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A Vaca que ri

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La Vache qui rit
Outros nomes
A Vaca que ri
País de origem
Região
Fabricante
Groupe Bel (en)
Origem do leite
Pasteurizado
Sim

A Vaca que ri é uma marca registrada que designa uma mistura de queijos processados produzidos industrialmente, da empresa Fromageries Bel .

Registrada em 19 de abril de 1921, é uma marca de queijo cremoso é conhecida pela sua caixa redonda ilustrada que representa uma vaca risonha usando brincos feitos de caixas de A Vaca que ri. Conhecida em todo o mundo, também inspirou inúmeros meios de comunicação, principalmente cartunistas e artistas.[1]

Fabricação

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O processo industrial para fazer queijo processado foi inventado por Fritz Stettler em1911.[2]

A Vaca que ri é feito de vários tipos de leite pasteurizado ou subprodutos de leite cru fresco ou maturado de indústrias de queijos conhecidas, como Emmental, Comté, Gouda e Cheddar, aos quais são adicionados leite desnatado, manteiga, queijos, proteínas do leite e aditivos: polifosfatos, citratos, difosfatos e fosfatos de sódio, sal.[3] O produto acabado não requer armazenamento refrigerado.

Histórico

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Em 1865, Jules Bel fundou uma empresa de produção de Gruyère na pequena cidade de Orgelet, localizada na região de Jura, nas colinas dos Alpes franceses — uma área reconhecida pela excelência de seus produtos lácteos e queijos.

Após a Primeira Guerra Mundial, Léon Bel conheceu a família suíça Grafs, que havia atuado na importação de queijo fundido da Suíça para Jura durante o conflito. Impressionado com o potencial dessa inovação, Léon decidiu criar sua própria marca, contando com o apoio dos Grafs. Assim, em 1921, foi registrada a marca do queijo La Vache qui rit (A Vaca que ri).

Com o passar dos anos, a empresa — então denominada Grupo Bel — iniciou sua expansão internacional, começando pelo Reino Unido em 1929 e chegando à Bélgica em 1933. Durante a década de 1970, A Vaca que ri conquistou mercados na Europa Oriental, África, Oriente Médio e Estados Unidos. Na década de 1990, a expansão chegou à Ásia.

Atualmente, cerca de 10 milhões de triângulos de A Vaca que ri são vendidos diariamente em 136 países, tornando a marca a quarta maior do mundo. Suas 15 fábricas produzem o queijo para abastecer quatro continentes.[4]

A Vaca que ri é historicamente uma das primeiras marcas de queijos industrializados, surgida numa época em que esse setor ainda era amplamente artesanal ou de base agrícola. Inicialmente associada a um único produto, a marca evoluiu e tornou-se um nome "guarda-chuva", abrangendo hoje uma variedade de produtos.[5]

Evolução

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Capa da partitura do foxtrote La Wachkyrie (1919).
Anúncio de Benjamin Rabier (1926).

O desenho da vaca que estampa a caixa foi feito como mascote para a unidade de trem de suprimentos da empresa durante a Primeira Guerra Mundial pelo ilustrador Benjamin Rabier e era chamado de "La Wachkyrie", um trocadilho com as Valquírias – figuras femininas da mitologia nórdica que decidiam o destino daqueles que vivem ou morrem em batalhas. A vaca no desenho original não era vermelha e não usava brincos. Rabier posteriormente editou o desenho para algo mais parecido com a imagem que prevalece hoje.

A Vaca que Ri agora é retratada como uma vaca vermelha e branca, com aparência jovial e quase sempre usando brincos que lembram as caixas redondas em que o queijo vem. As listras azuis e brancas ao redor da caixa datam de 1955. Desde 1976, ambas as caixas de brincos são mostradas com a parte superior visível. Antes disso, uma etiqueta mostrava a parte superior e a outra, a parte inferior.

Notoriedade

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A Vaca que ri é atualmente uma das marcas registradas mais famosas da França: quase 87% dos franceses o conhecem.[6] É amplamente reconhecida em todo o mundo, onde geralmente tem um nome local com o mesmo significado:

Críticas

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A imagem da Vaca que ri, que exibe os produtos da marca com um grande sorriso, é denunciada pela sua natureza contraditória entre a representação do animal com um objetivo de marketing e as suas condições de criação.[7] A essas práticas comerciais, dá-se o nome de "suicide food" (comida suicida).[8]

Referências

  1. Daniel Birck (6 novembro 2009). «La Vache qui rit». rfi.fr. Consultado em 11 novembro 2011 .
  2. Gerber, Walter no Dicionário histórico da Suíça
  3. «Fabrication / Composition». Bel Tchizbox. Consultado em 11 novembro 2011. Cópia arquivada em 18 agosto 2010 .
  4. «História – avacaqueri.pt». avacaqueri.pt. Consultado em 30 de setembro de 2025 
  5. «La Vache qui rit : gamme de produits» 
  6. «Bel et bien à votre service» (PDF)  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  7. à 15h00, Par Axelle Playoust-Braure Le 28 juillet 2022 (28 de julho de 2022). ««Suicide food», ce phénomène publicitaire qui fait dire aux animaux : «Mangez-moi !»». leparisien.fr (em francês). Consultado em 29 de julho de 2022 
  8. Mark KINGWELL (31 março 2008). «Charlie the Tuna, and other 'suicide food' fallacies.». REFORM (em inglês) 

Bibliografia

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Ligações externas

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