Waguinho (político)

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Wagner dos Santos Carneiro
Waguinho
Waguinho (político)
Wagner dos Santos Carneiro
7.º Prefeito de Belford Roxo
Período 1º de janeiro de 2017
até a atualidade
Vice-prefeito Márcio Canella (2017–2019)
Nenhum (2019–2021)

Marcelo Canella (2021-presente)

Antecessor(a) Dennis Dauttmam
Deputado Estadual pelo Rio de Janeiro
Período 1º de fevereiro de 2011
até 1º de janeiro de 2017
Vereador de Belford Roxo
Período 1º de fevereiro de 2009
até 1º de fevereiro de 2011
Dados pessoais
Nascimento 29 de outubro de 1971 (52 anos)
Belford Roxo, Rio de Janeiro, Brasil
Cônjuge Daniela Carneiro
Partido PSDB (2003-2007)
PRTB (2007-2013)
MDB (2013-2021)
PSL (2021-2022)
UNIÃO (2022-2023)
Republicanos (2023-atualmente)
Religião Evangélico
Profissão Funcionário Público

Wagner dos Santos Carneiro, mais conhecido como Waguinho [1][2] (Belford Roxo, 29 de outubro de 1971) é um político brasileiro, filiado ao Republicanos.[3] Formado em direito pela UniverCidade, eleito deputado estadual pelo estado do Rio de Janeiro por dois mandatos e atual prefeito de Belford Roxo.

Biografia e vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Filho de Ângela dos Santos Carneiro e Hamilton Francisco Carneiro, Waguinho teve uma enfermidade que foi diagnosticada como febre reumática.[necessário esclarecer] Esta doença fez com que suas juntas paralisassem e o impossibilitasse de mover o pescoço. Na ocasião, sua mãe recebeu um convite para visitar a Igreja Evangélica Casa da Benção e, através da sua fé, em uma grande corrente de oração, Waguinho se curou em 1984.[carece de fontes?]

Estudou o primário na Escola Municipal Heliópolis e o ginásio no Colégio Estadual Gustavo Barroso. Cursou o ensino médio integrado no Colégio Estadual Presidente Kennedy com o curso técnico em contabilidade. Aos 16 anos pediu ao pai que reformasse as máquinas do Colégio Estadual Presidente Kennedy sem cobrar pelo serviço, uma vez que sendo aluno ele seria beneficiado pela melhoria.

Publicou um livro de autopromoção, De faxineiro a presidente, minha luta por Belford Roxo, contando sua história de ascensão política a partir da pobreza.[4] Numa feira de promoção cultural da Baixada Fluminense, no qual o livro estava em destaque no balcão de Belford Roxo, um jornalista ressaltou que "da cultura da cidade não há uma só linha no livro".[4]

Casou-se com Daniela de Souza Mothé Carneiro, sua primeira e única namorada, em 1999,[carece de fontes?] com quem teve dois filhos — Nathan e Calebe.[5]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Começou a trabalhar na Câmara dos Vereadores de Belford Roxo como faxineiro. Foi aprovado em concurso e designado como assessor para a presidência da Câmara. Em 2008, foi eleito vereador pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro com um total de 5 413 votos, sendo o mais votado da história da cidade até então. Logo no começo do seu mandato, foi eleito Presidente da Câmara Municipal.

Candidatou-se a deputado estadual em 2010, se elegendo com 34 820 votos. Foi reeleito em 2014 com 53.835 votos pelo PMDB. Foi quando se tornou presidente da Comissão Permanente de Minas e Energia na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e se tornou vice-líder do PMDB.

Se candidatou à prefeitura de Belford Roxo pela primeira vez em 2012, quando chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Dennis Dauttmam (PCdoB).[6]

Na eleição de 2016, concorreu pela segunda vez e conseguiu se eleger. O prefeito Dennis decidiu não se candidatar novamente.[7] No primeiro turno, obteve 49,46% dos votos válidos (102 777 votos) e se consagrou prefeito no segundo turno com 56,99% (117 352 votos). Waguinho chegou a ter a vitória proclamada ainda em primeiro turno, mas, em 10 de outubro de 2016, o TRE-RJ determinou a realização do segundo turno após deferir através de recurso a candidatura de seu oponente, o também deputado estadual Deodalto José Ferreira (DEM).[8]

Ao assumir a prefeitura, Waguinho exonerou mais de dois mil funcionários, numa tentativa de conter gastos. A imprensa destacou, no entanto, que tanto sua esposa quanto os funcionários da sua pasta foram mantidos.[9] O prefeito decidiu parcelar os salários atrasados dos funcionários públicos, para conseguir garantir seu pagamento.[10]

Em novembro de 2017, o Ministério Público do Rio de Janeiro fez uma reclamação contra Waguinho por nepotismo: a primeira-dama, Daniela Carneiro, foi nomeada para a Secretaria de Assistência e Cidadania, enquanto a irmã do prefeito, Fabiane dos Santos Carneiro, foi nomeada para a Secretaria de Proteção aos Animais.[11]

Em março de 2018, Waguinho e seu vice tiveram os diplomas eleitorais cassados por caixa dois.[12] Durante as eleições de 2018, Waguinho recebeu voz de prisão pelo crime de boca de urna; o prefeito fugiu do local e não foi preso, já que não foi expedido nenhum mandado de prisão.[13]

Waguinho aliou-se com o Partido dos Trabalhadores durante as eleições de 2020. Várias tendências menores do PT foram contrárias à aliança, preocupadas especialmente com possível eleição de Benedita da Silva à prefeitura do Rio. A decisão de aliança com Waguinho foi afinal aprovada no PT em agosto, por 29 votos a 25 (com onze abstenções). Washington Quaquá, o principal apoiador da aliança, respondeu críticas internas dizendo que: "A política brasileira é absolutamente contraditória. A base da sociedade é pura contradição. […] Essa turma [do PT] que é contra adora teorizar a Baixada tomando chope em Ipanema".[14]

Na eleição municipal de 2020, Waguinho se tornou o primeiro prefeito reeleito da história de Belford Roxo, ao obter 80,40% dos votos válidos (162 720 votos), sendo o mais votado da região metropolitana do Rio de Janeiro.

