José Cristiano de Freitas Henriques Júnior
José Cristiano de Freitas Henriques Júnior | |
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Nascimento | José Christiano de Freitas Henriques Junior 1832 Açores |
Morte | 1902 (69–70 anos) Assunção |
Cidadania | Argentina, Reino de Portugal |
Ocupação | fotógrafo |
José Cristiano de Freitas Henriques Júnior (Santa Cruz das Flores, Portugal, 1832 — Assunção, Paraguai, 1902) foi um fotógrafo da segunda metade do século XIX.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Cristiano Júnior, nome pelo qual ficou conhecido, nasceu em Santa Cruz das Flores em 21 de Julho de 1832, filho de José Cristiano de Freitas Henriques e de Ana Henriqueta Henriques[1]. Em 1862 já estava no Brasil exercendo a profissão de fotógrafo em Maceió, Alagoas. Logo a seguir transferiu-se para a capital do Império e assim que chegou ao Rio de Janeiro fez uma série de anúncios propondo-se "a tirar retratos por qualquer sistema fotográfico onde for chamado, seja qual for a distância". Neste primeiro momento ainda não se encontrava estabelecido e solicitava aos eventuais fregueses que o chamassem "por escrito no hotel Brisson, Rua da Ajuda 57B". Além de retratos o anunciante aceitava pedidos de encomenda e "quadros e cestas de flores e frutas de cera".[2]
No ano de 1864 associou-se a Fernando Antônio de Miranda (Cristiano Jr. & Miranda ou Cristiano Jr. & Fernando); a sociedade, que recebeu o nome de Photographia do Commercio, parece ter acabado no fim do mesmo ano.
No princípio de 1865 Cristiano Jr. anunciava-se só e informava a clientela de sua transferência para a Rua da Quitanda, 45.[3] Posteriormente Cristiano Jr. associou-se a Bernardo José Pacheco, com quem manteve o negócio até 1875.
Apesar de manter o estúdio do Rio de Janeiro, Cristiano Júnior, desde o ano de 1867, buscava expandir as suas atividades na Argentina. Em 1871 recebeu a medalha de ouro na Primeira Exposição Nacional daquele país com a série de fotos Vistas y costumbres de la Republica Argentina. Em 1876 alcançou novamente o grande prêmio na segunda exposição anual da Sociedade Científica Argentina com uma coleção de Retratos y vistas de costumbres y paysages. Apesar desse sucesso, faleceu pobre e quase cego, em Assunção, no Paraguai, onde passou seus últimos anos.[4]
Referências
- ↑ Gomes, Nunes Pimentel. Casais das Flores e do Corvo. p.570
- ↑ Jornal do Commercio. Rio de Janeiro: Propriedade de Rodrigues & C., sábado, 3 jan. 1863, p. 2.
- ↑ Jornal do Commercio. Rio de Janeiro: Propriedade de Rodrigues & C., domingo, 15 jan. 1865, p. 3.
- ↑ KOSSOY, Boris. Estética, memória e ideologia fotográficas: decifrando a realidade interior das imagens do passado. Acervo. Rio de Janeiro: v. 6, n 1-2, jan./dez. 1993, p. 23.