A Próxima Vítima (telenovela)
A Próxima Vítima | |
---|---|
Informação geral | |
Formato | Telenovela |
Gênero | |
Duração | 50 minutos (aproximadamente) |
Autor(es) | Sílvio de Abreu[1] |
País de origem | Brasil |
Idioma original | Português |
Produção | |
Diretor(es) | Jorge Fernando |
Elenco | José Wilker Tony Ramos Susana Vieira Aracy Balabanian Cláudia Ohana Vivianne Pasmanter Cecil Thiré Gianfrancesco Guarnieri Paulo Betti Natália do Valle Lima Duarte Marcos Frota Vera Holtz Yoná Magalhães Alexandre Borges |
Tema de abertura | "Vítima", Rita Lee & Roberto de Carvalho[1] |
Tema de encerramento | "Vítima", Rita Lee & Roberto de Carvalho - (entre outras canções) |
Exibição | |
Emissora de televisão original | ![]() |
Transmissão original | 13 de março - 3 de novembro de 1995 |
N.º de episódios | 203 (original) 110 (Vale a Pena Ver de Novo) 203 (Canal Viva) |
Cronologia | |
Programas relacionados | Torre de Babel Belíssima Rainha da Sucata Passione |
A Próxima Vítima é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo no horário das oito entre 13 de março e 3 de novembro de 1995, em 203 capítulos, substituindo Pátria Minha e substituída por Explode Coração. Foi a 50.ª "novela das oito" exibida pela emissora.
Escrita por Sílvio de Abreu, com colaboração de Alcides Nogueira e Maria Adelaide Amaral, com direção de Jorge Fernando, Rogério Gomes, Marcelo Travesso e Alexandre Boury, contou com a direção geral e núcleo de Jorge Fernando.
Contou com José Wilker, Susana Vieira, Tony Ramos, Lima Duarte, Natália do Valle, Vivianne Pasmanter, Marcos Frota, Yoná Magalhães, Otávio Augusto, Gianfrancesco Guarnieri, Tereza Rachel, Cecil Thiré, Cláudia Ohana e Aracy Balabanian nos papéis principais.
Em 2012, foi eleita pelo Portal Terra uma das cinquenta melhores novelas de todos os tempos.[2]
Índice
Sinopse[editar | editar código-fonte]
Ana (Susana Vieira), é amante de Marcelo (José Wilker) há vinte anos, com quem tem três filhos. Ana é uma mulher forte, batalhadora e dona de uma cantina italiana. Marcelo, por sua vez, é um aproveitador e mau-caráter. Ele é casado, por interesse, com uma mulher bem mais velha, a rica Francesca Ferreto (Tereza Rachel), mas vive um tórrido romance com a jovem, inescrupulosa e fogosa Isabela Ferreto (Cláudia Ohana), além de manter sua relação de anos com Ana. Sobrinha de Francesca, Isabela é noiva do rico e apaixonado Diego (Marcos Frota), que desconhece seu verdadeiro caráter.
A mansão dos Ferreto é o cenário para as traições de Marcelo e Isabela. Lá, também mora o casal Eliseo (Gianfrancesco Guarnieri) e Filomena (Aracy Balabanian). Irmã de Francesca, Filomena controla os negócios da família com mão de ferro. Dominadora, ela manipula a vida de muitos personagens, principalmente a do marido, um homem humilhado e submisso. Carmela (Yoná Magalhães), a irmã mais nova de Francesca e Filomena, também vive na mansão. Ambiciosa e ressentida por ter sido abandonada pelo marido, ela vê na filha Isabela sua grande esperança para conseguir um lugar de destaque no mundo. Ao longo da novela, Carmela se envolve com o jovem Adriano (Lugui Palhares). Na mesma mansão, mora a quarta irmã Romana (Rosamaria Murtinho), irmã mais velha de Filomena, Carmela e Francesca, que sustenta o gigolô Bruno (Alexandre Borges). Elegante e rica, adora dinheiro e sabe desfrutar muito bem dos prazeres que ele proporciona. Tem um temperamento forte como o de Filomena, a quem não suporta, sendo a única mulher da trama com personalidade e força para enfrentá-la.
