Álvaro Alvim
Álvaro Alvim | |
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Selo comemorativo a Álvaro Alvim, 1963 | |
Nome completo | Álvaro Freire de Villalba Alvim |
Nascimento | 16 de abril de 1863 Vassouras, RJ |
Morte | 21 de maio de 1928 (65 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Ocupação | médico |
Especialidade | radiologia |
Conhecido por | pioneiro da radiologia brasileira |
Álvaro Freire de Villalba Alvim (Vassouras, 16 de abril de 1863 — Rio de Janeiro, 21 de maio de 1928) foi um médico radiologista brasileiro, pioneiro da radiologia brasileira.[1]
Era pai da psicóloga Mariana Alvim.[2]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Álvaro nasceu em 1863, no município de Vassouras, no interior do Rio de Janeiro. Era filho de Carlos Freire Villalba y Alvim e de Mariana Amélia de Carvalho. Formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1887. Seguiu, em 1896 para a França, onde se especializou em Física Médica e trabalhou na equipe de Marie Curie, considerada pioneira nos estudos do Raio-X. De volta ao Brasil, instalou um consultório de fisioterapia no Rio de Janeiro, com os modernos aparelhos que trouxera da Europa, e tornou-se um dos pioneiros da fisioterapia no Brasil. Fundou e dirigiu a Assistência às Crianças Pobres, o Instituto de Eletricidade, o Instituto de Eletrologia e Radiologia.[2]
Vivendo no Rio de Janeiro, foi um dos primeiros a residir no bairro de Ipanema. Casou-se com Laura Paglia Agostini Alvim, filha de Angelo Agostini, e teve três filhos: Mariana, Álvaro e Laura. Comprou vários terrenos na região, e construiu sua residência onde hoje funciona a Casa de Cultura Laura Alvim, nome de sua filha mais nova, apaixonada pelas artes. Teve apenas 3 netos, pois apenas seu filho Álvaro teve filhos: Ângela Maria Alvim Richard, Álvaro Carlos da Cunha Alvim e Lúcia Maria Alvim Thiele.[1] Foi membro titular da Academia Nacional de Medicina.[1]
Álvaro Alvim foi pioneiro da eletroterapia, da radiologia e da radioterapia no Brasil. A ele se deve a aplicação prática, no Brasil, das descobertas de Roentgen e processos e equipamentos desenvolvidos com Madame Curie. Foi o primeiro a radiografar caso de xipófagas no mundo em 1897 que foram separadas pelo cirurgião Eduardo Chapot Prévost.[3][4]
Morte[editar | editar código-fonte]
Suas pesquisas com materiais radiativos fizeram com que se contaminasse e adoecesse. Foi perdendo os dedos, um a um, em ambas as mãos em virtude de lesões ocasionadas pelos raios-X e o rádio.[5] Pouco antes de falecer, já com uma mão amputada, foi condecorado com a Medalha Humanitária, pelo presidente Artur Bernardes.
Álvaro morreu em 21 de maio de 1928, no Rio de Janeiro, aos 65 anos[6]. É considerado o Mártir da Ciência Brasileira. Os Correios do Brasil, em 1963, produziram um selo em comemoração ao centenário do nascimento de Álvaro Alvim com os dizeres "O Mártir da Ciência".[1]
Obras[editar | editar código-fonte]
- A Medicina Que Cura
- Instituto de Eletricidade Médica
- A Cura do Cancro no Brasil.
Referências
- ↑ a b c d «Abrigando duas faculdades, rua Álvaro Alvim faz referência a médico pioneiro no uso de raio-x». 8 de maio de 2013. Consultado em 16 de julho de 2019
- ↑ a b «Entrevista com Mariana Agostini de Villalba Alvim». Samude. Consultado em 19 de janeiro de 2020
- ↑ «Histórico da radiologia». Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Consultado em 16 de julho de 2019
- ↑ «Primeira separação de gêmeos siameses do mundo foi realizada em capixabas em 1900». Gazetaonline. 22 de outubro de 2016. Consultado em 16 de julho de 2019
- ↑ Cuperschmid, Ethel Mizrahy; Campos, Tarcisio Passos Ribeiro de (2008). «Primórdios do Uso da Radiação na Medicina Mineira» (PDF). Revista Brasileira de Cancerologia. 54 (4): 373-381
- ↑ Um Mártir da Ciência (22 de maio de 1928). «Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional.». Correio da Manhã. Consultado em 27 de março de 2020