Anne d'Arpajon

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Anne d'Arpajon
Condessa de Noailles
Anne d'Arpajon
Nascimento 4 de março de 1729
  Arpajon, França
Morte 27 de junho de 1794 (65 anos)
  Barrière du Trône, Paris, França
Cônjuge Philippe de Noailles
Pai Louis de Sévérac
Mãe Anne Charlotte le bas de Montargis

Anne Claude Louise d'Arpajon (Arpajon, 4 de março de 1729Paris 27 de junho de 1794[1]) foi uma aristocrata francesa e dame d'honneur das Rainhas de França, Marie Leszczyńska e Maria Antonieta. Foi chamada de "Madame Etiqueta" por Maria Antonieta, à sua insistência de que não devia alterar ou desconsiderar nenhum detalhe minucioso da etiqueta da corte.[2]

Família[editar | editar código-fonte]

O seu pai, Louis de Sévérac, Marquês de Arpajon-sur-Cère (1667-1736), comprou o Marquesado de Saint-Germain-lès-Châtres em 1720, e foi concedida a permissão, por Filipe d'Orleães (regente de Luís XV), de renomeá-lo como Saint-Germain-lès-Arpajon, e sediá-lo em Arpajon.[3] A sua mãe, Anne Charlotte Le Bas de Montargis, foi dama de companhia da Duquesa de Berry, filha do regente. Anne d'Arpajon casou-se com Filipe de Noailles, Duque de Mouchy, Capitão de Caça em Versalhes, a 27 de novembro de 1741. Noailles foi uma das principais famílias de França.

Corte[editar | editar código-fonte]

Em 1763, foi nomeada dame d'honneur da rainha Marie Leszczyńska, e em 1770, foi-lhe dado o mesmo cargo para a nova Delfina, Maria Antonieta, aquando da sua chegada a França. Conheceu Maria Antonieta na fronteira, onde fazia parte da comitiva francesa, e ficou responsável pela sua corte e pelo seu comportamento em Versalhes. Maria Antonieta não gostava muito dela,[4] pois impedia-a de fazer as coisas de que gostava, fazendo referência à etiqueta da corte, o que fez com que fosse apelidada de Madame Étiquette. Em 1774, quando Maria Antonieta tornou-se rainha, despediu-a, fazendo com que aliasse à oposição à rainha com as tia do Rei, as Mesdames, em Bellevue.[4]

A Revolução Francesa[editar | editar código-fonte]

A Duquesa de Mouchy e o seu marido Filipe foram guilhotinados durante a Revolução francesa, a 27 de junho de 1794. Muitos dos seus parentes, tiveram o mesmo destino. A 22 de julho de 1794, e a viúva, nora e neta do irmão de Filipe, Louis, 4º duque de Noailles, foi guilhotinada. Outra neta de Louis, Adrienne, esposa do Marquês de Lafayette, foi salva pela intervenção de James Monroe.[5] Eles e os outros nobres que morreram na guilhotina estão enterrados no Cemitério Picpus, que também é o lugar de descanso final do Marquês e da Marquesa de Lafayette.[6]

Descendência[editar | editar código-fonte]

  1. Louise Henriette Charlotte Philippine de Noailles (1745–1832).
  2. Charles Adrien de Noailles (1747), Príncipe de Poix.
  3. Louis Philippe de Noailles (1748–1750), Príncipe de Poix.
  4. Daniel François Marie de Noailles (1750–1752) Marquês de Noailles, mais tarde Príncipe de Poix.
  5. Philippe de Noailles, Duque de Monchy (1752–1819).
  6. Louis Marie de Noailles, Visconde de Noailles (1756–1804).

Na cultura popular[editar | editar código-fonte]

Anne d'Arpajon foi interpretada por Judy Davis em Marie Antoinette, em 2006, e por Cora Witherspoon em Marie Antoinette, em 1938.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Généalogie de Carné, Arquivado em 4 de março de 2009, no Wayback Machine. Acedido a 8 de outubro de 2008
  2. Madame Campan, Francisco Barrière.
  3. Perfil de Arpajon Arquivado em 13 de outubro de 2007, no Wayback Machine., arpajon91.fr; acedido a 8 de outubro de 2008.
  4. a b Stefan Zweig: Marie Antoinette, Förlag Fórum, Juva, Finlândia 1992, Erland Rådberg (edição sueca); ISBN 91-37-10298-2.
  5. ExecutedToday.com, Acessado Em 10 De Outubro De 2008
  6. Ryan Paris, offbeat-paris.net; acedido em 10 de outubro de 2008.
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