Com o passar do tempo, Francesca descobre o romance entre Marcelo e Ana e fica inconformada com o fato de ele ter três filhos com a amante. Logo no início da trama, Marcelo e Ana, convencidos por Filomena, partem para uma viagem de lua de mel à Itália. Cesca, ao descobrir, resolve viajar para surpreender seu marido com a amante e surge a notícia de que ela foi morta por envenenamento na própria sala do aeroporto.
Uma série de assassinatos, aparentemente sem motivo e conexão entre si, ocorre no desenrolar da trama. Instigada com a sequência de mortes inexplicáveis, a jovem estudante de direito Irene (Vivianne Pasmanter) tenta descobrir não só o assassino, mas quem será a próxima vítima. Ela inicia uma minuciosa investigação dos fatos, depois de ter o pai Hélio (Francisco Cuoco), e a tia Júlia (Glória Menezes) também assassinados. Irene descobre uma lista com códigos. É a famosa lista do "Horóscopo Chinês" com a data de nascimento de todas as sete vítimas.
Enquanto Irene trabalha como detetive, novas mortes vão acontecendo. A já citada lista do Horóscopo Chinês, recebida pelas vítimas antes do crime, é só o que há de comum entre todas as mortes.
Zé Bolacha (Lima Duarte), é um alegre caminhoneiro, contador de histórias, que adora Guimarães Rosa e faz citações poéticas. Ele acaba se envolvendo com Irene, que é muito mais jovem. Ela, por sua vez, é filha de Helena (Natália do Vale), que se interessa por Juca (Tony Ramos), filho de Bolacha, formando um quadrilátero de paixões entre as duas famílias.
Simplório e verdadeiro, Juca é meio-irmão de Marcelo e dono de uma barraca de frutas no mercado municipal de São Paulo. No início da trama, Juca é alheio ao amor de Helena e é perdido e irremediavelmente apaixonado por Ana. Ao decorrer dos capítulos, o verdureiro fica no centro do triângulo amoroso, e acaba terminando com a "bonitona do Morumbi".
Em uma de suas principais tramas paralelas, o autor abordou a questão do preconceito de brancos contra negros e vice-versa. A intenção era discutir se na verdade o grande preconceito no Brasil era o social, mais do que o racial. Para isso, um dos núcleos dramáticos é composto por uma família negra de classe média. O pai, Kleber Noronha (Antônio Pitanga), é um contador íntegro que trabalha para várias empresas. Casado com Fátima (Zezé Motta), uma secretária executiva, ele constrói uma família bem-sucedida. Os filhos são Sidney (Norton Nascimento), um gerente de banco, Jefferson (Lui Mendes), estudante de direito, e Patrícia (Camila Pitanga), que sonha em ser modelo.
A relação homossexual entre Jefferson e Sandro (André Gonçalves), filho de Ana e Marcelo também foi outro ponto alto de A Próxima Vítima. O envolvimento entre os dois rapazes causou grande impacto sobre o público, também por ser o casal composto de um negro, e o outro, branco.
Lucas (Pedro Vasconcelos), no início da trama, aparece internado numa clínica para dependentes químicos. Na trajetória do personagem mostrava-se a dificuldade enfrentada por ex-dependentes em se manter distantes dos entorpecentes.
Quitéria Bezerra (Vera Holtz) é a melhor amiga e o apoio de Ana. Apesar do nome exagerado, não se trata de uma caricatura, é uma mulher digna e generosa. Prostituta por opção, conhecida em alguns sítios por Quitéria Quarta-feira, ainda exerce a profissão e não faz disso um drama: tem grande alegria de viver.
Já a personagem Júlia Braga, uma milionária que chega ao Brasil e se envolve numa campanha em prol dos menores de rua, serviu para discutir a questão do abandono no Brasil. A personagem foi inspirada na artista plástica Yvone Bezerra de Mello, que se dedicava intensamente à causa na época e que ajudava algumas das crianças que foram mortas na Chacina da Candelária em 1993, e em seu livro As ovelhas Desgarradas e Seus Algozes.
As vítimas
Antes de morrerem, quase todas as vítimas recebiam uma uma lista do horóscopo chinês, o que aumentava o mistério, pois não bastava apenas descobrir quem matava, mas também quem ia morrer.
