Bruninho (voleibolista)

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Bruno
Bruninho (voleibolista)
Voleibol
Nome completo Bruno Mossa de Rezende
Apelido Bruninho
Modalidade Voleibol
Nascimento 2 de julho de 1986 (37 anos)
Rio de Janeiro, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Compleição Peso: 76 kg • Altura: 1,90 m
Posição Levantador
Nível Profissional
Clube Vôlei Renata/Campinas
Medalhas
Competidor do Brasil
Jogos Olímpicos
Ouro Rio 2016 Equipe
Prata Pequim 2008 Equipe
Prata Londres 2012 Equipe
Campeonatos Mundiais
Ouro Itália 2010 Equipe
Prata Polônia 2014 Equipe
Prata Itália/Bulgária 2018 Equipe
Bronze Eslovênia/Polônia 2022 Equipe
Jogos Pan-Americanos
Ouro Rio de Janeiro 2007 Equipe
Ouro Guadalajara 2011 Equipe
Liga Mundial
Ouro Moscou 2006 Equipe
Ouro Katowice 2007 Equipe
Ouro Belgrado 2009 Equipe
Ouro Córdoba 2010 Equipe
Prata Gdańsk–Sopot 2011 Equipe
Prata Mar del Plata 2013 Equipe
Prata Florença 2014 Equipe
Prata Cracóvia 2016 Equipe
Prata Curitiba 2017 Equipe
Copa do Mundo
Ouro Japão 2019 Equipe
Ouro Japão 2007 Equipe
Bronze Japão 2011 Equipe
Liga das Nações
Ouro Rimini 2021 Equipe
Campeonato Sul-Americano
Ouro Santiago 2007 Equipe
Ouro Bogotá 2009 Equipe
Ouro Cuiabá 2011 Equipe
Ouro Cabo Frio 2013 Equipe
Ouro Maceió 2015 Equipe
Ouro Santiago–Temuco 2017 Equipe
Ouro Brasília 2021 Equipe
Copa dos Campeões
Ouro Japão 2009 Equipe
Ouro Japão 2013 Equipe
Ouro Japão 2017 Equipe

Bruno Mossa de Rezende (Rio de Janeiro, 2 de julho de 1986), mais conhecido como Bruno ou Bruninho, é um jogador de voleibol brasileiro que atua na posição de levantador pela seleção brasileira e pelo Vôlei Renata/Campinas.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Clube[editar | editar código-fonte]

Na infância, Bruninho praticava badminton, futebol e voleibol. Aos 14 anos de idade, decidiu se dedicar a este último.[1] Começou sua carreira nas categorias de base do Fluminense.[2] Em 2003, o atleta se profissionalizou e foi atuar no Unisul, no estado de Santa Catarina. Após o principal patrocinador, o Grupo Cimed, retirar o patrocínio da equipe, foi formada uma nova equipe, o Cimed Florianópolis,[3] clube pelo qual o levantador jogou por sete temporadas, conquistando cinco edições do Campeonato Catarinense, uma Copa do Brasil, quatro títulos da Superliga e um Campeonato Sul-Americano.[1][4]

No final da temporada 2010–11, Bruninho foi eliminado da Superliga nas quartas de final pela equipe do Vôlei Futuro e, logo em seguida, acertou um contrato de curta duração com o Modena Volley para a disputa dos playoffs do Campeonato Italiano, substituindo o então levantador lesionado Mikko Esko.[5] Com o novo clube, o levantador foi eliminado pelo Trentino Volley nas semifinais após três derrotas na série "melhor de cinco".

Em 2012, o carioca voltou para sua cidade natal após ser anunciado como o novo reforço do recém-criado RJX Vôlei.[6] Em sua temporada de estreia, conquistou o título do Campeonato Carioca de 2012, o terceiro lugar no Campeonato Sul-Americano de Clubes e a Superliga de 2012–13, após vencer na final única, por 3 sets a 1, o então campeão Sada Cruzeiro.[7][8]

Na temporada seguinte, após uma crise financeira atingir o clube carioca, o levantador pediu dispensa e voltou para o continente europeu para defender as cores do Modena.[9] Em dois anos atuando pelo clube italiano, o levantador conquistou um Campeonato Italiano, uma Copa Itália e uma Supercopa Italiana.[10]

Em 2016, após voltar para a Superliga Brasileira, Bruninho foi vice-campeão do Campeonato Paulista de 2016, da Copa do Brasil de 2017 e semifinalista na Superliga de 2016–17 com o SESI-SP. Na temporada seguinte, voltou a defender as cores do Modena Volley pela terceira vez.[10]

