Confrontos entre gangues em Porto Príncipe em 2022
Confrontos entre gangues em Porto Príncipe em 2022 | |||
---|---|---|---|
Insurgência criminal das FRG9 no Haiti | |||
Data | 8 de julho a 9 de julho de 2022 | ||
Local | Port-au-Prince, Haiti | ||
Desfecho | Inconclusivo | ||
Beligerantes | |||
| |||
Vitimas: 89 mortos e mais de 74 feridos |
Um confronto entre gangues ocorreu em Porto Príncipe em julho de 2022 , quando um surto de violência entre gangues na capital haitiana de Porto Príncipe provocou 89 mortos e mais de 74 feridos.[1]
Contexto[editar | editar código-fonte]
Desde o final de 2010, o Haiti tem sofrido uma crescente onda de violência de gangues e atividades relacionadas ao crime organizado, especialmente na capital Porto Príncipe. A violência das gangues cresceu especialmente após o assassinato do presidente haitiano Jovenel Moise em julho de 2021. Um dos líderes de gangues mais notáveis no conflito é Jimmy Chérizier, também conhecido como "Barbecue", que lidera o grupo G9. Barbecue é notável por vários massacres na área de Porto Príncipe, juntamente com a aliança do G9 com o governo haitiano.[2] Os confrontos de 2022 começaram depois que as tensões eclodiram entre o G9 e uma nova gangue rival, G-pep.[3] Esse aumento na violência das gangues também ocorre em um momento em que o Haiti enfrenta grave escassez de alimentos e assistência médica.[4]
Eventos[editar | editar código-fonte]
Apenas um dia após o aniversário de um ano do assassinato de Jovenel Moise em 7 de julho, tiroteios ocorreram às 3 da madrugada no bairro de Brooklyn da favela Cité Soleil entre membros das gangues G9 e G-Pèp. [1] Alguns policiais haitianos estiveram presentes no local, mas a maioria não apresentou-se por não ter recebido seus salários por um mês combinado com a falta de combustível para seus carros. Inicialmente, o vice-prefeito Jean Hislain Frederick afirmou que 50 foram mortos na violência e mais de 50 ficaram feridos, mas esse número aumentou a partir de então, segundo a Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos.[5]
Os Médicos sem Fronteiras afirmaram que não conseguiram acessar a favela por causa da violência.[6] O conflito também fez com que o terminal de campo de Varreux, nas proximidades, interrompesse as operações, levando a uma escassez mais drástica de combustível, já que dois navios-tanque não puderam ser descarregados.[6]
Referências
- ↑ a b Charles, Jacqueline (13 de julho de 2022). «Gang continues deadly attack on Haiti slum, sparking violent protests over fuel shortages». Miami Herald
- ↑ «Jimmy Chérizier, alias 'Barbecue'». InSight Crime (em inglês). 19 de agosto de 2021. Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ «Dozens dead, injured in Haiti's capital in gang clashes». AP NEWS (em inglês). 12 de julho de 2022. Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ «Haiti: UN agencies warn of 'unabated' rise in hunger». UN News (em inglês). 22 de março de 2022. Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ Presse, AFP-Agence France. «Nearly 90 Dead In Haiti Gang Violence, As Country Slides Into Chaos». www.barrons.com (em inglês). Consultado em 14 de julho de 2022
- ↑ a b «Thousands trapped as gangs battle for control in Port-au-Prince». www.aljazeera.com (em inglês). Consultado em 14 de julho de 2022