Alberto da Costa e Silva
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Nome completo | Alberto Vasconcellos da Costa e Silva |
Nascimento | 12 de maio de 1931 (92 anos) São Paulo, São Paulo |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Creusa Fontenelle de Vasconcellos da Costa e Silva Pai: Antônio Francisco da Costa e Silva |
Ocupação | Diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador |
Prémios | Prêmio Juca Pato (2003) Prémio Camões (2014) |
Magnum opus | Livro de Linhagem |
Alberto Vasconcellos da Costa e Silva GCC • GCSE • GCIH (São Paulo, 12 de maio de 1931) é um diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras e atual orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Foi distinguido com o Prémio Camões de 2014.[1]
Biografia[editar | editar código-fonte]
É filho do poeta Antônio Francisco da Costa e Silva e de Creusa Fontenelle de Vasconcellos da Costa e Silva.[2]
Fez os estudos primários e iniciou o curso secundário no Colégio Farias Brito, em Fortaleza. Em 1943, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou o Externato São José e o Instituto Lafayette. Formado pelo Instituto Rio Branco em 1957, Alberto da Costa e Silva serviu como diplomata em Lisboa, Caracas, Washington, Madrid e Roma, antes de ser embaixador em Lagos, Nigéria (1979-83) e cumulativamente em Cotonu, Benim (1981-83), em Lisboa, Portugal (1986-90), em Bogotá, Colômbia (1990-93) e em Assunção, Paraguai (1993-95).[3]
Foi eleito para a cadeira 9 da Academia Brasileira de Letras, em 27 de julho de 2000. Foi presidente de entidade nos anos de 2002 a 2003.[4]
Em 2004 foi escolhido pela União Brasileira de Escritores (UBE) e Folha de São Paulo como o "Intelectual do Ano" (Prêmio Juca Pato).[4]
Alberto da Costa e Silva é, também, académico correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
Casado com Vera Queiroz da Costa e Silva, tradutora premiada pela tradução de O Mundo se Despedaça de Chinua Achebe.
Em 2014 recebe o Prêmio Camões pelo conjunto de sua obra.
Condecorações[5][editar | editar código-fonte]
Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (28 de Fevereiro de 1961)
Comendador da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (26 de Fevereiro de 1971)
Comendador da Ordem Militar de Cristo de Portugal (27 de Agosto de 1971)
Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal (27 de Julho de 1972)
Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (26 de Julho de 1973)
Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal (14 de Julho de 1986)
Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (2 de Janeiro de 1991)
Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal (5 de Março de 2008)
Obras do autor[editar | editar código-fonte]
Como poeta[editar | editar código-fonte]
- O parque e outros poemas. Rio de Janeiro, 1953.
- O tecelão. Rio de Janeiro, 1962.
- Alberto da Costa e Silva carda, fia, doba e tece. Lisboa, 1962.
- Livro de linhagem. Lisboa, 1966.
- As linhas da mão. Rio de Janeiro, 1978. Prêmio Luísa Cláudio de Souza, do PEN Clube do Brasil.
- A roupa no estendal, o muro, os pombos. Lisboa, 1981.
- Consoada. Bogotá, 1993.
- Ao lado de Vera. Rio de Janeiro, 1997. Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.
- Poemas Reunidos. Rio de Janeiro, 2000. Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.
- Melhores poemas de Alberto da Costa e Silva. São Paulo, 2007. Seleção de André Seffrin.
Como historiador e africanólogo[editar | editar código-fonte]
- A Enxada e a Lança: a África antes dos Portugueses. Rio de Janeiro, 1992, 1996 e 2006.
- As Relações entre o Brasil e a África Negra, de 1822 à 1a Guerra Mundial. Luanda, 1996.
- A Manilha e o Libambo: A África e a Escravidão, de 1500 a 1700. Rio de Janeiro, 2002 e 2004. Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, da Fundação Biblioteca Nacional. Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, 2003.
- Um Rio Chamado Atlântico: A África no Brasil e o Brasil na África. Rio de Janeiro, 2003 e 2005.
