Mycoplasma laboratorium: diferenças entre revisões
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[[Ficheiro:Syn3_genome.svg|ligação=https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Syn3_genome.svg|miniaturadaimagem|280x280px|O [[gene]] funciona no [[genoma]] mínimo do [[Biologia sintética|organismo sintético]], ''Syn 3''.<ref name="Hutchison" group="a">{{Citar periódico|primeiro6=Clyde A.|ultimo7=Gill|titulo=Design and synthesis of a minimal bacterial genome|jornal=Science|língua=en|volume=351|páginas=aad6253|bibcode=2016Sci...351.....H|doi=10.1126/science.aad6253|issn=0036-8075|pmid=27013737| |
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Em 2016, o Venter Institute usou genes do JCVI-syn1.0 para sintetizar um genoma menor chamado JCVI-syn3.0, que contém 531.560 pares de bases e 473 genes.<ref name="syn3" group="b">[http://astrobiology.com/2016/03/first-minimal-synthetic-bacterial-cell.html First Minimal Synthetic Bacterial Cell]. ''Astrobiology Web''. March 24, 2016.</ref> Em 1996, depois de comparar ''M. genitalium'' com outra pequena bactéria ''Haemophilus influenza'', Arcady Mushegian e Eugene Koonin propuseram que houvesse um conjunto comum de 256 genes que poderia ser um conjunto mínimo de genes necessários para a viabilidade.<ref name="atlantic" group="b">{{Citar jornal|primeiro3=Ed|titulo=The Mysterious Thing About a Marvelous New Synthetic Cell|url=https://www.theatlantic.com/science/archive/2016/03/the-quest-to-make-synthetic-cells-shows-how-little-we-know-about-life/475053/}}</ref><ref group="a">{{Citar periódico|titulo=A minimal gene set for cellular life derived by comparison of complete bacterial genomes|jornal=Proc. Natl. Acad. Sci. USA|volume=93|páginas=10268–10273|bibcode=1996PNAS...9310268M|doi=10.1073/pnas.93.19.10268|pmc=38373|pmid=8816789|autores=Arcady R. Mushegian and Eugene V. Koonin}}</ref> Nesse novo organismo, o número de genes só pode ser reduzido para 473, 149 dos quais têm funções completamente desconhecidas.<ref name="atlantic" group="b" /> |
Em 2016, o Venter Institute usou genes do JCVI-syn1.0 para sintetizar um genoma menor chamado JCVI-syn3.0, que contém 531.560 pares de bases e 473 genes.<ref name="syn3" group="b">[http://astrobiology.com/2016/03/first-minimal-synthetic-bacterial-cell.html First Minimal Synthetic Bacterial Cell]. ''Astrobiology Web''. March 24, 2016.</ref> Em 1996, depois de comparar ''M. genitalium'' com outra pequena bactéria ''Haemophilus influenza'', Arcady Mushegian e Eugene Koonin propuseram que houvesse um conjunto comum de 256 genes que poderia ser um conjunto mínimo de genes necessários para a viabilidade.<ref name="atlantic" group="b">{{Citar jornal|primeiro3=Ed|titulo=The Mysterious Thing About a Marvelous New Synthetic Cell|url=https://www.theatlantic.com/science/archive/2016/03/the-quest-to-make-synthetic-cells-shows-how-little-we-know-about-life/475053/}}</ref><ref group="a">{{Citar periódico|titulo=A minimal gene set for cellular life derived by comparison of complete bacterial genomes|jornal=Proc. Natl. Acad. Sci. USA|volume=93|páginas=10268–10273|bibcode=1996PNAS...9310268M|doi=10.1073/pnas.93.19.10268|pmc=38373|pmid=8816789|autores=Arcady R. Mushegian and Eugene V. Koonin}}</ref> Nesse novo organismo, o número de genes só pode ser reduzido para 473, 149 dos quais têm funções completamente desconhecidas.<ref name="atlantic" group="b" /> |
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== Preocupações e controvérsias == |
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=== Recepção === |
