Zezo

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Zezo
Nascimento 20 de fevereiro de 1929
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Ocupação desenhista de banda desenhada, publicitário
Prêmios

José Rivelli Neto, mais conhecido como Zezo (20 de fevereiro de 1929, São Paulo — final dos anos 1980) foi um desenhista de histórias em quadrinhos brasileiro.

História[editar | editar código-fonte]

Zezo é, ao lado de figuras como Jayme Cortez, Nico Rosso, Lyrio Aragão, Ignácio Justo e tantos outros, um dos artistas brasileiros na cena das histórias em quadrinhos de terror mais reconhecidos entre as décadas de 1950 e 1970.

Iniciou na publicação de histórias em quadrinhos em 1955, pela La Selva. Eram geralmente histórias de faroeste, românticas, infantis e sobretudo de terror.[1]

Se destacou como capista, tendo desenhado cerca de 10 por mês, pintadas e assinadas. Outro destaque foram os 12 números da revista sobre o Frankenstein de Mary Shelley (Contos de Terror Apresenta: Frankenstein da Editora La Selva - entre 1960 e 1961). Zezo costumava explorar a atmosfera e ambientação na Alemanha do final do século XIX. Além disso criou inúmeras capas para revistas da Editora Outubro e para livros da Editora do Brasil. Chegou a realizar incursões por gêneros distintos, como o aventureiro O Tubarão Voador para o Jornal Juvenil (1961-1962), e até mesmo a ficção científica, Rumo ao Infinito, publicada no Jornal Juvenil nº9 de novembro de 1962 e depois vendida em formato de tirar pela distribuidora de Mauricio de Sousa.

Em 1963 foi contratado pela empresa Duratex, no departamento de propaganda, na produção de folhetos e cadernos de instrução técnica. Trabalhou na revista Serrote, revista esta de circulação interna e entre os distribuidores da empresa. Lá criou personagens como Chico Minhoca, Bola Tudo e Mutuca publicadas nessas revistas. Daí em diante Zezo praticamente largou os quadrinhos, ficando muito atrelado à empresa (chegou a ser diretor da área de propaganda). Seu trabalho mais atual foi a tira Rinoboy, publicada numa revista interna dos funcionários da firma (Duratex), a Revista da AED, entres os 1976 a 1977. Era uma sátira, mesclando dois elementos, o rinoceronte, animal símbolo da empresa e uniformes de super-heróis.

Faleceu nos final da década de 1980, em abril de 1988 aos 59 anos de idade.

Trabalhos (parcial)[editar | editar código-fonte]

  • Capas para a Editora Continental/Outubro
  • Capas para a Editora do Brasil
  • Capas para a Revista Terror Negro (La Selva)
  • Revista Contos de Terror
  • Revista Sobrenatural (não confundir com a publicação homônima da Editora Vecchi entres as décadas de 1970 e 1980)
  • Revista Pavor e Terror!
  • Revista Histórias de Terror
  • Revista Frankenstein (La Selva, 1-12)
  • Ilustrou livros para a antiga Edições de Ouro (atual Ediouro) e Cultrix.

Traço[editar | editar código-fonte]

Rivelli era detentor de traços simples, limpos e até mesmo avançados para a época. Teve influência do grafismo da propaganda. Seu estilo é considerado singular. Era tanto desenhista como arte-finalista, utilizou desde pincel até pena (chegou a fabricar sua própria pena de bambu).[1] Seu maior destaque teria talvez o trabalhou como artista de capa de centenas de revistas em várias editoras.

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Em 1997, foi premiado postumamente pelo Prêmio Angelo Agostini na categoria "Mestre do quadrinho nacional".[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]