Maquete

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Maquete da comuna francesa Le Plessis-Robinson.

Maquete,[1] maqueta ou modelo é uma representação (completa ) em escala reduzida de um cenário, ambiente, sistema ou estrutura de engenharia ou arquitetura, ou ainda, o esboço.[2]

Uma maquete, pode ser estática, se visa analisar o aspecto físico do que está sendo modelado, ou dinâmica, se visa analisar o comportamento funcional do que está sendo modelado.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Maquete" e "maqueta" se originaram do termo francês maquette.[2] No Brasil também é difundida a palavra "Marquete", tratando-se de uma versão regionalizada e incorreta da palavra "Maquete".

Histórico[editar | editar código-fonte]

Maquete da Opernhaus Graz em frente à própria.

As maquetes estão presentes na história da humanidade desde a antiguidade, geralmente ligadas instalações militares defensivas, como os castelos medievais e a muralha da China. As maquetes tem sido um método importante de limitação dos gastos e dos recursos antes que um projeto fosse aprovado para construção em larga escala. Os maquetistas têm tido, portanto, um impacto considerável na história cuja dimensão nós conhecemos apenas vagamente.[3]

O filme King Kong de 1933, demonstra o uso do modelismo quanto à estrutura esquelética do modelo que representou o gorila, como também as inúmeras maquetes representando a selva habitada pelo personagem principal, evitando custo de transporte e perigos inerentes se um ambiente real fosse utilizado.[3]

Essa técnica só tem evoluído ao longo do tempo, e hoje em dia, os personagens mais populares fazem viagens espaciais a "planetas distantes" em "naves" espaciais sofisticadas, tudo baseado em modelismo e maquetes.[3]

Características[editar | editar código-fonte]

Maquete de estação ferroviária em escala HO.

Sendo as maquetes fundamentalmente "representações realistas", uma de suas principais características é a similitude, que permite a sua aproximação com o comportamento do objeto real nos quesitos: geométrico, cinemático e dinâmico.[4]

Por exemplo, na dinâmica dos fluidos, o coeficiente de Reynolds,[5] assim como todas as demais dimensões importantes, precisam ser iguais entre o modelo a ser testado e o protótipo a ser fabricado para que o teste seja considerado válido.

As maquetes, podem também ser representações virtuais, como nos desenhos assistidos por computador (vulgo CAD, Computer Assisted Design), quando, então, recebem a denominação específica de maquete eletrônica.

As maquetes são, geralmente, utilizadas em projetos de planejamento urbano mostrando o visual de novas construções no contexto da área existente.

As maquetes podem ser feitas com uma grande diversidade de materiais, incluindo plásticos, metais, madeira e um material próprio chamado cartão de maquete. Em diversos lugares, há museus com exposições de maquetes.

Escalas[editar | editar código-fonte]

Maquete de uma igreja em 3D feita em CAD.

Existem várias escalas de miniaturas. A escala é dada pela relação entre o objeto real e o objeto em miniatura. A escala 1/18 significa que a miniatura é 18 vezes menor do que o objeto real. É uma escala muito utilizada em réplicas de veículos (carros, motos e militaria).

Mais uma vez, essa relação (escala) deve ser aplicada a todas as quantidades de interesse do protótipo observando os requisitos de similitude do modelo, permitindo testes significativos.[6] Um método para determinar a razão de escala ideal para cada situação é a análise dimensional.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Dicionário escolar da língua portuguesa/Academia Brasileira de Letras. maquete. São Paulo: Companhia Editora Nacional. 2008. p. 824 
  2. a b Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1.086 
  3. a b c «Scale Models Through the Ages». ToysPeriod. toysperiod.com. 31 de julho de 2009. Consultado em 23 de junho de 2015  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  4. Crowe, C., et al. 2010, p. 259
  5. Crowe, C., et al. 2010, p. 262
  6. Harris, H., et al. 1999, p. 57

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Clayton t. Crowe; Donald F. Elger; Barbara C. Williams; John A. Roberson: Engineering Fluid Mechanics, John Wiley & Sons Inc. 2010 ISBN 978-0-470-40943-5 (em inglês)
  • Harry G. Harris; Gajanan M. Sagnis: Structural Modeling and Experimental Techniques, CRC Press LLC. 1999 ISBN 978-0-849-32469-7 (em inglês)
  • Kumar et al.: Pseudodynamic Testing of Scaled Models, J. Struct. Eng. 1997

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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