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Em 6 de outubro de 2007, Craig Venter anunciou em entrevista ao jornal britânico ''[[The Guardian]]'' que a mesma equipe havia sintetizado [[Síntese artificial de genes|quimicamente]] uma versão modificada do [[cromossomo]] único do ''[[Mycoplasma genitalium]]''. O genoma sintetizado ainda não havia sido transplantado para uma célula em funcionamento. No dia seguinte, o grupo de [[bioética]] canadense [[ETC Group (AGETC)|ETC Group]] divulgou uma declaração através de seu representante, [[Pat Roy Mooney|Pat Mooney]], dizendo que a "criação" de Venter era "um chassi no qual você poderia construir quase tudo. Poderia ser uma contribuição para a humanidade, como novas drogas, ou uma enorme ameaça para a humanidade, como armas biológicas". Venter comentou "Estamos lidando com grandes idéias. Estamos tentando criar um novo sistema de valores para a vida. Ao lidar com essa escala, você não pode esperar que todos sejam felizes."<ref name="pilk" group="b">{{Citar jornal|primeiro3=Ed|titulo=I am creating artificial life, declares US gene pioneer|url=https://www.theguardian.com/science/2007/oct/06/genetics.climatechange|publicação=The Guardian}}</ref> |
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Em 21 de maio de 2010, a ''[[Science]]'' informou que o grupo Venter sintetizou com sucesso o genoma da bactéria ''Mycoplasma mycoides a'' partir de um registro de computador e transplantou o genoma sintetizado para a célula existente de uma bactéria ''Mycoplasma capricolum'' que teve seu DNA removido. A bactéria "sintética" era viável, ou seja, capaz de se replicar.<ref name="kwok" group="b" /> Venter a descreveu como "a primeira espécie ... a ter seus pais como um computador".<ref group="b">{{Citar jornal|titulo=How scientists made 'artificial life'|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/8695992.stm|jornal=BBC News}}</ref> |
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A criação de uma nova bactéria sintética, JCVI-3.0, foi anunciada na ''[[Science]]'' em 25 de março de 2016. Possui apenas 473 genes. Venter o chamou de "o primeiro organismo projetista da história" e argumentou que o fato de 149 dos genes necessários terem funções desconhecidas significa que "todo o campo da biologia está perdendo um terço do que é essencial para a vida".<ref group="a">{{Citar web|url=https://www.forbes.com/sites/matthewherper/2016/03/24/bio-maverick-craig-venter-hacks-bacteria-to-have-tiniest-possible-genetic-code/|titulo=After 20 Year Quest, Biologists Create Synthetic Bacteria With No Extra Genes|last=Herper|obra=Forbes|lingua=en|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=Matthew}}</ref> |
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=== Cobertura da imprensa === |
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O projeto recebeu uma grande quantidade de cobertura da imprensa devido ao talento de Venter, na medida em que [[ Jay Keasling|Jay Keasling]], um biólogo sintético pioneiro e fundador da Amyris, comentou que "a única regulamentação de que precisamos é da boca do meu colega".<ref name="venterstrategy" group="b">Andrew Pollack, His Corporate Strategy: The Scientific Method, NYTimes, September 4, 2010</ref> |
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=== Utilitário === |
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Venter argumentou que as bactérias sintéticas são um passo para a criação de organismos para fabricar [[Hidrogénio|hidrogênio]] e [[Biocombustível|biocombustíveis]], e também para absorver [[dióxido de carbono]] e outros [[Gases do efeito estufa|gases de efeito estufa]]. [[George Church|George M. Church]], outro pioneiro em [[biologia sintética]], expressou a visão contrastante de que a criação de um genoma totalmente sintético não é necessária, uma vez que a ''[[Escherichia coli|E. coli]]'' cresce mais eficientemente que a ''M. genitalium,'' mesmo com todo o seu DNA extra; ele comentou que genes sintéticos foram incorporados ao ''E.coli'' para executar algumas das tarefas acima.<ref name="sciam" group="b">[http://www.sciam.com/article.cfm?id=longest-piece-of-dna-yet Longest Piece of Synthetic DNA Yet], ''Scientific American News'', 24 January 2008</ref> |