Número | Personagem | Como morreu | Signo do horóscopo chines | Capítulo | Data da exibição |
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1 | Giggio de Angelis | Morte que ocasionou as demais. Ele foi assassinado a tiros em 1968. Em 1995, foi por queima de arquivo. Em 2000, foi por vingança. | . | 3 de novembro de 1995 | |
2 | Leontina Mestieri | A sela do cavalo no qual andava foi afrouxada de propósito. Ela caiu e bateu a cabeça em uma pedra. | Javali | 3 de novembro de 1995 | |
3 | Paulo Soares (Arnaldo Roncalho) | Foi atropelado pelo Opala preto. Foi a primeira morte mostrada ao público. | Cavalo | Capítulo 1 | 13 de março de 1995 |
4 | Hélio Ribeiro | Foi envenenado por um uísque na sala VIP do aeroporto | Tigre | Capítulo 6 | 18 de março de 1995 |
5 | Josias da Silva | Foi empurrado na linha do trem | Cão | Capítulo 35 | 25 de abril de 1995 |
6 | Júlia Braga | Seu Uno foi fechado pelo Opala preto. O assassino saiu do Opala, e apontou uma arma para ela, atirando em seu peito sem lhe dar a menor chance de defesa. Morreu horas mais tarde no hospital. | Serpente | Capítulo 60 | 20 de maio de 1995 |
7 | Ivette Bezerra | Já havia sofrido um atentado e passou a fingir uma total invalidez. Ao ser descoberta pelo assassino, não escapou do segundo atentado e foi morta com uma coronhada em casa. | Cabra | Capítulo 91 | 26 de junho de 1995 |
8 | Kléber Noronha | Foi empurrado no poço do elevador do prédio onde morava | Dragão | Capítulo 136 | 17 de agosto de 1995 |
9 | Ulysses Carvalho | Morto numa explosão no depósito de gás da pizzaria | . | Capítulo 178 | 5 de outubro de 1995 |
10 | Eliseo Giardini | Última vítima do assassino, foi asfixiado por monóxido de carbono após levar uma coronhada na garagem da mansão dos Ferreto | . | Capítulo 199 | 30 de outubro de 1995 |
Paralelo aos assassinatos misteriosos em série, outros dois assassinatos ocorreram na trama.
Número | Personagem | Como morreu | Data da exibição | |
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1 | Andréia Barcelos | Secretária do Frigorífico Ferreto, assassinada com um tiro por Isabela Ferreto e teve seu carro jogado numa represa | Capítulo 117 | 26 de julho de 1995 |
2 | Romana Ferreto | Foi afogada por Bruno na piscina da mansão dos Ferreto enquanto estava dopada. Bruno executava um plano de Isabela. | Capítulo 190 | 19 de outubro de 1995 |
- Assassinos e assassinatos
- Versão brasileira - Adalberto Vasconcellos matou 10 pessoas: Giggio di Angelis, as sete testemunhas do crime por queima de arquivo, Eliseo Giardini (a testemunha verdadeira) e Ulysses Carvalho (o informante), Isabela matou Andréa e Bruno matou Romana por vingança, Olavo matou Adalberto no final da trama.
- Versão internacional - Eliseo matou Giggio. Bruno matou Eliseo. Ulisses assassinou as sete testemunhas do assassinato do Giggio por vingança, forjou a própria morte e suicidou-se no final da trama ao ser descoberto por Olavo e Miroldo.
Na versão brasileira, veiculada em 1995, deve-se se lembrar que Ulisses Carvalho e Eliseo Giardini são as vítimas principais, já que Eliseo sabia que o assassino era Adalberto e Ulysses era um informante. Ao descobrir que Eliseo era a única e verdadeira testemunha de seu crime no passado e quando Ulysses não era mais necessário, assassinou os dois.
Na versão reprisada no ano 2000 (internacional), como Ulysses forjara a própria morte, significava que Eliseo era a principal vítima, já que este assassinara Giggio. Subornadas, as 7 testemunhas acusaram um contador do frigorífico que era pai de Ulysses. Quando descobre que seu pai morre na prisão, ele e Bruno, seu filho, decidem se vingar das testemunhas e de Eliseo, este assassinado por último.
