Batalha de Santander

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Batalha de Santander
Parte da Guerra Civil Espanhola

Nicho de metralhadora em Santander
Data 14 de Agosto - 17 de Setembro de 1937
Local Cantábria, Espanha
Desfecho Vitória decisiva Nacionalista
Beligerantes
Segunda República Espanhola República Espanhola Espanha Franquista Espanha Nacionalista
Reino da Itália (1861–1946) Corpo Truppe Volontarie
Alemanha Nazista Legião Condor
Comandantes
Segunda República Espanhola Mariano Gamir Ulibarri
Segunda República Espanhola Adolfo Prada
Espanha Franquista Fidel Dávila Arrondo
Espanha Franquista José Solchaga
Reino da Itália (1861–1946) Ettore Bastico
Forças
80 000[1]
50 baterias de artilharia[1]
44 aviões[1]
90 000
(25 000 Italianos)[1]
126 armas
220 aviões[1]
Baixas
60 000 capturados[2] Nacionalistas:
30 000 baixas
Italianas:
486 mortos
1 546 feridos
1 desaparecido

A Batalha de Santander foi travada durante o verão de 1937 na Campanha do Norte durante a Guerra Civil Espanhola e a captura de Santander em 1 de setembro assegurou aos nacionalistas a conquista da província de Santander, agora Cantábria, eliminando a última posição do exercito da República no norte da Espanha, sendo este destruído ou capturado em combate.[1]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Mapa do avanço das tropas nacionalistas entre março e setembro de 1937

Depois da queda de Bilbao em 16 de Junho e o fim da fracassada ofensiva republicana em Brunete em 25 de julho, os nacionalistas decidiram continuar sua ofensiva no Norte e ocupar a província de Cantábria.

Forças opostas[editar | editar código-fonte]

O Exército do Norte dos nacionalistas tinham 90 000 homens (dos quais, 25 mil italianos), liderados pelo general Davila. A força italiana, liderado pelo general Bastisco, era composta de quatro divisões. Os nacionalistas também tinham seis brigadas de Navarra liderados pelo coronel Solchaga, duas brigadas castelhanas lideradas pelo general Ferrer, e uma divisão mista hispano-italiana, as Flechas Negras, liderada pelo coronel Piazzioni.[1] Os nacionalistas também tinha 220 aeronaves modernas nesta frente (70 da Legião Condor, 80 do Aviazione Legionaria italiana e 70 espanholas), incluindo muitos ME-109.[3]

Opondo-se eles, os republicanos tinham o XIV e o XV Corpo da Armada, sob o comando do general Gamir, num total de cerca de 80 000 homens. Os republicanos tinha 44 aeronaves (lentas e velhas, com exceção de 18 caças de fabricação soviética). Além disso, o moral das tropas republicanas era baixo e os soldados bascos pensavam que poderiam render-se aos italianos, em troca de suas vidas.[4]

Consequências[editar | editar código-fonte]

A queda de Santander, juntamente com a captura da fortemente fortificada Bilbao, provocou uma lacuna irreparável na frente norte da República. A destruição do Exército do Norte marcou outro duro golpe à força da República e transformou a guerra a favor de Franco. Os fatores responsáveis pela derrota republicana incluem:

  • Superioridade esmagadora dos nacionalistas na artilharia e força aérea.
  • A falta de comando unificado entre entre as unidades republicanos na Astúrias, Cantábria e País Basco.
  • A precisão e rapidez do avanço nacionalista, que teve como objetivo a destruição das forças inimigas e não a consolidação do território.
  • Baixo moral dos defensores, em contraste com a confiança e entusiasmo dos nacionalistas.
  • Motins das unidades bascos no campo republicano (Acordo de Santoña).

O desastre foi total e as perdas insubstituíveis. Das doze brigadas bascas restavam no final apenas oito batalhões. O Exército Republicano do Santander de doze brigadas foi reduzida para seis batalhões. Dos 27 batalhões asturianos envolvidos escaparam apenas quatorze. Em nenhum outro teatro da guerra civil as tropas de Franco alcançaram um resultados tão decisivos como o da campanha de Santander: sessenta mil soldados republicanos foram varrido do mapa, com perdas correspondentes de material.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g Thomas, Hugh. The Spanish Civil War.Penguin Books. 2001. London. p.697
  2. Thomas, Hugh. (2001). The Spanish Civil War. Penguin Books. 2001. Londres. pag.699
  3. Beevor, Antony. (2006). The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936-1939. Penguin Books. London. p.237
  4. Thomas, Hugh. The Spanish Civil War. Penguin Books. 2001. London. pp.696-697
  5. Thomas, Hugh. (2001). The Spanish Civil War. Penguin Books. 2001. London. p.699

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • VV.AA.; Gran Enciclopedia de Cantabria. Editorial Cantabria SA. Santander. 1985 (8 volumes) adicionados em 2002 com os (volumes IX, X e XI) (em castelhano)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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