Lobo

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaLobo
Lobo-cinzento.
Lobo-cinzento.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Subfamília: Caninae
Gênero: Canis

Lobo é um animal carnívoro da família dos canídeos e que pertence ao gênero Canis. São quatro espécies que recebem tal designação: o lobo-cinzento (Canis lupus), lobo-vermelho (Canis rufus), lobo-etíope (Canis simensis), lobo-dourado (Canis anthus ou Canis lupaster). O lobo-oriental tem classificação discutível se espécie em si (Canis lycaon), uma subespécie do lobo-cinzento, ou um híbrido do lobo e coiote.

Existem outros animais comumente referidos como "lobos" mas pertencem a outros gêneros ou outras classificações de mamíferos: lobo-da-terra (uma hiena), lobo-guará (canídeo distinto), lobo-da-tasmânia (um marsupial), lobo-marinho (um pinípede). Também sem relação, outras espécies que, às vezes, são chamadas de "lobo" são: cão-selvagem-asiático (em certos locais chamado lobo-da-montanha), hiena-malhada (lobo-tigre), chacal-dourado (lobo-da-cana), coiote (lobo do mato) e o graxaim-do-mato (chamado variavelmente de lobinho, lobete ou só de lobo).[1]

Características e espécies[editar | editar código-fonte]

Os lobos geralmente ostentam um porte maior em comparação às demais espécies de canídeos, além de possuírem ampla distribuição geográfica. Os lobos são invariavelmente espécies que ostentam certas habilidades sociais, tendo um espécime/casal de espécimes reprodutor(es) como líder(es), são geralmente predadores de alto nível trófico, com apenas o lobo-dourado ocupando invariavelmente a posição de mesopredador.

As espécies variam em porte, sendo a menor dentre elas o lobo-dourado, vivente no continente africano, e a maior o lobo-cinzento, vivendo maiormente no Hemisfério Norte que é também o maior canino selvagem da atualidade. Uma listagem mais concreta é apresentada a seguir, da maior para a menor espécie.

Espécies Autoridade trinomial Descrição Abrangência

Canis lupus

Lobo-cinzento

Linnaeus, 1758 O mais conhecido entre as 5 espécies, conhecido pelo próximo parentesco com o cão-doméstico. É o mais amplamente distribuído, conhecido por atuar em grandes grupos familiares. É o maior canídeo selvagem existente, com as populações norte-americanas tendo uma média de 36 kg.[2] Europa, América e Ásia.

Canis rufus

Lobo-vermelho

Audubon & Bachman, 1851 Endêmico dos Estados Unidos, o lobo-vermelho é uma espécie intermediária em porte ao lobo-cinza e o coiote, sofrendo sério risco de extinção, havendo hoje só 50 em estado selvagem. São grandes, com seu peso médio variando de 20 a 39 kg.[3][4] América do Norte


Canis lycaon

Lobo-oriental

Schreber, 1775 Nativo do subcontinente norte-americano, o lobo-oriental é uma espécie próxima do lobo-vermelho. Característico por comer veados e castores. Criticamente ameaçado. Possui como peso médio 30,3 kg.[5] América do Norte

Canis simensis

Lobo-etíope

Ruppell, 1840 Carnívoro mais ameaçado do continente africano e o mais raro canídeo do mundo, similar em porte e constituição a um galgo; alimenta-se de roedores e pássaros, de porte significativo Os machos adultos pesam 14,2–19,3 kg, enquanto as fêmeas pesam 11,2–14,15 kg.[6] África


Canis lupaster

Lobo-dourado-africano

Hemprich e Ehrenberg, 1832 Confundido certamente com o chacal-dourado, é o menor dos lobos existentes. Versáteis e adaptáveis, consomem variados tipos de presas e não ostentam específicas ameaças naturais. Descrito como intermediário em porte aos chacais africanos e os menores lobos-cinzentos, ambos os sexos pesam 7–15 kg.[7] África

Todos os lobos caracterizam-se por serem animais grandemente comunicativos e bastante sociáveis, com todas as espécies podendo gerar descendência fértil entre si.[8] São bastante aparentados entre si, e são bastante próximos do cão-doméstico. São animais bastante presentes no imaginário humano, todas as espécies são associadas à predação de animais domésticos, mesmo que não sejam os maiores responsáveis pelas perdas.

Referências

  1. Beisiegel, B. M.; Lemos, F. G.; Azevedo, F. C.; Queirolo, D.; Pinto, R. S. (2013). «Avaliação do risco de extinção do cachorro-do-mato Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) no Brasil» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. Biodiversidade Brasileira. 3 (1): 138–145. ISSN 2236-2886 
  2. Lopez, Barry (1978). Of wolves and men. New York: Scribner Classics. p. 320. ISBN 0-7432-4936-4
  3. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome paradiso1972
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  6. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome zm1994
  7. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome estes1992
  8. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome wayne1999

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  1. Tedford, Richard H.; Wang, Xiaoming; Taylor, Beryl E. (2009). "Phylogenetic Systematics of the North American Fossil Caninae (Carnivora: Canidae)". Bulletin of the American Museum of Natural History. 325: 1–218. doi:10.1206/574.1. hdl:2246/5999.
  2. Boitani, L.; Phillips, M.; Jhala, Y. (2018). "Canis lupus". IUCN Red List of Threatened Species. IUCN. 2018. e.T3746A119623865. doi:10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T3746A119623865.en.
  3. A. Lehrman (1987). "Anatolian Cognates of the PIE Word for 'Wolf'". Die Sprache. 33: 13–18.