Produção[editar | editar código-fonte]
A atriz Regina Duarte foi a primeira escolha do autor Sílvio de Abreu para viver a protagonista Ana. Com a recusa da personagem, a atriz Susana Vieira aceitou o papel. A atriz Malu Mader havia sido escolhida para interpretar a vilã Isabela Ferreto, mas declinou do convite por causa da sua primeira gravidez. Seu filho João nasceu em maio de 1995, enquanto a novela estava no ar. Com isso a atriz Cláudia Ohana asusmiu o papel.
Fernanda Montenegro interpretaria Romana Ferreto, que entraria no início da trama logo após a morte de Francesca (Thereza Rachel), porém a atriz estava com outros projetos. Na sinopse, Romana travaria guerra pelo poder contra Filomena (Aracy Balabanian). Rosamaria Murtinho atendeu uma ligação surpresa do próprio Silvio de Abreu e aceitou o papel, mesmo sem saber os detalhes.
A cidade de São Paulo voltava a ser locação em uma novela das 8, após quase 5 anos. Os bairros da Mooca e do Bixiga foram os mais salientados, devido à grande concentração de descendentes italianos que habitavam neles. Além de servirem de cenário para muitas gravações, eles também foram uma inspiração para as cidades cenográficas da novela[3].
Os nomes de Tony Ramos e José Wilker se revesavam, diariamente, na abertura da trama.
O autor Silvio de Abreu retratou os negros da novela como pessoas de classe média alta, indo em contrapartida à trabalhos exibidos anteriores. A intenção do autor era não criar polêmicas, e mostrar uma segunda face da moeda que não era tão explorada na televisão[4].
Primeira novela do ator Alexandre Borges na Rede Globo. Sua estreia no veículo foi na novela Guerra sem Fim, em 1993, da Rede Manchete, sendo que sua estreia na Globo foi na minissérie Incidente em Antares, exibida no ano anterior, em (1994).
A atriz Cláudia Raia fez uma participação especial na última cena do último capítulo, como uma mulher que acabara de ser assassinada em uma praça pública.
Castro Gonzaga fez uma pequena participação como o tio do detetive Paulo Soares/Arnaldo Roncalho (Reginaldo Faria). Já Renata Schumann interpretou Sabrina Rodrigues de Melo, filha de Olavo (Paulo Betti).
Devido à grande repercussão sobre o final da novela, o diretor Jorge Fernando cogitou exibir as principais cenas (como a revelação do verdadeiro assassino) ao vivo dentro dos estúdios. Porém ele desistiu da ideia, pois alguns atores tinham compromissos artísticos a cumprir. A solução encontrada foi gravar o final duas horas antes de ir ao ar, para evitar vazamentos[5].
O ator Paulo Betti se inspirou no detetive Peter Falk, do filme "Asas do desejo" para compor seu personagem[6].
A telenovela foi acusada de plágio pelo escritor e advogado Péricles Crispim. Segundo ele, a novela foi baseada em Por um raio de luz, sinopse que ele enviou à Globo em 1991. Ele entrou na Justiça pedindo a suspensão da novela, porém teve seu pedido indeferido[7].
