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Organização para a Libertação do Povo do Afeganistão

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A Organização para a Libertação do Povo do Afeganistão (em persa : سازمان آزادی‌بخش مردم افغانستان, Sazman-e Azadibakhsh-e Mardom-e Afeganistão, SAMA) era um grupo insurgente maoísta afegão, com maior influência na Província de Parwan[1].

Foi a principal organização político-militar de esquerda no Afeganistão, fundada em 1978, que lutou contra o regime pro-soviético do Partido Democrático do Povo do Afeganistão (PDPA) e contra o exército soviético, no contexto da Ruptura sino-soviética.

Era liderada por Majid Kalakani, que pretendia pretendia construir uma Frente Única de estilo maoísta de forças opostas ao governo pro-soviético do PDPA.

Tinha ligações com o Movimento Revolucionário Internacionalista[2], embora nem todos os seus integrantes foram maoístas.

Se opôs à Teoria dos Três Mundos, que era defendida pela Organização para a Libertação do Afeganistão, uma outra organização maoísta afegã.

Teve suas origens no "Eterna Chama", um movimento maoísta que atuou no Afeganistão entre as décadas de 1960 e 1970.

Durante a Guerra do Afeganistão (1979-1989), atacou comboios do exército soviético e instalações governamentais, para tomar armas e outros recursos, além de executarem assassinatos e sequestros, incluindo um de um general soviético.

Após a prisão de seu líder, Majid Kalakani, em 27 de fevereiro de 1980, teve início um declínio, além disso, começou a sofrer ataques do Hezb-e Islami Gulbuddin, organização fundamentalista liderada por Gulbuddin Hekmatyar, que fizeram com que tivesse que se retirar de suas posições em Kalakan e Koh Daman, em 1983.

Em 1983, agentes do PDPA se infiltraram na organização para tentar fazê-la se juntar ao governo na luta contra os fundamentalistas.

Como isso não ocorreu, o governou utilizou informações dos agentes infiltrados para prender cerca de 60 líderes da organização, o que gerou uma mudança na liderança.

A nova liderança entrou em negociações com o governo e começou a abandonar o maoísmo e sua estratégia para a Nova Democracia, causando deserções e divisões que deram origem ao surgimento de novos grupos maoístas.

Em 1989, a organização deixou de existir[3] [4] [5].

Referências

  1. AFGHANISTAN: History, Diplomacy and Journalism: History, Diplomacy ..., Volume 1 by Dr. M. Halim Tanwir
  2. Interview with Afghan revolutionary", em inglês, acesso em 19/08/2021.
  3. Military Intervention, Stabilisation and Peace: The Search for Stability by Christian Dennys
  4. Afghanistan Maoists Unite in a Single Party, em inglês, acesso em 20/08/2021.
  5. Ideology Without Leadership: The Rise and Decline of Maoism in Afghanistan by Afghanistan Analysts Network.