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Revoltas tenentistas em Mato Grosso

Descontentamento militar[editar | editar código-fonte]

destino tradicional de elementos desobedientes[1]

Revolta de 1922[editar | editar código-fonte]

Revolta de 1924[editar | editar código-fonte]

No relato do general Nepomuceno Costa, os telegramas foram enviados inclusive aos rebeldes, exagerando a situação das tropas legalistas, um estratagema que teria motivado os sargentos a iniciar a contrarrevolta. O relato está cheio de elogios próprios; os rebeldes não teriam tido ânimo para enfrentar "um velho soldado que não conhece dificuldades nem sacrifícios, para o estrito cumprimento dos seus deveres militares". O jornal A Capital, aparentemente para desmerecer os elogios do comandante ao presidente do Estado e outras figuras, publicou uma missiva anônima criticando a condução das operações legalistas. Seu autor ressaltou que os telegramas foram enviados no lugar de ordens formais de operações, e não houve uma ordem geral de operações com um plano de ataque; "os comandantes de força que se arranjassem como bem entendessem". O general teria ficado sem ajudante de ordens e chefe do Estado-Maior, designando-os para o comando de unidades. Contra o autor da carta, seria possível argumentar que a comunicação telegráfica era fácil, era preciso uma resposta rápida e faltavam oficiais na Circunscrição Militar.[2]

Passagem da coluna paulista[editar | editar código-fonte]

Passagem da revolta amazonense[editar | editar código-fonte]

Revoltas de 1925[editar | editar código-fonte]

De 12 a 13 de fevereiro de 1925, indícios de uma conspiração de sargentos no 6.º Batalhão de Engenharia (BE), em Aquidauana, levaram à prisão de 14 militares, dos quais três foram excluídos do Exército.[3] Um deles foi o sargento reservista Adalberto Granja,[a] participante posterior da Coluna Prestes, durante a qual foi mais tarde capturado e morreu na colônia penal de Clevelândia. Ele era conhecido de Lourenço Moreira Lima, secretário da Coluna. Granja discutiu planos de revolta com sargentos em Campo Grande e Aquidauana, tendo sido encarregado de sublevar o 17.º BC, em Corumbá, unidade onde servia seu irmão.[4] Os conspiradores neste batalhão tinham ligações com o 11.º RCI, de Ponta Porã. Em ambas unidades houve revolta em 27 de março, mas os oficiais do 11.º RCI conseguiram sufocar o movimento dentro do quartel.[5]

Corumbá estava isolada do esforço tenentista principal, na campanha do Paraná, no qual as forças rebeldes estavam prestes a sofrer uma grande derrota em Catanduvas. Nada sugere um plano de deslocamento para o Paraná, mas uma revolta em Corumbá poderia distrair as forças legalistas.[6] Suas motivações podem ter sido disciplinares e ideológicas. Incidentes disciplinares haviam ocorrido no batalhão no mês anterior, e sargentos e praças estavam com os vencimentos atrasados e sentiam-se perseguidos pelo fiscal do batalhão.[7] A ligação ideológica ao tenentismo é evidenciada na liderança de Adalberto Granja.[8] Os dois principais líderes foram Granja e Antonio Carlos de Aquino, um sargento de boa reputação entre soldados e civis.[9] Os sargentos João Leite de Figueiredo, Marcondes Fontes Esperidião Ferraz, Bertholdo de Souza Papa e Lydio de Gomes Barros e o cabo Arlindo são também citados como lideranças.[10]

Combate do 17.º BC[editar | editar código-fonte]

O motim começou de madrugada na enfermaria. Na descrição do general Malan d'Angrogne, o comandante do batalhão, capitão Luiz de Oliveira Pinto, "dormia em uma rede, num quarto aberto, no quartel, tal a confiança em seus homens. Acordado aos gritos, subjugado apesar de resistir, foi levado aos empurrões e murros para o xadrez, onde foi encerrado, enquanto os presos, postos em liberdade, formavam com as demais praças". Oficiais que chegavam ao quartel eram presos. Os rebeldes também prenderam o comandante da Força Pública, tenente Arthur Xavier Sobrinho, juntamente com dez de seus soldados, e ocuparam o correio e o telégrafo.[11]

O sargento apareceu vivo numa reportagem do jornal O Mato Grosso, publicada em 28 de dezembro de 1930, segundo o "revolucionário de 1924" escapou a caminho da execução, foi dado como morto, participou da Revolução de 1930 e reapareceu em público. Entretanto, o jornal usou um nome diferente, "Pedro Aquino", e a notícia não foi reproduzida em nenhum outro jornal.[12]

O sargento Granja esperava conseguir apoio civil e entregar a direção da revolta ao coronel Fructuoso Mendes, chefe da Circunscrição de Alistamento Mmilitar, pois ele era conhecido antibernardista e havia sido preso em 1922.[13] Os civis não aderiram e muito menos o coronel, que liderou a contrarrevolta com a colaboração do intendente municipal Cyriaco Felix de Toledo.[10]

Passagens da Coluna Prestes[editar | editar código-fonte]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. Segundo o historiador Valmir Batista Corrêa, seu nome seria na verdade Armando Granja. Lourenço Moreira Lima e vários jornais usaram o nome Adalberto (Souza 2018, p. 360).

Citações[editar | editar código-fonte]

  1. Macaulay 1977, p. 76.
  2. Souza 2018, p. 308-309.
  3. Souza 2018, p. 360.
  4. Souza 2018, p. 344-345, 359-360, 363.
  5. Meirelles 2002, p. 360.
  6. Souza 2018, p. 366.
  7. Souza 2018, p. 365-366.
  8. Souza 2018, p. 363.
  9. Souza 2018, p. 358.
  10. a b Souza 2018, p. 361.
  11. Souza 2018, p. 358, 361.
  12. Souza 2018, p. 364.
  13. Souza 2018, p. 358-360.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]


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