Elenco[editar | editar código-fonte]
Ator[8][9] | Personagem[8][9] |
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José Wilker | Marcelo Rossi |
Susana Vieira | Ana Carvalho |
Tony Ramos | José Carlos Mestieri (Juca) |
Cláudia Ohana | Isabela Ferreto Vasconcellos |
Aracy Balabanian | Filomena Ferreto Giardini (Filó) |
Gianfrancesco Guarnieri | Eliseo Giardini |
Natália do Vale | Helena Braga Ribeiro |
Lima Duarte | José Mestieri (Zé Bolacha) |
Vivianne Pasmanter | Irene Braga Ribeiro |
Marcos Frota | Diego Bueno |
Paulo Betti | Detetive Olavo Rodrigues de Melo |
Vera Holtz | Quitéria Bezerra |
Cecil Thiré | Adalberto Vasconcellos |
Yoná Magalhães | Carmela Ferreto Vasconcellos (Cacá) |
Lugui Palhares | Adriano Raposo do Amaral |
Nicette Bruno | Nina Giovanni |
Flávio Migliaccio | Vitório Giovanni (Vitinho) |
Rosamaria Murtinho | Romana Ferreto |
Otávio Augusto | Ulysses Carvalho |
Tereza Rachel | Francesca Ferreto Rossi |
Glória Menezes | Júlia Braga |
Alexandre Borges | Bruno Biondi |
Zezé Motta | Fátima Noronha |
Antônio Pitanga | Kléber Noronha |
Patrícia Travassos | Solange Lopes |
Vera Gimenez | Andréa Barcellos |
Mila Moreira | Carla |
Norton Nascimento | Sidney Noronha |
Isabel Fillardis | Rosângela Moraes |
André Gonçalves | Sandro Carvalho Rossi |
Lui Mendes | Jefferson Noronha |
Deborah Secco | Carina Carvalho Rossi |
Selton Mello | Antônio Mestieri (Tonico) |
Pedro Vasconcelos | Lucas Braga Ribeiro |
Georgiana Góes | Iara Mestieri |
Roberto Bataglin | Cláudio Ramos |
Camila Pitanga | Patrícia Noronha |
Eduardo Felipe | Giulio Carvalho Rossi |
Liana Duval | Ivete Bezerra |
José Augusto Branco | Josias da Silva |
Lídia Mattos | Diva da Silva |
Vítor Branco | Alfredo Duarte |
Edgard Amorim | Miroldo (Miro) |
Catarina Abdalla | Marizete Farias |
Andréa Avancini | Teca |
Nizo Neto | Marco |
Lucy Mafra | Alcina |
Hilda Rebello | Zulmira |
Marcelo Barros | Cuca |
Patrick de Oliveira | Arizinho |
Renata Schumann | Sabrina Rodrigues de Melo |
Washington Gonzales | Eduardo da Silva (Duda Maluco) |
Dalmo Cordeiro | Gilberto (Giba) |
Participações Especiais[editar | editar código-fonte]
Ator/Atriz | Personagem |
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Francisco Cuoco | Hélio Ribeiro |
Carlos Eduardo Dolabella | Giggio de Angelis |
Maria Helena Dias | Leontina Giovanni Mestieri |
Reginaldo Faria | Paulo Soares / Arnaldo Roncalho |
Emiliano Queiroz | Antônio Quintela |
Castro Gonzaga | Pedro Roncalho |
Danielle Winits | Ana (Jovem) |
Élcio Romar | Detetive Eurípedes Lopes |
Jonas Bloch | Delegado Régis |
Mauro Mendonça | Otávio Bueno |
Tânia Scher | Márcia Bueno |
Marco Miranda | Dr. Edson |
Marcus Alvisi | Dr. Milton |
Ricardo Warnick | Pedro Paulo |
Denise Del Cueto | dona Clarisse |
Samir Murat | Roberval Correa |
Lafayette Galvão | Dr. Osnir |
José Steinberg | Sérgio |
Norma Geraldy | Úrsula Ferreto |
Vanda Lacerda | Anunciata Ferreto |
Lícia Magna | Magda Ferreto |
Antônio Fagundes | Dr. Astrogildo |
Cláudia Raia | Mulher misteriosa no último capítulo |
Reprises[editar | editar código-fonte]
Foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo entre 10 de julho e 8 de dezembro de 2000 em 110 capítulos, substituindo Tropicaliente e antecedendo Roque Santeiro.[10]
Foi reexibida na íntegra pelo Canal Viva de 9 de setembro de 2013 a 18 de junho de 2014, substituindo Renascer e sendo substituída por A Viagem, às 16h15.[11]
A partir de 17 de fevereiro de 2014, a Rede Globo inverteu os horários do Vale a Pena Ver de Novo e Sessão da Tarde, fazendo com que o Viva apresentasse A Próxima Vítima mais cedo, às 14h30, para que o público acompanhe as novelas nas duas emissoras das Grupo Globo.[12]
Repercussão[editar | editar código-fonte]
A trama abordou a história de uma família de negros de classe média alta, com um detalhe muito chamativo: uma demonstração rara de conciência racial perante os costumes da sociedade brasileira daquela época. Sidney (Norton Nascimento) e o pai (Antônio Pitanga) não gostavam do namoro de sua irmã e filha mais nova Patrícia (Camila Pitanga) com um jovem branco e louro, em contraponto ao mito fundador da cultura comportamental brasileira que prega que a mistura racial anula o racismo. Uma pesquisa comprovou que os telespectadores apontavam como real as situações vividas por essa família. Eles também consideravam como positiva a maneira como a classe negra estava sendo abordada na novela[13].
