Álvaro Leite Siza Vieira (Porto, 28 de julho de 1962) é um arquiteto português, filho do também arquiteto Álvaro Siza Vieira e de sua mulher Maria Antónia Marinho Leite e primo-irmão de Pedro Siza Vieira. É conhecido por algumas obras emblemáticas, pelas quais recebeu alguns prémios internacionais[1], como a Casa Fez, onde reside e trabalha, e a Casa Tóló.[2] Além de obras de arquitetura, criou objectos de design e mobiliário e expôs os seus desenhos e pinturas.
Álvaro Leite Siza Vieira nasceu a 28 de Julho de 1962 no Porto, e antes de pensar ser arquiteto, o desenho era já desde tenra idade, uma de suas atividades, com incidência para os movimentos figurativos humanos. Mais tarde materializou estas dinâmicas plásticas em arquitetura, através de abstrações geométricas rigorosas e ordens matemáticas.[3]
A sua primeira obra construída foi a Casa Vanzeller, em Afife, Portugal, em 1992. Sucederam-se convites para um conjunto de projetos lúdicos de espaços de interação social e cultural, onde se destacam a Discoteca Estado Novo, em Matosinhos em 1995, o Salão de Festas na Quinta do Eirado, S. Mamede Infesta em 1998 e o bar e restaurante Mantra,[6][7] em Matosinhos, em 2000, passando por uma fase fractal, no desenvolvimento do café/bar para o programa Polis de Vila do Conde em 2001.[8]
Além da atividade como arquiteto, destacam-se os objetos de design, a Colher de Café xx/xy, em Prata, o Colar Fractal, o Galheteiro e o Candeeiro Fez. De Mobiliário, o Contador de CD’s, o Banco de Palhinha, o Maple Tolo, a Mesa de Baixela e a Cadeira Mies em Corte. Durante este período participou por convite em inúmeras Exposições Internacionais de Arquitetura, Pintura, Mobiliário e Design.[9]
Entre vários projetos de habitação, projetou em 1998 a Casa Francisco Ramos Pinto em Francelos.[10] Em 1999 iniciou o projecto da Casa Tolo, em Alvite, Portugal, cuja construção finalizou em 2004.[11][12] Esta obra internacionalizou o seu trabalho com mais expressão tendo sido objeto de estudo de universidades de arquitetura por todo o mundo. Tem inspirado inúmeros professores e alunos, na concepção de pós graduações e mestrados até hoje[13]. É também objecto de inúmeras excursões e visitas vindas de inúmeros países. Foi nomeado para o England International Wallpaper Awards 2007,[14][15] com o projecto da Casa Tolo. Também para os Russian International Architectural Awards (ARCHIP), com o mesmo trabalho do qual foi vencedor na categoria “Inovation Private Houses”,[16][17] e tem sido membro de Júri deste prémio Internacional, desde então.[18]
Em 2001 participou no Concurso Internacional para o New Tomihiro Museum of Shi-Ga, Azuma Vilage, Japão, tendo sido projeto finalista e nos últimos anos tem vindo a desenvolver projetos museológicos de raiz, a convite de algumas câmaras municipais, aguardando verbas para as suas construções, destacando-se em 2003 o Polo Museológico da Fundação Manuel Cargaleiro em Vila Velha de Ródão. O Museu da Água e o Museu do Vinho para a Câmara Municipal do Cartaxo em 2008. O Museu Fez em 2012, um espaço de atividades artísticas multi-disciplinares composto por uma área de exposição permanente de espólios e acervos artísticos da família; área de exposições temporárias com auditório; e área de turismo cultural. A Ginkgo Gallery Contemporary Art, Rua Miguel Bombarda, no Porto em 2014.
Tem sido convidado para inúmeras publicações, documentários televisivos, conferências internacionais e publicações dos seus trabalhos nas mais importantes revistas de arquitetura.[22][23][24][25][26][27][28][29][30]
Recentemente tem vindo a desenvolver outros projetos artísticos multi-disciplinares, editando um livro, “O Corpo como Arquitectura – Desenhos 1973 a 2012”, texto crítico de Bernardo Pinto de Almeida.