Vila Sésamo

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 Nota: Se procura a versão portuguesa, veja Rua Sésamo.
 Nota: Para programa de 2007, veja Vila Sésamo (2007).
 Nota: Para programa de 2017, veja Sésamo (2017).
Vila Sésamo
Vila Sésamo
Informação geral
Formato série
Duração 1 hora
30 min
Criador(es) Cláudio Petraglia
Baseado em Sesame Street, criado por
Joan Ganz Cooney &
Lloyd Morrisett
País de origem Brasil Brasil
Idioma original português
Produção
Produtor(es) Jayme Leite de Godoy Camargo
Tema de abertura Alegria da vida, de Paulo Sérgio Valle
Tema de encerramento Alegria da vida (sem letras) instrumental
Exibição
Emissora original TV Cultura (1972-1974)
TV Globo (1972-1977)
Transmissão original 12 de outubro de 19724 de março de 1977

Vila Sésamo é uma série infantil sendo coprodução brasileira entre a TV Globo e a TV Cultura do popular programa de televisão infantil norte-americana Sesame Street, que originalmente estreou em 12 de outubro de 1972 e ficou no ar até 4 de março de 1977. Uma nova versão foi produzida a partir de 2017 sob o nome Sésamo.

O programa[editar | editar código-fonte]

A série infantil original começou a ser transmitido em 12 de outubro de 1972. A ideia de criar a adaptação do Sesame Street foi de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni), então diretor da Central Globo de Produções (uma divisão da TV Globo), e de Claudio Petraglia, diretor da TV Cultura de São Paulo. Na época, a TV Cultura e a TV Globo estavam bastante interessadas em adaptar o programa norte-americano. Como a TV Globo inicialmente não tinha estúdios para filmar o seriado, foi criada uma parceria entre as emissoras. Eis o motivo de Vila Sésamo ter sido exibida pelas duas emissoras até 1974, quando a TV Globo assumiu totalmente a produção do programa.[1]

Conseguidos os direitos da Children's Television Workshop, Vila Sésamo teve sua estreia na TV. Era exibido às 10h45 e 16h, e durava de meia a uma hora. Era um programa que trazia noções educativas para as crianças, mas de um modo que não fosse chato, que mesclava a educação com a diversão e uma boa dose de humor. O cenário, era uma vila onde pessoas e bonecos conviviam com crianças. Ao longo das três fases do programa, eram abordados temas diferentes como as letras, os números, as cores, a higiene, o respeito no trânsito, e outros. Tudo isso acompanhado de desenhos animados e canções compostas pelos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle.[1]

Foi a partir de 1973 que Vila Sésamo foi completamente nacionalizada. Foi nesse ano que surgiram as versões brasileiras dos famosos bonecos Garibaldo, Gugu e Funga-Funga. Estes bonecos, que marcaram a televisão brasileira, foram confeccionados pelo premiado dramaturgo, cenógrafo e figurinista Naum Alves de Sousa (1973 a 1977), que adaptou as personagens da versão original norte-americana para a televisão brasileira.

Uma outra novidade era as participações de crianças carentes entre 3 e 10 anos. As únicas cenas não produzidas no Brasil eram as dos bonecos criados por Jim Henson (Muppet Show), personagens do Sesame Street.[1]

Com o tempo, surgiram novas temáticas e novos personagens. Foi um grande sucesso infantil na TV brasileira. Vila Sésamo só deixou de ser exibida em 1977, por causa dos altos custos da produção e também pelo fim do contrato com a emissora norte-americana. Sua última exibição foi em 4 de março de 1977.[1]

O cenário de Vila Sésamo era uma vila operária onde conviviam crianças, adultos e bonecos. Muitos destes personagens são lembrados até hoje pelas pessoas que assistiram ao seriado quando crianças.

Personagens[editar | editar código-fonte]

Havia Garibaldo, um pássaro gigante bastante levado e desengonçado,que adorava aprender coisas novas. Ele vivia discutindo com Gugu, um boneco bem mau-humorado, que não gostava de sair do barril em que morava. Também existia o Funga-Funga, um Tamanduá bem estranho, que adorava cantar e vivia deprimido, pois não o viam como gente. Era o amigo imaginário de Garibaldo, portanto só aparecia para o amigo e para as crianças.

Além dos bonecos, existiam personagens adultos. Há Juca, um operário que sabia consertar qualquer coisa; ele era casado com Gabriela, uma moça graciosa, que gostava de praticar ginástica e era uma grande cozinheira. Havia Ana Maria, a professora da escolinha de Vila Sésamo, bastante animada e divertida, era a namorada de Antônio, um motorista de caminhão. Ainda existia o Seu Almeida, dono da venda da vila.

Esses eram os principais personagens do programa, mas ao longo das três fases, Vila Sésamo recebia cada vez mais personagens, pois ainda havia o Edifício, o Professor Leão, o Bruno, o Jujuba, o Marinheiro, o Bidu e muitos outros.

Fases do programa[editar | editar código-fonte]

De 1972 a 1977, Vila Sésamo teve ao todo três fases:

Vila Sésamo I (1972 a 1974) - Foi a fase de estreia do programa, quando ainda era exibido pela TV Cultura e pela Rede Globo. Nesta fase, se cumpriam todas a normas da emissora norte-americana. Por isso eram exibidas um maior número das cenas do Sesame Street, e a apresentação de quadros temáticos em ordem repetitiva. Mas foi a partir de 1973, que Vila Sésamo foi totalmente nacionalizada, com novos personagens, novas músicas, novos roteiros… Uma verdadeira "revolução nacional" no programa. Durou até o ano de 1974, quando a Rede Globo assumiu toda a produção do seriado.[1]

Vila Sésamo II (1974 a 1975) - Nesta fase, foram adquiridos novos quadros temáticos, os cenários foram ampliados e Vila Sésamo contou com aproximadamente 800 crianças.[1]

Vila Sésamo III (1975 a 1977) - Na terceira e última fase do programa foram acrescentados novos personagens, além de mais novas temáticas. As únicas cenas não feitas na produção eram as cenas entre Ênio e Beto (cenas do seriado original). Com o fim desta fase, também veio o fim do programa.[1]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Bonecos[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g Memória Globo. «Vila Sésamo». Consultado em 6 de janeiro de 2018. Cópia arquivada em 26 de abril de 2013 
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