Ambiente de área de trabalho
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Em computação, um ambiente de área de trabalho ou ambiente de desktop (DE — desktop environment em inglês) é uma implementação de uma metáfora de escritório (ou tampo de mesa) feito de um agregado de programas executando em torno de um sistema operacional e compartilhando uma interface gráfica (GUI). O Ambiente de desktop é visto com maior frequência nos computadores pessoais até o surgimento da computação móvel. Domínios baseados em BSDs podem ser criados através de templates manuais.[1][2]
Ambientes de Desktops ajudam a facilitar o acesso e edição de arquivos, mas necessitam do acesso provido pelas funcionalidades de nível mais baixo de um sistema operacional para executarem tais funções. Em contraste, a linha de comando é utilizada quando um controle maior sobre o sistema operacional é necessário.
Um ambiente de desktop é tipicamente composto por ícones, janelas, barra de ferramentas, diretórios, papéis de parede e widgets, como WIMP.[3] Uma interface gráfica de usuário pode também prover arrastar e soltar e outras funcionalidades para manter a metáfora de escritório o mais completo possível. Um ambiente de desktop tem como objetivo ser intuitivo na forma como o usuário interage com o computador, com conceitos similares aos existentes no mundo real como botões e janelas.
Enquanto o termo ambiente de desktop foi originalmente utilizado para denotar a metáfora de escritório em interfaces de usuário, também é utilizado para descrever programas que realizem tal função junto com a interface.[4]. Esta utilização foi mais popularizada por projetos como o CDE, KDE e Gnome
Implementação[editar | editar código-fonte]
Em um sistema que oferece um ambiente de desktop, um gerenciador de janelas em conjunto com aplicativos escritos utilizando um toolkit específico são geralmente responsáveis por quase tudo que o usuário vê. O gerenciador de janelas suporte a interação com os usuários enquanto o ambiente, juntamente com o toolkit, provê uma biblioteca de software para aplicativos com um comportamento e aparência uniformes.
Um sistema de janelas é uma interface genérica que comunica diretamente com o sistema operacional e bibliotecas. Este provê suporte ao hardwre gráfico, dispositivos de apontamento e teclados. O gerenciador de janelas geralmente roda em uma camada acima do sistema de janelas. Enquanto o sistema de janelas provê algumas das funcionalidades de gerenciamento, estas são consideradas como parte do gerenciador de janelas, que por um acaso é também provido pelo sistema de janelas.
Aplicativos criados com um gerenciador de janelas em mente tendem a utilizar o toolkit daquele gerenciador, provido pelo sistema operacional ou pelo sistema de janelas atual. O toolkit dá acesso a widgets permitindo ao usuário interagir graficamente e de forma consistente com o aplicativo.
História[editar | editar código-fonte]
O primeiro ambiente de desktop foi criado pela Xerox, comercializado juntamente com o Xerox Alto nos anos 70. O Alto era considerado um computador de mesa corporativo pela Xerox; acabou falhando no mercado por conta do marketing pobre e alto preço[5]. Através do Lisa a Apple introduziu o ambiente de desktop em um computador pessoal com um preço aceitável, mas também acabou falhando no mercado.
A metáfora de escritório foi popularizada pelo computador pessoal Macintosh da Apple em 1984, e foi popularizada pelo Windows da Microsoft nos anos 90. Em 2014, a maioria dos ambientes de desktop são descendentes diretos dos primeiros ambientes, incluindo o Windows Aero utilizado no Windows Vista e Windows 7, e o Aqua utizado pelo OS X. Quando comparados com ambientes de trabalho X11 disponíveis em sistemas Unix-Like como o Linux e o FreeBSD, os ambientes de trabalho proprietários tem um layout relativamente mais rígido e funcionalidades estáticas, tendo um design altamente "integrado" para prover experiências de usuário mais consistente.
O Microsoft Windows domina em marketshare entre os computadores pessoais que possuem ambiente de desktop. Computadores utilizando sistemas operacionais do tipo Unix como o OS X, Chrome OS, Linux, BSD e Solaris são muito menos comuns[6]; contudo, em 2015 nota-se um crescente mercado de computadores de baixo custo usando Linux e X11 ou Wayland com uma grande gama de ambientes de desktop. Dentre os mais populares estão os Chromebooks da Google, o NUC da Intel e o Raspberry Pi
Nos tablets e smartphones a situação é a oposta, com sistemas operacionais do tipo Unix dominando o mercado, incluindo o iOS (Derivado BSD), Android, Tizen, Sailfish e Ubuntu (todos derivados do Linux). O Windows Phone, Windows RT e Windows 10 são utilizados em uma quantia muito menor de tablets e smartphones. Contudo, a vasta maioria dos sistemas operacionais de tipo Unix utilizados em dispositivos portáteis não usam o X11 ou outras interfaces gráficas projetadas para computadores pessoais. Estes acabam utilizando interfaces gráficas próprias, não baseadas em outra tecnologia.
Galeria[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ «Metáfora de escritório (em inglês)». Csdl.tamu.edu. Consultado em 4 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 22 de fevereiro de 2001
- ↑ «Android invade o Desktop (em inglês)». John Morris. 25 de junho de 2013. Consultado em 26 de abril de 2014
- ↑ WIMP Interfaces
- ↑ «Gerenciadores de janela e ambientes desktop (em inglês) - Linux 101». Consultado em 18 de outubro de 2016. Arquivado do original em 4 de julho de 2008
- ↑ «Xerox Alto (em inglês)». Toastytech.com. Consultado em 26 de abril de 2014
- ↑ «Marketshare dos Sistemas Operacionais (em inglês)». Marketshare.hitslink.com. Consultado em 4 de fevereiro de 2012