Vilar de Maçada

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Portugal Portugal Vilar de Maçada 
  Freguesia  
Vilar de Maçada
Vilar de Maçada
Vilar de Maçada
Localização
Vilar de Maçada está localizado em: Portugal Continental
Vilar de Maçada
Localização de Vilar de Maçada em Portugal
Coordenadas 41° 19' 35" N 7° 33' 31" O
Região Norte
Sub-região Douro
Distrito Vila Real
Município Alijó
Código 170118
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 20,19 km²
População total (2021) 816 hab.
Densidade 40,4 hab./km²
Código postal 5070-576
Outras informações
Orago Nossa Senhora da Assunção, Senhor Jesus da Capelinha e Santa Bárbara

Vilar de Maçada é uma vila portuguesa sede da Freguesia de Vilar de Maçada, do Município de Alijó, freguesia com 20,19 km² de área[1] e 816 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, assim, uma densidade populacional de 40,4 hab./km².

A povoação de Vilar de Maçada foi elevada à categoria de vila em 1993.[3]

Pertencente a Vila Real até às Reformas Liberais, em 1834 foi desanexada daquele e elevada a vila e sede de concelho, estatuto que manteve até 1853. Era constituído pelas freguesias de Ribalonga, Vila Verde, Vilar de Maçada, Parada de Pinhão, São Lourenço de Ribapinhão e Torre do Pinhão. Em 1849 tinha 5669 habitantes. Com a extinção do concelho de Vilar de Maçada, as suas freguesias passaram para o concelho de Alijó; em 1855, três delas (as de Pinhão) foram transferidas para o concelho de Sabrosa.

Demografia[editar | editar código-fonte]

A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de Vilar de Maçada[4]
AnoPop.±%
1864 1 771—    
1878 1 828+3.2%
1890 1 879+2.8%
1900 2 099+11.7%
1911 1 747−16.8%
1920 1 646−5.8%
1930 1 858+12.9%
1940 2 084+12.2%
1950 2 241+7.5%
1960 2 110−5.8%
1970 1 620−23.2%
1981 1 598−1.4%
1991 1 250−21.8%
2001 1 236−1.1%
2011 915−26.0%
2021 816−10.8%
Distribuição da População por Grupos Etários[5]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 160 204 603 269
2011 88 86 462 279
2021 61 53 389 313

História[editar | editar código-fonte]

A vila de Vilar de Maçada, situada na margem esquerda do rio Pinhão, era já propriedade da Coroa em 1198.

Sendo pela primeira vez mencionada num documento de 1189, a freguesia de Vilar de Maçada é, a partir das Inquirições de 1220, alvo de múltiplas referências documentais.[6]

O foral de D. Afonso III data de 2 de maio de 1253. Em 1834 Vilar de Maçada torna-se sede de um pequeno concelho que seria extinto por decreto de 31 de Dezembro de 1853.[6]

A Ordem de Malta deteve aqui significativos bens. Razão pela qual o brasão de armas da freguesia ostenta, em chefe, a cruz oitavada daquela importante e antiquíssima Ordem Religiosa e Militar[7].

Consta nesta povoação que antigamente, altura de prosperidade do rei, Vilar de Maçada tinha o nome de “Vilar de Nossa Senhora da Assunção” e num período em que Portugal andava em guerra com Castela, um fidalgo mouro, ao serviço de D. João I, armado de uma maça, matou um soldado castelhano que se preparava para assassinar traiçoeiramente o rei. Em recompensa por esse feito tão corajoso, o rei deu as terras ao mouro, passando estas a chamarem-se de Vilar de Maçada.

Porém, os vestígios pré-históricos, como um sarcófago, os castros que posteriormente foram romanizados, onde foram encontradas lápides consagradas aos deuses romanos, entre as quais uma muito importante, consagrada ao deus Júpiter, são indícios mais do que evidentes da sua humanização de longos séculos.

Figuras Ilustres[editar | editar código-fonte]

Agricultura[editar | editar código-fonte]

A principal cultura produzida nos seus solos, é a vitivinicultura. Aqui são feitos e produzidos principalmente vinhos Tintos e também vinhos brancos de mesa de uma superior qualidade.

Religião[editar | editar código-fonte]

O orago desta Vila é Nossa Senhora da Assunção[6] e os padroeiros são o Senhor Jesus da Capelinha e Santa Bárbara cuja festa em sua honra se realiza anualmente no segundo domingo do mês de Julho.

No que respeita ao património religioso, existe a igreja matriz, do século XVII (1753), com uma só nave, um altar-mor e quatro altares laterais, todos em talha dourada. O teto é em madeira, apainelado e com diversas pinturas sagradas a óleo.

Possui ainda um Santuário (de Santa Bárbara e do Senhor Jesus da Capelinha), várias capelas, castros de Vilar de Maçada e Francelos, casas brasonadas de antigas famílias fidalgas como são o caso dos Pizarro Portocarrero, dos Pinto Pizarro, Pinto de Mesquita e Pinto Pimentel, edifício do Centro de Dia, marco Pombalino, fonte pública e lavadouros, alminhas e várias quintas circundantes.

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

Cabrito assado com arroz de forno, tripas, raia frita ou cozida, favas estufadas com carne de porco, arroz de carne, linguiça, salpicão e vinhos finos e de mesa.

Artesanato[editar | editar código-fonte]

  • Rendas e bordados
  • Ferrador

Coletividades[editar | editar código-fonte]

  • Centro Social, Recreativo e Cultural de Vilar de Maçada
  • Grupo Artístico e Cultural de Vilar de Maçada
  • MARCHA VIVA - Associação
  • "OS CHARRUAS" - Grupo de Bombos
  • Associação Juvenil Sócio-Cultural de Cabeda
  • Fábrica da Igreja Paroquial de Vilar de Maçada
  • Associação para o Desenvolvimento Comunitário de Vilar de Maçada
  • Associação das Vindimadeiras do Douro

Povoações[editar | editar código-fonte]

  • Vilar de Maçada
  • Cabêda
  • Francelos
  • Sanradela

Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. Diário da República n.º 153/1993, Série I-A de 1993-07-02, páginas 3638 - 3638
  4. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  5. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  6. a b c «Paróquia de Vilar de Maçada». Arquivo Distrital de Vila Real. Consultado em 26 de março de 2016 
  7. PINHO, António Brandão de (2017). A Cruz da Ordem de Malta nos Brasões Autárquicos Portugueses. Lisboa: Chiado Editora. 426 páginas. Consultado em 28 de agosto de 2017 
  8. Reis, Luciano (janeiro de 2005). Divas do Teatro português. Lisboa: Sete Caminhos. p. 24. ISBN 989-602-033-7 
  9. Teatro Diogo Bernardes (PDF). Ponte de Lima: Arquivo de Ponte de Lima e Câmara Municipal de Ponte de Lima. 4 de março de 1999. p. 12 (pdf p.14). Consultado em 26 de março de 2016. Arquivado do original (PDF) em 26 de março de 2016 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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