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=== Propriedade intelectual === |
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O J. Craig Venter Institute registrou patentes para o genoma do laboratório Mycoplasma (o "genoma bacteriano mínimo") nos EUA e internacionalmente em 2006.<ref group="b">"[http://www.economist.com/science/displaystory.cfm?story_id=9333408 Artificial life: Patent pending]", ''The Economist'', June 14, 2007. Retrieved October 7, 2007.</ref><ref group="b">Roger Highfield, "[https://www.telegraph.co.uk/news/main.jhtml?xml=/news/2007/06/08/nbiofuel108.xml Man-made microbe 'to create endless biofuel']", ''Telegraph'', June 8, 2007. Retrieved October 7, 2007.</ref><ref group="a">US Patent Application: [http://appft1.uspto.gov/netacgi/nph-Parser?Sect1=PTO1&Sect2=HITOFF&d=PG01&p=1&u=%2Fnetahtml%2FPTO%2Fsrchnum.html&r=1&f=G&l=50&s1=%2220070122826%22.PGNR.&OS=DN/20070122826&RS=DN/20070122826 20070122826]</ref> O grupo ETC, um grupo canadense de bioética, protestou com o argumento de que a patente tinha escopo muito amplo.<ref group="b">{{Citar web|url=http://sitn.hms.harvard.edu/flash/2008/issue38/|titulo=The Emerging Field of Synthetic Biology: "Syn" or Salvation?|last=Ianculovici|obra=Science in the News|lingua=en-US|archiveurl=|archivedate=|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=Elena}}</ref> |
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== Projetos similares == |
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De 2002 a 2010, uma equipe da Academia Húngara de Ciências criou uma variedade de ''[[Escherichia coli]]'' chamada MDS42, que agora é vendida pela Scarab Genomics de Madison, WI, sob o nome de "Clean Genome". E.coli ",<ref group="b">{{Citar web|url=http://www.scarabgenomics.com/|titulo=Scarab Genomics LLC. Company web site.}}</ref> onde 15% do genoma da cepa parental (E. coli K-12 MG1655) foram removidos para auxiliar na eficiência da biologia molecular, removendo [[Sequência de inserção|elementos de inserção]], [[ Pseudogenes|pseudogenes]] e fagos, resultando em melhor manutenção de genes tóxicos codificados por plasmídeo, que geralmente são inativados por transposons.<ref group="a">{{Citar periódico|ultimo=Umenhoffer K, Fehér T, Balikó G|primeiro=Ayaydin F, Pósfai J, Blattner FR, Pósfai G|data=|ano=2010|titulo=Reduced evolvability of Escherichia coli MDS42, an IS-less cellular chassis for molecular and synthetic biology applications|url=|jornal=Microbial Cell Factories|volume=9|páginas=38|doi=10.1186/1475-2859-9-38|pmc=2891674|pmid=20492662|acessodata=}}</ref><ref group="a">{{Citar periódico|ano=2006|titulo=Emergent properties of reduced-genome Escherichia coli|url=https://semanticscholar.org/paper/fd793f0cd8ef5662b45e39c5cbd54a50e333b70e|jornal=Science|volume=312|páginas=1044–6|bibcode=2006Sci...312.1044P|doi=10.1126/science.1126439|pmid=16645050|autor=Pósfai G, Plunkett G 3rd, Fehér T, Frisch D, Keil GM, Umenhoffer K, Kolisnychenko V, Stahl B, Sharma SS, de Arruda M, Burland V, Harcum SW, Blattner FR}}</ref><ref group="a">{{Citar periódico|titulo=Engineering a reduced Escherichia coli genome|jornal=Genome Res|volume=12|páginas=640–7|doi=10.1101/gr.217202|pmc=187512|pmid=11932248|autor=Kolisnychenko V, Plunkett G 3rd, Herring CD, Fehér T, Pósfai J, Blattner FR, Pósfai G}}</ref> Máquinas de bioquímica e replicação não foram alteradas. |
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== Referências == |
== Referências == |
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=== A === |
=== A – Fontes primárias === |
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=== B – Imprensa popular === |
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Revisão das 17h39min de 1 de dezembro de 2019
Mycoplasma mycoides JCVI-syn1.0 | |
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Classificação científica | |
Reino: | Monera |
Filo: | Tenericutes |
Classe: | Mollicutes |
Ordem: | Mycoplasmatales |
