A Troca

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Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre o filme com Angelina Jolie. Para o filme com Jennifer Anniston, veja The Switch.
A Troca
Changeling
Pôster promocional
 Estados Unidos
2008 •  cor •  141 min 
Direção Clint Eastwood
Produção Clint Eastwood
Brian Grazer
Ron Howard
Robert Lorenz
Roteiro J. Michael Straczynski
Elenco Angelina Jolie
John Malkovich
Jeffrey Donovan
Jason Butler Harner
Colm Feore
Gênero drama · policial · suspense
Música Clint Eastwood
Direção de fotografia Tom Stern
Direção de arte James J. Murakami
Figurino Deborah Hopper
Edição Joel Cox
Gary D. Roach
Companhia(s) produtora(s) Imagine Entertainment
Malpaso Productions
Relativity Media
Distribuição Universal Studios
Lançamento Estados Unidos 24 de outubro de 2008
Brasil 9 de janeiro de 2009[1]
Idioma inglês
Orçamento US$ 55 milhões
Receita US$ 113.020.256[2]

Changeling (bra/prt: A Troca)[3][4] é um filme estadunidense de 2008, dos gêneros drama, policial e suspense, dirigido por Clint Eastwood, com roteiro de J. Michael Straczynski baseado em eventos ocorridos na Los Angeles de 1928.

A Troca é estrelado por Angelina Jolie, como uma mulher que acredita ter reencontrado seu filho desaparecido e confronta as autoridades da cidade, que a difamam como doente mental e mãe incapaz. Changeling é inspirado no caso real de sequestro e assassinato chamado "Galinheiro de Wineville". O filme explora a impotência feminina, corrupção policial, abuso infantil e as repercussões da violência. Ron Howard tinha a intenção de dirigir, porém conflitos em seu cronograma o fizeram sair e ser substituído por Eastwood. Howard e Brian Grazer, ambos parceiros na Imagine Entertainment, produziram Changeling junto com Eastwood e Robert Lorenz da Malpaso Productions. A Universal Studios financiou e distribuiu o filme.

Straczynski passou um ano pesquisando os arquivos históricos depois de saber do caso através de um contato na prefeitura de Los Angeles. Ele afirmou que 95% do roteiro foi tirado de mais de seis mil páginas de documentos. O roteiro de filmagem foi o primeiro rascunho de Straczynski e seu primeiro roteiro para o cinema. Várias atrizes tentaram conseguir o papel principal; Eastwood escolheu Jolie por achar que seu rosto se encaixava com o período histórico. O elenco também é composto por Jeffrey Donovan, Jason Butler Harner, John Malkovich, Michael Kelly e Amy Ryan. A maioria dos personagens são baseados em pessoas reais, apesar de alguns serem amalgamas de dois ou mais indivíduos. As filmagens começaram em 17 de outubro de 2007 e terminaram em dezembro de 2007, ocorrendo principalmente em Los Angeles e no Sul da Califórnia. A direção discreta de Eastwood levou os atores e a equipe a comentar sobre a tranquilidade do cenário e os curtos dias de trabalho. Na pós-produção, várias cenas foram complementadas com horizontes, fundos, pessoas e veículos gerados por computação gráfica.

Changeling estreou no Festival de Cannes em 20 de maio de 2008, sendo muito elogiado. Outras exibições em festivais precederam sua estreia limitada nos Estados Unidos em 24 de outubro. O filme teve um lançamento geral na América do Norte no dia 31 de outubro, 26 de novembro no Reino Unido e 5 de fevereiro de 2009 na Austrália. A recepção variou muito mais do que em Cannes; as atuações e a história foram elogiadas, com as críticas se focando na encenação convencional e na falta de sutileza. Changeling arrecadou pouco mais de 113 milhões de dólares mundialmente, recebendo três indicações ao Oscar e oito ao BAFTA.

