Aeroméxico

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Aeroméxico
Aeroméxico
IATA AM
ICAO AMX
Indicativo de chamada AEROMEXICO
Fundada em 1934 (90 anos)
Principais centros
de operações
Aeroporto Internacional Benito Juárez
Aeroporto Internacional General Mariano Escobedo
Aeroporto Internacional Ignacio L. Pesqueira
Outros centros
de operações
Aeroporto Internacional Miguel Hidalgo y Costilla
Programa de milhagem Club Premier
Aliança comercial SkyTeam
Frota 101[1]
Destinos 89
Lounge Salón Premier
Sede Cidade do México, México
Pessoas importantes CEO: Andrés Conesa Labastida
Sítio oficial https://www.aeromexico.com/pt-br
A sede da Aeroméxico na Cidade do México.

Aerovías de México, S.A. de C.V.,[2] conhecida pela marca Aeroméxico, é a companhia aérea nacional do México, com sede na Cidade do México.[3] Opera serviços regulares para mais de 90 destinos no México; América do Norte, Sul e Central; Caribe, Europa e Ásia. Sua base principal e hub estão na Cidade do México, com hubs secundários em Guadalajara e Monterrey.[4] Sua sede fica no Paseo de la Reforma, a avenida que abriga o distrito financeiro da Cidade do México.

O Grupo Aeroméxico inclui a Aeroméxico, Aeroméxico Connect (subsidiária regional) e Aeroméxico Contigo (produto em determinadas rotas Estados Unidos-México). Atualmente, o grupo ocupa a 2ª posição em market share doméstico, atrás da Volaris, com 24,2%; e n ° 1 lugar em participação no mercado internacional com 15,8%, nos 12 meses encerrados em março de 2020, tornando-se o maior grupo aéreo internacional do México.[5][6] A Aeroméxico é um dos quatro membros fundadores da aliança de companhias aéreas SkyTeam, junto com a Air France, Delta Air Lines e Korean Air.

A Aeroméxico trabalha em estreita colaboração com a norte-americana Delta Air Lines, que detém parte da Aeroméxico e, em 2015, anunciou sua intenção de adquirir até 49%. Em 8 de maio de 2017, entrou em vigor um acordo comercial conjunto, por meio do qual as companhias aéreas compartilham informações, custos e receitas em todos os seus voos entre os Estados Unidos e o México.[7][8]

Em 2016, a companhia transportou 19,703 milhões de passageiros (um aumento de 5,0% em comparação com o ano anterior), dos quais 13,047 milhões domésticos (aumento de 3,7%) e 6,656 milhões internacionais (aumento de 7,6%). A empresa transportou 34,776 milhões de passageiros-quilômetro por receita, 43,362 milhões de assentos disponíveis-quilômetro e uma taxa de ocupação de 80,3%.[9]

História[editar | editar código-fonte]

1934[editar | editar código-fonte]

Aeromexico Mexico City - Acapulco ca. 1935

A companhia aérea foi fundada em 15 de setembro de 1934, com o nome de Aeronaves de México por Antonio Díaz Lombardo. O 1º avião da empresa foi um Stinson SR e Julio Zinser o 1º piloto. O 1º võo foi entre a Cidade do México e Acapulco, em 14 de setembro de 1934.

Quando a Segunda Guerra Mundial começou, a empresa continuou a crescer com a ajuda da Pan Am, que era proprietária de 25% da companhia. A Aeroméxico viu algumas chances para as próximas duas décadas. De qualquer modo, durante os anos 1950, a renovação começou, e a companhia tomou controle de várias outras pequenas companhias espalhadas pelo país, incluindo Aerovias Guest (a 2º maior companhia na época) que possuía as rotas para Madri e Paris. A Aeroméxico teve aeronaves inovadoras na época como o DC-3, e DC-4.

1950[editar | editar código-fonte]

No fim dos anos 1950, os DC-4 foram trocados por Douglas DC-6 e 3 Bristol Britannia, o 1º turbopropulsor de passageiros na frota e em 1958, uma nova rota para o Aeroporto de Idlewild (agora JFK) usando o mesmo Bristol Britannia. A rota Cidade do méxico-Nova York provou-se lucrativa. Em 1959, a companhia foi nacionalizada.