Família: | Mycoplasmataceae |
Gênero: | Mycoplasma |
Espécies | |
Subespécie: | M. m. JCVI-syn1.0
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Nome trinomial | |
Mycoplasma mycoides JCVI-syn1.0 Gibson et al., 2010[a 1]
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Sinônimo[a 2] | |
Mycoplasma laboratorium Reich, 2000 |
Mycoplasma laboratorium ou Synthia[b 1] refere-se a uma espécie sintética de bactéria. O projeto para construir a nova bactéria evoluiu desde o seu início. Inicialmente, o objetivo era identificar um conjunto mínimo de genes necessários para sustentar a vida a partir do genoma de Mycoplasma genitalium e reconstruir esses genes sinteticamente para criar um "novo" organismo. O Mycoplasma genitalium foi originalmente escolhido como base para este projeto porque, na época, possuía o menor número de genes de todos os organismos analisados. Mais tarde, o foco mudou para Mycoplasma mycoides e adotou uma abordagem mais de tentativa e erro.[b 2]
Para identificar os genes mínimos necessários para a vida, cada um dos 482 genes de M. genitalium foi excluído individualmente e a viabilidade dos mutantes resultantes foi testada. Isso resultou na identificação de um conjunto mínimo de 382 genes que teoricamente deveriam representar um genoma mínimo.[a 3] Em 2008, o conjunto completo de genes de M. genitalium foi construído em laboratório com marcas d'água adicionadas para identificar os genes como sintéticos.[b 3][a 4] No entanto, o M. genitalium cresce extremamente lentamente e o M. mycoides foi escolhido como o novo foco para acelerar experimentos com o objetivo de determinar o conjunto de genes realmente necessários para o crescimento.[b 4]
Em 2010, o genoma completo de M. mycoides foi sintetizado com sucesso a partir de um registro de computador e transplantado para uma célula existente de Mycoplasma capricolum que teve seu DNA removido.[b 5] Estima-se que o genoma sintético usado para este projeto tenha custado US$ 40 milhões e 200 homens-ano para produzir.[b 4] A nova bactéria conseguiu crescer e recebeu o nome de JCVI-syn1.0, ou Synthia. Após experimentação adicional para identificar um conjunto menor de genes que poderiam produzir um organismo funcional, foi produzido o JCVI-syn3.0, contendo 473 genes.[b 2] 149 desses genes são de função desconhecida.[b 2] Como o genoma do JCVI-syn3.0 é novo, é considerado o primeiro organismo verdadeiramente sintético.
Projeto Genoma Mínimo
A produção de Synthia é um esforço em biologia sintética no J. Craig Venter Institute por uma equipe de aproximadamente 20 cientistas liderados pelo ganhador do Nobel Hamilton Smith e incluindo o pesquisador de DNA Craig Venter e o microbiologista Clyde A. Hutchison III. O objetivo geral é reduzir um organismo vivo a seus elementos essenciais e, assim, entender o que é necessário para construir um novo organismo a partir do zero.[a 3] O foco inicial foi a bactéria M. genitalium, um parasita intracelular obrigatório cujo genoma consiste em 482 genes compreendendo 582.970 pares de bases, dispostos em um cromossomo circular (no momento em que o projeto começou, este era o menor genoma de qualquer organismo natural conhecido que pode ser cultivado em cultura livre). Eles usaram a mutagênese do transposão para identificar genes que não eram essenciais para o crescimento do organismo, resultando em um conjunto mínimo de 382 genes.[a 3] Esse esforço foi conhecido como Projeto Genoma Mínimo.[a 5]
Escolha do organismo
Mycoplasma
Mycoplasma é um gênero de bactérias da classe Mollicutes na divisão Tenericutes, caracterizada pela falta de uma parede celular (tornando-a Gram-negativa) devido ao seu estilo de vida parasitário ou comensal. Na biologia molecular, o gênero recebeu muita atenção, por ser um contaminante notoriamente difícil de erradicar em culturas de células de mamíferos (é imune a beta-lactâmicos e outros antibióticos),[a 6] e por seus usos potenciais como um organismo modelo devido ao seu pequeno tamanho do genoma.[a 7] A escolha do gênero para o projeto Synthia data de 2000, quando Karl Reich cunhou a frase Mycoplasma laboratorium.[a 2]
