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Acidente do Elevador da Glória

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Acidente do Elevador da Glória
Cabina n.º 1 após o acidente, nas imediações do Hotel Suíço-Atlântico, após o embate na esquina inferior do entroncamento da calçada da Glória com a rua do mesmo nome
Descrição
Data3 de setembro de 2025
Hora18:03 WEST
LocalLisboa, Portugal
Coordenadas38° 42' 58" N 9° 8' 34" O
LinhaElevador da Glória
Tipo de acidenteDescarrilamento
CausaRotura do cabo de equilíbrio dentro do trambolho da cabina n.º 1
Estatísticas
Passageiros43 (42 passageiros permitidos + 1 guarda-freio)
Mortos16[1]
Feridos22 (13 ligeiros, 9 em estado grave)[1]
PrejuízosCabina n.º 1 destruída; edifício danificado

O Acidente do Elevador da Glória foi um acidente ocorrido com o Elevador da Glória a 3 de setembro de 2025, na Calçada da Glória, em Lisboa, Portugal. A quebra ou desprendimento do cabo de sustentação do elevador terá causado a queda livre e descarrilamento da cabina n.º 1, com a morte de 16 pessoas e ferimentos de outras 22.[2][3]

Antecedentes

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O Elevador da Glória é um funicular construído na Calçada da Glória sob projeto do engenheiro português Raoul Mesnier du Ponsard.[4] Foi inaugurado a 24 de outubro de 1885, constituindo-se no segundo do género implantado na cidade por iniciativa da Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa.[5] Desde setembro de 1915 que é movido a eletricidade.[6] Em 1926 foi finalmente integrado na Carris após a absorção da NCAML em 1913,[7] tendo sido completamente remodelado em 1944.[6] Tem como principal função permitir a ligação entre a Praça dos Restauradores e o Bairro Alto, percorrendo 275 metros ao longo de uma via bastante íngreme, percurso esse que efetua em pouco mais de três minutos.[8][9][10]

Este elevador é um dos principais pontos turísticos da capital portuguesa,[11] sendo utilizado anualmente por cerca de três milhões de pessoas.[12]

A 7 de maio de 2018, uma falha de manutenção grave causou o descarrilamento de uma das cabinas, embora sem que a mesma tombasse e sem causar quaisquer vítimas. Como resultado deste acidente o elevador ficou inoperacional durante um mês.[13][14] No dia 3 de outubro de 2024, a cabina n.º 1 colidiu com as escadas no topo do Calçada da Glória, e a 4 de maio de 2025, o lado superior da cabina n.º 2 colidiu com um veículo rodoviário de manutenção.[15]

A manutenção dos elevadores de Lisboa está externalizada desde 2011. O último concurso público para a manutenção foi aberto em 2022, ao qual concorreram quatro empresas, após o qual a Carris assinou um contrato com a empresa MAIN - Maintenance Engineering​, no valor de um milhão de euros, englobando os elevadores da Bica, Lavra e Santa Justa. Segundo o sindicato dos trabalhadores da Carris, os funcionários da empresa reportaram por várias vezes um deficiente trabalho de manutenção por parte desta empresa.[16] O elevador esteve em manutenção entre 26 de agosto e 30 de setembro de 2024, sendo esta a sua última manutenção antes do acidente.[13] Ao contrário de outros transportes por cabo no país, o Elevador da Glória, como também o do Lavra, nunca foram supervisionados pela Autoridade Nacional de Segurança Ferroviária, que funciona no âmbito do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.[17]

Teatro de operações na Praça dos Restauradores após o acidente

No dia do acidente, pelas 06:07, um técnico de manutenção chega ao local de estacionamento noturno das cabinas do Elevador da Glória, junto ao Largo da Oliveirinha (no meio do percurso), e começa por abrir a cabina n.º 2. Menos de um minuto depois, dirigiu-se para a cabina n.º 1 e abre-a também, entrando e saindo pouco tempo depois, com esta verificação não demorando mais do que 2 minutos. Pelas 06:56, o segurança que vigia as cabinas sai da cabina n.º 1, onde esteve durante a noite, e afasta-se, com o primeiro guarda-freio chegando à cabina n.º 1 dois minutos depois, seguido do segundo guarda-freio que entra na cabina 2 dois minutos depois, com ambas começando a sua marcha às 07:05, com a cabina n.º 1 descendo para o terminal inferior e a cabina n.º 2 subindo para o terminal superior, começando o serviço comercial 10 minutos depois. Após a realização de 35 viagens, o guarda-freio da cabina n.º 1 é rendido às 14:20 pelo seu colega do turno da tarde, André Marques, e na viagem seguinte, às 14:30 é rendido o guarda-freio da cabina n.º 2. Ambos os guarda-freios que viriam a estar envolvidos no acidente estavam devidamente habilitados para a função e tinham experiência naquele trabalho. As viagens decorreram normalmente durante a tarde, e durante o dia esteve presente pessoal da manutenção, o qual falou com ambos os guarda-freios e subiu com o guarda-freio da cabina n.º 1 até à oficina no Largo da Oliveirinha na última viagem ascendente dessa cabina.[15]