1960[editar | editar código-fonte]

No começo dos anos 1960, a frota da Aeronaves de Mexico (Aeromexico) incluía Douglas DC-3, Douglas DC-6, e Bristol Britannia. Em 1961, a "Aeronaves" começou a trocar seus aviões para aeronaves a jato. Os primeiros a chegar, foram 2 Douglas DC-8. Os aviões eram usados em rotas dentro do México e para Nova Iorque. Entre 1962 e 1963, Aeronaves de Mexico (Aeromexico) fundiu a empresa Aerovias Guest Mexico com a Aeronaves de Mexico. No fim dos anos 1960, mais DC-8 foram adicionados a frota, e serviam a Europa. Em 1964, o 1ª Douglas DC-9-15 entrou para a frota, seguido de mais 9 até 1968, os aviões eram usados em rotas domésticas e para os Estados Unidos, substituindo os aviões turbo propulsores. No fim dos anos 1960, os Douglas DC-3 foram retirados da frota.

1970[editar | editar código-fonte]

Os anos 1970 trouxeram mudanças para a Aeroméxico. Em 1970, sob um plano do governo, As companhia domésticas do México foram reorganizadas em um sistema integrado de transporte sob controle da Aeronaves de Mexico. O sistema incluía oito menores portadores, embora estes tivessem sido dissolvidos.

Durante o início da década de 1970, os remanescentes DC-6 e Bristol Britannia foram retirados da frota. Uma nova pintura (laranja e preto) foram introduzidos na companhia e a companhia mudou o nome para "Aeronaves de México", versão encurtada para Aeroméxico em fevereiro de 1972. Aeromexico, foi uma das lançadoras do programa Douglas DC-10-30, recebendo os dois primeiros aviões em 1974, registrados como XA-DUG e XA-DUH. No mesmo ano a companhia recebeu a entrega de 4 Douglas DC-9-32. Durante este período, a empresa era muito popular, devido ao fato de que teve muitas participações nos filmes mexicanos. Basicamente, na maioria dos filmes, algum personagem tinha que viajar, e propositadamente, viajaria pela AeroMéxico. Os serviços para o Canadá se iniciaram no fim dos anos 1970, e mais 2 DC-9-15 foram incluídos na frota.

1980[editar | editar código-fonte]

No início dos anos 1980, vieram tempos de expansão. Uma nova pintura fez parte da empresa (pintura laranja e prata), 2 DC-10-15 e um DC-10-30 foram incluídos em 1981, N10038 e N1003N, e em 1982, N3878P depois XA-RIY. Aeromexico foi uma das empresas lançadora do McDonnell Douglas MD-82, uma nova versão do DC-9, recebendo os 2 primeiros aviões em 1981. Durante o período de 1980 e 1981, 8 novos DC-9-32 foram adicionados a frota.

Em 31 de agosto de 1986, um acidente fatal ocorreu na cidade de Los Angeles, envolvendo um Douglas DC-9, durante a aproximação do Aeroporto Internacional de Los Angeles, quando foi atingido por uma aeronave de pequeno porte. Os dois aviões caíram. Todos os 64 passageiros e a tripulação a bordo do DC-9-32 morreram, como no outro avião. As investigações finais indicaram culpa da tripulação do outro avião.

Em abril de 1988, a estatal foi declarada falida. Os principais motivos foram falta de organização, uma frota de aviões com média de 20 anos, sem planos de renovação e uma administração ruim do governo. A companhia ficou inoperante por 3 meses. Em Agosto, um plano de privatização estava em andamento. Incluía a retirada de 10 Douglas DC-8 com mais 5 DC-9-15. Aerovias de Mexico, S.A. de C.V., foi estabelecida em 7 de setembro de 1988, com os principais objetivos de transportes de passageiros, cartas e cargas. A nova linha aérea retomou as atividade com 25 aeronaves (DC-9-32, MD-82/83 e DC-10) e menos da metade do quadro de funcionários.

