Alphonse Bouvier

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Alphonse Bué
Alphonse Bouvier
Alphonse Bué
Nascimento 22 de dezembro de 1851
Yonne, Borgonha,  França
Morte 16 de novembro de 1931 (79 anos)
Lyon  França
Nacionalidade francês
Alma mater Federação Espírita de Lyon
Ocupação Escritor e palestrante
Género literário Magnetismo animal
Religião Espiritismo
Página oficial
http://www.arsab.fr/

Alphonse Bouvier ou "Bué" (Yonne 22 de dezembro de 1851 - Lyon 16 de novembro de 1931) foi um influente estudioso e autor francês de obras sobre o magnetismo animal e sobre o hipnotismo.

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Alphonse Bouvier nasceu 22 de dezembro de 1851, perto de Sens em Yonne, um departamento da França localizado na região Borgonha, em uma família de trabalhadores rurais. Do ano de 1871 a 1878, ele fez o serviço militar em campos de Sathonay perto de Lyon, antes de chegar em "Sathonay" em um sonho premonitório previu a visão da rua e da praça de "la Croix-Rousse" o monte "de la Grande-Côte" e por último a praça "des Terreaux".[1] Não possuindo muita instrução, aproveitou para crescer intelectualmente[2] enquanto estava no Exército francês, deixando-o já com a patente de sargento e com considerável conhecimento.[1]

O encontro com a Hipnose e o Mesmerismo[editar | editar código-fonte]

Assim que se desvencilhou do Exército desloca-se para Paris e Lyon, se compromete com o Hospital da Salpêtrière como assistente de laboratório.[1] Foi no Salpetriere que ele pode assistir às experiências hipnóticas do Dr. Charcot e tornou-se ciente de seu magnetismo. Magnetismo este aplicado em pacientes onde encontrou o que seria para ele o meio de tratamento mais benéfico, indo em seguida para Lyon.[1] É neste período que ele conheceu o tenente-coronel Albert de Rochas, então diretor da Escola Politécnica de Palaiseau, com quem ele vai praticar experiências mais tarde importantes em Lyon e Grenoble.

Em 1880 aos 29 anos, casou e se instalou em Lyon, no número 5 de "cours Gambetta", possuindo também uma casa de campo em Cusset.[1]

Em seu primeiro consultório localizado na rua "Sebastian Gryphius", ele recebia em torno de 600 pacientes por semana, incluindo de 140 a 160 só na sexta-feira. Além de abdicar o pagamento dos desprovidos, o Sr. Bouvier sempre depositava uma pequena moeda em suas mãos.[1]

Nasce a Fundação Bouvier[editar | editar código-fonte]

Mais tarde, Bué alugou um quarto no número 6, da rua "Paul-Bert", onde por vezes além do magnetismo era reservado para festas animadas por um grupo de teatro que reunia jovens artistas de Lyon. Sua receita era concebida para alimentar um fundo de ajuda à anciãos. Assim cria-se a Fundação Bouvier em 1885.[1]

Em 1885 também, cria-se a "la Sté Fraternelle d'Etudes du Spiritisme" e inicia-se sua tarefa com palestras sobre o magnetismo no meio espírita. Ele também desenvolveu experiências na área de regressão de memória e, como relatado por seu secretário M. Barthelemy:

As sessões tinha duração de duas a três horas cada e nelas fez-se também presente o Sr. Coronel de Rochas.[1][3]

Além do Coronel de Rochas, ele conheceu outros pioneiros do Espiritismo de seu tempo, como Léon Denis, Gabriel Delanne, Professor Charles Richet e também Maître Philippe.[1] No Congresso Espírita de 1900, ele apresentou provas bem documentada referentes "a questão e polaridade", as "consideração e diferença entre o hipnotismo e magnetismo" e "o papel dos espíritos na economia humana".

Em 1906, ele se tornou presidente da Liga dos Direitos do Homem e do Cidadão da seção de Villeurbanne na França.

Com o começo da guerra, em 1914, Bouvier inicia o envio de algodão magnetizado para auxiliar os soldados feridos no front. Bouvier, que possivelmente teria salvo tantos doente e ferido, perdeu dois filho, com 20 anos. Eles haviam contraído uma doença na testa que exigiu seu retorno, porém, foram entregues tarde demais nas mãos de seu pai, que não poderia mas salvá-los. Seu terceiro filho voltou da guerra tendo perdido um olho.[1]

No dia 21 de junho de 1917, Bouvier juntamente com o Sr. Revel, registraram uma patente na prefeitura de Lyon de sob o número 9600 referentes a fotografia: "Aplicação da análise espectral ao magnetismo fenômenos fisiológicos". O sr. Bouvier produziu muitas fotografias, visto por várias testemunhas, mas seus traços soltos na placa desapareceram depois de 30 anos, de modo que não se encontra mais provas documentais dessas obras,[1] neste mesmo mês o Journal du Magnetisme, publicou longa redação sobre o modo pelo qual Alphonse Bué chegou a fotografar um membro amputado, relação a essa ilustração com um bom clichê, onde aparece a sombra fluídica de um braço ali até então ausente.[3]

No ano de 1919 Bouvier ajudou seu amigo e colaborador Georges Mélusson a fundar a "Sociedade de Estudos Psíquicos e Espíritas de Lyon" e posteriormente ele cria a Federação Espírita de Lyon e, torna-se diretor da revista "La Paix Universelle", dedicada ao estudo do magnetismo curativo e ao espiritismo experimental.[1][2] Naquele mesmo ano Alphonse Bouvier passar a presidência a George Mélusson, Bué permaneceu como presidente honorário e presidindo a seção magnetismo.[1]

A despedida[editar | editar código-fonte]

Alphonse Bouvier perece à 16 de novembro de 1931, sendo sepultado no cemitério de Guillotière ao beco 20, por Hubert Forestier com outros membros da sociedade espírita. Uma mão bronze fundido foi depositado sobre sua cátedra, referenciando as muitas curas que ele dirigiu.[1]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Magnetismo Curativo Volume I
  • Magnetismo Curativo Volume II
  • História do passe magnético

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o Associação Alphonse Bouvier, Discours de la Présidente le 20/11/2011 sur la tombe de M. Bouvier pour le 80ème anniversaire de sa disparition Arquivado em 4 de março de 2015, no Wayback Machine., arsab.fr, Visitado em 28/03/2015.
  2. a b FEB (Federação Espírita Brasileira) editora, Alphonse Bouvier,febeditora.com.br , Visitado em 28/03/2015.
  3. a b c d Bozzano, Ernesto, Considérations et hypothéses sur les phénomènes de bilocation, 1911
  4. Durville, Hector, Journal du Magnetisme - 21 de julho 1917 editorial Durville, 1917