Enredo[editar | editar código-fonte]

Na Los Angeles da década de 1920, a mãe solteira Christine Collins volta para casa depois do trabalho e descobre que seu filho de nove anos, Walter, desapareceu. O Reverendo Gustav Briegleb espalha o caso de Christine e critica o Departamento de Polícia de Los Angeles por sua incompetência, corrupção e punições extrajudiciais inflingidas pelo esquadrão liderado pelo Capitão James E. Davis. Vários meses depois do desaparecimento de Walter, a polícia informa Christine que ele foi encontrado vivo. Um reencontro público é organizado porque acredita-se que a publicidade positiva irá ajudar a afastar as críticas contra o departamento. Apesar de "Walter" afirmar ser o filho de Christine, ela diz o contrário. O Capitão J. J. Jones, chefe da divisão de menores da polícia, insiste que o menino é Walter e pressiona Christine a levá-lo para casa.[5]

Depois de Christine confrontar Jones com as diferenças físicas entre "Walter" e seu filho verdadeiro, o policial envia um médico para visitá-la. Ele diz a Christine que "Walter" está mais baixo do que antes de desaparecer porque o trauma reduziu sua espinha, e que a pessoa que o sequestrou o circuncidou. Briegleb afirma que a polícia implantou isso para desacreditá-la. Os professores e o dentista de Walter entregam a Christine cartas confirmando que "Walter" é um impostor. Ela conta sua história para a imprensa; como resultado, Jones a manda para a "ala psicopática" do Hospital do Condado de Los Angeles. Ela faz amizade com Carol Dexter, que conta a Christine ser uma de várias mulheres presas por desafiar a autoridade da polícia. O Dr. Steele avalia Christine como doente mental e a força a tomar pílulas reguladoras de humor. Steele afirma que irá deixá-la ir embora se ela afirmar estar errada sobre "Walter". Ela diz não.[5]

O Detetive Ybarra viaja para uma fazenda em Wineville, Condado de Riverside, para cuidar da deportação de Sanford Clark para o Canadá. O tio do menino, Gordon Northcott, fugiu depois de Ybarra involuntariamente tê-lo alertado sobre sua visita. Clark conta que o tio o forçou a ajudá-lo a sequestrar e matar por volta de vinte meninos, identificando Walter como um deles. Jones conta a Briegleb que Christine está sob custódia depois de um colapso mental. Jones ordena a deportação de Clark, porém Ybarra força o menino a revelar o local dos assassinatos. Briegleb consegue fazer com que Christine seja solta depois de mostrar a Steele um jornal que conta a história das mortes de Wineville e que lista Walter como uma possível vítima. "Walter" revela que foi para Los Angeles para poder ver seu ator favorito, Tom Mix, e que a polícia o mandou fingir ser o filho de Christine. A Real Polícia Montada do Canadá captura Northcott em Vancouver. O advogado de Christine consegue uma ordem judicial para libertar as outras mulheres injustamente aprisionadas.[5]

No dia da audiência pública sobre o caso, Christine e Briegleb chegam na prefeitura encontrando centenas de protestantes exigindo respostas da cidade. A audiência é entrecortada com o julgamento de Northcott. O conselho decide que Jones e Davis devem ser removidos do serviço e que internações extrajudiciais feitas pela política devem ser revistas. O júri de Northcott o considera culpado de assassinato e ele é condenado a morte pela forca. Dois anos depois, Christine ainda não desistiu de encontrar Walter. Ela recebe uma mensagem de Northcott dizendo que ele está disposto a contar a verdade sobre Walter se ela visitá-lo antes de sua execução. Ela se encontra com ele, porém Northcott se recusa a contar se matou ou não o menino. Ele é executado no dia seguinte.[5]

Em 1935, David Clay – um dos meninos que acreditava-se ter sido assassinado – é encontrado vivo. Ele revela que um dos meninos que estava preso com ele era Walter, que corajosamente voltou para ajudá-lo a passar por arames farpados. David, Walter e outros dois garotos escaparam, porém se separaram. David não sabe se Walter foi recapturado, dando a Christine esperanças que seu filho ainda esteja vivo.[5]

Contexto histórico[editar | editar código-fonte]

O Rancho Northcott em 1928.

