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Pedro II (Piauí)

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Pedro II
  Município do Brasil  
Vista de Pedro II
Vista de Pedro II
Vista de Pedro II
Símbolos
Bandeira de Pedro II
Bandeira
Hino
Gentílico pedrossegundense
Localização
Localização de Pedro II no Piauí
Localização de Pedro II no Piauí
Localização de Pedro II no Piauí
Pedro II está localizado em: Brasil
Pedro II
Localização de Pedro II no Brasil
Mapa
Mapa de Pedro II
Coordenadas 4° 25' 30" S 41° 27' 32" O
País Brasil
Unidade federativa Piauí
Municípios limítrofes (N) Domingos Mourão e Lagoa de São Francisco

(S) Milton Brandão, Buriti dos Montes e Jatobá do Piauí, (O) Capitão de Campos e, (L) Estado do Ceará

Distância até a capital 195 km
História
Fundação 11 de agosto de 1854 (169 anos)
Administração
Prefeito(a) Elisabete Rodrigues de Oliveira (Betinha Brandrão) (PSB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2] 1 518,186 km²
População total (estimativa IBGE/2021[3]) 38 812 hab.
Densidade 25,6 hab./km²
Clima tropical[1] (Aw)
Altitude 603[1] m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[4]) 0,605 médio
PIB (IBGE/2008[5]) R$ 99 149,066 mil
PIB per capita (IBGE/2008[5]) R$ 2 628,07

Pedro II é um município brasileiro do estado do Piauí. É chamada de "Terra da Opala", bem assim de "Suíça Piauiense", por conta do seu clima serrano, frio, se comparado ao resto do estado, possuindo um grande potencial turístico, com as únicas minas de opala do Brasil, cachoeiras, um rico artesanato em tecelagem e o seu casario colonial, herança da colonização portuguesa. Todos os anos, entre os meses de maio e junho (no feriado de Corpus Christi), acontecem as edições do Festival de Inverno de Pedro II.

História[editar | editar código-fonte]

Casarios do centro histórico.

Nasceu com a denominação de Pequizeiro, no final do século XVIII.[6] Em 1839, o povoado sofreu um ataque do grupo Frecheira, pertencente ao movimento Balaio do município de Parnaíba. Eram 218 homens que causaram grande depredação e mortes. Vencidos pelo Major Joaquim Ribeiro, que comandava a força legal monarquista, no local Bebedouro, foram conduzidos a prisão em Piracuruca.

Em seguida, fundado e emancipado por portugueses em 1854, século XIX. De acordo com a Lei Provincial Nº. 295 de 26 de Agosto de 1851, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição dos Matões. Em 11 de Agosto de 1854 segundo a Lei Nº. 367 o povoado dos Matões foi elevado à categoria de Vila, com a denominação de Pedro II, em homenagem ao Imperador do Brasil. Com a proclamação da República, a Vila voltou a ter o nome de Matões mas, pela Lei Nº. 641 de 13 de julho de 1911, já na categoria de cidade, foi restabelecida a denominação de Pedro II.[7]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Localiza-se a uma latitude 04º25'29" sul e a uma longitude 41º27'31" oeste, estando a uma altitude de 603 metros. A cidade está localizada na Serra dos Matões, sendo privilegiada naturalmente com um clima ameno. Sua temperatura varia entre 28°C e 30°C ao dia e 20°C a 16°C à noite e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 38 812 habitantes.[3]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Festival de Inverno de Pedro II[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Festival de Inverno de Pedro II

Memorial Tertuliano Brandão Filho[editar | editar código-fonte]

Palacete do memorial.

É um palacete construído nos anos inicias do século XX que tem acervos da família de Tertuliano Brandão e de Tertuliano Solon Brandão. A inauguração do memorial foi feita em 10 de março de 1987 pelo governador José Raimundo Bona Medeiros.

É aberto a visitação pública e seu acervo é composto por 800 peças como mobiliários, documentos, indumentárias, comendas, correspondências e livros.[8]

Museu da Roça[editar | editar código-fonte]

O Museu da Roça de Pedro II era uma instituição particular que guardava e expunha diversidades de acervos sobre aspectos da cultura local.[9][10]

Biblioteca Municipal[editar | editar código-fonte]

Em Pedro II há a Biblioteca Municipal Padre Áureo.[11]

Turismo[editar | editar código-fonte]

Mirante do Gritador[editar | editar código-fonte]

O Morro do Gritador é um cânion a uma altura de 729 metros do nível do mar, localizado na costa da Serra da Ibiapaba, especificamente na Serra dos Matões[12].

O mirante, com bar e restaurante, oferece vista privilegiada dos paredões de rocha e vegetação nativa, bem assim dos vales no horizonte, possuindo um clima serrano raro na região.

É, talvez, o ponto turístico mais visitado, especialmente durante as edições do Festival de Inverno de Pedro II[13].

O Mirante também é palco do Desafio Serra dos Matões, evento de trail run com percursos nas comunidades localizadas na serra que lhe dá nome.

