Grammitis azorica

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Estado de conservação
Espécie em perigo crítico
Em perigo crítico (iunc3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Plantae
Filo: Tracheophyta
Classe: Polypodiopsida
Ordem: Polypodiales
Família: Polypodiaceae
Género: Grammitis
H.Schaef.
Espécie: G. azorica
Nome binomial
Grammitis azorica
H.Schaef.

A Grammitis azorica ou Grammitis marginella subsp. azorica[2] é uma espécie de planta herbácea da família Polypodiaceae, endêmica das Ilhas Terceira, das Flores e do Pico (onde não se sabe se ainda existe),[3] nos Açores, em Portugal.[4][5] Também é conhecida como Azorean Finger Fern (Samambaia Dedo dos Açores, em tradução livre).[6]

É uma pequena samambaia epífita que vive em florestas pluviais de zimbro cobertas de musgo, em altitudes médias (650-850 m), onde se limita às partes mais úmidas e ventosas da floresta de zimbro. As bordas de suas frondes são proeminentes, pretas e bordadas.[7]

A espécie está Criticamente Ameaçada porque existem menos de 100 indivíduos em seu habitat natural, com subgrupos menores de 50 espécimes, distribuídos em uma área de apenas 8 km²; ou seja, sua população é extremamente fragmentada, com grupos pequenos e isolado.[6][3] A colheita ilegal representa uma ameaça para esta espécie. A perda de floresta nas ilhas por desmatamento e introdução de espécies arbóreas invasoras (especialmente Cryptomeria japonica) leva a uma redução da vegetação natural onde esta espécie vive. Seu habitat também está diminuindo devido ao pastoreio de gado. Como as únicas subpopulações estão localizadas nas encostas dos vulcões, as erupções vulcânicas também podem ser uma ameaça.[3]

Esta espécie ocorre em áreas protegidas, mas o seu habitat está em declínio porque estas áreas ainda estão abertas ao pastoreio de caprinos, bovinos e coelhos que foram introduzidas na ilha em que a espécie se encontra. A coleta ilegal de espécimes para colocação em herbários também é uma preocupação, pois corresponde a uma perda de 30% de sua população na Ilha das Flores.[3] Para aumentar a área onde esta espécie pode crescer, pode ser necessária a proteção rigorosa de antigas florestas naturais e o plantio de espécies nativas de zimbro.[3]

A localização dos espécimes observados pode ser vista no link.

Referências

  1. Cardoso, P. (2014). «Hogna ingens». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2014: e.T58048571A58061007. doi:10.2305/IUCN.UK.2014-2.RLTS.T58048571A58061007.enAcessível livremente. Consultado em 19 de novembro de 2021 
  2. Hassler M. (2018). World Ferns: Checklist of Ferns and Lycophytes of the World (version Apr 2018). In: Roskov Y., Abucay L., Orrell T., Nicolson D., Bailly N., Kirk P.M., Bourgoin T., DeWalt R.E., Decock W., De Wever A., Nieukerken E. van, Zarucchi J., Penev L., eds. (2018). Species 2000 & ITIS Catalogue of Life, 30th June 2018. Digital resource at www.catalogueoflife.org/col. Species 2000: Naturalis, Leiden, the Netherlands. ISSN 2405-8858.
  3. a b c d e «Grammitis azorica (Azorean Finger Fern)». web.archive.org. 9 de julho de 2018. Consultado em 25 de novembro de 2022 
  4. Schäfer, Hanno (2005). Flora of the Azores: A Field Guide (em inglês). [S.l.]: Margraf Verlag 
  5. «Catalogue of Life : Grammitis azorica (H.Schaef.) H.Schaef.». web.archive.org. 9 de julho de 2018. Consultado em 25 de novembro de 2022 
  6. a b The IUCN Red List. Azorean Finger Fern: Grammitis azorica. Disponível em: https://www.iucnredlist.org/species/83650353/85447670 Acesso em: 2022-11-24.
  7. «The Euro+Med Plantbase Project». web.archive.org. 19 de setembro de 2020. Consultado em 25 de novembro de 2022