Em 1926, Sanford Clark, de treze anos de idade, foi levado de sua casa em Saskatchewan, Canadá, (com permissão de seus pais) por seu tio Gordon Stewart Northcott, de dezenove anos.[6] Northcott levou Clark até sua fazenda em Wineville, Califórnia, onde ele regularmente bateu e abusou sexualmente do garoto. A situação continuou até agosto de 1928, quando a polícia tomou a custódia de Clark depois de Jessie Clark, sua irmã, ter contado às autoridades sobre a situação.[7] O menino revelou que foi forçado por Northcott e sua mãe, Sarah Louise Northcott, a ajudá-los a matar três garotos que seu tio havia sequestrado e molestado.[7] [8] A polícia não encontrou corpos na fazenda – Clark afirmou que eles foram jogados no deserto – porém descobriram partes, machados cobertos de sangue e itens pessoais que pertenciam aos desaparecidos. Os Northcott fugiram para o Canadá, mas foram presos e extraditados para os Estados Unidos. Sarah Louise inicialmente confessou os assassinatos,[7] incluindo o de Walter Collins. Ela mais tarde desmentiu a afirmação; Gordon, que havia confessado ter matado cinco meninos, fez o mesmo.[8]

Depois de Christine Collins ter sido solta do Hospital do Condado de Los Angeles, ela processou o departamento de polícia duas vezes, vencendo o segundo. Foi ordenado que Capitão Jones pagasse US$ 10.800 para Collins, porém ele nunca o fez.[9] Uma audiência perante o conselho da cidade recomendou que Jones e o chefe de polícia James E. Davis deixassem seus cargos, mas ambos posteriormente foram reinstituídos. As leis do estado da Califórnia mais tarde foram alteradas tornando ilegal a condenação de alguém a um hospital psiquiátrico sem um mandado.[10] Northcott foi condenado pelo assassinato de Lewis Winslow (12), Nelson Winslow (10) e de um menino mexicano não identificado;[7] depois de sua condenação ele supostamente admitiu vinte assassinatos, apesar de mais tarde ter negado a afirmação.[7][10] Northcott foi executado em 1930 aos 23 anos de idade. Sarah Louise foi condenada pelo assassinato de Walter Collins e serviu quase doze anos na prisão.[7] Em 1930, os habitantes de Wineville alteraram o nome da cidade para Mira Loma com a intenção de fugir da notoriedade negativa trazida com o caso.[8]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Produção[editar | editar código-fonte]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

O roteirista e ex-jornalista J. Michael Straczynski, antes de começar a escrever Changeling, foi contatado por uma fonte na Prefeitura de Los Angeles. A fonte disse que funcionários estavam planejando queimar vários documentos antigos,[11] e dentre eles estava "algo que [Straczynski] deveria ver". A fonte descobriu uma transcrição da audiência do conselho da cidade sobre Collins e as consequências do desaparecimento de seu filho.[12] Straczynski ficou fascinado com o caso;[13] ele realizou uma pesquisa[14] e escreveu um roteiro especulativo chamado The Strange Case of Christine Collins. Vários estúdios e produtores independentes interessaram-se pelo roteiro, porém ele nunca encontrou um comprador.[15] Straczynski achava que não tinha tempo para se dedicar a história e fazê-la funcionar, retornando ao projeto apenas em 2004 após o cancelamento de sua série de televisão Jeremiah.[14] Depois de vinte anos como roteirista e produtor de televisão, ele achava que era necessário mudar de meio,[13] então passou um ano pesquisando sobre o caso de Collins através dos registros criminais, do tribunal do condado, prefeitura e necrotério.[16] Ele coletou mais de seis mil páginas de documentos sobre Collins e os assassinatos de Wineville[11] antes de "descobrir como contá-la".[13] Ele escreveu um primeiro rascunho do novo roteiro em onze dias.[14] O agente de Straczynski passou o roteiro para o produtor Jim Whitaker. Ele então passou para Ron Howard,[16] que comprou imediatamente.[13]