O ator André Gonçalves, que interpretava o homossexual Sandrinho afirmou que, por conta do seu personagem, sofria constantes ameaças e xingamentos, chegando até a ser agredido nas ruas[14].
Uma das cenas mais fortes da novela aconteceu no capítulo 50, exibido em 9 de maio de 1995. Nele, Isabela (Cláudia Ohana) é empurrada da escada da mansão por Diego (Marcos Frota) no dia do seu casamento, logo após descobrir que Isabela o traía com Marcelo (José Wilker). Outra sequência de cenas chocantes são as do capítulo 171, exibidas em 27 de setembro de 1995: após descobrir que Isabela o traia, Marcelo começa a cortá-la com uma faca, deixando-a toda machucada e desfigurada. Esta última cena foi considerada altamente misógina, e foi o estopim para que um grupo de feministas se manifestasse contra a novela acerca do excesso de agressões que a personagem Isabela sofria. O argumento principal foi de que a novela banalizava a violência contra a mulher[15].
Respondendo às críticas, o autor Sílvio de Abreu afirmou que a personagem estava sofrendo os castigos por ser uma vilã, e que segundo ele, " o mal não tem sexo"[16].
O assunto sobre quem era o assassino da trama gerou tanto burburinho nos capítulos finais, inclusive entre a classe política e sindicais. Alguns senadores e líderes sindicais chegaram a palpitar sobre a identidade do verdadeiro assassino[17][18].
Audiência[editar | editar código-fonte]
Horário | # Eps. | Estreia | Final | Posição | Temporada | Classificação geral | ||
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Data | Primeiro capítulo |
Data | Último capítulo | |||||
20:40 |
203 | 13 de março de 1995
|
52 | 3 de novembro de 1995
|
64 | #1 | 1995 | 51 |
O primeiro capítulo da trama obteve 52 pontos de média.[19]
A menor audiência da trama é de 40 pontos, alcançada no dia 13 de maio de 1995.
A audiência da trama sempre manteve-se na casa dos 50 pontos, algumas vezes um pouco abaixo disso. A partir de 19 de junho de 1995, todas as médias semanais da novela ficaram acima dos 50 pontos.
No dia 16 de outubro de 1995 alcançou recorde de 60 pontos.
Nos dias 31 de outubro e 1 de novembro de 1995, a trama alcançou sua segunda maior audiência. Foram registrados 63 pontos em ambos os dias.
Seu último capítulo teve média de 64 pontos, e picos de 68.[20]
A trama teve média de 51 pontos, tornando-se um fenômeno de audiência.[21]
A reprise teve média geral de 16 pontos,bastante abaixo da meta que era 20 pontos. Mesmo assim recuperou a faixa, levantando 2 pontos da reprise de Tropicaliente e ainda alcançou recorde de 28 pontos no último capítulo
Exibição Internacional[editar | editar código-fonte]
A Próxima Vítima foi vendida para mais de 20 países, entre os quais, Cuba, Estados Unidos, Guatemala, Hungria, Letônia, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Portugal, República Dominicana, República Tcheca, Rússia, Uruguai e Venezuela.[22]
Trilha sonora[editar | editar código-fonte]
Nacional[editar | editar código-fonte]
A Próxima Vítima | |||||
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Trilha sonora de Vários intérpretes | |||||
Lançamento | 1995 | ||||
Gênero(s) | Vários | ||||
Duração | 52:37 | ||||
Formato(s) | LP, K7, CD | ||||
Gravadora(s) | Som Livre | ||||
Cronologia de Vários intérpretes | |||||
|
Capa : Camila Pitanga
N.º | Título | Música | Personagem | Duração | |
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1. | "Quem é Você" | Simone | Carmela | 3:10 | |
