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Angélique Namaika

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Angélique Namaika
Angélique Namaika
Irmã Angélique Namaika com refugiados em Dungu
Nascimento 1967
Lege  República Democrática do Congo
Nacionalidade congolesa
Alma mater União Superior Maior (USUMA) - Graduação em Espiritualidade Africana
Prêmios Prêmio Nansen
Religião católica

Angélique Namaika é uma freira congolesa pertencente à Congregação das Irmãs Agostinas de Dungu e Doruma [1]que recebeu o Prêmio Nansen do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em 2013,[2] em razão do seu trabalho em ajudar as mulheres vítimas do grupo Exército de Resistência do Senhor (Lord's Resistance Army ou LRA em inglês), grupo sectário cristão e militar que é acusado de diversas violações de direitos humanos, como assassinato, sequestro, mutilação, exploração sexual de crianças e forçar crianças a participar de conflitos e que atua no norte da Uganda, em partes do Sudão, da República Centro Africana e da República Democrática do Congo.[3]

Tendo ingressado na Congregação em 1992, só fez seu votos em 2000. Em 2003 foi em missão para Dungu e se tornou co-fundadora da associação Maman Bongissa, que algum tempo depois foi renomeada para Centro para Reintegração e Desenvolvimento (CRAD, em inglês). Através do treinamento e acolhimento desse Centro, Angélique já ajudou mais de 2000 mulheres vítimas de abusos sexuais, agressões físicas e/ou psicológicas. Muitas vezes, essas mulheres e crianças sofrem ostracismo por parte de suas famílias e comunidades.[4]

O Centro para Reintegração e Desenvolvimento oferece cursos de alfabetização, panificação, pastelaria, costura e culinária, além de apoio psicológico e recuperação da autoestima. Também promove discussões sobre direitos das mulheres

A freira acredita que o empoderamento dessas mulheres se dá pelo treinamento profissional.

Além de toda a violência que sofrem, essas mulheres, assim como muitas outras pessoas do país, são obrigadas a se deslocarem para fugir dos conflitos da região. Segundo um relatório do ACNUR, a violência na região forçou 2,5 milhões de pessoas a se deslocarem de suas casas.[2] A própria irmã Angélique foi deslocada em 2009 por conta de ataques do LRA e viveu 4 meses em abrigos superlotados para refugiados.[1][2]

Sobre a premiação de Angélique, António Guterres, então o Alto Secretário das Nações Unidas para Refugiados comentou:

Ao ser questionada de como recebeu a notícia da premiação, Angélique declarou:

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b «Congolesa que ajuda vítimas da violência ganha prêmio da ONU». G1. 17 de setembro de 2013. Consultado em 12 de abril de 2017 
  2. a b c «Freira congolesa recebe prêmio por dedicação a mulheres deslocadas pela violência». O Globo. 17 de setembro de 2013. Consultado em 12 de abril de 2017 
  3. «Warrant of Arrest unsealed against five LRA Commanders». Consultado em 12 de abril de 2017 
  4. «Freira congolesa nomeada ganhadora do prestigioso Prêmio Nansen para Refugiados». ACNUR. 17 de setembro de 2013. Consultado em 12 de abril de 2017 
  5. a b Heuler, Hillary. «Back to Life» (PDF). Consultado em 12 de abril de 2017 
  6. «Freira vence prêmio internacional por sua luta na República Democrática do Congo». Por dentro da África. 17 de setembro de 2013. Consultado em 12 de abril de 2017 
  7. «Angélique Namaika: gestos e ações que curam feridas abertas pela violência no Congo». ACNUR. 27 de setembro de 2013. Consultado em 12 de abril de 2017