tudo isto em muito mau estado de conservação. Nos seus terrenos interiores, em frente ao portão principal, existiu uma eira com pavimento em granito e um canastro, tendo estes sido retirados para um terreno dos da Benta em frente da capela da Sr.ª do Rosário, a onde ainda se encontram.
  • Capelinha de N. Sr.ª do Rosário e o seu cruzeiro em frente da fachada principal, (mais antiga que a igreja matriz).
  • Capelinha de St.º António e S. Salvador.
  • Alminhas de St.º António no largo da seara, onde antigamente chegou a existir um santo António em madeira, mas como não exista porta, todas as crianças que por ali andavam a brincar, pegavam nele e divertiam-se, até que desapareceu.

Estas alminhas estão ligadas a procissão do referido santo, que todos os anos se realizavam, entre a igreja paroquial e a capelinha.

Ultimamente este percurso já não se realiza, devido à falta de coragem das pessoas.

  • Fornos do povo, onde se cosia o pão, um na parte mais alta e outro na mais baixa da aldeia, estes fornos eram aquecidos de 15 em quinze dias com lenha de urze a que chamavam rama, sendo os lavradores sempre os primeiros, porque gastava-se sempre mais lenha no início, depois era só mantelo quente, até todos cozerem, funcionando 24h durante uns dias.

Mais tarde o seu calor, era aproveitado nas noites frias pelos nómadas, que andavam a pedir e por lá pernoitavam.

  • Fontes escavadas nas rochas, onde o povo se abastecia de água para o seu uso diário.

Fonte do carvalho; fonte do paço e fonte da lama (antes de existir água canalizada).

Aldeia de Pisões[editar | editar código-fonte]

  • Este nome só apareceu nos anos 60 aquando da construção da barragem assim como as habitações que por ali se foram fazendo. PISÃO, era um moinho movido a água e situava-se na margem esquerda do rio Rabagão, no sentido descendente, junto ao muro da barragem do lado da Lama da Missa, e pertencia a uma família da Aldeia de Viade de Baixo, sendo essa família conhecida pelos do pisão, existindo no ano 2009 ainda descendentes com esse apelido.
  • Este pisão servia para pisuar bureis; estes bureis eram tecidos nos teares artesanais, com lã de ovelha preta, em tipo passadeira, com +- 1 metro de largo. Depois iam para o referido pisão, para serem pisuados com água quente, para a lã se tornar mais macia. Depois destes processos, o referido burel servia para fazer capas e mantas para as pessoas se protegerem do frio.
  • O local onde se situa a actual aldeia de Pisões, era conhecido por ALEM PASSA, que segundo resa a história, quando das invasões Francesas, as tropas encontravam-se nesse local com dificuldades em passar os ribeiros que levavam muita água, e alguém lhes indicou, além passa, que seria a ponte romana, junto à aldeia de Cantina, que hoje se encontra submersa pelas águas da albufeira, ficando assim conhecido o referido local como ALEMPASSA.

Referências

  1. Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
Ícone de esboço Este artigo sobre freguesias portuguesas é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.