Em 2018, após ter sido vice-campeão mundial com o Modena, o levantador continuou em solo italiano e se transferiu para o Cucine Lube Civitanova, time da primeira divisão do Campeonato Italiano. No novo clube, foi vice-campeão da Copa da Itália, conquistou pela segunda vez o título do Campeonato Italiano, além dos inéditos títulos da Liga dos Campeões e do Campeonato Mundial de Clubes.[10][11]

Em 2018, após ter sido vice-campeão mundial com o Modena, continuando em solo italiano, o levantador se transferiu para o Lube Civitanova, time da primeira divisão do campeonato italiano. No novo clube, foi vice-campeão da Copa Itália, conquistou pela segunda vez o título do Campeonato Italiano, além dos inéditos títulos da Liga dos Campeões e do Campeonato Mundial de Clubes.[10][12]

Em 2020, Bruninho retornou ao voleibol brasileiro para liderar a equipe do Vôlei Taubaté.[13] Estreando com o novo clube, sagrou-se campeão do Troféu Super Vôlei de 2020, torneio criado em virtude da Superliga da temporada 2019–20 ter sido interrompida devido à pandemia de COVID-19, além de ter conquistado as taças da Supercopa Brasileira de 2020 e da Superliga de Superliga de 2020–21.

Em 2021, Bruninho voltou a assinar contrato com o Modena Volley para vestir a camisa do clube pela quarta vez.[5] Nas finais da Copa CEV de 2022–23, após perder a primeira partida jogando fora contra o belga Knack Roeselare, Bruninho, junto ao Modena, venceu a segunda partida, forçando o golden set, o qual venceram por 15 a 9, conquistando o inédito título, o quarto do Modena na competição.[14]

Após três temporadas no voleibol italiano, Bruninho retorna ao voleibol brasileiro após fechar acordo de dois anos com o Vôlei Renata/Campinas.[15]

Seleção[editar | editar código-fonte]

Nas categorias de base, Bruninho foi vice-campeão do Campeonato Mundial Sub-21 de 2005, após perder a disputa do título para a seleção russa por 3 sets a 0. No ano seguinte, fez sua estreia na seleção adulta pela Liga Mundial. Apesar de ter atuado como levantador reserva, o carioca venceu a competição junto de craques como Giba, Murilo e Dante.[1]

Entrou no time principal em 2007 após polêmica envolvendo o levantador campeão olímpico Ricardinho, que foi cortado dois dias antes da estreia nos Jogos Pan-Americano do Rio por indisciplina.[16] Na época, isso gerou controvérsia na imprensa por Bruninho ser filho do treinador Bernardinho. Jogando no banco daquela competição, a seleção brasileira sagrou-se campeã sem perder nenhum set durante todo o torneio. No mesmo ano, ajudou a seleção a conquistar os títulos da Liga Mundial, do Campeonato Sul-Americano e da Copa do Mundo.

Em 2008, Bruninho fez parte da equipe que ganhou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2008, sendo essa a sua primeira Olimpíada da carreira.[17] No ano seguinte, voltou a subir no lugar mais alto do pódio pela Liga Mundial de 2009, além do inédito título da Copa dos Campeões de 2009.

Em 2010, Bruninho conquistou o último título da seleção pela Liga Mundial, após vitória sobre a seleção russa. Em outubro do mesmo ano, sagrou-se campeão mundial após vencer a seleção cubana por 3 sets a 0, marcando 3 pontos na final do Campeonato Mundial de 2010. Em sua segunda participação em Jogos Pan-Americanos, foi eleito o melhor levantador na edição de 2011, após vencer na final a seleção de Cuba. No mesmo ano, conquistou novamente mais um título Sul-Americano, o vice-campeonato da Liga Mundial e o terceiro lugar na Copa do Mundo. Em 2012, durante os Jogos Olímpicos de Londres, novamente integrou a equipe que ganhou medalha de prata.[18][19]

Após um sexto lugar na Liga Mundial de 2012, Bruninho e a seleção brasileira amarguraram mais um vice-campeonato da Liga Mundial após derrota para a seleção russa. No mesmo ano, voltou a conquistar mais um título do Sul-Americano e da Copa dos Campeões. No ano seguinte, o levantador foi vice-campeão na 25ª edição da Liga Mundial e na 18ª edição do Campeonato Mundial, realizada na Polônia. Em 2015, conquistou novamente mais um título do Campeonato Sul-Americano, sendo eleito o melhor levantador do torneio.