Mapa do trajeto do acidente do elevador
Vítimas mortais e feridos por nacionalidade[18][19][1]
Nacionalidade Mortes FG FL
Portugal Portugal &0000000000000005.0000005 3 1
 Reino Unido &0000000000000003.0000003 - -
Coreia do Sul Coreia do Sul &0000000000000002.0000002 1 -
 Canadá &0000000000000002.0000002 - 1
Suíça &0000000000000001.0000001 1 -
Estados Unidos Estados Unidos &0000000000000001.0000001 - 1
 França &0000000000000001.0000001 - 1
 Ucrânia &0000000000000001.0000001 - 1
 Alemanha - 2 1
Cabo Verde Cabo Verde - 1 -
 Marrocos - 1 -
 Brasil - - 2
Espanha - - 2
 Austrália - - 1
 Israel - - 1
 Itália - - 1
Total 16 9 13

Pelas 18:00, ambas as cabinas n.º 1 e n.º 2 estavam estacionadas respetivamente no Jardim de São Pedro de Alcântara e na Praça dos Restauradores, recebendo passageiros. Na cabina n.º 1, estavam 27 pessoas (incluindo uma criança e o guarda-freio André Marques), enquanto na cabina n.º 2 estavam 33 pessoas (incluindo três crianças e o guarda-freio), estando abaixo da sua lotação máxima de 42 passageiros.[15] Pelas 18:03, ambas as cabinas iniciam viagem (para sentido descendente e ascendente, respetivamente). Três segundos após o início da marcha e percorrendo pouco mais de dois metros, o cabo dentro do trambolho da cabina n.º 1 rompe e ambas as cabinas perdem subitamente a força de equilíbrio garantida pelo cabo de equilíbrio que as une, acionando o dispositivo de segurança existente na cabina do volante, cortando a corrente de ambos os veículos. A cabina n.º 2, que começava a subir da posição inferior junto à Praça dos Restauradores, descaiu cerca de sete metros, sendo sustida pela saída parcial além do final da via-férrea e enterramento do trambolho do lado inferior no final da vala do cabo, ficando presa pelo gradil no limite inferior do carril, sem descarrilar.

Já a cabina n.º 1, que começava a descer da posição superior junto ao Jardim de São Pedro de Alcântara, começou a descer a calçada da Glória desgovernadamente em grande velocidade. Apesar das tentativas do guarda-freio de travar usando o freio de emergência da cabina, e apesar de reduzir ligeiramente a aceleração do veículo, essas ações mostrariam-se redundantes devido ao corte da energia elétrica pelo dispositivo de segurança da cabine. Cerca de 180 metros após o início do seu percurso, no início da curva à direita na parte final do percurso perto do cotovelo da Calçada da Glória, a cabina começa a descarrilar e a tombar para a esquerda devido à velocidade que tinha e ao reduzido raio da curva. Apesar de parcialmente ser sustido pelo encaixe dos trambolhos nos perfis Z da cabina, reduzindo ligeiramente a velocidade, os perfis Z seria arrancados do pavimento, fazendo a cabine perder totalmente o seu guiamento, embatendo no edifício localizado no cotovelo da calçada da Glória a cerca de 45km/h, destruindo a caixa de madeira. Tudo isto acontecia 20 segundos após o início da marcha das cabinas.[20][21] O alerta para o acidente foi dado às 18:08.[16][22] Para o local foram enviados meios do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, do INEM, de Bombeiros Voluntários de vários concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, da Polícia Municipal de Lisboa, da Polícia de Segurança Pública e do Serviço Municipal de Proteção Civil.[23][15]