A Universal Studios e a Imagine Entertainment de Howard compraram o roteiro em junho de 2006. O filme fazia parte de uma pequena lista de projetos que Howard tinha a disposição depois do grande sucesso comercial de The Da Vinci Code.[17] Em março de 2007, a Universal adiantou a produção. Entretanto, quando Howard escolheu Frost/Nixon e Angels & Demons como seus dois projetos seguintes, ficou claro que ele não estaria disponível para dirigir Changeling até 2009.[18] Howard deixou a direção e, apesar da grande admiração que o roteiro tinha na indústria, parecia que o filme não seria produzido.[19] Howard e Brian Grazer, parceiro na Imagine, começaram a procurar um novo diretor para assumir o projeto; eles apresentaram a ideia a Clint Eastwood em fevereiro de 2007[11] e ele concordou em dirigir imediatamente após ler o roteiro.[20] Eastwood afirmou que suas memórias de crescer durante a Grande Depressão sempre o faziam prestar muita atenção quando algum projeto que se passava na época chegava em suas mãos.[21] Ele também citou o foco do roteiro em Collins, ao invés de na história "Freddy Krueger" dos crimes de Northcott, como um fator para aceitar o trabalho.[11]

Roteiro[editar | editar código-fonte]

Straczynski sentiu que estava voltando à suas raízes como jornalista ao "sentar e esmiuçar [a] história". Ele tirou inspiração para os momentos de investigação do filme se lembrando de sua época como escritor de dramas policiais.[14] O roteirista afirmou que reuniu tanta informação sobre o caso que estava difícil encontrar um modo de contá-lo. Para deixar a história se desenvolver no seu ritmo próprio, ele colocou o projeto de lado para poder esquecer os elementos menos essenciais e encontrar as partes que queria contar. Straczynski descreveu que exergou dois triângulos sobrepostos: "o primeiro triângulo, com a ponta para cima, é a história de Collins. Você começa com ela, e sua história fica maior e maior e passa a impactar todos os lugares. A sobreposição disso é um triângulo de cabeça para baixo com a base no topo, que é o panorama da Los Angeles da época – 1928. Começa ficando cada vez mais estreito ao se aproximar do chão, caindo sobre ela". Depois de ver essa estrutura, ele sentiu que conseguiria contar a história.[22] Straczynski escolheu evitar se focar nas atrocidades dos assassinatos de Wineville, escolhendo ficar na perspectiva de Collins;[23] o roteirista afirmou que ela era a única pessoa da história sem objetivos escondidos,[22] e foi sua persistência – como também o legado que o caso deixou no sistema jurídico da Califórnia – que o atrairam no projeto. Ele disse, "Minha intenção era bem simples: honrar aquilo que Christine Collins fez".[24]

"A história é tão bizarra que é preciso lembrar as pessoas que eu não estou inventando isso. Então parecia importante para mim colocar esses recortes pois você alcança a parte da história que deseja ir, 'Vamos lá, ele deve ter perdido o controle aqui'. Vire a página e lá está um artigo confirmando isso, que é o motivo, ao escrever o roteiro, que eu permaneci bem fiel aos fatos. A história já é extraordinária o bastante."

— J. Michael Straczynsk sobre colocar recortes de jornal nas cópias físicas do roteiro para lembrar as pessoas que tudo era uma história real.[12]

Com Collins como inspiração, Straczynski disse que ficou com um forte desejo de "acertar"; ele abordou o roteiro como "um artigo para cinema" ao invés de um filme normal.[14][22] Ele permaneceu fiel aos registros históricos por acreditar que a história já era bizarra o bastante, também achando que adicionar muitos elementos ficcionais iria fazer o público questionar a integridade do filme.[22] O roteirista afirmou que 95% do conteúdo do roteiro veio de registros históricos;[16] Straczynski disse que teve de "descobrir o que aconteceu" apenas em dois momentos, isso por causa da falta de informações nos registros. Uma era a sequência que se passa no hospital psiquiátrico, que possuia poucos testemunhos após o evento.[12] Ele originalmente escreveu um relato curto sobre o período em que Collins permaneceu internada. Straczynski extrapolou os eventos baseado nas práticas padrões das instituições da época depois de seu agente sugerir que a sequência precisava de um melhor desenvolvimento. Foi nesse momento que ele criou a personagem Carol Dexter, que tinha a intenção de simbolizar as mulheres do período que foram condenadas de forma injusta.[22] O roteirista citou sua formação acadêmica em psicologia e sociologia como benéficas para escrever as cenas, especificamente na cena em que Steele distorce as palavras de Collins para que ela pareça doente mental.[14] Straczynski trabalhou muito para fazer os diálogos parecerem autênticos, ao mesmo tempo que evitava um tom arcaico. Ele citou suas experiências ao tentar imaginar psiques alienígenas enquanto escrevia Babylon 5 como um bom exercício para se colocar na mentalidade cultural da década de 1920.[22]

