Limiar auditivo: diferenças entre revisões
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Revisão das 14h13min de 18 de março de 2023
Os limiares auditivos se relacionam com a intensidade sonora, associada à pressão e energia
gerada pela propagação da vibração das ondas sonoras, ou seja, a altura e pressão (som fraco e forte) contida na onda se expressa em decibéis[1].
Para saber o limiar auditivo de um indivíduo é necessário realizar o exame de audiometria, este exame engloba as análises comportamentais e psicoacústicas do nível de pressão sonora necessária para provocar uma sensação auditiva[2]. O exame de audiometria tem o objetivo principal determinar a integridade do sistema auditivo, além de identificar tipo, grau e configuração da perda auditiva em cada orelha. O padrão de normalidade para a audiometria (ATL) é estabelecido a partir da média tritonal dos limiares das frequências de 500 Hz, 1 e 2 kHz de valor menores que 25 dBNA [3].
A mudança de limiar auditivo poderá ser permanente ou temporária, a causa pode ser decorrente pela exposição intensa à elevados níveis de pressão sonora (ruído), que irá variar conforme o tempo de exposição (horas/anos). A mudança temporária pode ser definida como uma elevação do limiar de audibilidade que se recupera gradualmente após exposição ao ruído [4].
A permanência constante à exposição ao ruído e vibração sonora, em um maior ou menor grau, sinaliza um prognóstico de suscetibilidade para perdas auditivas neurossensoriais permanentes, se a exposição ao ruído contínuo for de cunho ocupacional suas características normalmente são do tipo neurossensorial, bilateral, irreversível e de início progressivo nas frequências de 6KHz e 4KHz (atingindo 8KHz e posteriormente as frequências medianas). Esta perda auditiva pode trazer desconforto aos sons intensos (recrutamento auditivo), zumbido, dificuldade na discriminação de palavras e localização sonora, o que poderá trazer prejuízos à comunicação e outras alterações não auditivas, como o estresse, irritabilidade e distúrbios do sono[5].
As questões de exposição ocupacional, são normalmente prevenível através de ações estratégicas e medidas preventivas conforme estratégias elaboradas sob as normas regulamentadoras trabalhistas (NR´s)[6].
Também é possível realizar o teste de limiar auditivo de altas frequências, de 8 a 18KHz, este tem por objetivo a investigação de danos e perda auditiva principalmente em alterações sensório-neurais, que geralmente têm seu início a partir das frequências mais altas[7], podendo esclarecer as dificuldades de compreensão de fala em ambientes ruidosos, pois são associadas as altas frequências a decodificação dos sinais e discriminação dos sons consonantais para o reconhecimento de fala[2].
- ↑ Paulucci, Bruno (2005). «Fisiologia da audição» (PDF). Consultado em 18 de março de 2023. Cópia arquivada (PDF) em
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(ajuda) 🔗 - ↑ a b Oppitz, Sheila Jacques; Silva, Luize Caroline Lima da; Garcia, Michele Vargas; Silveira, Aron Ferreira da (30 de julho de 2018). «Limiares de audibilidade de altas frequências em indivíduos adultos normo-ouvintes». CoDAS: e20170165. ISSN 2317-1782. doi:10.1590/2317-1782/20182017165. Consultado em 18 de março de 2023
- ↑ Fonoaudiologia, Sistema Brasileiro de Conselhos (2020). «Guia de Orientação na Avaliação Audiológica» (PDF). Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Consultado em 18 de março de 2023. Cópia arquivada (PDF) em
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(ajuda) 🔗 - ↑ Barros, Samanta Marissane da Silva; Frota, Silvana; Atherino, Ciríaco Cristovão Tavares; Osterne, Francisco (outubro de 2007). «A eficiência das emissões otoacústicas transientes e audiometria tonal na detecção de mudanças temporárias nos limiares auditivos após exposição a níveis elevados de pressão sonora». Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (5): 592–598. ISSN 0034-7299. doi:10.1590/S0034-72992007000500003. Consultado em 18 de março de 2023
- ↑ Hillesheim, Danúbia; Zucki, Fernanda; Roggia, Simone Mariotti; Paiva, Karina Mary de (2021). «Dificuldade auditiva autorreferida e exposição ocupacional a agentes otoagressores: um estudo de base populacional». Cadernos de Saúde Pública (10): e00202220. ISSN 1678-4464. doi:10.1590/0102-311x00202220. Consultado em 18 de março de 2023
- ↑ Bernardo, Valéria da Rocha Silveira (2018). «PERDA AUDITIVA OCUPACIONAL E SEUS FATORES ASSOCIADOS»
- ↑ Sá, Leonardo Conrado Barbosa de; Lima, Marco Antonio de Melo Tavares de; Tomita, Shiro; Frota, Silvana Maria Monte Coelho; Santos, Gisele de Aquino; Garcia, Tatiana Rodrigues (abril de 2007). «Avaliação dos limiares de audibilidade das altas freqüências em indivíduos entre 18 e 29 anos sem queixas otológicas». Revista Brasileira de Otorrinolaringologia: 215–225. ISSN 0034-7299. doi:10.1590/S0034-72992007000200012. Consultado em 18 de março de 2023