O acidente causou no imediato 15 mortos e 22 feridos, dos quais 13 em estado grave, tendo um destes acabado por falecer na madrugada do dia seguinte no Hospital de São José, entre ocupantes da carruagem e transeuntes que circulavam na calçada da Glória.[15][24][25][26][13][27][19] Os feridos foram transportados para os hospitais da região de Lisboa, designadamente para o Hospital de São José, Hospital de Santa Maria, Hospital de São Francisco Xavier, e ainda para o Hospital Fernando Fonseca e para o Hospital de Cascais.[28]

Um dos mortos era o guarda-freio da carruagem, André Marques. As outras quatro vítimas mortais portuguesas eram funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.[29] De uma família de turistas alemães que se encontrava a bordo, uma criança de três anos sobreviveu com ferimentos leves encontrando-se os pais internados em estado grave.[30] Entre os treze feridos ligeiros estão dois de nacionalidade espanhola, uma mulher italiana que sofreu uma fratura no braço, entre outros de nacionalidade portuguesa, canadiana, americana, ucraniana, brasileira, australiana, israelita e francesa.[18][31] Segundo informações das autoridades de saúde, nomeadamente Álvaro Almeida, diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde, todos os feridos considerados ligeiros já teriam tido alta hospitalar no final da tarde do dia 4 de setembro de 2025.[32]

Este acabou por ser o pior acidente ferroviário em território nacional desde o desastre em Póvoa de Santa Iria em 1986, que vitimou 17 pessoas,[33] e um dos piores desde Moimenta-Alcafache em 1985, considerado o pior acidente ferroviário nacional.[34] Entretanto, não foi a primeira vez que este tipo de acidente acontecia na cidade de Lisboa. Em 1914, durante a conclusão das obras de eletrificação no Elevador da Bica, uma das cabines do elevador desceu a Rua da Bica de Duarte Belo e a Calçada da Bica descontroladamente, embatendo na estação da Rua de São Pedro, ficando completamente destruído e imobilizando o mesmo elevador, que só seria reaberto em 1923, 9 anos depois do acidente.[35]

Reações

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Nacionais

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Decreto de luto nacional em 4 de setembro de 2025

O presidente da Carris rejeitou qualquer falha ao nível da manutenção do ascensor. Por outro lado, o presidente da Fectrans (Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações) assegurou à RTP que havia relatos dos trabalhadores da Carris sobre problemas de segurança com o elevador. Francisco Oliveira, do SITRA (Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes), descartou a hipótese de falta de manutenção.[36]

A companhia aérea TAP disponibilizou-se para prestar todo o apoio necessário, incluindo transporte para território nacional de familiares (nacionais ou estrangeiros), repatriamento de feridos e transladação dos corpos das vítimas mortais.[37][38]

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assim como o Primeiro-Ministro Luís Montenegro e todo o governo português, assim como o Presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, lamentaram profundamente o grave acidente.[39]

O Governo de Portugal declarou luto nacional no dia 4 de setembro de 2025.[40] Carlos Moedas, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, ordenou a suspensão do funcionamento dos elevadores da Bica, Lavra, Santa Justa e Graça.[41][42]

Bandeiras a meia haste nos Paços do Concelho de Lisboa durante o período de luto municipal

O governo português decretou um dia de luto nacional,[2] e a Câmara Municipal de Lisboa declarou três dias de luto municipal.[43]

Bandeiras a meia haste na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa durante o período de luto municipal

Internacionais

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Este acidente teve grande repercussão internacional, com extensa cobertura mediática por todo o mundo:[44]