2. | "Sereia" | Lulu Santos | Tônico e Carina | 4:34 | |
3. | "Pacato Cidadão" | Skank | Tema de Locação | 4:03 | |
4. | "Trilhas (Traces)" | Guilherme Arantes | Helena | 3:27 | |
5. | "Happy Hour" | Eduardo Dusek | Marcelo | 4:05 | |
6. | "Aliás" | Djavan | Marcelo e Isabela | 3:21 | |
7. | "Vítima" | Rita Lee & Roberto de Carvalho | Abertura | 4:17 | |
8. | "Pareço Um Menino" | Fábio Jr. | Juca e Helena | 4:28 | |
9. | "Aleluie-me, Baby" | Bad Girls[1] | Isabela | 4:05 | |
10. | "Catedral (Cathedral Song)" | Zélia Duncan | Irene | 2:50 | |
11. | "Alguém Que Olhe Por Mim (Someone To Watch Over Me)" | Cauby Peixoto (part. esp. Gal Costa) | Filomena | 3:45 | |
12. | "Io Che Amo Solo a Te" | Sergio Endrigo[1] | Ana e Marcelo | 3:47 | |
13. | "Estação São Paulo" | Adriana Ribeiro (part. esp. Demônios da Garoa) | Locação São Paulo | 3:16 | |
14. | "E Lucevan Le Stelle" | Fernando Portari[1] | Juca | 3:14 |
Internacional[editar | editar código-fonte]
A Próxima Vítima - Internacional | |||||
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Trilha sonora de Vários intérpretes | |||||
Lançamento | 1995 | ||||
Gênero(s) | Vários | ||||
Duração | 01:00:30 | ||||
Formato(s) | LP, K7, CD | ||||
Gravadora(s) | Som Livre | ||||
Cronologia de Vários intérpretes | |||||
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Capa Selton Mello
N.º | Título | Música | Personagem | Duração | |
---|---|---|---|---|---|
1. | "Black Roses" | Inner Circle | Irene | 4:27 | |
2. | "I Live My Life for You" | Firehouse | Ana e Juca | 4:18 | |
3. | "Be My Lover (Radio Edit)" | La Bouche | Tema de locução: São Paulo | 4:00 | |
4. | "I Got a Name" | Jim Croce | Zé Bolacha e Irene | 3:08 | |
5. | "More Than a Woman" | Flava To Da Bone | Isabela | 4:02 | |
6. | "Bizarre Love Triangle" | Frente! | Carmela | 1:58 | |
7. | "No More I Love You's" | Annie Lennox | Helena | 4:50 | |
8. | "Let's Stay Together" | Bobby Ross Avila | Patrícia | 4:40 | |
9. | "Holding On To You" | Terence Trent D'Arby[1] | Isabela, Marcelo e Bruno | 6:00 | |
10. | "Around The World" | East 17 | Tônico e Carina | 4:30 | |
11. | "That's The Way" | Double You | Tema de Francesca | 3:20 | |
12. | "Independent Love Song" | Scarlet[1] | Carla e Sidney | 3:48 | |
13. | "Tough Girl" | Martine | Teca e Marco | 4:30 | |
14. | "Fotonovela" | Alexis San Nicolas | Tema de locução: Boate de Quitéria | 4:17 |
Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]
- APCA (1995)
- Melhor novela[23]
- Melhor atriz - Aracy Balabanian (Empatada com Laura Cardoso por Irmãos Coragem)[23]
- Melhor ator coadjuvante - Flávio Migliaccio[23][24]
- Prêmio Contigo! (1996)
- Melhor novela[25]
- Participação especial feminina - Rosamaria Murtinho[25]
- Participação especial masculina - Alexandre Borges[25]
- Melhor vilã - Cláudia Ohana[25]
- Melhor figurino - Helena Brício[25]
- Melhor autor - Sílvio de Abreu[25]
- Melhor diretor - Jorge Fernando[25]
- Melhor maquiagem - Lindalva Veronez[25]
- Melhor cenário -[25]
- Melhor abertura - Hans Donner[25]
- Troféu Imprensa (1995)
- Melhor novela
- Melhor atriz - Aracy Balabanian
Referências
- ↑ a b c d e f g h Memória Globo. «A Próxima Vítima». Consultado em 10 de novembro de 2009
- ↑ «Las 50 mejores telenovelas de todos los tiempos» (em espanhol). Portal Terra. Consultado em 13 de março de 2012
- ↑ «São Paulo vira cenário em "A Próxima Vítima"». Folha de S.Paulo. 19 de fevereiro de 1995. Consultado em 12 de novembro de 2017
