Aniela Krzywoń

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Aniela Krzywoń
Nascimento 27 de maio de 1925
Puźniki, Segunda República Polonesa
Morte 11 de novembro de 1943 (17 anos)
Lenino, República Socialista Soviética da Bielorrússia
Nacionalidade polonesa
Prémios Ordem de Lênin
Herói da União Soviética
Ordem Virtuti Militari
Serviço militar
País Polónia Polônia
Patente recruta
Conflitos Segunda Guerra Mundial

Aniela Krzywoń (Puźniki, 27 de maio de 1925 - Lenino, 11 de novembro de 1943) foi uma recruta no Batalhão Independente de Mulheres "Emilia Plater" do Exército Polonês durante a Segunda Guerra Mundial. É a única mulher na história que não era cidadã da União Soviética a receber a mais alta honraria por bravura, a medalha de Herói da União Soviética, após ela morrer devido a ferimentos sofridos enquanto resgatava soldados feridos e importantes documentos de um caminhão em chamas depois de um bombardeio da Luftwaffe.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Aniela nasceu na vila de Puźniki, na época localizada na Segunda República Polonesa, pertencendo à Ucrânia desde 1939. Seu pai era veterano da Guerra Polaco-Soviética. Depois que sua vila se tornou parte da Ucrânia, sua família e muitas outras foi consideradas não confiáveis politicamente e forçosamente deportadas para o Oblast de Irkutsk, na Sibéria, depois sendo realocadas para a cidade de Kansk.[1] Lá, Aniela começou a trabalhar como maquinista em uma fábrica de madeira local até se alistar voluntariamente ao Exército para lutar na Segunda Guerra Mundial, em 1943.[1][2][3]

Carreira militar[editar | editar código-fonte]

Aniela entrou na 1ª Divisão de Infantaria Polaca Tadeusz Kościuszko, uma divisão de infantaria das forças armadas polacas organizadas pelos soviéticos formada em 1943 e nomeada em homenagem ao revolucionário polaco e americano Tadeusz Kościuszko em 29 de maio de 1943 e depois designada para o Batalhão Independente de Mulheres "Emilia Plater".[3] Foi treinada para usar submetralhadoras e granadas, bem como combate corpo a corpo. Em 12 de outubro de 1943, seu batalhão foi forçado a recuar depois de serem atacados na vila de Lenino, na República Socialista Soviética da Bielorrússia.[1][4]

Enquanto Aniela acompanhava um caminhão que levava feridos e importantes documentos para o quartel-general, eles foram atacados pela Luftwaffe.[3] Aniela correu para o veículo em chamas, levando soldados feridos para fora e retirando do fogo os documentos vitais. Com graves ferimentos pelo salvamento dos colegas e dos documentos, Aniela acabou morrendo em 11 de novembro de 1943, aos 17 anos.[1][4]

Legado[editar | editar código-fonte]

Por seu heroísmo, Aniela foi postumamente condecorada. Na Polônia ela recebeu a medalha da Ordem Virtuti Militari e na União Soviética a medalha de Herói da União Soviética. Aniela é a primeira e única mulher polonesa condecorada com a medalha de ouro de heroína da URSS e a única mulher a receber o título sem cidadania soviética.[3][5]

Referências

  1. a b c d e Sakaida, Henry (2003). Heroines of the Soviet Union 1941–45. Oxford: Osprey. p. 64. ISBN 978-1841765983 
  2. «Официальный портал Красноярского края / Кживонь Анеля Тадеушевна». KRSK State. Consultado em 9 de outubro de 2018 
  3. a b c d «Кживонь Анеля Тадеушовна». War Heroes. Consultado em 9 de outubro de 2018 
  4. a b «Aniela Krzywoniówna». Naszrad Ziszow. Consultado em 9 de outubro de 2018 
  5. Zafya Bystrytskaya (ed.). «Анеля Кживонь». Politizdat. Consultado em 9 de dezembro de 2014