  • Nações Unidas – O secretário-geral António Guterres expressou condolências às famílias das vítimas e manifestou “total solidariedade para com o povo de Lisboa”.
  • Comissão EuropeiaUrsula von der Leyen lamentou o “descarrilamento do famoso Elevador da Glória” e transmitiu condolências às famílias das vítimas.
  • Conselho Europeu – António Costa também expressou “as mais sentidas condolências a Portugal e à cidade de Lisboa”.
  • Parlamento EuropeuRoberta Metsola sublinhou que a Europa está solidária com os familiares e vítimas do acidente. O Parlamento Europeu colocou as bandeiras a meia haste em Bruxelas, Estrasburgo (França) e Lisboa, de forma a acompanhar o luto português.[45]
  • Banco Central Europeu – O BCE e Christine Lagarde expressaram que “os nossos pensamentos estão hoje com todos os afetados pelo trágico acidente do Elevador da Glória em Lisboa”. A instituição anunciou que se associa a outras entidades europeias ao colocar as bandeiras a meia haste em memória das vítimas e transmitiu “as nossas mais sinceras condolências”.
  • Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de SegurançaKaja Kallas apresentou “sinceras condolências às vítimas, às suas famílias e a todos os afetados”, reafirmando solidariedade com o povo português.
  • Alemanha – O Presidente Frank-Walter Steinmeier afirmou ter recebido "com grande consternação" a notícia do trágico acidente. Em mensagem enviada a Marcelo Rebelo de Sousa, expressou: “Partilhamos o luto e a dor nestas horas tão difíceis. A minha solidariedade especial está com as famílias e os entes queridos das vítimas. Aos feridos, desejo uma rápida e completa recuperação.”
  • Itália – A primeira-ministra Giorgia Meloni manifestou “profunda tristeza” e enviou “sentidas condolências e solidariedade a Portugal, às famílias das vítimas e aos feridos”. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, afirmou solidariedade às vítimas e informou que a embaixada italiana está a apurar a possível presença de cidadãos italianos entre os afetados.
  • Reino Unido – O Ministério das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento comunicou que está em contacto com as autoridades portuguesas e pronto para oferecer “assistência consular caso haja cidadãos britânicos entre os afetados”
  • Croácia – O ministro dos Negócios Estrangeiros, Gordan Grlić Radman, manifestou profunda tristeza pelo acidente em Lisboa, expressando “sentidas condolências às vítimas e às suas famílias” e assegurando que “a Croácia está em plena solidariedade com o povo de Portugal neste momento difícil”.
  • Estados Unidos – A embaixada dos EUA em Portugal lamentou as mortes, afirmando que Washington está “desolado com o trágico descarrilamento” e solidário com o povo português.
  • Espanha – O primeiro-ministro Pedro Sánchez expressou consternação com o acidente e solidariedade para com as famílias das vítimas e o povo português. O ministro dos Negócios Estrangeiros José Manuel Albares também enviou condolências às famílias das vítimas e declarou “toda a minha solidariedade com o povo português nestes tempos difíceis”.
  • Israel – A embaixada de Israel em Lisboa transmitiu “as mais sentidas condolências às famílias e entes queridos das vítimas”, e afirmou que os pensamentos e orações estão com os feridos e com todo o povo português.
  • Japão – O Primeiro-Ministro Shigeru Ishiba expressou profunda consternação com o acidente em Lisboa, transmitindo “as mais sentidas condolências pelas vidas perdidas” e desejando “rápida recuperação aos feridos”.
  • Luxemburgo – O primeiro-ministro Luc Frieden declarou estar “profundamente chocado” com o acidente e enviou pensamentos às vítimas, famílias e amigos portugueses.
  • Letónia – A ministra dos Negócios Estrangeiros, Baiba Braže, expressou tristeza pelo descarrilamento, desejou rápida recuperação aos feridos e transmitiu condolências às famílias e ao povo português.
  • Lituânia – O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, através do ministro Kestutis Budrys, expressou profunda tristeza pelo descarrilamento histórico do Elevador da Glória em Lisboa, transmitindo “as mais sentidas condolências às famílias das vítimas” e votos de rápida recuperação aos feridos, reafirmando solidariedade da Lituânia com Portugal neste momento de luto nacional.
  • Roménia – A ministra Oana Țoiu manifestou solidariedade com os feridos, enviando condolências às famílias das vítimas e à comunidade lisboeta.
  • República Checa – O ministro Jan Lipavský transmitiu grande pesar pelo acidente, expressando condolências às famílias e afirmando que os pensamentos da República Checa estão com Portugal neste momento difícil.
  • Brasil – O Itamaraty lamentou o acidente, expressando solidariedade ao governo e ao povo português e condolências às famílias atingidas, esclarecendo que não há cidadãos brasileiros entre as vítimas.
  • Ucrânia – O Presidente Volodymyr Zelensky manifestou profunda tristeza pelo acidente, que causou dezenas de mortes e deixou mais de 25 feridos estendendo condolências às famílias das vítimas.
  • França – O Presidente Emmanuel Macron afirmou que os franceses “se associam ao luto dos portugueses” após o trágico acidente e expressou condolências às famílias enlutadas e solidariedade com Portugal. Benjamin Haddad também declarou estar horrorizado com o acidente, transmitindo seus pensamentos às vítimas, familiares e amigos portugueses, e reafirmando que a França está ao lado de Portugal neste momento difícil.
  • Suíça – A embaixada da Suíça em Portugal manifestou estar "profundamente chocada" com o acidente, oferecendo "as suas sentidas condolências aos familiares das vítimas e à cidade de Lisboa".
  • Grécia – O Ministério dos Negócios Estrangeiros manifestou estar “profundamente entristecido pela trágica perda de vidas causada pelo descarrilamento do Elevador da Glória em Lisboa”. Transmitiu “as mais sinceras condolências às famílias das vítimas e seus entes queridos” e afirmou que a Grécia “está solidária com o povo e o Governo de Portugal neste momento de dor”.
  • Índia – A embaixada da Índia em Portugal expressou “condolências às famílias das vítimas” e desejou “rápida recuperação aos feridos”, manifestando ainda apoio ao povo e Governo de Portugal “neste momento de tristeza”.
  • Sérvia – A embaixada da Sérvia em Portugal manifestou as suas “mais profundas condolências aos familiares”, sublinhando solidariedade “com todos os enlutados, toda a comunidade em Lisboa e com o povo português neste momento de dor”.[46][47]
  • Vaticano – O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, enviou um telegrama em nome do Papa Leão XIV ao Patriarca de Lisboa, Rui Valério, pedindo-lhe que transmitisse “às famílias enlutadas sentidas condolências, bem como a sua proximidade espiritual”. O Papa enviou “sentidas condolências” às famílias das vítimas e, segundo o Vaticano, “lembra com especial gratidão aqueles que trabalharam nas operações de socorro e a todos, especialmente aos familiares dos falecidos, concede uma reconfortante bênção apostólica”.[48][49][50][51]
    Tela de entrada da aba de pesquisa do Google apresentando um laço de luto preto com uma mensagem de homenagem associada
  • O Google e o YouTube colocaram junto dos seus respetivos logotipos um laço de luto negro com a mensagem: “Os nossos corações estão com as vítimas e famílias do grave acidente de Lisboa”, como gesto de homenagem e solidariedade.