Trilhas e Cachoeiras[editar | editar código-fonte]

Na cidade há inúmeras trilhas e estradas que são usadas para esportes como ralis, enduros e competições de corrida em meio a vegetações típicas da caatinga e do cerrado. Destacam-se, ainda, as suas diversas cachoeiras que, além do banho, são utilizadas para práticas como o rapel[14].

As mais famosas são a Cachoeira do Salto Liso, com 26 metros de altura e água fria, e a Cachoeira do Urubu Rei, com cascata de 76 metros, sendo considerada a queda d'água mais alta do Piauí e a única cachoeira que não seca o ano inteiro[15][16][17].

Sítios arqueológicos[editar | editar código-fonte]

Pedro II possui mais de 200 painéis de sítios arqueológicos catalogados, mas nem todos são abertos à visitação. O mais conhecido é o Sítio Arqueológico da Torre, o qual contém painéis de inscrições rupestres, um rico bioma com áreas de cerrado e caatinga e espécies de plantas e animais dessas vegetações[18].

Rota da Opala[editar | editar código-fonte]

É possível fazer roteiro que contempla todas as etapas relativas à opala, desde a sua extração nas minas até as oficinas de lapidação e ourivesaria[16].

A Mina do Boi Morto é a maior mina de opala a céu aberto do mundo e a mais importante do Brasil[19].

Centro Histórico[editar | editar código-fonte]

No centro da cidade há casarios coloniais, em estilo português, que revelam o ar interiorano e a história por trás da colonização[20].

Sítio Buritizinho[editar | editar código-fonte]

Estabelecimento privado onde há um engenho e uma casa de farinha, sendo possível acompanhar e participar da preparação dos produtos a partir da cana-de-açúcar (caldo, rapadura) e da mandioca (tapioca, farinha, goma)[20].

Comunicações[editar | editar código-fonte]

Casa do centro histórico que sedia a Rádio FM Cidade Imperial.

Na Serra dos Matões, situada a seis quilômetros da sede, foi instalado na década de 1970 a retransmissão por ondas do sinal da TV Clube (Rede Globo) de Teresina pelo canal 6. Graças a altitude, o sinal da emissora de TV chegava em todos os municípios do norte do Piauí e municípios vizinhos do estado do Ceará.

No município existe a Rádio Imperial FM, emissora comercial de rádio legalizada que foi criada em 14 de dezembro de 1991,[21] além da Rádio Matões FM, Cidade Verde, Cruzeiro.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b http://www.cprm.gov.br/rehi/atlas/piaui/relatorios/155.pdf
  2. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  3. a b «Estimativa populacional 2021 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2021. Consultado em 28 de agosto de 2021 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  6. Franco, José Patrício - O Município no Piauí 1761 a 1961
  7. SOARES, Sidney. Enciclopédia dos Municípios Piauienses. Fortaleza; Escola gráfica Santo Antonio. 1972.
  8. Fundação Cultural do Piauí. www.infopatrimonio.org. Acesso em 1 de setembro de 2018.
  9. Museu da Roça: Um pedacinho de história no meio da natureza. www.capitalteresina.com.br. Acesso em 12 de junho de 2017
  10. Museu da Roça vira atração para turistas no interior do Piauí. g1.globo.com. Acesso em 12 de maio de 2017.
  11. Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas - Relação de Bibliotecas Públicas no Estado do Piauí Arquivado em 10 de setembro de 2016, no Wayback Machine. - novembro de 2013. SNBP. Acesso feito em 12 de junho de 2017.
  12. PI, Pedro SantiagoDo G1; II, em Pedro (20 de junho de 2014). «Beleza natural do Mirante do Gritador encanta turistas em Pedro II». Piauí. Consultado em 6 de junho de 2024 
  13. «Mirante do Gritador é atração mais visitada da cidade de Pedro II». GP1. 3 de junho de 2018. Consultado em 6 de junho de 2024 
  14. «Governo do Piauí». turismo.pi.gov.br. Consultado em 6 de junho de 2024 
  15. «Uma majestade em Pedro II: Cachoeira do Urubu Rei que não seca o ano inteiro | Blog Trilhas do Piauí da Rede Globo». Trilhas do Piauí. 16 de outubro de 2014. Consultado em 6 de junho de 2024 
  16. a b «Governo do Piauí». turismo.pi.gov.br. Consultado em 6 de junho de 2024 
  17. «Cachoeira de águas cristalinas descoberta há dois anos atrai turistas em Pedro II, no Piauí». G1. 11 de dezembro de 2021. Consultado em 6 de junho de 2024 
  18. controle (11 de maio de 2020). «Sítio Arqueológico da Torre - Pedro II, PI». Museu do Cerrado. Consultado em 6 de junho de 2024 
  19. «10 – A Mina do Boi Morto: aventura geológica no mundo das opalas». GMGA - Grupo de Mineralogia e Geoquímica Aplicada. 5 de março de 2018. Consultado em 6 de junho de 2024 
  20. a b «Governo do Piauí». turismo.pi.gov.br. Consultado em 6 de junho de 2024 
  21. http://www.fmimperial.com.br/. Página oficial. Acesso em 30 de julho de 2018.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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