Em 29 de outubro de 2023, Clayton Damaceno, um aliado de Waguinho e pré-candidato a vereador, foi assassinado em Queimados.[15] Segundo o Metrópoles, Waguinho teria avisado o governo Lula que temia por sua vida e pedido por proteção.[16]

Em dezembro, Waguinho invadiu uma sessão da Câmara de Vereadores na qual seriam vereadores da oposição seriam eleitos para a Mesa Diretora. Durante a confusão, Waguinho deu um tapa em um homem.[17]

O Supremo Tribunal Federal, por meio de uma liminar do ministro André Mendonça, suspendeu a sessão e determinou nova eleição.[18] Em nota de sua assessoria ao G1, o prefeito diz ter ido à Câmara para "para fazer um balanço de como foi o exercício de 2023 e mostrar os avanços ocorridos no município", quando surpreendido com as agressões e injúrias: "Sem alternativa, o prefeito reagiu à injusta agressão enquanto objetos eram arremessados em sua direção. Waguinho sustenta que não agrediu nenhuma pessoa no recinto."[17]

Em seu segundo mandato consecutivo, Waguinho não poderá participar da eleição de 2024, mas apoiará seu sobrinho, Matheus Carneiro, como sucessor.[16]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • De Faxineiro a Presidente, minha luta por Belford Roxo (Wagner Carneiro dos Santos)

Referências

  1. Rogerio Ramos (14 de setembro de 2014). «Deputado Estadual Waguinho (PMDB), frauda leis em Belford Roxo». Fatos Notícias On Line. Consultado em 10 de junho de 2016. Cópia arquivada em 10 de junho de 2016 
  2. Marina Navarro Lins (6 de maio de 2016). «Deputado Waguinho tenta se descolar da imagem do ex-aliado Eduardo Cunha». Extra. Consultado em 10 de junho de 2016. Cópia arquivada em 7 de maio de 2016 
  3. «12ft |». 12ft.io. Consultado em 10 de abril de 2023 
  4. a b Paulo Cezar Pereira (22 de fevereiro de 2022). «Baixada Verde: Gustavo Tutuca quer parcerias para desenvolver o turismo na região». Nova Iguassu Online - De olho na baixada. Consultado em 8 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 8 de janeiro de 2023 
  5. «Nascida em Italva, Daniela do Waguinho foi a deputada federal mais votada na cidade». Italva em Foco. 22 de outubro de 2018. Consultado em 8 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 2 de janeiro de 2023 
  6. Igor Ricardo (16 de setembro de 2016). «Candidato à prefeitura de Belford Roxo, Waguinho promete construir maternidade». Extra Online. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  7. Igor Ricardo (26 de julho de 2016). «Prefeito de Belford Roxo, Dennis Dauttmam, anuncia que não vai tentar reeleição». Extra Online. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  8. «Waguinho é eleito em Belford Roxo, mas recurso pode mudar eleição». G1. 2 de outubro de 2016. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  9. Igor Ricardo (5 de julho de 2017). «Belford Roxo exonera comissionados, mas poupa secretaria ocupada pela esposa do prefeito». Extra Online. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  10. «Prefeitura de Belford Roxo vai quitar salários atrasados de 2016 apenas em 2018». Extra Online. 31 de janeiro de 2017. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  11. Igor Ricardo. «MP vai ao STF contra prefeito de Belford Roxo por causa de nepotismo». Extra Online. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  12. «Prefeito e vice de Belford Roxo têm diplomas cassados por caixa 2 em campanha». Extra Online. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  13. «RJ: prefeito de Belford Roxo recebe voz de prisão por boca de urna». R7.com. 29 de outubro de 2018. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  14. «PT apoia candidatura de aliado de Bolsonaro a prefeito de Belford Roxo». O Tempo. 8 de agosto de 2020. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  15. Eduardo Militão (29 de outubro de 2023). «Empresário ligado a marido de ex-ministra de Lula é morto a tiros no RJ». UOL. Consultado em 25 de dezembro de 2023 
  16. a b Bruna Lima (29 de outubro de 2023). «Marido de ex-ministra teme ser morto e avisa ao governo Lula». Metrópoles. Consultado em 25 de dezembro de 2023 
  17. a b Jefferson Monteiro; Cristina Boeckel; Raoni Alves (15 de dezembro de 2023). «Prefeito lidera invasão da Câmara de Belford Roxo e dá tapa no rosto de homem». G1. Consultado em 25 de dezembro de 2023 
  18. Anita Prado; Raoni Alves (15 de dezembro de 2023). «STF suspende sessão da Câmara de Belford Roxo que terminou em confusão e elegeu opositor do prefeito». G1. Consultado em 25 de dezembro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Dennis Dauttmam
Prefeito de Belford Roxo
2017 -
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