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Usuário(a):João Vítor Grünfeld De Luca/Testes

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Cesareia Marítima (em grego: παράλιος Καισάρεια; em latim: Caesarea Maritima), também chamada Cesareia Palestina, é uma antiga cidade e porto marítimo, construída por Herodes, o Grande cerca de 25 a 13 a.C. Situa-se na costa mediterrânica de Israel, a cerca de meio caminho entre Telavive e Haifa, num local anteriormente chamado Pirgo Estratono (Pyrgos Stratonos; "Strato" ou "Torre de Straton", em latim Turris Stratonis). Cesareia Marítima não deve ser confundida com outras cidades que receberam o mesmo nome em honra de César, como Cesareia de Filipe, também em Israel, ou Cesareia Mázaca na Capadócia anatólia.

O historiador judeu Flávio Josefo é a principal fonte de informações sobre a construção e a história inicial da cidade, sendo esta descrita detalhadamente na obra Antiguidades Judaicas (XV.331ff; Guerra judia I.408ff), já que o massacre de judeus ocorrido naquele lugar foi o ponto de partida para a Grande Revolta Judaica.

Herodes não descuidou de sua nova cidade: seu palácio em Cesareia foi construído num promontório ao lado do mar, com uma piscina decorativa rodeada de estoas. Um aqueduto supria Cesareia de água potável, e um sistema de drenagem por baixo da cidade levava o esgoto para o mar. A vida civil da nova cidade começou no ano 13 a.C., quando Cesareia foi transformada na capital civil e militar da Judeia, e a residência oficial dos procuradores e governadores romanos. Os restos de todos os principais edifícios construídos por Herodes existiram até o final do século XIX. Os restos do povoado medieval também podem ser vistos, os quais são os muros (um décimo da área da cidade romana), o castelo e o sítio da catedral cruzada.

Em 2015 mergulhadores descobriram milhares de moedas de ouro naufragadas, mudando bastante a concepção que os pesquisadores tinham a respeito do período em torno do ano 1000 EC na região, provando-se economicamente mais ativa do que se pensava antes.

Esta cidade que já foi a capital portuária de Israel no período romano, hoje além de ter uma parque nacional de arqueologia, engloba uma cidade moderna e próspera na região litorânea de Israel. A Cesareia moderna é uma das cidades com maior poder aquisitivo no Estado moderno de Israel.

Na cidade, além do parque arqueológico, podem ser encontrados um aqueduto romano, museus, galerias de arte, clubes e hotéis modernos e perto fica um campo de golfe.

Em 1961, no teatro de Cesareia, foi encontrado uma pedra com uma inscrição em latim incluindo o nome de Pôncio Pilatos. O prefeito da Judeia, Pôncio Pilatos, erigiu o Tiberium em honra de Tibério.

  • Texto atual na terceira linha da inscrição:
TIBERIEUM

PONTIUS PILATUS

PRAEFECTUS IUDAEAE

Hoje Cesareia Marítima é um dos pontos turísticos mais visitados em Israel. Um ditado popular que já vem dos tempos da fundação da cidade afirma que "Quando Cesareia é grande, Jerusalém é pequena. Quando Cesareia é pequena, Jerusalém é grande", o que de fato corresponde à alternância da demografia das duas cidades causadas pelas sucessivas alterações na localização do poder romano em Israel.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. KERR, Breena. "As revelações de tesouro descoberto por mergulhadores no fundo do mar em Israel" BBC Brasil, 11/Dez/2017. Link de acesso: http://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-42202070

Revisado:

Cesareia Marítima (em grego: παράλιος Καισάρεια; em latim: Caesarea Maritima), também chamada Cesareia Palestina, é uma antiga cidade e porto marítimo, construída por Herodes, o Grande cerca de 25 a 13 a.C. [1]Situa-se na costa mediterrânica de Israel, a cerca de meio caminho entre Telavive e Haifa, num local anteriormente chamado Pirgo Estratono (Pyrgos Stratonos; "Strato" ou "Torre de Straton", em latim Turris Stratonis) fundado por Strato de Sidom no século IV a.C.[2] . A região foi dominada por Alexandre Magno e após a sua morte ficou sobre dominio do Império Selêucida até o século II a.C. [3]. Com a desintegração do Império Selêucida lideres de grupos etnicos da região se apossaram de territorios da Palestina e Fenícia, Zoilus de Dora dominou o local onde conhecemos como Cesareia e ali ficou até a integração do território pelo Rei Asmoneu Alexandre Janeu em 103 a.C[4]. A região passaria por domínio Romano por Pompeu que colocou como seu procurador Antípatro pai de Herodes em 65 a.C.[5]. Cesareia Marítima não deve ser confundida com outras cidades que receberam o mesmo nome em honra de César, como Cesareia de Filipe, também em Israel, ou Cesareia Mázaca na Capadócia anatólia. Tinha uma população estimada em 125 000 habitantes, que viviam em uma área urbana de 370 hectares.

Herodes não descuidou de sua nova cidade: seu palácio em Cesareia foi construído num promontório ao lado do mar, com uma piscina decorativa rodeada de estoas[6][7][8][9] .Um aqueduto supria Cesareia de água potável, e um sistema de drenagem por baixo da cidade levava o esgoto para o mar[10]. A vida civil da nova cidade começou no ano 13 a.C., quando Cesareia foi transformada na capital civil e militar da Judeia, e a residência oficial dos procuradores e governadores romanos[11]. Os restos de todos os principais edifícios construídos por Herodes existiram até o final do século XIX. Os restos do povoado medieval também podem ser vistos, os quais são os muros (um décimo da área da cidade romana), o castelo e o sítio da catedral cruzada.

