Academia de Palhaços

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Academia de Palhaços é uma companhia de pesquisa e produção cênica que nasceu no depto. de Artes Cênicas da UNICAMP na cidade de Campinas em 2007 e em 2010 migrou e instalou-se na capital paulistana. O eixo principal da pesquisa da companhia tem sido a releitura de tradições populares do teatro como o palhaço de circo, o melodrama e o vaudeville. A partir do diálogo com estas e outras tradições a companhia procurar criar espetáculos que dialoguem com as realidades e as poéticas contemporâneas.[1]

Espetáculos[editar | editar código-fonte]

Integrantes[editar | editar código-fonte]

Laíza Dantas, Paula Hemsi

Histórico[editar | editar código-fonte]

A Academia de Palhaços surgiu em março de 2007[2]. Cinco atores, estudantes do curso de Artes Cênicas da Unicamp se uniram para pesquisar mais profundamente o universo do palhaço. Deste modo, consolidaram um grupo de pesquisa e produção teatral.

Estreia em junho de 2008 A Academia de Palhaços se Apresenta, seu primeiro espetáculo, uma criação coletiva sob a orientação do artista circense e professor universitário Luiz Monteiro Jr., um show de variedades costurando algumas entradas de palhaço da tradição circense brasileira.

Em 2009, o grupo integrou a pesquisa de doutorado da diretora e professora universitária Isa Kopelman a respeito da comédia aristofânica. Tal investigação gerou o espetáculo Vespas, de Aristófanes, direção de Isa Kopelman, que estreou no segundo semestre de 2009.Em 2010 o grupo foi convidado pelo produtor e diretor Charles Geraldi para criar um espetáculo infantil. Esta parceria foi contemplada pelo Edital Chamamento SESI - SP, Produção e Circulação de Espetáculo Infantil Inédito, gerando o espetáculo “Reciclonices” de Enéas Carlos, direção de Charles Geraldi. O espetáculo realizou 33 apresentações em 16 cidades do interior de São Paulo[3], com um público de mais de 7.000 espectadores. No ano de 2011, o espetáculo foi selecionado para o I Circuito Sesi/RJ de Teatro Infantil e circulou por mais cinco cidades no estado do Rio de Janeiro incluindo sua capital. Ainda em 2011, o espetáculo circulou novamente pelo interior paulista, participando de eventos como a Virada Cultural Paulista e no total de sua carreira fez mais de 50 apresentações.

Ainda no ano de 2010 aconteceu um evento fundamental para o desenvolvimento do grupo: o encontro com a pesquisa, pedagogia e encenação do diretor Fernando Neves, que investiga há mais de dez anos o circo-teatro brasileiro a partir das memórias e documentos dos circos de sua família. Este processo gerou o espetáculo "O Mistério Bufo", de Vladimir Maiakovski, direção de Fernando Neves, que estreou em abril de 2012 e foi produzido com os recursos do Proac - Produção de Espetáculos Inéditos 2011, da secretária da cultura do Estado de São Paulo. O Espetáculo fez três temporadas na cidade de São Paulo (Teatro João Caetano[4], Sala Olido e Sala Carlos Miranda da Funarte) e viajou por 13 cidades do interior paulista (Limeira, Campinas, São José dos Campos, Lençóis Paulista, Sorocaba, Barueri, Jundiaí, Itatiba, Bragança Paulista, Pirassununga, Santos, Caraguatatuba e Franco da Rocha). Foi contemplado também com o Proac – circulação de espetáculo teatral 2012, da secretária da cultura do Estado de São Paulo e participou de eventos como a Virada Cultural Paulista e a Mostra Plataforma Proac. Até hoje completou 44 apresentações e continua em repertório.

