Aliança Democrática (Portugal)

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Aliança Democrática
Aliança Democrática (Portugal)
Líder Sá Carneiro (1979–1980)
Pinto Balsemão (1981–1983)
Fundação 1979 (Legislativas)
2022 (Regionais Açores)
Dissolução 1983 (Legislativas)
2022 (Regionais Açores)
Sede Portugal Portugal
Ideologia Reformismo
Democracia cristã
Conservadorismo social
Espectro político Centro-direita a direita
Sucessor Coligação PSD/CDS (não oficialmente)
Afiliação nacional PSD
CDS
PPM
Reformadores
Cores azul e laranja
Bandeira do partido
 Nota: Para outros significados, veja Aliança Democrática.

Aliança Democrática (AD) foi uma coligação de centro-direita, formada em Portugal 1979 pelo Partido Social-Democrata (PPD/PSD), pelo Centro Democrático Social (CDS) e pelo Partido Popular Monárquico (PPM) e reformadores.[1] Teve como grande impulsionador o líder histórico do PSD, Francisco Sá Carneiro, bem como os líderes do CDS, Diogo Freitas do Amaral, e do PPM, Gonçalo Ribeiro Teles.

Vota AD, pintura mural.

História[editar | editar código-fonte]

A AD concorreu às eleições legislativas intercalares de 1979 e às eleições legislativas gerais de 1980, obtendo os seguintes resultados:

  • 1979: 45,26% (128 deputados em 250)
  • 1980: 47,59% (134 deputados em 250)
AD - Aliança Democrática, pintura mural.

Com base nestes resultados, a AD foi convidada a formar Governo, tendo o mesmo tomado posse a 3 de janeiro de 1980, liderado por Francisco Sá Carneiro. No entanto, este primeiro Governo viria a cair, devido à morte do Primeiro-Ministro num acidente de aviação ainda hoje por explicar, na noite de 4 de dezembro de 1980.

Posteriormente, a AD foi convidada a formar mais dois governos, que seriam liderados, até 1983, por Francisco Pinto Balsemão, que substituiu Sá Carneiro à frente do PSD.

Em 1982 a coligação atravessava já uma grave crise e acabou por se desfazer, tendo os partidos que a constituíam concorrido separados às eleições legislativas de 25 de abril de 1983, ganhas pelo Partido Socialista, que viria a formar com o mesmo PSD, agora liderado por Mota Pinto, a coligação pós-eleitoral do chamado Bloco Central.

A coligação foi, desde então reconstituída em vários atos eleitorais autárquicos, e formalmente nas eleições legislativas de 2022, no círculo eleitoral dos Açores.

Organização[editar | editar código-fonte]

Partidos constituintes[editar | editar código-fonte]

Partidos/Movimentos Líder Ideologia Espectro
Partido Social Democrata Francisco Sá Carneiro Social-democracia Centro
Centro Democrático Social Diogo Freitas do Amaral Democracia-cristã Centro a centro-direita
Partido Popular Monárquico Gonçalo Ribeiro Telles Monarquismo Direita
Movimento dos Reformadores António Barreto
José Medeiros Ferreira
Francisco Sousa Tavares
Centro

Coordenadores/Porta-vozes[editar | editar código-fonte]

Resultados eleitorais[editar | editar código-fonte]

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data Líderes Cl. Votos % +/- Deputados +/- Status Notas
1979 Francisco Sá Carneiro
Diogo Freitas do Amaral
Gonçalo Ribeiro Telles
1.º 2 719 208
45,3 / 100,0
128 / 250
Governo
80 / 250
43 / 250
5 / 250
1980 Francisco Sá Carneiro
Diogo Freitas do Amaral
Gonçalo Ribeiro Telles
1.º 2 868 076
47,6 / 100,0
Aumento2,3
134 / 250
Aumento6 Governo
82 / 250
46 / 250
6 / 250
2022 Rui Rio
Francisco Rodrigues dos Santos
Gonçalo da Câmara Pereira
11º 28 520
0,51 / 100,0
2 / 230
Oposição Apenas no círculo eleitoral dos Açores
2 / 230
0 / 230
0 / 230

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data Cl. Votos % +/- Presidentes CM +/- Vereadores +/-
1979 2.º 1 272 058
25,5 / 100,0
73 / 305
426 / 1 900
1982 3.º 1 004 065
19,6 / 100,0
Baixa5,9
49 / 305
Baixa24
322 / 1 909
Baixa104

Eleições presidenciais[editar | editar código-fonte]

Data Candidato
apoiado
1.ª Volta 2.ª Volta
Cl. Votos % Cl. Votos %
1980 António Soares Carneiro 2.º 2 325 481
40,2 / 100,0

Recriações posteriores[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Coligação PSD/CDS

Em 1985, antecipando as eleições presidenciais do ano seguinte, o “espírito da AD” foi revivido para apoiar a candidatura de Freitas do Amaral, que as perdeu numa segunda volta que não se evitou por escassa margem.

Em finais da década de 1990, foi feita uma tentativa de recriar a AD, apenas com o PSD e o CDS; no entanto o projecto viria a fracassar devido a desentendimentos entre os líderes dos dois partidos, Marcelo Rebelo de Sousa e Paulo Portas.

Na sequência das eleições para a Assembleia da República de 2002, o partido mais votado, o PSD, liderado por Durão Barroso, aliou-se ao Partido Popular de Paulo Portas por forma a assegurar uma maioria parlamentar e formar novo Governo.

Nas eleições legislativas de 2022, o PSD, o CDS-PP e o PPM reviveram esta coligação apenas no círculo eleitoral dos Açores.[4]

Referências

  1. Programa Eleitoral de Governo, recuperado 10 de maio 2014
  2. «Declarações de Francisco Lucas Pires». Consultado em 5 de setembro de 2022 
  3. «Entrevista a Luís Coimbra». Consultado em 5 de setembro de 2022 
  4. Portugal, Rádio e Televisão de. «Coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores apresenta Paulo Moniz como cabeça de lista». Coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores apresenta Paulo Moniz como cabeça de lista. Consultado em 19 de dezembro de 2021 

Ver também[editar | editar código-fonte]

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