Straczynski descreveu deixas visuais específicas no roteiro, como a cena da confissão de Sanford Clark. O flashback de Clark de uma machado caindo e justaposto com a queda das cinzas do cigarro do Detetive Ybarra. A imagem tinha dois propósitos: era uma correlação estética entre o machado e o cigarro e também sugeria que o homem ficou tão chocado pela confissão do menino que ele não seu mexeu ou fumou em dez minutos. Como a maioria das deixas, Eastwood filmou as cenas como foram escritas.[22] Para garantir a veracidade da história, o roteirista incorporou citações do registro histórico nos diálogos, incluindo testemunhos em tribunal. Ele também incluiu cópias de recortes de jornal a cada quinze ou vinte páginas no roteiro para lembrar as pessoas que a história era verdadeira.[24] Straczynski levou o roteiro para o departamento legal da Universal para que os créditos apresentassem o filme como "uma história real" ao invés de "baseada em" uma.[25] Ele acreditou que seu único erro de pesquisa foi uma referência a Scrabble, antecipando em dois anos seu surgimento no mercado. Ele alterou a referência para uma palavra cruzada.[14] Ele não alterou mais o roteiro depois de completar seu primeiro rascunho;[26] apesar de ter escrito outros dois rascunhos para Howard, Eastwood insistiu que o primeiro fosse filmado porque sentia que era o que possuia a voz mais clara dos três.[22] Straczynski afirmou, "Clint é engraçado – se ele gosta, ele irá fazer, é o fim da discussão. Quando me encontrei com ele para perguntar, 'Você quer alguma alteração, quer cortar alguma coisa, adicionar, subtrair o que quer que seja', ele disse, 'Não. O primeiro rascunho está bom. Vamos filmar o rascunho'".[12]

Entre as mudanças que Straczynski fez ao registro histórico foi a omissão da mãe de Northcott da história; ela também havia participado dos assassinatos. Ele mostrou o julgamento de Northcott acontecendo em Los Angeles, apesar de ter sido realizado em Riverside.[27] O título do filme vem de um folclore do leste europeu que se refere a uma criatura, uma "criança trocada", deixada por fadas no lugar de uma criança humana.[28] Pela associação com o sobrenatural, Straczynski o colocou apenas como um título provisório, acreditando que poderia alterá-lo depois.[25]

Seleção de elenco[editar | editar código-fonte]

Jolie foi escolhida parcialmente porque Eastwood acreditava que seu rosto lembrava o período.

Os cineastas mantiveram os nomes dos personagens principais, porém vários personagens coadjuvantes eram a combinação de pessoas e tipos da época.[24] Angelina Jolie interpreta Christine Collins; cinco atrizes fizeram campanha pelo papel,[10] incluindo Reese Witherspoon e Hillary Swank.[29] Howard e Grazer sugeriram Jolie; Eastwood concordou, acreditando que o rosto dela evocava o período.[30][31] Jolie entrou na produção em março de 2007.[32] Ela no início estava relutante porque, como mãe, achou o assunto angustiante.[33] Jolie afirmou que foi persuadida pelo envolvimento de Eastwood[11] e pela descrição que o roteiro fazia de Collins como alguém que se recuperava da adversidade e tinha a força para lutar contra as probabilidades.[24] A atriz achou que interpretar a personagem foi bem emocional. Jolie disse que a parte mais difícil foi se relacionar com Collins já que ela era relativamente passiva. Sua interpretação foi baseada em sua própria mãe, que morreu em 2007.[34] Para as cenas na central telefônica, Jolie aprendeu a andar de patins em saltos altos, uma prática bem documentada do período.[24]

Referências

  1. A Troca no AdoroCinema
  2. «Changeling». Box Office Mojo. Consultado em 7 de junho de 2013 
  3. «A Troca». Brasil: CinePlayers. Consultado em 29 de maio de 2019 
  4. «A Troca». Portugal: SapoMag. Consultado em 29 de maio de 2019 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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