- Francisco Félix de Sousa, Mercador de Escravos. Rio de Janeiro, 2004.
- Das mãos do oleiro. Rio de Janeiro, 2005.
- Imagens da África: da Antiguidade ao Século XIX (organização e notas de Alberto da Costa e Silva), 2012
Como ensaísta[editar | editar código-fonte]
- O vício da África e outros vícios. Lisboa, 1989.
- Guimarães Rosa, poeta. Bogotá, 1992.
- Mestre Dezinho de Valença do Piauí. Teresina, 1999.
- O Pardal na Janela. Rio de Janeiro, 2002.
- Castro Alves: um poeta sempre jovem. São Paulo, 2006. Belo Horizonte, 2008.
- O quadrado amarelo. São Paulo, 2009.
Como memorialista[editar | editar código-fonte]
- Espelho do Príncipe. Rio de Janeiro, 1994. "Livro que nasceu para figurar entre os clássicos do gênero memorialístico",[6] cobre o período da infância em Fortaleza até a vinda da família para o Rio de Janeiro.
- Invenção do Desenho. Rio de Janeiro, 2007. Narra da adolescência no Rio de Janeiro até o início da vida adulta, quando se torna diplomata. Trecho: "[...] era uma aventura admirável o simples estar vivo, o acordar para as cores, as formas e os sons de cada dia. As desventuras e as traições, as incompreensões e os desencontros valiam pouco diante da beleza do mundo. Louca, incoerente e absurda poderia parecer-nos a fábula da vida, mas para ela havíamos sido feitos e tínhamos de ficar fiéis a ela."
- O pai do menino. São Paulo, 2008. Extrato dos livros Espelho do Príncipe e Invenção do Desenho, em tiragem de 100 exemplares.
Como organizador de antologias[editar | editar código-fonte]
- Lendas do índio brasileiro. Rio de Janeiro, 1957, 1969, 1980 e 1992.
- A nova poesia brasileira. Lisboa, 1960.
- Poesia concreta. Lisboa, 1962.
- Da Costa e Silva. Teresina, 1997.
- Poemas de amor de Luís Vaz de Camões. Rio de Janeiro, 1998.
- Antologia da poesia portuguesa contemporânea, com Alexei Bueno. Rio de Janeiro, 1999 e 2006.
- Dirigiu e foi o principal redator da parte brasileira da Enciclopédia Internacional Focus. Lisboa, 1963-1968.[7]
Referências
- ↑ «O Prémio Camões 2014 é o brasileiro Alberto da Costa e Silva». Público
- ↑ Academia Brasileira de Letras. Anuário - Academia Brasileira de Letras. pp. 103. 2001.
- ↑ ABL. «Alberto da Costa e Silva – Biografia». Consultado em 20 de março de 2021
- ↑ a b Idem.
- ↑ «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Alberto Vasconcellos da Costa e Silva". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 17 de fevereiro de 2015
- ↑ André Seffrin, "A Memória Acesa como um Círio Perfeito", em O Demônio da Inquietude, Rosmarinho Editora de Arte, 2023.
- ↑ ABL. «Alberto da Costa e Silva – Bibliografia». Consultado em 20 de março de 2021
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Precedido por Carlos Chagas Filho |
![]() 2000 - atualidade |
Sucedido por — |
Precedido por Mia Couto |
Prémio Camões 2014 |
Sucedido por Hélia Correia |
- Nascidos em 1931
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- Embaixadores do Brasil na Nigéria
- Embaixadores do Brasil no Paraguai
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- Naturais da cidade de São Paulo
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- Cavaleiros da Ordem do Infante D. Henrique
- Comendadores da Ordem do Infante D. Henrique
- Comendadores da Ordem Militar de Cristo
- Comendadores da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
- Grandes-Oficiais da Ordem do Infante D. Henrique
- Grã-Cruzes da Ordem Militar de Cristo
- Grã-Cruzes da Ordem do Infante D. Henrique
- Grã-Cruzes da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
- Família Costa e Silva
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