No segundo semestre de 2012 o grupo encontrou o ator e diretor paulistano José Roberto Jardim, admirador e estudioso da obra de Shakespeare. Juntos iniciaram um projeto de pesquisa sobre a tragédia shakespeariana Titus Andronicus. Investigou-se prioritariamente a narratividade, a sobreposições de narrativas, o uso de sangue artificial como ferramenta de horror (a partir da referência do Grand Guignol) e a sobreposição da cultura musical pop. O resultado deste processo de investigação foi o espetáculo-experimento "Titus Andronicus", de W. Shakespeare, direção de José Roberto Jardim, com apresentação única no Espaço dos Fofos na cidade de São Paulo.

No início de 2013 o grupo retorna à suas origens e reencena seu primeiro espetáculo. "A Academia de Palhaços se Apresenta", que surgira em 2008 como uma criação coletiva, ganha neste momento a direção de Fernando Neves, novo cenário, novo figurino e um aprofundamento em sua pesquisa de linguagem acerca do palhaço de picadeiro tradição brasileira. A nova versão ficou em cartaz na cidade de São Paulo na Sala Carlos Miranda da Funarte[5], participou do Festival Rumos Teatro do Itaú Cultural,[6]viajou para o SESC São José dos Campos. Continua em repertório.

Em 2014 a companhia foi contemplada pela 24ª edição do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e produziu cinco espetáculos dialogando em cada um deles com alguma tradição do ator popular.[7] Estes espetáculos são apresentados em espaços públicos sobre uma kombi-palco também criada e adaptada neste projeto chamado O Maravilhoso Teatro Ambulante da Academia de Palhaços. Os espetáculos produzidos são: O Teatro Mambembe do Doutor Fracassa, uma adaptação da obra de Artur de Azevedo; Lágrimas de Mãe, melodrama circense escrito por José Soares; As Desgraças de uma Criança, comédia de Martins Pena; Nosferatu - o vampiro das sombras, pantomima baseada no filme Nosferatu, eine Symphonie des Grauens de Friedrich Wilhelm Murnau; e A Paixão de Cristo segundo São Rubinho, texto inédito escrito pela Academia de Palhaços. Todas as peças tem a direção de Fernando Neves. Uma curiosidade sobre este projeto é que após quinze apresentações a kombi-palco da companhia sofreu um incêndio que destruiu não só a perua, como as estruturas do palco, assim como parte dos cenários, figurinos e equipamentos de iluminação das peças. O projeto ficou parado por um ano, quando no final de 2015 o grupo foi novamente contemplado, desta vez pela 27ª edição do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e então reconstruiu sua kombi-palco e remontou as cinco peças que atualmente estão em circulação.[8]

Em 2016, ainda dentro do âmbito do projeto contemplado pela 27ª edição do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo a companhia criou o espetáculo, Adeus, Palhaços Mortos![9] uma adaptação do texto Petit Boulot Pour Vieux Clown, do dramaturgo romeno Matei Vișniec, sob a direção de José Roberto Jardim, este espetáculo cumrpiu temporada no Centro Cultural São Paulo e no TUSP.

Referências

  1. «Cópia arquivada». Consultado em 2 de maio de 2014. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  2. http://www.academiadepalhacos.com/#!grupo/cjg9
  3. «Cópia arquivada». Consultado em 2 de maio de 2014. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  4. «Cópia arquivada». Consultado em 2 de maio de 2014. Arquivado do original em 7 de maio de 2014 
  5. http://www.funarte.gov.br/evento/%E2%80%98a-academia-de-palhacos-se-apresenta%E2%80%99-nos-coletivos-unicamp-sp/
  6. http://guia.folha.uol.com.br/teatro/2013/09/1341252-festival-de-teatro-promove-seis-dias-de-pecas-com-entrada-gratis.shtml
  7. «Academia de Palhaços percorre dez localidades em teatro ambulante». São Paulo (SP) Grátis - Catraca Livre. Consultado em 10 de março de 2016. Arquivado do original em 10 de março de 2016 
  8. «Academia de Palhaços encena cinco peças dentro de uma Kombi-palco». redeglobo.globo.com. Consultado em 10 de março de 2016 
  9. «Adeus, Palhaços Mortos! | VEJA São Paulo». Consultado em 30 de julho de 2016 

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]

Página Oficial da Academia de Palhaços