Os principais investidores, eram bancos locais, investidores privados como Boris Irmaz ue possuía 25% da LAN Chile e 25% pilotos da união, ASPA. Revitalizada e revigorada, a Aeroméxico mudou a pintura (azul e vermelho) no começo de 1989. Durante o período entre 1989 e 1991, muitas aeronaves foram incluídas na frota: 1 McDonnell Douglas DC-10-30, 4 ex-Eastern Air Lines Douglas DC-9-31, e 10 novos McDonnell Douglas MD-88.

1990[editar | editar código-fonte]

No começo dos anos 1990, foram tempos difíceis, com o aumento dos preços do combustível por causa da Guerra do Golfo, e uma guerra de tarifas entre as empresas domésticas como a TAESA, Saro, Aviacsa, entre outras.

AeroMéxico, uma cliente fiel da McDonnell Douglas tornou-se uma cliente da Boeing em 1990, fazendo um pedido de 26 Boeing 767/Boeing 757 com entregas para 1991 e 1996. De qualquer forma, somente 15 destes aviões foram entregues. 4 pedidos do Boeing 757 foram para a AeroPerú entre 1993 e 1996. Em 1991, a Aeromexico comprou a Aerolitoral. A frota cresceu de 27 aeronaves em outubro de 1988, para 55 em Dezembro 1992.

No fim de 1992, o Grupo AeroMexico, estava entre os investidores que falharam na aquisição da Continental Airlines. Depois daquele ano, a AeroMexico adquiriu participação de 35% na falida Aeroperú (a Delta Airlines possuía outros 35%), participação esta alienada em 1999. No fim de 1993, 2 Boeing 757 (XA-SMD e XA-SME), foram operados pela Aeroperú até março de 1999 quando a Aeroperú foi liquidada.

Entre 1991 e 1994, mais MD-82 e 83 de segunda mão foram adicionados a frota. Os 2 primeiros McDonnell Douglas MD-87 se juntaram a frota em 1993 para voos charter e 6 novos Boeing 757 foram incluídos. Em 1992, AeroMéxico começou voos diretos para Madri e Paris a partir da Cidade do México e começou serviços para Frankfurt via Paris e Roma via Madri. Em 1993 Aeromexico Group, tomou controle da Mexicana, a 2ª maior companhia do México. Entre 1994 e 1995, os 6 DC-10 foram retirados da frota.

No começo de 1995, no meio de uma crise no México, a AeroMexico sofreu uma fraude de US$75m pelo presidente da companhia Gerardo de Prevoisin. E Grupo Cintra foi criado para evitar a falência das duas maiores empresas. Em agosto de 1995, foi possível o reestruturamento financeiro. Houve um retrocesso na frota, 3 MD-83 foram devolvidos aos seus lessors e 4 Boeing 767 para voos para Frankfurt e Rome foram cancelados. No fim de 1996, um code share com a Delta Air Lines e Air France foi feito. 3 anos depois em 1999, AeroMexico tornou-se uma das fundadoras do SkyTeam.

Desde 1995, muitos bancos como Bancomer, que era detentor de muitas ações no grupo Grupo Cintra foram vendidos para bancos estrangeiros, o governo durante as transações manteve as ações. Novas aeronaves foram incluídas na frota entre 1996 e 2000: 4 Boeing 767, 3 Boeing 757, e 6 MD-80. Voos para Madri e Paris começaram a ser operados diariamente.

A venda do Grupo Cintra foi anunciada depois de muitos atrasos, em Setembro de 1999. Com a eleição presidencial em 2000, tudo estava atrasado de novo. O novo governo deteve tudo até surgirem melhores condições. Quando tudo estava para ser resolvido, houve os atentados terroristas 11 de setembro de 2001.

2000[editar | editar código-fonte]

No período entre 2000-2005, a AeroMéxico teve uma média de 60 aeronaves, com mais 20 na Aerolitoral. Depois dos atentados e a Guerra do Golfo, começou um plano de renovação de frota. Começou no meio de 2003, para substituir os DC-9-32 (14) da frota, como os modelos MD-82/83, por aviões mais eficientes como o Boeing 737-700/800. O 1º 737-700 entrou em operação em dezembro de 2003. E os Boeing 767 e 757, há planos de troca por Boeing 787 e Boeing 777. A Aerolitoral trocou os aviões Fairchild Metros e Saab por aviões Embraer ERJ-145.