Outros organismos com pequenos genomas
A partir de 2005, Pelagibacter ubique (uma α-proteobactéria da ordem Rickettsiales ) possui o menor genoma conhecido (1.308.759 pares de bases) de qualquer organismo de vida livre e é uma das menores células auto-replicantes conhecidas. É possivelmente a bactéria mais numerosa do mundo (talvez 1028 células individuais) e, juntamente com outros membros do clado SAR11, calcula-se que compõem entre um quarto e meio de todas as células bacterianas ou archaeais no oceano.[a 8] Foi identificado em 2002 por sequências de rRNA e foi totalmente sequenciado em 2005.[a 9] É extremamente difícil cultivar espécies que não atingem uma alta densidade de crescimento na cultura de laboratório.[a 10][a 11] Várias espécies recém-descobertas têm menos genes que M. genitalium, mas não são de vida livre: muitos genes essenciais que faltam em Hodgkinia cicadicola, Sulcia muelleri, Baumannia cicadellinicola (simbiontes de cigarras) e Carsonella ruddi (simbionte de hackberry pecíolo gall psyllid, Pachypsylla venusta[a 12]) pode ser codificada no núcleo hospedeiro.[a 13] O organismo com o menor conjunto conhecido de genes a partir de 2013 é Nasuia deltocephalinicola, um simbionte obrigatório. Possui apenas 137 genes e um tamanho de genoma de 112 kb.[a 14][b 6]
Nome da espécie | Número de genes | Tamanho (Mbp) |
---|---|---|
Candidatus Hodgkinia cicadicola Dsem [1] | 169 | 0,14 |
Candidatus Carsonella ruddii PV [2] | 182 | 0,16 |
Candidatus Sulcia muelleri GWSS [3] | 227 | 0,25 |
Candidatus Sulcia muelleri SMDSEM [4] | 242 | 0,28 |
Buchnera aphidicola str. Cinara cedri [5] | 357 | 0,4261 |
Mycoplasma genitalium G37 [6] | 475 | 0,58 |
Candidatus Phytoplasma mali [7] | 479 | 0,6 |
Buchnera aphidicola str. Baizongia pistaciae [8] | 504 | 0,6224 |
Nanoarchaeum equitans Kin4-M [9] | 540 | 0,49 |
Técnicas
Mycoplasma genitalium JCVI-1.0 | |
---|---|
Classificação científica | |
Reino: | Bacteria |
Filo: | Tenericutes |
Classe: | Mollicutes |
Ordem: | Mycoplasmatales |
Família: | Mycoplasmataceae |
Gênero: | Mycoplasma |
Espécie: | |
Subespécie: | M. g. JCVI-1.0
|
Nome trinomial | |
Mycoplasma genitalium JCVI-1.0 Gibson et al., 2008[a 15]
|
Várias técnicas de laboratório tiveram que ser desenvolvidas ou adaptadas para o projeto, uma vez que exigia síntese e manipulação de pedaços muito grandes de DNA.
Transplante de genoma bacteriano
Em 2007, a equipe de Venter relatou que eles conseguiram transferir o cromossomo da espécie Mycoplasma mycoides para Mycoplasma capricolum por:
- isolamento do genoma de M. mycoides : lise suave de células aprisionadas em ágar - ágar fundido misturado com células e deixado para formar um gel - seguido de eletroforese em gel de campo de pulso e a banda do tamanho correto (1,25 Mpb circular) sendo isolada;
- tornar competentes as células receptoras de M. capricolum : o crescimento em meios ricos seguiu a fome em meios pobres, onde a fome de nucleotídeos resulta na inibição da replicação do DNA e na alteração da morfologia; e
- transformação mediada por polietilenoglicol do cromossomo circular em células livres de DNA, seguida de seleção.[a 16]
O termo transformação é usado para se referir à inserção de um vetor em uma célula bacteriana (por eletroporação ou choque elétrico). Aqui, o transplante é usado como transplante nuclear.
Síntese bacteriana de cromossomos
Em 2008, o grupo de Venter descreveu a produção de um genoma sintético, uma cópia da sequência G37 de M. genitalium L43967, por meio de uma estratégia hierárquica:[a 15]
- Síntese → 1kbp: A sequência do genoma foi sintetizada por Blue Heron em 1.078 cassetes de 1080bp com sobreposição de 80bp e locais de restrição NotI (cortador ineficiente, porém pouco frequente).
