Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Galinhola-vermelha-de-maurício
Galinhola-vermelha-de-maurício ou galinhola-vermelha-das-maurícias (nome científico: Aphanapteryx bonasia) é uma espécie extinta de ave da família dos ralídeos que era endêmica de Maurício, uma ilha no Oceano Índico a leste de Madagascar. Única espécie do gênero Aphanapteryx, era pouco maior que uma galinha, possuía pernas compridas e um longo bico curvado. Sua plumagem castanho-avermelhada era composta de penas macias parecidas com pelos; a cauda não ficava visível na ave viva, e as suas curtas asas não lhe permitiam voar. No geral, sua aparência se assemelhava a de um carão ou de um kiwi esbelto.
O primeiro registro da espécie foi um desenho no diário de bordo do navio holandês Gelderland, datado de 1601. Outras figuras e descrições foram feitas durante o século XVII, algumas delas imprecisas porque, após a extinção do dodô, os colonos passaram a chamá-la pelo nome desse famoso pombo terrestre. Na década de 1860, ossos subfósseis da galinhola-vermelha foram encontrados junto a esqueletos de outros animais no pântano Mare aux Songes, em Maurício. A análise deste e de outros resquícios encontrados mais tarde permitiu estabelecer seu parentesco próximo com o Erythromachus leguati, endêmico da ilha vizinha de Rodrigues. As duas espécies são bastante parecidas, e alguns cientistas chegaram a classificá-las num mesmo gênero.
Além da semelhança física, compartilhavam um comportamento curioso: quando uma pessoa lhes mostrava um tecido vermelho, reagiam com agressividade, atacando o pedaço de pano. Os colonos aproveitavam-se dessa atitude, pois uma única ave apanhada emitia um chamado de ajuda que atraía as demais, e todas podiam assim ser abatidas com facilidade. A galinhola-vermelha-de-maurício era uma popular ave de caça e sua carne foi descrita como saborosa, parecida com a de porco. (leia mais...)