Investigação

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O Ministério Público abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente.[52] O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) informou a Agência Lusa que iria abrir igualmente uma investigação ao descarrilamento.[43] Para além do GPIAAF, também participaram nos trabalhos de perícia e investigação a Polícia de Segurança Pública, a Polícia Judiciária, a Autoridade para as Condições de Trabalho e a Carris.[23] Esteve também no local o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, que ativou a equipa de desastres de massa para a realização de autópsias.[53]

O diretor do GPIAAF revelou à RTP que só tinha um investigador disponível e que, por isso mesmo, só no dia seguinte ao acidente poderia dar início às diligências no terreno.[54] Revelou ainda que aguardava há seis meses a substituição do investigador que saiu, mas garantindo que, no prazo de cerca de três dias, seria emitida uma nota preliminar sobre o descarrilamento.[54]

Nota Informativa preliminar publicada a 6 de setembro de 2025 pelo GPIAAF relativamente ao acidente do Elevador da Glória

No dia 6 de setembro de 2025, o GPIAAF publicou a sua nota informativa preliminar relativa ao acidente, indicando como causa provável o desprendimento do cabo de sustentação da peça onde o mesmo se encontrava fixado à cabina n.º 1, denominado de "trambolho". Todo o restante sistema relativo a este cabo encontrava-se lubrificado e sem anomalias detetadas. Foi também estimada uma colisão final a cerca de 60km/h, antecedida por uma colisão anterior frontal contra um poste de iluminação e outro de suporte da rede de fiação aérea do ascensor e com a parede de um outro edifício, num intervalo temporal de 50 segundos entre a rutura do cabo e o desfecho trágico. Segundo a nota informativa preliminar todos os sistemas de freio foram acionados e atuaram de forma correta, no entanto tal não conseguiu impedir a situação ocorrida uma vez que, pela natureza dos veículos, estes sistemas apenas se tornam eficientes numa situação de equilíbrio entre as duas cabinas. Foi também confirmado que o plano de manutenção de todo o sistema estava a ser realizado de forma regular, tendo ocorrido uma inspeção visual na manhã do acidente. No entanto, foi também apurado que uma simples inspeção visual não permitia a verificação da zona onde se deu a rutura do cabo uma vez que a mesma se encontrava debaixo do veículo, sendo por isso necessária a desmontagem do veículo ou a existência de um alçapão técnico de forma a visualizar a zona em causa. O cabo utilizado neste tipo de sistema, cujo modelo já era utilizado há 6 anos no Elevador da Glória, era constituído por seis cordões com 36 arames de aço e um núcleo em fibra e teria ainda 263 dias de vida útil até ser necessária a sua substituição, algo que ocorria a cada 600 dias. A cabina n.º 2 terá observado um recuo descendente brusco de cerca de 10 metros, sendo imobilizada devido ao embate do seu "trambolho" inferior no final da vala onde o cabo de sustentação circulava, assim como devido à saída da cabina para o passeio para além da via férrea.[55][56][57][20][21]