Bruninho e Ketleyn Quadros como porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021.

Em 2016, Bruninho viu a chance de conquistar mais um título da Liga Mundial ser desperdiçada após sofrer uma derrota por 3 a 0 para a seleção da Sérvia. Ganhou a tão esperada medalha de ouro durante os Jogos Olímpicos do Rio em 2016 em 2016, vencendo a final contra a seleção italiana e sagrando-se o melhor levantador da competição.[20][21][22] Em 2017, na última edição da Liga Mundial, realizada na Arena da Baixada, em Curitiba, foi derrotado pela seleção francesa no tie-break e novamente ficou com a medalha de prata. Completou o ano levantando as taças do Campeonato Sul-Americano e da Copa dos Campeões.

Em 2018, na primeira edição da Liga das Nações, Bruninho ficou fora do pódio após perder a disputa pela medalha de bronze para a seleção norte-americana. Em sua terceira participação no Campeonato Mundial, voltou a ser derrotado pela seleção polonesa – feito ocorrido na última edição – e ficou com o vice-campeonato. No ano seguinte, novamente perdeu a disputa pela medalha de bronze, na segunda edição da Liga das Nações, ocorrida em Chicago, para a seleção polonesa. Logo após, participou pela primeira vez do Torneio Hubert Jerzeg Wagner, torneio amistoso anual sediado na Polônia. Na ocasião, a seleção brasileira venceu a seleção finlandesa, sérvia e a seleção anfitriã e conquistou o torneio. No final do mesmo ano, conquistou a Copa do Mundo após vencer todas as onze partidas disputadas.

Após o ano sabático de 2020, Bruninho conquistou o único título que faltava para a seleção brasileira. Após perder o primeiro set por 25 a 22, Bruninho e a seleção brasileira viraram a partida contra a Polônia e fecharam o placar em 3 sets a 1, conquistando o título da Liga das Nações de 2021. Logo após, foi escolhido para representar a delegação brasileira na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio.[23] E pela primeira vez desde que começou a disputar Olimpíadas, Bruninho e a seleção brasileira não subiram ao pódio, ficando em quarto lugar.[24][25] Em setembro do mesmo ano, sagrou-se campeão do Campeonato Sul-Americano, sendo premiado tanto como melhor levantador quanto como MVP.

Disputando o quarto campeonato mundial de sua carreira, Bruno conquistou a inédita medalha de bronze no torneio com a seleção brasileira ao derrotar a seleção eslovena por 3 sets a 1.[26]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Bruninho comemorando o título olímpico junto a sua família nos Jogos Olímpicos do Rio.

Bruninho é filho dos famosos ex-jogadores de voleibol Bernardinho e Vera Mossa. Vivendo por quase três anos na Itália para atuar por clubes locais, o atleta é fluente em italiano.

Na mídia, seus amigos próximos incluem o cantor Thiaguinho, o ator Rafael Zulu, o jogador de futebol Neymar, o surfista Gabriel Medina e o apresentador Luciano Huck, que formam um grupo de amigos apelidado de "Diretoria" pelo público; os seis amigos têm inclusive um grupo de troca de mensagens juntos.[27][28]

Em 2016, após o nascimento de Théo, primeiro filho de seu companheiro de quadra Lucão, o atleta se tornou padrinho, juntamente com a madrinha Camila, uma grande amiga de Bia, esposa de Lucão.[29][30]

No futebol, Bruninho torce pelo Botafogo. Após a conquista do ouro olímpico em 2016, o atleta estrelou uma campanha publicitária para mobilizar a torcida botafoguense a se cadastrar no site oficial do clube.[31]

Títulos[editar | editar código-fonte]

Bruninho e Lucarelli comemorando o ouro na Rio 2016.
Unisul/Cimed
Cimed Florianópolis
RJX Vôlei
Modena Volley
Cucine Lube Civitanova
Vôlei Taubaté

Clubes[editar | editar código-fonte]

Anos Clube
1998–2002 Brasil Fluminense
2003–2005 Brasil Unisul
2005–2011 Brasil Cimed
2011–2011 Itália Casa Modena
2012–2014 Brasil RJX
2014–2016 Itália DHL Modena
2016–2017 Brasil SESI-SP
2017–2018 Itália Azimut Modena
2018–2020 Itália Cucine Lube Civitanova
2020–2021 Brasil EMS Taubaté Funvic
2021–2024 Itália Valsa Group Modena
2024– Brasil Vôlei Renata/Campinas

