William Pitt, 1.º Conde de Chatham

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O Muito Honorável
O Conde de Chatham
PC
William Pitt, 1.º Conde de Chatham
Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha
Período 30 de julho de 1766
a 14 de outubro de 1768
Monarca Jorge III
Antecessor(a) O Marquês de Rockingham
Sucessor(a) O Duque de Grafton
Dados pessoais
Nome completo William Pitt
Nascimento 15 de novembro de 1708
Londres, Grã-Bretanha
Morte 11 de maio de 1778 (69 anos)
Londres, Grã-Bretanha
Progenitores Mãe: Harriet Villiers
Pai: Robert Pitt
Alma mater Trinity College, Oxford
Esposa Hester Grenville (1754–1778)
Partido Whig
Religião Anglicanismo
Assinatura Assinatura de William Pitt, 1.º Conde de Chatham

William Pitt, 1.º Conde de Chatham (15 de novembro de 170811 de maio de 1788) foi um estadista britânico, ministro da Guerra durante a guerra dos Sete Anos, quando conduziu seu país à vitória sobre a França, e primeiro-ministro (17661768).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Quando foi primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Pitt, o Velho, sustentou que o país deveria tornar-se um grande império marítimo e assentou as bases do poderio britânico dos séculos XVIII e XIX. Alcançou a vitória para seu país frente à França na Guerra dos Sete Anos. Também destacou-se por defender os direitos dos colonos norte-americanos.

William Pitt nasceu em 15 de novembro de 1708 em Londres. A situação econômica da sua família, cuja fortuna fora amealhada por Thomas Pitt, o seu avô, que enriquecera na Índia, permitiu-lhe desfrutar de uma cuidada educação no Colégio de Eton, no Trinity College, na Universidade de Oxford e na Universidade de Utrecht, Países Baixos.[1]

Ingressou na vida política em 1735, como membro da Câmara dos Comuns. Defendeu a tese de que o poderio marítimo e as possessões coloniais seriam mais importantes para seu país do que as conquistas européias, por serem as colônias a base do sistema comercial britânico. Liderou, por seus dotes oratórios, a corrente dos "patriotas" contra o pacifismo de Sir Walpole e contribuiu para a queda do seu ministério em 1742, além de opor-se à política do rei Jorge II. Este o afastou mediante sua nomeação para cargos executivos na administração, nos quais adquiriu fama como homem honesto.

Retornou à vida política pela pressão da opinião pública ante as primeiras derrotas britânicas na Guerra dos Sete Anos contra a França (1756 a 1763) (perda de Menorca e Calcutá). De início a Inglaterra estava muito debilitada, todavia fortaleceu-se em 1757, quando William Pitt e o duque de Newcastle, numa combinação de experiência e entusiasmo, formaram um ministério dominado pelo primeiro. No poder, Pitt aplicou a tática de enfrentar a França em suas colônias e no mar, o que conduziu à vitória britânica. Dessa época data também o domínio britânico sobre o Canadá. A morte de Jorge II, em 1760, mudou a situação política, já que seu sucessor, Jorge III, decidiu reinar de forma pessoal. Pitt deixou o governo em 1761, quando o rei e o Parlamento rejeitaram seu conselho para atacar a Espanha. Criticou fortemente o Tratado de Paris (1763), apesar de garantir à Grã-Bretanha a situação de potência dominante.

No segundo período à frente do governo, entre 1766 e 1768, foi feito visconde de Pitt e conde de Chattam. Defendeu com sucesso a resistência dos colonos americanos à Lei do Selo (Stamp Act), vindo a conseguir a anulação da mesma, numa tentativa de sustar as medidas que levariam à guerra de independência americana. O rei Jorge III atribuiu-lhe a liderança de um governo não-partidário para tentar resolver as tensões criadas entre a metrópole e a colónia; contudo, o seu segundo ministério falhou, vindo a desintegrar-se em 1768. Em 1778, na Casa dos Lordes, proferiu um discurso contra a independência americana que marcou o fim da sua carreira política.

Ao retirar-se da política ativa, encontrava-se abalado física e mentalmente. Pitt morreu em 11 de maio de 1788 em Hayes, Kent. Seu filho, William Pitt, foi um dos mais brilhantes primeiros-ministros da Inglaterra e restabeleceu a prosperidade depois da crise causada pela Guerra da Independência dos Estados Unidos

Parte da sua família, como netos e bisnetos, juntaram-se à então "Corte Real Brasileira", em 1893. Caracterizando como abandono de bens, em 1905 toda a fortuna da família Pitt foi entregue à recente bolsa de "fundos monetários".[carece de fontes?]

Em sua homenagem foi designado um longo estreito no Canadá, o estreito de Chatham.

Referências

  1. Brown (1978), p. 17-18, 26.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Brown, Peter Douglas. William Pitt, Earl of Chatham: The Great Commoner. George Allen & Unwin, 1978.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
O Marquês de Rockingham
Primeiro-ministro da Grã-Bretanha
17661768
Sucedido por
O Duque de Grafton