Em 29 de novembro de 2005, o Grupo Cintra aceitou em vender o Grupo Mexicana (Mexicana de Aviación and Click Mexicana) para uma rede de hotéis Mexicanos e Grupo Posadas por USD$165.5 milhões.

Em 29 de março de 2006, Andrés Conesa, anunciou a inauguração de voos diretos entre o Japão e a cidade do México via Tijuana. Isto foi após a compra de 2 Boeing 777-200ER. Isto fez a Aeroméxico, a segunda companhia latina a voar para a Ásia depois da Varig. Mas, por causa da situação da Varig, a Aeroméxico é a única empresa até a Varig retomar os voos para a Ásia. Em 29 de junho de 2006, a International Lease Finance Corporation (ILFC) e a AeroMéxico anunciaram que a companhia ira operar 3 Boeing 787. A Aeromexico ira adquirir por meio de leasing os três 787-8 da ILFC com entregas previstas para 2010.

Subsidiárias[editar | editar código-fonte]

  • A Aeroméxico Connect antiga Aerolitoral é uma linha aérea regional baseada no Aeroporto Internacional General Mariano Escobedo em Monterrey.
  • A Aeromexpress é uma empresa aérea especializada em cargas, com base no Aeroporto Internacional da Cidade do México.

Frota[editar | editar código-fonte]

Boeing 737-800 da Aeroméxico.

Em março de 2023, a frota da empresa era composta por:[10]

Frota Aeroméxico
Aeronave Total Pedidos Passageiros
(1ª Classe/Econômica)
Rotas Nota
Boeing 737-700 5 - 124 (12/112) Rotas domésticas/Internacionais
México e EUA
Aeromexico
Boeing 737-800 36 150 (24/126) Rotas domésticas/Internacionais
México, Peru e EUA
Boeing 737 MAX 8 33 61 Rotas domésticas/internacionais.
Boeing 737 MAX 9 36 Rotas domésticas/internacionais.
Boeing 787-8 8 Rotas Longas/internacionais
Boeing 787-9 14 Rotas longas/internacionais
Embraer ERJ-190 42 Aeromexico Connect
Total 149 61

Aeronaves retiradas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. https://www.planespotters.net/airline/Aeromexico
  2. «Report on Actions of Social Responsibility» (PDF). Aeroméxico (em inglês). Consultado em 9 de janeiro de 2022 
  3. Broderick, Sean (7 de março de 2018). «Aeromexico set to put first MAX into service». Air Transport World (em inglês). Consultado em 9 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 7 de março de 2018 
  4. «Route Map pages, "Aire" magazine, June 2019» (em espanhol). Junho de 2019: 168. Consultado em 9 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 9 de julho de 2019 
  5. «"Distribution of domestic air traffic in Mexico in 2019, by airline"». Statista (em inglês). Consultado em 9 de janeiro de 2022 
  6. «Distribution of international air traffic in Mexico in 2019, by airline». Statista (em inglês). Consultado em 9 de janeiro de 2022 
  7. «Delta and Aeromexico to launch Joint Cooperation Agreement». Delta News Hub (em inglês). Consultado em 9 de janeiro de 2022 
  8. Tribune, Kristen Leigh (21 de dezembro de 2016). «Delta to move forward with Aeromexico joint venture». Star Tribune (em inglês). Consultado em 9 de janeiro de 2022 
  9. «Aeromexico Reports December 2016 Traffic Results». Prnewswire.com. Consultado em 9 de janeiro de 2022 
  10. Passalacqua, Fabio (3 de março de 2023). «Saiba qual é a frota atual da Aeroméxico - Março 2023». Flap International. Consultado em 6 de abril de 2023 
  11. Ferreira, Carlos (13 de dezembro de 2020). «AeroMexico se desfaz de todos os Embraer E170/175 de sua frota». AEROIN. Consultado em 6 de abril de 2023