Uassus

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Wassu
População total

2014[1]

Regiões com população significativa
 Brasil (AL) 2014 2014 (Siasi/Sesai)
Línguas
Religiões

Os Wassu Cocal são um grupo indígena do ramo Kariri [2] que habita o Sul da serra do Azul, nos limites do município brasileiro de Joaquim Gomes, no estado de Alagoas,[3] mais precisamente na Terra Indígena Wassu-Cocal, homologada em 2007, com 2.744 hectares e situada no município de Joaquim Gomes.[4] Entretanto, posteriormente a homologação foi suspensa.[5] Em 2010, segundo a Funasa, o grupo era constituído por 1.806 indivíduos.[6]

Vivem nas margens do Rio Camaragibe, situados entre o município de Joaquim Gomes e Novo Lino, e sufocados pela BR-101. Os recursos naturais estão um pouco devastados e o rio é poluído. Na área também tem exploração de minério (pedreira). Não existem mais animais para caça, muito pouco para a pesca, e parte da terra é boa e outra não. Mesmo a terra não sendo muito boa para plantar, plantam manga, jaca, caju, banana, milho, batata-doce, inhame, macaxeira, mandioca, feijão, batata e frutas. Na Terra Indígena existe posto de saúde, escola e uma rede de transmissão, mas as pessoas que moram em povoados mais distantes, como Pedrinhas, não são beneficiadas com a energia elétrica. Também há missões religiosas. A aldeia é atendida pelos programas de merenda escolar, vacinação, cesta básica duas vezes ao ano. Os indígenas também vendem artesanato. Praticam a religião própria, instalada a Ouricuri em parte da floresta.

A Aldeia Urucú[editar | editar código-fonte]

Segundo o historiador Edson Silva [7]

"Em um Relatório oficial de 1856 sobre as Aldeias indígenas em Alagoas, a “Aldêa do Urucu”, como naquela época chamava-se a atual Aldeia Cocal, foi informado que a Aldeia era titulada em quatro léguas de terras em quadro, que foi doada “não só aos índios, como aos soldados, que sob o comando do Mestre de Campo Domingos Jorge Velho, auxiliarão aqueles na conquista dos negros de Palmares" . A Aldeia estava localizada em uma região cobertas de matas e com terras bastante irrigadas, banhada por rios caudalosos e vários riachos seus afluentes."

Ocupando uma área vasta e fértil, a aldeia do Urucu foi palco de diversos conflitos entre índios e senhores de engenhos que invadiam o patrimônio dos índios ao longo dos séculos XVIII e XIX. Destacava-se a presença da povoação do Murici nos arredores da aldeia.

Referências

  1. «Quadro Geral dos Povos». Instituto Socioambiental. Consultado em 2 de setembro de 2017 
  2. [1]
  3. Moseley, Christopher Encyclopedia of the world's endangered languages Arquivado em 4 de março de 2016, no Wayback Machine., p. 180.
    Citação: Wassu [not mapped] Brazil, Alagoas State, Joaquim Gomes Municipality, 70km to the north of the city of Maceió, Terra Indígena Wassu-Cocal. The Wassu form a group of which the origin is unclear and which may be composed of members of distinct ethnic groups. All 1,447 (1999) Wassu are native speakers of Portuguese today and the language they possibly spoke is extinct.
  4. Mapa da Terra Indígena Wassu Cocal (reestudo)
  5. Tribo Wassu-Cocal perde território para prefeito de Pilar. Disputa envolve Funai, Incra e pagamento de indenização para Carlos Alberto Canuto. Por José Fernando Martins. Extra, ed. nº 834, 19 de agosto de 2015.
  6. Instituto Socioambiental. Povos Indígenas no Brasil. Wassu
  7. "Nós vencemos a guerra!" História, memórias e leituras indígenas da guerra do Paraguai. Por Edson Silva. Revista Clio, nº 25-2, 2007, pp 39-65
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