Abrasão corneana

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Abrasão corneana
Abrasão corneana
Abrasão corneana, evidenciada no exame mediante aplicação de fluoresceína (na seta, a verde).
Especialidade Medicina de emergência, oftalmologia
Sintomas Dor nos olhos, fotossensibilidade[1]
Início habitual Súbito[2]
Duração Menos de 3 dias[1]
Causas Trauma menor, uso de lentes de contacto[1]
Método de diagnóstico Exame com lâmpada de fenda[1]
Condições semelhantes Úlcera da córnea, ruptura do globo ocular[1]
Prevenção Uso de proteção ocular[1]
Frequência 3 em cada 1000 pessoas por ano (EUA)[1]
Classificação e recursos externos
CID-10 S05.0
CID-9 918.1
DiseasesDB 3108
eMedicine oph/247 emerg/828
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Abrasão corneana é qualquer arranhão na superfície da córnea do olho.[3] Os sintomas mais comuns são dor, vermelhidão, fotossensibilidade e sensação de ter um corpo estranho no olho.[1] A maior parte das pessoas recuperam por completo após três dias.[1]

A maior parte dos casos são causados por pequenos traumas no olho, como os que são resultado de arranhões com unhas ou do uso de lentes de contacto.[1] Cerca de 25% dos casos ocorrem no local de trabalho.[1] O diagnóstico é geralmente realizado mediante observação do olho com uma lâmpada de fenda, depois de ter sido aplicada fluoresceína.[1] O diagnóstico deve ainda excluir lesões mais graves, como úlcera corneana, ruptura do globo, erosão corneana recorrente e corpo estranho no olho.[1]

A prevenção é feita com a utilização de equipamento de proteção ocular.[1] O tratamento consiste na aplicação de gotas antibióticas.[1] Em pessoas que usam lentes de contacto geralmente recomenda-se tratamento com o antibiótico fluoroquinolona.[1] A dor pode ser aliviada com paracetamol, anti-inflamatórios não esteroides e gotas de ciclopentolato que paralisam a pupila.[1] Não há evidências que apoiem a utilidade do uso de uma pala em pessoas com abrasões simples.[4]

A condição afeta cerca de 3 em cada 1000 pessoas por ano nos Estados Unidos.[1] Os casos de abrasão da córnea são mais comuns entre homens do que mulheres.[1] O grupo etário mais afetado são as pessoas entre os 20 e os 40 anos de idade.[1] Entre as possíveis complicações estão a ceratite, úlcera da córnea e irite.[1] Ocorrem complicações em até 8% de todos os casos.[5]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u Ahmed, Faheem; House, Robert James; Feldman, Brad Hal (1 de setembro de 2015). «Corneal Abrasions and Corneal Foreign Bodies». Primary Care. 42 (3): 363–375. ISSN 1558-299X. PMID 26319343. doi:10.1016/j.pop.2015.05.004 
  2. FNP-C, Maria T. Codina Leik, MSN, APRN, BC (2013). Family Nurse Practitioner Certification Intensive Review: Fast Facts and Practice Questions, Second Edition (em inglês) 2 ed. [S.l.]: Springer Publishing Company. p. 112. ISBN 9780826134257. Cópia arquivada em 7 de novembro de 2016 
  3. «Corneal Abrasion». nei.nih.gov. National Eye Institute. Consultado em 6 de novembro de 2016. Cópia arquivada em 7 de novembro de 2016 
  4. Lim, CH; Turner, A; Lim, BX (26 de julho de 2016). «Patching for corneal abrasion.». The Cochrane Database of Systematic Reviews. 7: CD004764. PMID 27457359. doi:10.1002/14651858.CD004764.pub3 
  5. Smolin, Gilbert; Foster, Charles Stephen; Azar, Dimitri T.; Dohlman, Claes H. (2005). Smolin and Thoft's The Cornea: Scientific Foundations and Clinical Practice (em inglês). [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 798. ISBN 9780781742061. Cópia arquivada em 7 de novembro de 2016