- Ligação → 10kbp: 109 grupos de uma série de 10 cassetes consecutivas foram ligados e clonados em E. coli em um plasmídeo e a permutação correta foi verificada por sequenciação.
- PCR Multiplex → 100kbp: 11 Grupos de uma série de 10 conjuntos consecutivos de 10kbp (cultivados em leveduras) foram unidos por PCR multiplex, usando um par de primers para cada conjunto de 10kbp.
- Isolamento e recombinação → os conjuntos secundários foram isolados, unidos e transformados em esferoplastos de levedura sem uma sequência vetorial (presente no conjunto 811-900).
O genoma deste resultado de 2008, M. genitalium JCVI-1.0, é publicado no GenBank como CP001621.1. Não deve ser confundido com os organismos sintéticos posteriores, rotulados JCVI-syn, baseados em M. mycoides.[a 15]
Genoma sintético
Em 2010, Venter e seus colegas criaram o Mycoplasma mycoides, a cepa JCVI-syn1.0, com um genoma sintético.[a 1] Inicialmente, a construção sintética não funcionou; portanto, para identificar o erro - que causou um atraso de 3 meses em todo o projeto[b 4] -, uma série de construções semi-sintéticas foi criada. A causa da falha foi uma mutação de desvio de quadro único no DnaA, um fator de iniciação da replicação.[a 1]
O objetivo de construir uma célula com um genoma sintético era testar a metodologia, como um passo para criar genomas modificados no futuro. O uso de um genoma natural como modelo minimizou as fontes potenciais de falha. Várias diferenças estão presentes no Mycoplasma mycoides JCVI-syn1.0 em relação ao genoma de referência, notadamente um transposon IS1 de E.coli IS1 (uma infecção do estágio de 10kb) e uma duplicação de 85bp, além de elementos necessários à propagação em leveduras e resíduos de sites de restrição.[a 1]
Houve controvérsia sobre se o JCVI-syn1.0 é um verdadeiro organismo sintético. Enquanto o genoma foi sintetizado quimicamente em muitas partes, ele foi construído para corresponder ao genoma parental de perto e transplantado para o citoplasma de uma célula natural. O DNA por si só não pode criar uma célula viável: proteínas e RNAs são necessários para a leitura do DNA e membranas lipídicas são necessárias para compartimentar o DNA e o citoplasma. No JCVI-syn1.0, as duas espécies usadas como doador e receptor são do mesmo gênero, reduzindo possíveis problemas de incompatibilidade entre as proteínas no citoplasma do hospedeiro e o novo genoma.[a 17] Paul Keim (geneticista molecular da Universidade do Norte do Arizona em Flagstaff) observou que "existem grandes desafios pela frente antes que os engenheiros genéticos possam misturar, combinar e projetar completamente o genoma de um organismo a partir do zero".[b 4]
Marcas d'água
Um recurso muito divulgado do JCVI-syn1.0 é a presença de sequências de marcas d'água. As 4 marcas d'água (mostradas na Figura S1 no material suplementar do artigo[a 1]) são mensagens codificadas escritas no DNA, com comprimento de 1246, 1081, 1109 e 1222 pares de bases, respectivamente. Essas mensagens não usavam o código genético padrão, no qual sequências de 3 bases de DNA codificam aminoácidos, mas um novo código inventado para esse fim, que os leitores eram desafiados a resolver.[b 7] O conteúdo das marcas d'água é o seguinte:
- Marca d'água 1: um script HTML que lê em um navegador como texto parabenizando o decodificador e instruções sobre como enviar um email aos autores para comprovar a decodificação.
- Marca d'água 2: uma lista de autores e uma citação de James Joyce: "Viver, errar, cair, triunfar, recriar a vida fora da vida".
- Marca d'água 3: mais autores e uma citação de Robert Oppenheimer (sem créditos): "Veja as coisas não como são, mas como podem ser".
- Marca d'água 4: mais autores e uma citação de Richard Feynman: "O que não posso construir, não consigo entender".
