Caio Flamínio (cônsul em 187 a.C.)
Caio Flamínio | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 187 a.C. |
Caio Flamínio (em latim: Gaius Flaminius) foi um político da gente Flamínia da República Romana eleito cônsul em 187 a.C. com Marco Emílio Lépido. É filho de Caio Flamínio, o cônsul em 223 e 217 a.C. famoso por ter sido morto pelas forças de Aníbal na Batalha do Lago Trasimeno.
Primeiros anos[editar | editar código-fonte]
Foi questor de Cipião Africano na Hispânia em 210 a.C.[1] Em 196 a.C., foi edil curul, ano no qual entregou cereais a baixo preço para o povo, recebidos dos sicilianos em agradecimento ao bom governo da ilha por seu pai.[2] Em 193 a.C., foi pretor e recebeu o comando da Hispânia Citerior, com ordens do Senado de enviar de volta os veteranos e recrutar localmente novos legionários para o exército consular.[3] Valério Antias relata que Flamínio teria ido até a Sicília para recrutar novas tropas e, ao retornar, foi lançado por uma tempestade na costa da África, mas conseguiu chegar à Hispânia, onde assumiu o comando da guerra pelos romanos. Cercou e conquistou a cidade de Licabro e aprisionou um general hispânico.[4]
Consulado (187 a.C.)[editar | editar código-fonte]
Em 187 a.C., foi eleito cônsul com Marco Emílio Lépido, rival de Marco Fúlvio Nobilior, cuja candidatura havia sido apoiada por Flamínio. O Senado entregou a Ligúria como província consular aos dois cônsules e Lépido se irritou, pois queria a província apenas para ele, como sucessor de Nobilior, que a vinha administrando nos dois anos anteriores.[5] Flamínio derrotou, depois de várias batalhas, os triniatos, e os desarmou, atacando em seguida os apuanos, outra tribo lígure que havia invadido os territórios de Pisae e de Bonônia, também recém-conquistados; para que suas tropas não ficassem ociosas, começou a construção de uma estrada entre Bonônia e Arímino junto com Lépido, que construiu outra entre Arímino e Placência, e que terminava na Via Flamínia. Esta via ficou conhecida como Via Flaminia Minor.[6][7][8]
Anos finais[editar | editar código-fonte]
Foi um dos triúnviros coloniae deducendae em 181 a.C., com Cipião Násica e Lúcio Mânlio Acidino Fulviano, nomeado para fundar uma colônia em Aquileia.[9][10]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Cônsul da República Romana | ||
Precedido por: Caio Lívio Salinador |
Marco Emílio Lépido 187 a.C. com Caio Flamínio |
Sucedido por: Espúrio Postúmio Albino |
Referências
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXVI 47, 49.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXXIII 42.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXXIV 54 & ss.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXXV 2, 22.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXXVIII 42 & ss.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX 2, 55.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XL 34.
- ↑ Paulo Orósio IV 20; Zonaras IX 21; Valério Máximo VI 6. § 3
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX 55.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XL 34 .
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
Fontes primárias[editar | editar código-fonte]
- Lívio. Ab Urbe condita libri 🔗 (em inglês). [S.l.: s.n.]
Fontes secundárias[editar | editar código-fonte]
- Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas