Conação

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 Nota: Se procura o termo utilizado em psicologia e metafísica, veja Conatus.
Os estames desta flor de Hibiscus são conatos numa estrutura designada por sinfilamentosa ou andróforo.
Anteras conatas (sinateras) numa flor dissecada de Sinningia cardinalis.

Conação é a designação dada em morfologia vegetal à ocorrência de fusão entre órgãos do mesmo tipo (ou de verticilos iguais de uma flor). Os órgão ou verticilos fundidos são descritos como conatos.[1][2] Um exemplo comum de conação é a fusão das pétalas entre si para formar uma corola tubular, também conhecida como corola gamopétala.


Conação é a designação dada em morfologia vegetal à ocorrência de fusão entre órgãos do mesmo tipo (ou de verticilos iguais de uma flor). Os órgão ou verticilos fundidos são descritos como conatos. Um exemplo comum de conação é a fusão das pétalas entre si para formar uma corola tubular, também conhecida como corola gamopétala. Outra é a fusão de anteras que é conhecida como sinântero.[3]

Descrição[editar | editar código-fonte]

A fusão de estruturas florais do mesmo tipo é comum, dando origem a tipologias morfológicas que são em geral designadas pela adição do prefixo sin ao nome da estrutura ou órgão (p. ex.: flores sincárpicas, sinanteras)

Este tipo de fusão contrasta com a adnação (formação de estruturas adnatas), a fusão de órgãos dissimilares. Quando órgãos similares que geralmente são bem separados ocorrem localizados lado a lado mas sem fusão ou aderência, a estruturas é descrita como conivente (como é o caso das anteras de Solanum).[4]

A presença de estruturas conatas levou ao aparecimento de diversos termos descritivos utilizados na descrição morfológica das plantas. Entre esses termos contam-se:

  • Sinsepalia — uma flor é descrita como sinsépala quando todas as sépalas ocorrem fundidas num hipanto ou tubo; a porção fundida é descrita como como o tubo do cálice e as extremidades não fundidas são designadas por lobos ou lóbulos do cálice;
  • Simpetalia — uma flor é descrita como simpétala quando todas as pétalas ocorrem fundidas num cálice ou outra estrutura.
  • Sinandria — uma flor é sinândrica quando os estames ocorrem fundidos numa estrutura única
  • Sincarpia — uma flor é sincárpica quando os carpelos estão fundidos para formar um gineceu composto.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Little, R. John; Jones, C. Eugene, eds. (1980). A Dictionary of Botany. New York: Van Nostrand Reinhold Company. p. 91. ISBN 0-442-24169-0 
  2. Jackson, Benjamin Daydon (1928). A Glossary of Botanic Terms with their Derivation and Accent fourth ed. London: Gerald Duckworth & Co. Ltd. p. 89 
  3. Vidal, Waldomiro Nunes; Vidal, Maria Rosária Rodrigues (1979). Organografia vegetal: quadros sinóticos ilustrados de Fanerógamos. Viçosa: UFV. p. p.26 
  4. El Ottra, J. H. L., & Pirani, J. R. (2008). Conação x coerência e adnação x aderência em flores de gêneros brasileiros de Galipeae (Rutaceae) e implicações na evolução do grupo. In Resumo. Ribeirão Preto.