Maria da Graça Nunes Carrion

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Maria da Graça Carrion
Cônsul-Geral do Brasil em Buenos Aires
Período 11 de outubro de 2005
a 18 de junho de 2009
Ministro Celso Amorim
Sucessor(a) Gladys Garry Facó
Dados pessoais
Nascimento 29 de julho de 1950
Porto Alegre, RS
Nacionalidade  Brasil
Progenitores Mãe: Julieta Nunes Carrion
Pai: Lisboa Carrion
Alma mater Universidade Candido Mendes (UCAM)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Ocupação diplomata

Maria da Graça Nunes Carrion ComMM (Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 29 de setembro de 1950) é uma diplomata brasileira. Foi cônsul-geral do Brasil em Buenos Aires durante o governo Lula, além de ser a primeira mulher a chefiar a representação do Brasil junto à Associação Latino-Americana de Integração (ALADI).[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Nasceu na cidade de Porto Alegre, filha de Lisboa Carrion e Julieta Nunes Carrion.[2]

Formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Em 1974, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito Cândido Mendes.[2]

Carreira diplomática[editar | editar código-fonte]

Ingressou na Turma de 1973 do Instituto Rio Branco, tendo tomado posse no cargo de terceira secretária em 1974.[2]

Foi inicialmente lotada na Divisão de Privilégios e Imunidades, onde trabalhou de 1974 a 1975. De 1975 a 1978, foi assistente da Divisão de Transportes e Comunicação.[2]

Em 1978, foi promovida a segunda secretária e designada assessora Departamento Econômico, cargo que exerceu até sua remoção, em 1981, para servir na Delegação Permanente do Brasil Genebra. Em 1982, ocorreu sua promoção a primeira secretária. Em 1984, mudou-se para Montevidéu, com vistas a exercer as atribuições de primeira-secretária na Embaixada do Brasil junto ao Uruguai.[2]

Regressou ao Brasil em 1987, tendo, inicialmente, integrado a Divisão de Política Comercial. Em 1988, ano em que se deu sua promoção a conselheira, assumiu a chefia substituta da Divisão de Produtos de Base. No ano de 1990, foi removida para servir na Embaixada do Brasil em Buenos Aires. Permaneceu no posto por cinco anos.[2]

Retornou a Brasília em 1994, com vistas a chefiar a Divisão de Integração Regional. Deu-se nesse ano sua defesa de tese do Curso de Altos Estudos, intitulada “O Protocolo de Integração Cultural Brasil-Argentina - Perspectivas para o Mercosul”, um dos requisitos para ascensão funcional na carreira diplomática.[2]

Em 1996, foi promovida a ministra de Segunda Classe. No ano seguinte, foi designada ministra-conselheira da Embaixada do Brasil em Santiago. Em seu regresso ao Brasil, no ano de 2000, assumiu a chefia de Gabinete da Subsecretaria-Geral de Assuntos de Integração, Econômicos e de Comércio Exterior. À época, dedicou-se à Seção Nacional Brasileira de Assuntos Relacionados à Associação Inter-Regional Mercosul-União Europeia. Foi secretária-executiva da pauta no biênio 2000-2001.[2]

Em 2003, quando passou a chefiar o Departamento de Europa do Itamaraty,[3] foi promovida em dezembro a ministra de primeira classe, considerado o topo da hierarquia da carreira diplomática brasileira.[4][5] Em 2004, Nunes Carrion foi admitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao grau de Comendadora especial da Ordem do Mérito Militar.[1] Em julho de 2005, fez parte da delegação para a 32.ª Reunião da Comissão Mista Brasil-Alemanha de Cooperação Econômica em Fortaleza.[6]

Cônsul-Geral do Brasil[editar | editar código-fonte]

Em outubro de 2005, Nunes Carrion foi nomeada pelo presidente Lula cônsul-Geral do Brasil em Buenos Aires.[7] Assumiu a função até 2009, quando foi designada cônsul-geral em Santiago. Entre os anos de 2013 e 2017, chefiou a Delegação Permanente do Brasil junto à ALADI e ao MERCOSUL. Tratou-se de seu último cargo antes da aposentadoria.[2]

Condecorações[2][editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c BRASIL, Decreto de 8 de abril de 2004.
  2. a b c d e f g h i j k Patriota, Antonio (1 de agosto de 2013). «Mensagem nº 67, de 2013». Senado Federal. Consultado em 25 de maio de 2020 
  3. BRASIL, Portaria da Casa Civil nº 1 380, de 25 de agosto de 2003.
  4. BRASIL, Decreto de 18 de dezembro de 2003.
  5. Friaça, Guilherme José Roeder, 1970-. Mulheres diplomatas no Itamaraty (1918-2011) : uma análise de trajetórias, vitórias e desafios. Brasília: [s.n.] OCLC 1122687327 
  6. BRASIL, Decreto de 1º de julho de 2005.
  7. BRASIL, Decreto de 11 de outubro de 2005.