JCVI-syn3.0
Em 2016, o Venter Institute usou genes do JCVI-syn1.0 para sintetizar um genoma menor chamado JCVI-syn3.0, que contém 531.560 pares de bases e 473 genes.[b 8] Em 1996, depois de comparar M. genitalium com outra pequena bactéria Haemophilus influenza, Arcady Mushegian e Eugene Koonin propuseram que houvesse um conjunto comum de 256 genes que poderia ser um conjunto mínimo de genes necessários para a viabilidade.[b 9][a 19] Nesse novo organismo, o número de genes só pode ser reduzido para 473, 149 dos quais têm funções completamente desconhecidas.[b 9]
Preocupações e controvérsias
Recepção
Em 6 de outubro de 2007, Craig Venter anunciou em entrevista ao jornal britânico The Guardian que a mesma equipe havia sintetizado quimicamente uma versão modificada do cromossomo único do Mycoplasma genitalium. O genoma sintetizado ainda não havia sido transplantado para uma célula em funcionamento. No dia seguinte, o grupo de bioética canadense ETC Group divulgou uma declaração através de seu representante, Pat Mooney, dizendo que a "criação" de Venter era "um chassi no qual você poderia construir quase tudo. Poderia ser uma contribuição para a humanidade, como novas drogas, ou uma enorme ameaça para a humanidade, como armas biológicas". Venter comentou "Estamos lidando com grandes idéias. Estamos tentando criar um novo sistema de valores para a vida. Ao lidar com essa escala, você não pode esperar que todos sejam felizes."[b 10]
Em 21 de maio de 2010, a Science informou que o grupo Venter sintetizou com sucesso o genoma da bactéria Mycoplasma mycoides a partir de um registro de computador e transplantou o genoma sintetizado para a célula existente de uma bactéria Mycoplasma capricolum que teve seu DNA removido. A bactéria "sintética" era viável, ou seja, capaz de se replicar.[b 1] Venter a descreveu como "a primeira espécie ... a ter seus pais como um computador".[b 11]
A criação de uma nova bactéria sintética, JCVI-3.0, foi anunciada na Science em 25 de março de 2016. Possui apenas 473 genes. Venter o chamou de "o primeiro organismo projetista da história" e argumentou que o fato de 149 dos genes necessários terem funções desconhecidas significa que "todo o campo da biologia está perdendo um terço do que é essencial para a vida".[a 20]
Cobertura da imprensa
O projeto recebeu uma grande quantidade de cobertura da imprensa devido ao talento de Venter, na medida em que Jay Keasling, um biólogo sintético pioneiro e fundador da Amyris, comentou que "a única regulamentação de que precisamos é da boca do meu colega".[b 12]
Utilitário
Venter argumentou que as bactérias sintéticas são um passo para a criação de organismos para fabricar hidrogênio e biocombustíveis, e também para absorver dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. George M. Church, outro pioneiro em biologia sintética, expressou a visão contrastante de que a criação de um genoma totalmente sintético não é necessária, uma vez que a E. coli cresce mais eficientemente que a M. genitalium, mesmo com todo o seu DNA extra; ele comentou que genes sintéticos foram incorporados ao E.coli para executar algumas das tarefas acima.[b 13]
Propriedade intelectual
O J. Craig Venter Institute registrou patentes para o genoma do laboratório Mycoplasma (o "genoma bacteriano mínimo") nos EUA e internacionalmente em 2006.[b 14][b 15][a 21] O grupo ETC, um grupo canadense de bioética, protestou com o argumento de que a patente tinha escopo muito amplo.[b 16]
Projetos similares
De 2002 a 2010, uma equipe da Academia Húngara de Ciências criou uma variedade de Escherichia coli chamada MDS42, que agora é vendida pela Scarab Genomics de Madison, WI, sob o nome de "Clean Genome". E.coli ",[b 17] onde 15% do genoma da cepa parental (E. coli K-12 MG1655) foram removidos para auxiliar na eficiência da biologia molecular, removendo elementos de inserção, pseudogenes e fagos, resultando em melhor manutenção de genes tóxicos codificados por plasmídeo, que geralmente são inativados por transposons.[a 22][a 23][a 24] Máquinas de bioquímica e replicação não foram alteradas.
Referências
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