Veículos e sistemas

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Contrariamente ao usual em funiculares onde existe uma unidade motriz central que fornece energia de movimento a todo o sistema, no caso do Elevador da Glória cada uma das cabinas tinha o seu próprio sistema de propulsão, fornecida por um motor elétrico em cada um dos seus dois eixos. Estes quatro motores elétricos encontravam-se ligados em série através de um sistema de comunicação elétrico, fazendo com que os mesmos funcionassem em conjunto de forma a acelerar e travar as duas cabinas, num sistema cujo equilíbrio dependia de um cabo de aço amarrado à zona inferior das mesmas. Este cabo atravessava no topo da Calçada da Glória um volante de inversão, criando um efeito de contrapeso.[55][56][57][20][21]

À semelhança das unidades motrizes, também o sistema de travagem de cada cabina permitia a travagem de todo o sistema. Cada um dos dois "trambolhos" de cada cabina, local onde o cabo de sustentação se encontrava amarrado às cabinas, tinha quatro sapatas móveis incorporadas, resultando num conjunto de oito sapatas por cabina que se movimentava por meio de um sistema pneumático acionado por alavancas. Estas sapatas agiam sobre as superfícies de contacto das cabinas providenciando o principal sistema de freio das mesmas, tanto em situações de emergência como em situações de paragem regular. Em complemento a este sistema de travagem principal, as cabinas dispunham também de um sistema secundário que acionava um elemento contra cada roda, provocando um efeito de fricção. Qualquer um destes sistemas, quer de forma individual quer em conjunto, não tinha a força de travagem necessária para deter as cabinas na eventualidade de um desprendimento ou quebra do cabo de sustentação.[55][56][57][20][21]

Durante a conferência de imprensa feita no dia seguinte ao acidente com o presidente da Carris, Pedro Bogas, o mesmo confirmou que o veículo destruído no acidente não se encontra recuperável, ao mesmo tempo que confirmou que o Elevador da Glória continuaria a funcionar e iria voltar no futuro com um novo veículo mais seguro.[58]

Além disso, em homenagem ao guarda-freio André Marques que esteve ao serviço da Carris durante vários anos e que morreu ao tentar evitar o acidente, a Carris batizou o elétrico 601 com o nome do guarda-freio.[59][60]

Referências

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  2. a b Amado, Carolina; Alhinho; Carmo, Daniela, Leonor (4 de setembro de 2025). «Dia de luto nacional: 15 mortos e 23 feridos no descarrilamento do Elevador da Glória». PÚBLICO. Consultado em 4 de setembro de 2025. Cópia arquivada em 4 de setembro de 2025 
  3. Miranda, Andreia (4 de setembro de 2025). «Montenegro corrige número de vítimas. Acidente do Elevador da Glória fez 16 mortos». CNN Portugal. Consultado em 4 de setembro de 2025. Cópia arquivada em 4 de setembro de 2025 
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  7. António Paes Sande e CASTRO: “A Vida atribulada de uma Companhia lisboeta de ViaçãoOlisipo XVII=65 (1954.01): 13-27
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  9. «Calçada da Glória». Junta de Freguesia de Santo António - Lisboa. Consultado em 6 de setembro de 2025. Cópia arquivada em 6 de setembro de 2025 
  10. Carris (1 de fevereiro de 2025). «Horário: Ascensor Glória» (PDF). Carris. Consultado em 6 de setembro de 2025. Cópia arquivada (PDF) em 6 de setembro de 2025 
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  14. Ferreira, Marta (4 de setembro de 2025). «Elevador da Glória já tinha descarrilado em 2018 devido a "anomalia técnica"». SIC Notícias. Consultado em 4 de setembro de 2025. Cópia arquivada em 6 de setembro de 2025 
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