Abdalônimo

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Abdalônimo, Balônimo ou Aralynomus era um homem pobre, que foi indicado por Alexandre, o Grande, para ser rei.

O sarcófago de Alexandre, segundo alguns historiadores modernos, é o sarcófago de Abdalônimo.

Existem várias versões sobre seu nome, como ele se tornou rei, e algumas variantes sobre a cidade sobre a qual ele reinou.

De acordo com Justino, Abdalônimo era um homem pobre, que vivia de coletar água e regar os jardins, e foi escolhido por Alexandre para ser rei de Sidon porque, se ele escolhesse algum nobre, este acharia que tinha sido escolhido pela nobreza, e não se sentiria grato a Alexandre.[1]

Segundo Diodoro Sículo, que o chama de Balônimo e coloca a história em Tiro,[2] após o rei anterior, Straton, ter sido removido por ser amigo de Dario III, Alexandre convidou Hefestião a nomear o próximo rei da cidade.[3] Hefestião, hospedado na casa de um amigo, propôs que ele fosse rei, mas ele recusou, por não ser de família real.[4] Em seguida, Hefestião pediu que o seu anfitrião escolhesse alguém de família real, e este sugeriu o nome de uma pessoa extremamente pobre.[5] O homem foi encontrado vestindo trapos, e regando um jardim como trabalho.[6] Ele foi colocado com a roupa de rei, levado ao mercado, e proclamado rei da cidade;[7] todos o aceitaram com entusiasmo, se maravilhando das vicissitudes da Fortuna, e ele se tornou um amigo de Alexandre.[8]

Plutarco coloca a história se passando em Pafos, em uma época em que os descendentes de Cíniras já estariam extintos; o rei, por ser injusto e perverso, foi derrubado por Alexandre, que descobriu que ainda havia um herdeiro, muito pobre, trabalhando em um jardim.[9] O homem foi levado pelos soldados para Alexandre, foi proclamado rei, recebeu a púrpura real e se tornou um dos guarda-costas de Alexandre.[9] Seu nome era Aralynomus.[9]

A história também é contada por Quinto Cúrcio Rufo: Straton, rei de Sidon, governava sob a proteção de Dario III, mas foi considerado indigno de continuar reinando, e Hefestião recebeu a missão de escolher, entre os sidônios, aquele que deveria reinar.[10] Hefestião ofereceu a coroa a seus companheiros, mas estes recusaram pois, pelas leis locais, o rei deveria ter sangue real.[10] Estes então indicaram Abdalônimo, que tinha sangue real, mas estava reduzido à pobreza, recebendo um salário modesto para cuidar de um jardim.[10]

Referências

  1. Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 11.10 [la] [en] [en] [fr] [ru]
  2. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVII, 46.5 [ael/fr][en]
  3. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVII, 47.1 [ael/fr][en]
  4. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVII, 47.2 [ael/fr][en]
  5. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVII, 47.3 [ael/fr][en]
  6. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVII, 47.4 [ael/fr][en]
  7. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVII, 47.5 [ael/fr][en]
  8. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVII, 47.6 [ael/fr][en]
  9. a b c Plutarco, Moralia, Sobre a Fortuna de Alexandre, 8 [em linha]
  10. a b c Quinto Cúrcio Rufo, Hist. Alexandri, IV.1.19 {{la}} {{fr}}