Isabel Parra

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Isabel Parra
Isabel Parra
Isabel Parra en la Feria Internacional del Libro de Santiago 2018
Nascimento 29 de setembro de 1939
Santiago
Cidadania Chile
Progenitores
Filho(a)(s) Tita Parra
Irmão(ã)(s) Ángel Parra
Ocupação cantora, autora-compositora
Prêmios
  • Bolsa Guggenheim (2002)
  • Premio a la Música Presidente de la República (2007)
  • APES Award for artistic career (2010)
Instrumento guitarra, voz, Venezuelan cuatro, bumbo

Isabel Parra (Santiago, 29 de setembro de 1939) é uma cantora chilena, filha de Violeta Parra e irmã de Ángel Parra. É considerada a grande voz feminina da Nueva Canción Chilena.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Durante a carreira atuou diversas vezes em dueto com o irmão Ángel e fez gravações em parceria com: Víctor Jara, o cubano Sílvio Rodríguez, o argentino León Gieco, e com os conjuntos chilenos Inti-Illimani, Los Jaivas e Los Blops. É diretora da Fundação Violeta Parra.

Foi a primeira filha de Violeta Parra em seu casamento com o ferroviário Luís Cereceda. Sua primeira gravação foi "Los Parra de Chillán", em conjunto com a sua mãe e seu irmão Ángel, quando estavam em Paris (França). Atuou muitas vezes em dueto com seu irmão Ángel ("Isabel y Ángel Parra"), interpretando canções do folclore latinoamericano.

No início da carreira, apresentava-se tocando o cuatro, instrumento de corda típico da Venezuela e foi incentivada por Víctor Jara a compor sua próprias canções.

A partir de 1964, começou a administrar a "Peña de los Parra", onde se apresentaram músicos que integrariam o movimento que seria conhecido como "Nueva Canción Chilena" e a gravar pela Dicap. Dentre os que se apresentavam na "Peña de los Parra", podem-se destacar: Víctor Jara, Luís Advis, e os conjuntos: Inti Illimani e Quilapayún.

Suas primeiras composições foram gravadas em 1968, em um disco que tinha, principalmente, musicalizações de Paco Ibañez para versos de Góngora e García Lorca. Esse disco contou com a participação de Júlio Villalobos (integrante de "Los Blops") no violão.

Em 1969, gravou o disco "Cantando por amor".

Em 1970, musicalizou versos de sua mãe que resultaram nas canções: "Lo que más quiero" e "Qué palabra te dijera", incluídos no disco "Violeta Parra".

Em 1971:

Durante o governo de Salvador Allende:

Participou do disco "La población", de Víctor Jara; e de um disco gravado em Havana, juntamente com Sílvio Rodríguez, Sérgio Vitier e de outros músicos que participavam do Grupo de Experimentação Sonora do ICAIC.

Em 1972, juntamente com Inti Illimani, participou da Cantata "Canto para una Semilla", composta por Luís Advis a partir das Décimas de Violeta Parra.

Após o Golpe Militar de setembro de 1973, viveu principalmente em Paris durante o exílio.

Nessa época:

  • Fez apresentações na Europa, na União Soviética e nos Estados Unidos;
  • Publicou: "El libro mayor de Violeta Parra", em homenagem à sua mãe, que seria reeditado em 2009;
  • Lançou os discos: "Vientos del pueblo" (1974) e "Como una historia" (1976), que tiveram como temáticas o desterro e a dor pela perda de pessoas próximas, que incluíram canções como: "Este presente festín se lo regalo a cualquiera" e a musicalização do poema: "Ay, canto, qué mal me sales", escrito por Víctor Jara horas antes de ser assassinado.

Em 1981, encerrou seu contrato com a Dicap.

Em 1983, lançou o disco: "Tu voluntad más fuerte que el destierro", como produção independente.

Em 1984, recebeu permissão para ficar por 45 dias no Chile, com a condição de não cantar publicamente, e decidiu radicar-se em Buenos Aires, onde residiu por três anos, até que foi publicado um decreto que permitiu seu retorno ao Chile.

Em 1985:

  • recebeu o prêmio: "Officier de l’ordre des arts et des lettres", concedido pelo Ministério da Cultura da França;
  • colaborarou com "Los Jaivas" na gravação de "Obras de Violeta Parra", interpretando: "Un río de sangre".

Na Argentina:

  • gravou o disco "Enlaces" (1987), em parceria com Celeste Carballo, Piero e León Gieco;
  • participou da gravação do disco "De Ushuaia a la Quiaca", editado por León Gieco, e que tinha como tema o folclore argentino;

Em 1987, regressou ao Chile e realizou apresentações por várias cidades do país.

Em 1992, transformou a "Peña de Carmen 340" na Fundação Violeta Parra.

Em 1998, participou da gravação do disco "El encuentro", que teve como propósito fazer uma homenagem à Víctor Jara, gravado pela Alerce. Também participaram daquele disco: Jorge González, Lucho Barrios e Sílvio Rodríguez.

No final de 1999, a Warner Chile publicou uma antologia, com um álbum duplo com canções interpretadas por Isabel, sendo algumas delas de autoria própria.

Em 2000, lançou o disco "Colores", que contou com a colaboração de Sílvio Rodríguez em Cuba, de Horácio Salinas e Jorge Coulon, os dois últimos integrantes do Inti Illimani, além de suas filhas Tita e Milena.

Entre 2003 e 2004, publicou o livro-disco "Ni toda la tierra entera" e o disco "Puras cuecas", que contou com a colaboração de seu irmão Ángel, e de seu tio Roberto Parra, além de integrantes do Quilapayún e do Inti Illimani.

Em agosto de 2015, conseguiu inaugurar um museu em homenagem à sua mãe, Violeta Parra[1] [2].

Referências

  1. Isabel Parra, em espanhol, acesso em 02 de julho de 2017.
  2. Isabel Parra (1939- ), em espanhol, acesso em 03 de julho de 2017.