Alberto I de Brandemburgo

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Alberto I de Brandemburgo
Alberto I de Brandemburgo
Monumento conmemorando a Alberto en la Ciudadela de Spandau, Berlín, por Walter Schott
Nascimento 1100
Ballenstedt
Morte 18 de novembro de 1170 (69–70 anos)
Stendal
Sepultamento Ballenstedt
Cidadania Ducado da Saxônia
Progenitores
  • Oto, Conde de Ballenstedt
  • Eilica da Saxônia
Cônjuge Sofia de Winzenburg
Filho(a)(s) Otão I de Brandemburgo, Sigefredo , príncipe-arcebispo de Bremen, Bernardo, Conde de Anhalt, Edviges de Brandemburgo, Hermano I, Conde de Weimar-Orlamünde, Gertrudes de Brandemburgo, Heinrich von Brandenburg, Adalbert III von Ballenstedt, Dietrich von Brandenburg, Adelheid von Brandenburg
Ocupação político
Título margrave, duque

Alberto de Ballenstedt (em alemão: Albrecht I. von Brandenburg; Ballenstedt, 1100 – Stendal, 18 de novembro de 1170), cognominado o Urso foi conde de Ballenstedt e o primeiro marquês de Brandemburgo de 1157 até sua morte.[1][2][3] Por um breve período, foi também duque da Saxônia entre 1138 e 1142.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Alberto era filho de Oto (ou Otão), conde de Ballenstedt, e de Eilica, filha de Magno I da Saxônia. Herdou territórios valiosos no norte da Saxônia à morte de seu pai, em 1123, e, com a morte de sua mãe, em 1142, sucedeu em metade das terras dos Bilungos.[1][2] Era um vassalo leal do duque Lotário I da Saxônia, de quem recebeu, por volta de 1123, a Marca da Lusácia, a leste; quando Lotário se tornou rei da Germânia, Alberto o acompanhou numa expedição desastrosa à Boêmia, em 1126, quando passou um breve período encarcerado.

As intrigas de Alberto na Saxônia derivavam de seu desejo de expandir sua herança ali. Após a morte de seu cunhado, Henrique II, marquês de uma pequena área perto do Elba chamada Marca do Norte, Alberto se desapontou em não receber este feudo, atacando Udo, o herdeiro, e, consequentemente, Lotário privou-o da Marca da Lusácia. Apesar disso, em 1132, ele foi à Itália no comboio do rei, e seus serviços foram recompensados, dois anos depois, com a investidura da Marca do Norte, que estava novamente sem governante.

Uma vez que estava firmemente estabelecido na Marca do Norte, Alberto voltou sua cobiça para as terras raramente povoadas a norte e a leste. Ele passou três anos ocupado em campanhas contra os vendos eslavos, o que, visto que eram pagãos, era considerado uma guerra justa, e cuja conversão ao cristianismo era a proposta da Cruzada Venda de 1147, da qual Alberto tomou parte; medidas diplomáticas foram mais bem sucedidas e, através de um acordo feito com o último príncipe vendo de Brandemburgo, Pribislau dos hevélios, que foi padrinho de batismo de seu filho Otão, Alberto assegurou este distrito quando o príncipe morreu, em 1150. Tomando o título de marquês de Brandemburgo, Alberto pressionou a guerra contra os vendos, estendeu a área de sua marca, encorajou a migração germana, criou bispados sob sua proteção, e assim criou a Marca de Brandemburgo, cujos herdeiros - A Casa de Ascânia - dominaram até o fim de sua linhagem, no século XIV.

Em 1137, Conrado III, o rei germano de Hohenstaufen, privou Henrique, o Orgulhoso, do Ducado da Saxônia, o qual foi dado a Alberto, se ele pudesse conquistá-lo. Depois de ter sucesso nos seus primeiros esforços de posse, Alberto foi expulso da Saxônia e de sua marca por Henrique e foi obrigado a se refugiar no sul da Germânia. Ao fazerem as pazes, em 1142, Alberto renunciou ao Ducado da Saxônia e recebeu os Condados de Weimar e de Orlamünde. Foi provavelmente nessa época que Alberto foi feito camareiro-mor do Império, cargo que deu aos marqueses de Brandemburgo os direitos de príncipe-eleitor posteriormente.

Uma contenda com Henrique, o Leão, em 1158, foi interrompida por uma peregrinação à Terra Santa. Em 1162, Alberto acompanhou o imperador Frederico Barba-Ruiva à Itália, onde se distinguiu no assalto a Milão.

Em 1164, ele se uniu a uma liga de príncipes contra Henrique, o Leão, com quem fez as pazes em 1169. Alberto faleceu no ano seguinte, dividindo suas posses entre seus seis filhos homens.

Família e descendentes[editar | editar código-fonte]

Alberto casou-se, por volta de 1125, com Sofia de Winzemburgo, filha de Hermano I, conde Windberg, Rastelberg e Edviges da Estíria, com quem teve treze filhos:

  1. Otão I ou Oto (c. 1126 - 7 de março de 1184), marquês de Brandemburgo;
  2. Edviges (c.1128 - março de 1203), casada com Oto de Meissen;
  3. Hermano (- 16 de outubro de 1176), conde de Orlamünde;
  4. uma filha, casada com Ladislau da Boêmia, filho de Sobeslau Udalrico I, duque da Boêmia;
  5. Sigefredo (-1184), bispo de Brandemburgo de 1173-1180, príncipe-arcebispo de Bremen de 1180-1184;
  6. Gertrudes, casada Dipoldo, duque da Morávia;
  7. Henrique (- 1185), cônego na Igreja de São Sebastião em Magdeburgo, proboste em 1171 e 1176;
  8. Sibila, abadessa de Quedlimburgo após 1160;
  9. Adalberto (- após 6 de dezembro de 1172), conde de Ballenstedt;
  10. Adelaide (- antes de 2 de janeiro de 1162), freira em Lamspringe;
  11. Teodorico (- depois de 5 de setembro de 1183), conde de Werben;
  12. Bernardo III (1140 - 9 de fevereiro de 1112), duque da Saxônia;
  13. Eilika.

Referências

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Precedido por
Otão I
Conde de Ballenstedt
9 de fevereiro de 1123 - 18 de novembro de 1170
Sucedido por
Alberto II
Precedido por
Henrique II
Duque da Saxônia
1138 - 1142
Sucedido por
Henrique III
Precedido por
Nova criação
Marquês de Brandemburgo
1147 - 18 de novembro de 1170
Sucedido por
Otão I