O historiador judeu Flávio Josefo é a principal fonte de informações sobre a construção e a história inicial da cidade, sendo esta descrita detalhadamente na obra Antiguidades Judaicas (XV.331ff; Guerra judia I.408ff)[12], já que o massacre de judeus ocorrido naquele lugar foi o ponto de partida para a Grande Revolta Judaica.

Em 2015 mergulhadores descobriram milhares de moedas de ouro naufragadas, mudando bastante a concepção que os pesquisadores tinham a respeito do período em torno do ano 1000 EC na região, provando-se economicamente mais ativa do que se pensava antes.

Esta cidade que já foi a capital portuária de Israel no período romano, hoje além de ter uma parque nacional de arqueologia, engloba uma cidade moderna e próspera na região litorânea de Israel. A Cesareia moderna é uma das cidades com maior poder aquisitivo no Estado moderno de Israel. Na cidade, além do parque arqueológico, podem ser encontrados um aqueduto romano, museus, galerias de arte, clubes e hotéis modernos e perto fica um campo de golfe.

Em 1961, no teatro de Cesareia, foi encontrado uma pedra com uma inscrição em latim incluindo o nome de Pôncio Pilatos. O prefeito da Judeia, Pôncio Pilatos, erigiu o Tiberium em honra de Tibério.[13]

  • Texto atual na terceira linha da inscrição:
TIBERIEUM

PONTIUS PILATUS

PRAEFECTUS IUDAEAE

Hoje Cesareia Marítima é um dos pontos turísticos mais visitados em Israel. Um ditado popular que já vem dos tempos da fundação da cidade afirma que "Quando Cesareia é grande, Jerusalém é pequena. Quando Cesareia é pequena, Jerusalém é grande", o que de fato corresponde à alternância da demografia das duas cidades causadas pelas sucessivas alterações na localização do poder romano em Israel.

  1. NETZER, Ehud (2006). The architecture of Herod, the great builder. Tübingen: Mohr Siebeck. p. 94. ISBN 9780801036125 
  2. HOLUM, Kenneth G; HOHLFELDER, Robert L; BULL, Robert J; RABAN, Avner (1988). King herod's Dream: caesarea on the sea. New York: Norton. p. 27. ISBN 978-0-39-302493-7 
  3. HOLUM, Kenneth G; HOHLFELDER, Robert L; BULL, Robert J; RABAN, Avner (1988). King herod's Dream: caesarea on the sea. New York: Norton. p. 53. ISBN 978-0-39-302493-7 
  4. Levine, L. I. (1974). «The Hasmonean Conquest of Strato's Tower». Israel Exploration Journal (1): 62–69. ISSN 0021-2059. Consultado em 29 de junho de 2023 
  5. Holum, Kenneth G.; Hohlfelder, Robert L.; Raban, Avner; Bull, Robert J. (1988). King Herod's Dream: Caesarea on the Sea (em inglês). New York: Norton. p. 56. ISBN 9780393024937 
  6. Patrich, Joseph (2011). Studies in the Archaeology and History of Caesarea Maritima: Caput Judaeae, Metropolis Palaestinae: 77 Illustrated edição ed. Leiden: Brill 
  7. Gleason, Kathryn L.; Burrell, Barbara; Netzer, Ehud; Taylor, Laurel; Williams, J. Howard (janeiro de 1998). «The promontory palace at Caesarea Maritima: preliminary evidence for Herod's Praetorium». Journal of Roman Archaeology (em inglês): 23–52. ISSN 1047-7594. doi:10.1017/S1047759400017189. Consultado em 30 de junho de 2023 
  8. Mucznik, Sonia (1999). «A New Look at the Geometric Mosaic in the Promontory Palace at Caesarea Maritima». Tel-Aviv University. Assaph 1999: studies in art history. 4: 21-34. Consultado em 30 de junho de 2023 
  9. Netzer, Ehud; Laureys-Chach, Rachel (2006). The Architecture of Herod, the Great Builder: 117. Tübingen: Mohr Siebrek Ek. pp. 106–107. ISBN 9783161485701 
  10. Holum, Kenneth G.; Hohlfelder, Robert L.; Raban, Avner; Bull, Robert J. (1988). King Herod's Dream: Caesarea on the Sea (em inglês). New York: Norton. pp. 78–79 
  11. Holum, Kenneth G.; Hohlfelder, Robert L.; Raban, Avner; Bull, Robert J. (1988). King Herod's Dream: Caesarea on the Sea (em inglês). New York: Norton. pp. 72–105. ISBN 9780393024937 
  12. LIMA, Junio Cesar Rodrigues (16 de dezembro de 2021). «Cesareia Marítima: uma análise sociocultural do plano urbanístico de Herodes Magno no século I a. C». Universidade do Estado do Rio de Janeiro: 125-165 
  13. Holum, Kenneth G.; Hohlfelder, Robert L.; Raban, Avner; Bull, Robert J. (1988). King Herod's Dream: Caesarea on the Sea (em inglês). New York: Norton. pp. 109–110. ISBN 9780393024937