Alpinópolis
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Município do Brasil | |||
Igreja matriz de Alpinópolis | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Unidos construiremos nosso município | ||
Gentílico | alpinopolense | ||
Localização | |||
Localização de Alpinópolis em Minas Gerais | |||
Localização de Alpinópolis no Brasil | |||
Mapa de Alpinópolis | |||
Coordenadas | 20° 51′ 50″ S, 46° 23′ 16″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Minas Gerais | ||
Municípios limítrofes | Bom Jesus da Penha, Carmo do Rio Claro, Nova Resende, Passos, São João Batista do Glória, São José da Barra | ||
Distância até a capital | 320 km | ||
História | |||
Fundação | 17 de dezembro de 1938 (85 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Rafael Henrique Da Silva Freire (PSB, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [3] | 460,685 km² | ||
População total (censo IBGE/2022[3]) | 18 300 hab. | ||
Densidade | 39,7 hab./km² | ||
Clima | tropical de altitude[1] (Cwa) | ||
Altitude | 900 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 37940-000 a 37944-999[2] | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,725 — alto | ||
PIB (IBGE/2019[5]) | R$ 406 388,11 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2019[3]) | R$ 20 469,86 | ||
Sítio | alpinopolis.mg.gov.br (Prefeitura) alpinopolis.mg.leg.br (Câmara) |
Alpinópolis é um município brasileiro do Estado de Minas Gerais. Na região é mais conhecida pelo seu antigo nome "Ventania". De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sua população em 2022 era de 18 300 habitantes.[3]
História
[editar | editar código-fonte]Procedente de Carmo da Cachoeira, em 1805, chega às paragens da atual Alpinópolis o Alferes José Justiniano dos Reis, acompanhado de sua mulher Ana Teodora de Figueiredo, de apelido "Dona Indá", filha do Capitão-Mor José Álvares de Figueiredo, o fundador de Boa Esperança e de sua mulher Maria Vilela do Espírito Santo, esta neta de Júlia Maria da Caridade, a segunda Ilhoa. O casal já tinha, a esta altura, cinco filhos: Manuel Justiniano dos Reis, Maria Justiniana dos Reis, Inocência Teodora de Figueiredo, Bernardino José dos Reis e José Justiniano dos Reis Júnior. Em 1806, o Alferes José Justiniano dos Reis manda edificar nas terras da Fazenda Ventania (assim denominada por estar próxima à Serra da Ventania) uma capela cujo orago foi o mártir São Sebastião. Tais terras estavam no território de Jacuí, e foram adquiridas pelo Alferes por compra feita de Mariana Lourença de Oliveira, mulher de Januário Garcia Leal. Em 12 de agosto de 1807, o casal José Justiniano dos Reis e Ana Teodora de Figueiredo assinaram o termo de doação para constituição do património da capela. José Justiniano dos Reis faleceu em 1809 e a viúva, Dona Indá é quem passou a conduzir os destinos do arraial. José Justiniano dos Reis e Dona Indá são considerados os fundadores de Alpinópolis. A Freguesia passou a se chamar Alpinópolis em 1914, pela Lei nº 622 de 18 de Setembro do mesmo ano. O nome anterior era São Sebastião da Ventania; Ventania ainda é o nome preferido de todos os habitantes desta encantadora e hospitaleira cidade, e também como ela é identificada em toda a região. Está situada a uma altitude de 900 m, ao sopé da serra. Daí o nome Alpinópolis. A emancipação ocorreu em 1938 pelo Decreto Lei nº 148, de 17 de Dezembro de 1938. A instalação do município ocorre em 1º de Janeiro de 1939, desvinculando-se definitivamente de Nova Resende, sendo que Antônio Herculano dos Reis foi eleito o primeiro prefeito .[6]
Com uma população em torno dos 18 mil habitantes e uma área territorial de 459 quilômetros quadrados, a cidade de Alpinópolis tem o privilégio de estar numa das regiões mais prósperas do Estado. Além de ter uma economia bastante diversificada. A cidade tem se tornado cada vez mais conhecida nacionalmente através do Monte das Oliveiras, que é um espaço construído a céu aberto destinado à meditação, apresentações e excursões com finalidade religiosa.
