Ann Katharine Mitchell

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Ann Katharine Mitchell
Nascimento Ann Katharine Williamson
19 de novembro de 1922
Oxford
Morte 11 de maio de 2020 (97 anos)
Edimburgo
Cidadania Reino Unido
Progenitores
  • Herbert Stansfield Williamson
  • Winifred Lilian Kenyon
Cônjuge John Angus Macbeth Mitchell
Filho(a)(s) Jonathan Mitchell, Isabel Charlotte Mitchell, Catherine Olivia Macbeth, Andrew Macbeth Mitchell
Alma mater
Ocupação psicóloga, criptoanalista, investigadora, escritora
Empregador(a) Bletchley Park, Universidade de Edimburgo
Causa da morte COVID-19

Ann Katharine Mitchell, apelido de solteira Williamson (Oxford, 19 de novembro de 1922Edimburgo, 11 de maio de 2020), foi uma psicóloga e criptoanalista britânica que trabalhou na decifração de mensagens da Máquina Enigma alemã em Bletchley Park durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, foi conselheira matrimonial, estudou na Universidade de Edimburgo. Trabalhou no Departamento de Administração Social dessa universidade e escreveu vários livros sobre os efeitos psicológicos do divórcio em crianças, incluindo "Someone to Turn to: Experiences of Help Before Divorce" (1981) e "Children in the Middle: Living Through Divorce" (1985).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Williamson foi recrutada para trabalhar em Bletchley Park em setembro de 1943, depois de se formar em Oxford, e até maio de 1945 trabalhou na Hut 6 na decifração das mensagens do Exército Alemão e da Máquina Enigma da Força Aérea Alemã. Foi recrutada como trabalhadora temporária no Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Commonwealth com um salário anual de 150 libras (aumentado para 200 libras após cumprir 21 anos de idade).[1] Grande parte de seu trabalho envolveu a conversão de "cribs" em "menus", as instruções de operação dos dispositivos de decifração chamados "bomba eletromecânica" ("bombe") para identificar quais seriam as configurações da Máquina Enigma em cada dia específico.[2] Após a guerra, tal como outros que trabalharam em Bletchley, foi-lhe ordenado que esquecesse o seu trabalho secreto e nunca poderia falar sobre isso.[3] Após o trabalho em Bletchley se tornar público e a proibição ter sido suspensa, ela deu muitas palestras e entrevistas sobre o seu papel na guerra.[4]

A sua história está incluída no livro "The Bletchley Girls: War, Secret, Love and Loss: The Women of Bletchley Park Tell Their Story" (2015) da historiadora Tessa Dunlop.[4]

Na década de 1950, trabalhou como conselheira matrimonial no Scottish Marriage Guidance Council.[5]

Morte[editar | editar código-fonte]

Ann Mitchell Mitchell morreu em Edimburgo no dia 11 de maio de 2020, aos 97 anos, pouco tempo depois de ter testado positivo para a COVID-19.[4][6][7]

Referências

  1. «Gran and her secret work on Nazi codes». The Scotsman. 5 de dezembro de 2001. Consultado em 11 de outubro de 2016 
  2. Dunlop, Tessa (2015). The Bletchley Girls: War, Secrecy, Love and Loss. London: Hodder. pp. 116–117. ISBN 978-1444795745 
  3. «Code-breaker who kept war secrets until world knew». The Scotsman. 25 de setembro de 2001. Consultado em 11 de outubro de 2016 
  4. a b c «Tributes as World War Two code breaker Ann Mitchell dies aged 97». BBC News. 17 de maio de 2020 
  5. Dunlop, Tessa (2015). The Bletchley Girls: War, Secrecy, Love and Loss. London: Hodder. p. 295. ISBN 978-1444795745 
  6. «Bletchley Park codebreaker who helped change course of World War II dies aged 97». Edinburgh Evening News. 17 de maio de 2020 
  7. Alexandre Martins (19 de maio de 2020). «Morreu Ann Mitchell, uma das matemáticas que derrotaram a Alemanha nazi». Publico. Consultado em 19 de maio de 2020