Prêmios individuais[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Bruninho Rezende: biografia, curiosidades e títulos no vôlei». Esportelândia. Consultado em 2 de abril de 2022 
  2. «Cria do Fluminense, Bruninho sonha com mais times de futebol no vôlei: 'Bom para o esporte'». ESPN. Consultado em 2 de abril de 2022 
  3. «Vôlei: Renan volta ao cargo de técnico». Estadão. Consultado em 2 de abril de 2022 
  4. «Cimed vence Minas e é campeão da Superliga masculina». UOL. Consultado em 2 de abril de 2022 
  5. a b «Bruno: "Volto para terminar de escrever minha história em Modena"». webvolei. Consultado em 2 de abril de 2022 
  6. «RJX apresenta time para Superliga com Bruninho como reforço». Terra. Consultado em 2 de abril de 2022 
  7. «Recém-chegado, Bruninho já levanta 1º título pelo Rio de Janeiro, bi carioca». ge.globo. Consultado em 2 de abril de 2022 
  8. «RJX vence o Sada Cruzeiro e conquista o título da Superliga Masculina de Vôlei 2012/13». surtoolimpico. Consultado em 2 de abril de 2022 
  9. «Bruninho é recebido com festa na Itália após deixar o Rio de Janeiro». ge.globo. Consultado em 2 de abril de 2022 
  10. a b c d «Mossa De Rezende Bruno» (em italiano). LegaVolley. Consultado em 2 de abril de 2022 
  11. «Europe has its new kings!» (em inglês). old.cev. Consultado em 2 de abril de 2022 
  12. «Europe has its new kings!» (em inglês). CEV. Consultado em 2 de abril de 2022 
  13. «BRA M: Bruno reaches final decision to return to Brazil, Taubaté new destination» (em inglês). World of Volley. Consultado em 2 de abril de 2022 
  14. «Equipe de Bruninho, Modena é campeão da CEV Cup». Olimpíada Todo Dia. 5 de abril de 2023. Consultado em 5 de abril de 2023 
  15. «Campinas anuncia Bruninho: "Melhor jogador do mundo"». Ge.globo. 13 de maio de 2024. Consultado em 16 de maio de 2024 
  16. «Veja as principais frases da briga entre Bernardinho x Ricardinho». Terra. Consultado em 24 de julho de 2021 
  17. «Pequim 2008: Brasil é prata no vôlei masculino». Congresso em Foco. 24 de agosto de 2008. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  18. «Brasil desperdiça dois match points, vê Rússia virar e é prata de novo no vôlei masculino». UOL Olimpíadas 2012. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  19. «Vice em Pequim-2008 e Londres-2012, vôlei brasileiro quer ouro em casa - Olimpíada no Rio | Folha». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  20. Magri, Diogo (21 de agosto de 2018). «Há dois anos, o Brasil fechava as Olimpíadas do Rio com ouro no vôlei masculino». EL PAÍS. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  21. «Rio-2016: campanha do Brasil na conquista do ouro no vôlei masculino». ISTOÉ Independente. 21 de agosto de 2016. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  22. Linares, André; Strini, Antônio; Resende, Igor (24 de agosto de 2016). «21 de agosto de 2016». ESPN Brasil. Consultado em 24 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 24 de agosto de 2016 
  23. «Brasil será representado apenas por Bruninho e Ketlyn Quadros na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos». SP RIO+. 22 de julho de 2021. Consultado em 24 de julho de 2021 
  24. «COI: Olimpíada de Tóquio vai acontecer em 2021, "com ou sem" pandemia». www.uol.com.br. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  25. «Olimpíadas: Argentina bate o Brasil por 3 a 2 e conquista o bronze no vôlei masculino». ge.globo. Consultado em 3 de abril de 2022 
  26. «Brasil vence a Eslovênia e leva o bronze inédito no Mundial». Ge.globo. 11 de setembro de 2022. Consultado em 11 de setembro de 2022 
  27. «Neymar curte festa com Luciano Huck, Medina e amigos da "diretoria"». Revista Marie Claire. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  28. «Thiaguinho, Medina, Rafael Zulu e Bruninho revelam quem é quem no grupo de mensagens que eles têm com Neymar e Huck». Gshow. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  29. «Lucão, da Seleção de vôlei, comemora nascimento de filho». Gazeta Esportiva. Consultado em 3 de abril de 2022 
  30. «Batizado do Théo, primeiro filho do casal Bia e Lucão». Consultado em 3 de abril de 2022 
  31. «Bruninho, da seleção de vôlei, estrela campanha publicitária do Botafogo». Extra. Consultado em 3 de abril de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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