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Atrativos turísticos
[editar | editar código-fonte]- Monte das Oliveiras - construído como uma réplica do Monte das Oliveiras original e onde, na Semana Santa, são encenadas as cerimónias com artistas da região.
- Cachoeiras da Serra da Ventania - lugar de lazer, contudo, no momento recebe a rede de esgoto de parte do município, impossibilitando o uso de suas águas pela população local.
- Serras em torno da cidade - lugares muito frequentados principalmente por jovens para a prática de camping.
- Parque Água Viva.
Casarões antigos
[editar | editar código-fonte]A Fazenda Quilombo, construída por escravos, às margens direita da rodovia BR-265 km 538, entre as cidades de Alpinópolis e Carmo do Rio Claro (latitude e longitude -20.893446, -46.330433, distante 9 km de Alpinópolis (séde do município). A Fazenda Quilombo passou por várias gerações abaixo, onde ficaram gravadas recordações.
Anotação no site https://minasgeraistour.blogspot.com/2013/03/alpinopolis-mg.html , por CPadua informa que "a fazenda do Quilombo, antigamente chamada de Quilombo Queimado, por ter sido construída sobre as ruínas de um antigo Quilombo, foi construída pelo meu 5o. avô, Manuel José de Faria, na década de 1810. Passou para sua neta, Anna Rodrigues de Faria, e daí para a filha dela, Maria Cristina de Oliveira, esposa do Joaquim Bento de Carvalho, citado".
O atual proprietário tem um documento datado de 1912 no qual é informado que pertencia a Joaquim Bento de Carvalho, natural da cidade Carmo do Rio Claro e sua esposa Maria Cristina de Oliveira Carvalho (Dinha) natural de São Sebastião da Ventania (hoje Alpinópolis).[carece de fontes] Foi vendida ao genro Thomé Vilela dos Reis, casado com Maria Silvéria de Carvalho Vilela (Mariquinha). Thomé vendeu também ao seu genro José de Oliveira Lemos (Sô Zeca), casado com Francisca Silvéria Lemos (Donda). Com a morte de Donda, passou para seu filho Antonio de Oliveira Sobrinho (Antonio do Sô Zeca), e hoje pertence ao seu neto Valdomiro Paim de Oliveira (Miro). A fazenda foi reformada em 2012, mas não está exposta à visitação.
Igreja Católica
[editar | editar código-fonte]A Igreja teve como seu destaque o Padre Ubirajara Cabral, que promoveu várias obras importantes para a Cidade, tais como Colégio, Hospital e várias outras obras de caráter social. Devido a importância da Igreja Católica na construção da cidade desde seu nascimento, o censo 2010 apontou que o número de católicos chega a 89,09% sendo a cidade com maior número de católicos da Diocese de Guaxupé. A Cidade Possui uma Paróquia, a São Sebastião na qual atualmente é presidida pelo Padre Donizetti de Brito (pároco).
Quilombo das Pedras
[editar | editar código-fonte]Em seu livro Quilombo do Campo Grande - A História de Minas que se Devolve ao Povo[7], o autor Tarcísio José Martins, do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, dá conta de que o hoje território do município de Alpinópolis abrigou, no século XVIII, em um período anterior à formação do arraial de São Sebastião da Ventania, o Quilombo das Pedras, parte integrante do Quilombo do Campo Grande, debelado pelo capitão-mor Bartolomeu Bueno do Prado.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Embrapa. «Clima». Consultado em 5 de janeiro de 2023
- ↑ Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019
- ↑ a b c d «Alpinópolis». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 25 de julho de 2022
- ↑ «Ranking IDHM Municípios 2010». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 11 de junho de 2015
- ↑ «Produto Interno Bruto dos Municípios». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 25 de julho de 2022
- ↑ LOPES, JOSÉ IGLAIR. "História de Alpinópolis"
- ↑ Martins, Tarcísio José (2006). «Quilombo do Campo Grande». SANTACLARA Editora Produção de Livros Ltda. Consultado em 29 de Julho de 2015