- ↑ «Autor afirma que não quer polêmica». Folha de S.Paulo. 16 de julho de 1995. Consultado em 12 de novembro de 2017
- ↑ «Olavo revela assassino em cena gravada 2 horas antes de ir ao ar». Folha de S.Paulo. 29 de outubro de 1995. Consultado em 12 de novembro de 2017
- ↑ «Filme serve de inspiração». Folha de S.Paulo. 29 de outubro de 1995. Consultado em 12 de novembro de 2017
- ↑ «Advogado pede suspensão de novela da Rede Globo». Folha de S.Paulo. 9 de setembro de 1995. Consultado em 15 de dezembro de 2017
- ↑ a b Memória Globo. «Ficha Técnica». Consultado em 10 de novembro de 2009
- ↑ a b Teledramaturgia. «A Próxima Vítima - Elenco». Consultado em 11 de outubro de 2013
- ↑ «Globo reprisa "A Próxima Vítima", mas promete exibir final diferente». Folha Ilustrada. 7 de julho de 2000. Consultado em 27 de julho de 2015
- ↑ João da Paz (6 de setembro de 2013). «A Próxima Vítima, de Silvio de Abreu, volta ao ar no canal Viva». Notícias da TV. Consultado em 27 de julho de 2015
- ↑ «Viva muda horário de novela para evitar concorrência com a Globo». Notícias da TV. UOL. 4 de fevereiro de 2014. Consultado em 7 de fevereiro de 2014
- ↑ «Novela disfarça preconceito racial e agrada telespectadores». Folha de S.Paulo. 16 de julho de 1995. Consultado em 12 de novembro de 2017
- ↑ «Ator da Globo sofre agressão». Folha de S.Paulo. 9 de janeiro de 1997. Consultado em 12 de novembro de 2017
- ↑ «Feministas condenam agressão a Isabela». Folha de S.Paulo. 22 de outubro de 1995. Consultado em 12 de novembro de 2017
- ↑ «"O mal não tem sexo", rebate Silvio de Abreu». Folha de S.Paulo. 22 de outubro de 1995. Consultado em 12 de novembro de 2017
- ↑ «Palpite de ACM estava certo». Folha de S.Paulo. 4 de novembro de 1995. Consultado em 12 de novembro de 2017
- ↑ «Vicentinho queria Zé Bolacha». Folha de S.Paulo. 4 de novembro de 1995. Consultado em 12 de novembro de 2017
- ↑ «Patria Minha tem pior audiência em três anos». Folha de S.Paulo. 15 de março de 1995. Consultado em 26 de março de 2015
- ↑ «Ibope divulga dados sobre último capítulo de A Próxima Vítima». Folha de S.Paulo. 7 de novembro de 1995. Consultado em 26 de março de 2015
- ↑ «20 anos de A Próxima Vítima». 13 de março de 2015. Consultado em 26 de março de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015
- ↑ name="Próxima"
- ↑ a b c Associação Paulista de Críticos de Arte. «Os Melhores da APCA». Consultado em 10 de novembro de 2009[ligação inativa]
- ↑ Memória Globo. «Biografia Flávio Migliaccio». Consultado em 10 de novembro de 2009
- ↑ a b c d e f g h i j Contigo!. «1º Prêmio Contigo! (1996) - Vencedores». Consultado em 10 de novembro de 2009. Arquivado do original em 7 de julho de 2012
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- A Próxima Vítima (em inglês) no Internet Movie Database
- A Próxima Vítima no Memória Globo
- Telenovelas de Sílvio de Abreu
- Telenovelas do Viva
- 1995 na televisão no Brasil
- Telenovelas de suspense
- Programas de televisão que estrearam em 1995
- Programas de televisão encerrados em 1995
- Vale a Pena Ver de Novo
- Telenovelas ambientadas em São Paulo (cidade)
- Prêmio Contigo! de TV para melhor novela
- Telenovelas premiadas com o Troféu Imprensa
- Telenovelas premiadas com o Troféu APCA
- Telenovelas com temática LGBT
- Telenovelas com temática LGBT do Brasil
- Telenovelas em português
- Telenovelas da Rede Globo da década de 1990