Wagner (Bahia)
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Município do Brasil | ||
Hino | ||
Gentílico | wagnense ou wagneriano | |
Localização | ||
Localização de Wagner na Bahia | ||
Localização de Wagner no Brasil | ||
Mapa de Wagner | ||
Coordenadas | ||
País | Brasil | |
Unidade federativa | Bahia | |
Municípios limítrofes | Bonito, Utinga, Rui Barbosa, Lajedinho e Lençóis. | |
Distância até a capital | 390 km | |
História | ||
Fundação | 1906 | |
Características geográficas | ||
Área total [1] | 415,819 km² | |
População total (IBGE/2010[2]) | 8 983 hab. | |
Densidade | 21,6 hab./km² | |
Clima | Não disponível | |
Altitude | 460 m | |
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | |
Indicadores | ||
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,61 — médio | |
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 36 267,379 mil | |
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 4 107,29 |
Wagner é um município brasileiro do estado da Bahia. Localiza-se a uma latitude 12º17'13" sul e a uma longitude 41º10'06" oeste distando 390 km da capital Salvador a uma altitude de 460 metros na Chapada Diamantina. Sua população estimada em 2004 era de 9 562 habitantes. Possui uma área de 417,595 km² e é circunvizinhada pelos municípios: Ruy Barbosa, Lagedinho, Lençóis, Utinga e Bonito. O acesso principal se dá pela BR-242, seguindo depois ao norte pela a BA-142.
História
O município de Wagner surgiu nas margens do rio Utinga devido à criação de um colégio - O Instituto Ponte Nova (I.P.N.), em 1906 por missionários presbiterianos oriundos dos Estados Unidos da América que formaram a Missão Central do Brasil, destacando-se o médico norteamericano Walter Welcome Wood.
Já existia, contudo, um grande povoado às margens do Rio Cachoeirinha, de nome Cachoeirinha (Wagner), lugar de prodígio e progresso. Ao seu redor é fundado o referido colégio após a compra de terrenos por americanos em missão religiosa em busca da divulgação do Presbiterianismo (presbyterianism). Na época, somente três outras localidades - Salvador, Ilheus e Caetité - baianas forneciam ensino de segundo grau (o que se denomina, atualmente, de Ensino médio. Decorre daí a importância histórica desse colégio, que provocou a vinda para aquela região de pessoas, famílias inteiras em busca de escolaridade. Conforme relata Belamy Macêdo de Almeida em seu livro Ponte-Nova: Construindo o futuro olhando no retrovisor, o nome "Wagner" que batizou este município, deve-se a um alemão chamado Franz Wagner, que em 1890, durante uma grande sêca ocorrida na época, prestara auxílio aos flagelados da mesma.
Em 1915, foi promulgada a Lei Estadual nº 1.116, de 21 de agosto daquele ano, que criava a Vila e Município de Wagner, desmembrado do município de Morro do Chapéu.
O Instituto Ponte Nova foi referência de educação por muitos anos no interior baiano até princípios da década de 1970, quando a missão americana se retirou do local. Antes de Wagner, o local teve outras denominações: Ponte Nova e Itacira.
Apesar de ser um município pequeno, Wagner tem a honra de ter entre seus ilustres moradores, professores do mais alto nível que influenciaram todo o estado da Bahia e até algumas regiões do Brasil.
- Profª. Dalila Costa (in memoriam)
- Profª. Adalgisa Martins de Oliveira (In Memoriam)
- Profª. Belamy Macedo de Almeida (in memoriam)
- Prof. Raymundo Passos dos Santos(in memoriam)
- Profª. Alexandrina Passos Santos (Professora universitária do UNICEUB)
Prefeitos
- José Benício de Matos
- Jonas Dias de Araújo
- José Benício de Mattos
- Raymundo Passos dos Santos
- José Benício de Matos
- Jairo Hayne Bastos
- Evangivaldo Evangelista Matos
- Elicivaldo Nobre da Silva
- Lucas Graham de Araújo
- Iris Alencar Fernandes da Silva
- Evangivaldo Evangelista Matos
- Elter Silva Bastos
- Elter Silva Bastos
Folclore
As lendas mais conhecidas em Wagner e passadas de pai para filho como a mais pura verdade são: O curupira, figura que tem os pés invertidos, que deixam os rastros contrários ao seu movimento para ludibriar os inimigos.
O Lobisomem, que aparece em noites de lua cheia, geralmente uma quinta ou sexta-feira. Há quem afirme categoricamente tê-lo visto e descreve: " Tem asas, voa lento a uma meia altura e, por isso, não deixa rastos, assemelha-se a um morcego grande e atiça a cachorrada que vive as soltas nas ruas de Wagner, Cachoeirinha e Vargem dos Bois ( ambos distritos de Wagner)".
O Pé-de-Garrafa, que deixa um rastro tipo do fundo de uma garrafa e que vive nas altas matas do cerrado a gritar e assustar quem passa pelas estradas.
A Dona-do-Mato ou Caipora, ser lendário, tão famoso quanto o Lobisomem. Vive nas matas e tem por função proteger os animais contra os caçadores. Assusta os homens nas matas, esconde os animais almejados, mas tem uma fraqueza: é viciada em fumo. É sabido de todos que ela, a Dona-do-Mato troca seus animais por uma "capinha de fumo".
A lenda do Corisco : Durante as tempestades de trovões no momento do relâmpago cai um corisco, pedra em forma de cunha que frequentemente é encontrada na região. Quando de sua queda, quebra árvores e deixa um buraco no chão, onde se afunda a uma profundidade de sete palmos (um metro e meio); aflora depois de sete anos ao subir um palmo a cada ano. É incontestável e não há prova insofismável que desdiz tal crendice frente à população Wagneriana (Pontenovense), sobretudo àquela da zona rural. Há, ainda, a personificação da desgraça como sendo um ser também chamado de Pelada, e que atanaza a vida das pessoas que em momentos de fraqueza chamam por ela.
Quanto às festas populares , temos o São João, onde as quadrilhas e pau-de-fita são a sensação. Temos a Semana Santa, quando no Domingo de Páscoa festas populares com quebra pote e pau-de-sebo. A Festa de Vaqueiros no mês de abril. É comum um domingo de corrida de argolinha reunindo os vaqueiros e bons cavalos de toda a região. Faz parte da cultura os famosos ternos de reis, grupos católicos enfeitados com pandeiros, violas e outros instrumentos mais toscos que percorrem casas entre os dias vinte e quatro de dezembro e seis de janeiro, encerrando com uma grande reza em devoção a Santo Reis (os Três Reis Magos). Alguns ternos de reis marcaram história como o terno de "finado Sinó", o extinto terno de Dêja, e o de Antônio Melindro. Atuam ainda em 2007 os ternos de Libório, o de Gerônimo, de Zé Mãozinha, o de Izidório e o de Eugênio, todos movidos à devoção, diversão e cachaça.
Bibliografia
ALMEIDA, Belamy Macedo de. Ponte-Nova: Construindo o futuro olhando no retrovisor. Wagner, 2006.
NASCIMENTO, Ester Fraga Vilas-Bôas Carvalho do. Norte-americanos na Bahia: o projeto civilizador dos missionários presbiterianos. Revista da FACED, Salvador, n. 11, p. 101-113, jan./jun. 2007.
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Cachoeira do Pilão no Distrito de Cachoeirinha.
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Rio no Distrito de Cachoeirinha.
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010