Xosé María Álvarez Blázquez

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Xosé María Álvarez Blázquez
Xosé María Álvarez Blázquez
Nascimento José María Álvarez Blázquez
5 de fevereiro de 1915
Tui
Morte 2 de março de 1985
Vigo
Cidadania Espanha
Progenitores
  • Darío Álvarez Limeses
  • María Blázquez Ballester
Filho(a)(s) Xosé María Álvarez Cáccamo, Celso Álvarez Cáccamo, Alfonso Álvarez Cáccamo, Berta Álvarez Cáccamo
Irmão(ã)(s) Emilio Álvarez Blázquez, Darío Álvarez Blázquez, Álvaro Álvarez Blázquez
Alma mater
Ocupação escritor, arqueólogo
Assinatura

Xosé María Álvarez Blázquez (Tui, 5 de Fevereiro de 1915 - Vigo, 2 de Março de 1985) foi um escritor (poesia, narrativa e ensaio), arqueólogo, investigador, e editor galeguista. É um dos representantes da poesia neotrobadoresca. Foi-lhe dedicado o Dia das Letras Galegas em 2008.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Xosé María Álvarez Blázquez pertence a uma saga de escritores que tem seus antecedentes no seu avô Emilio Álvarez Giménez, seguindo com seu tio Xerardo Álvarez Limeses e seu irmão Emilio Álvarez Blázquez.

Foi sancionado em 1937 pelo governo de Franco com a suspensão de emprego e soldo como mestre da escola e com o translado à de Coreses, em Zamora.

Teve uma ampla atividade na cultura galega, que vai da literatura (romance, poesia, teatro) até a arqueologia, assim como a sua tarefa como editor e galeguista, militando na Federação de Mocedades Galeguistas e no Partido Galeguista.

É um dos representantes da poesia neotrobadoresca, vanguarda poética surgida por volta de 1930, surgida da difusão na Galiza da lírica medieval galego-portuguesa.

Em 1950 fundou com Luís Viñas Cortegoso a Editorial Monterrey. Em 1962 ingressa na Real Academia Galega. Funda, junto aos seus irmãos Álvaro e Emilio Edicións Castrelos em 1964. Foi cronista oficial da cidade de Vigo.

Dedicou atenção ao estudo da Arqueologia, que teve como resultado a descoberta de laudas sepulcrais da época romana em Vigo, das indústrias paleolíticas do Baixo Minho e das Gándaras de Budiño, de vestígios de uma prensa romana de azeitona em Teis (Pontevedra), uma cisterna com enxoval funerário da época do bronze em Atios (Pontevedra), etc.

Quanto à investigação literária, descobriu a écloga Belmiro e Benigno de Nicomedes Pastor Díaz, e realizou contribuições sobre a época chamada da Decadência (Antologia de Poesia Galega t.II), com investigações literárias da citada época.

Obras[editar | editar código-fonte]

Narrativa[editar | editar código-fonte]

  • Os ruins, 1936 (relatos)
  • El crimen de la isla verde, 1941
  • En el pueblo hay caras nuevas, 1945 (romance em castelhano, finalista do Prêmio Nadal)
  • Una cabaña en el cielo, 1952
  • Las estatuas no hablan, 1955
  • Crecen las aguas, 1956
  • A pega rabilonga e outras historias de tesouros, 1971 (narrativa infantil)

Poesia[editar | editar código-fonte]

  • Abril, 1932
  • Poemas de ti e de min, 1949 (poemário com o seu irmão Emilio Álvarez Blázquez)
  • Roseira do teu mencer, 1950 (poemário)
  • Cancioneiro de Monfero, 1953 (poemário)
  • Romance do pescador peleriño, 1954 (poemário)
  • Escolma de epigramas, 1968 (poesia)
  • Canle segredo, 1976 (escrito em 1954) (poemário)

Ensaio[editar | editar código-fonte]

  • El libro del por qué?, 1945
  • Arquitetura rural gallega. Un plano de Fray Manuel Caeiro, 1948
  • Industria paleolítica de la comarca de Tuy, 1949
  • Vigo, 1950
  • Romerías gallegas, 1951
  • O vinculo espiritual dos Fisterres Atlânticos, 1951
  • Industrias paleolíticas do Baixo Minho, 1952
  • Antoloxía de poesia medieval, 1975
  • Antoloxía de poesia galega II: A poesia dos séculos XIV a XIX, 1959

Teatro[editar | editar código-fonte]

  • El zapato de cristal, 1947
  • Los pazos altivos, 1947

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • Finalista do prêmio Natal em 1945, com o romance En el pueblo hay caras nuevas.
  • Prêmio História dos Xogos Florais de Vigo (1950).
  • Primeiro prêmio de poesia no Concurso de Fillos de Vigo (1954).
  • Prêmio Pondal de poesia do CEBA (1954).
  • Prêmio Peréz Galdós de romance (1955).
  • Prêmio Biografia da Associação da imprensa de Vigo (1958).
  • Prêmio Ramón Mourente (1960).
  • Prêmio Valle Inclán nos Xogos Florais Minho-Galaicos (1960).
  • Prêmio López Cuevillas de romance no I Certame Literário do Minho celebrado em Lugo (1960).
  • Prêmio especial Blas Agra sobre a história do jornalismo viguês (1960).
  • Prêmio Álvares García de biografia (1961).
  • Prêmio Josefina de Lema (1961).
  • Prêmio Enrique Lorenzo Docampo (1962).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Acuña, Ana (2008). Dicionario Xosé María Álvarez Blázquez. TresCtres. ISBN 978-84-936262-5-9.
  • Álvarez Cáccamo, Alfonso (1994). Xosé María Álvarez Blázquez. Vigo: Ir Indo. ISBN 978-84-7680-205-2.
  • Álvarez Cáccamo, Alfonso (2008). Xosé Mª Álvarez Blázquez. Unha fotobiografía. Xerais. ISBN 978-84-9782-717-1.
  • Álvarez Cáccamo, Xosé María (2008). Tempo do pai. Vigo: Editorial Galaxia. ISBN 978-84-9865-062-4.
  • Bernárdez, Carlos L. (2008). Vida e obra de Xosé María Álvarez Blázquez. Galaxia. ISBN 978-84-9865-053-2.
  • Cabana, Darío Xohán (2008). Xosé María Álvarez Blázquez. Vida e obra. Xerais. ISBN 978-84-9782-715-7.
  • Fernández del Riego, Francisco (1992). Diccionario de escritores en lingua galega. Sada: Ediciós do Castro. p. 22.
  • García Negro, P. (2008). Xosé María Álvarez Blázquez: claro mencer do tempo…. Dep. da Coruña. ISBN 978-84-9812-087-5.
  • González Pérez, C. (2007). Xosé María Álvarez Blázquez (1915-1985). Toxosoutos. [S.l.: s.n.] ISBN 978-84-96673-36-6 
  • González Pérez, C. (5/2008). "Xosé María Álvarez Blázquez (1915-1985)". Raigame (28): 99–117. ISSN 1136-3207.
  • Méndez Ferrín, Xosé Luis (1984). De Pondal a Novoneyra. Xerais. pp. 106–107. ISBN 84-7507-139-2.
  • Rabuñal, H. (2008). Xosé María Álvarez Blázquez na súa canle secreta. Laiovento. ISBN 978-84-8487-134-7.
  • Tarrio, A. (coord.) (2008). Xosé María Alvarez Blázquez. USC. ISBN 978-84-9887-004-6.
  • Vilavedra, D. (coord.) (1995). Diccionario da Literatura Galega I. Galaxia. ISBN 84-8288-019-5.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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